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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ômega-3 e Depressão


CONTROLE SUA DEPRESSÃO DE UMA MANEIRA SAUDÁVEL COM ÔMEGA-3


 

Artigo retirado da Revista Life Extension (www.lef.org)

Escrito por Mark J. Neveu, PhD

Edição do mês de Setembro/2006


 

- Bruinsma KA, Taren DL. Dieting, essential fatty acid intake and depression. Nutr Rev. 2000 Apr;58(4):98-108.

- Peet M, Stokes C. Omega-3 fatty acids in the treatment of psychiatric disorders. Drugs.

2005; 65(8): 1051-9.

- Frangou S, Lewis M, McCrone P. Efficacy of ethyl-eicosapentaenoic acid in bipolar depression: randomised double-blind placebo-controlled study. Br J Psychiatry. 2006 Jan;188:46-50.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN – 6141

reinaldonutri@gmail.com


 

Muitos americanos sofrem atualmente de Depressão, a níveis bem mais alarmantes que antigamente. Apesar da grande variedade de medicamentos antidepressivos existentes no mercado, a medicina psiquiátrica convencional está claramente falhando em tratar com sucesso as desordens de comportamento que afetam milhões de adultos.


 

Um grande número de pesquisas sugere que as desordens da saúde mental como a depressão, déficit de atenção por hiperatividade e esquizofrenia, podem de fato refletir uma deficiência severa de ácidos graxos ômega-3.

Esses ácidos graxos essenciais são de extrema importância no suporte da saúde das estruturas e funções cerebrais, e eles estão totalmente ausentes na dieta típica norte americana.

Neste artigo, mostramos as últimas pesquisas que demonstram as várias maneiras pelas quais o ômega-3 ajuda a manter um ótimo humor e atenção e ainda nos protege contra a depressão e outras desordens da saúde mental.


 

  • A Obsessão por Alimentos com Baixo Teor de Gordura fez a Depressão se tornar uma Epidemia –


 

Nos Estados Unidos, há muito tempo se comenta que todas as gorduras são prejudiciais e isso teve uma influência incalculável nos índices de depressão. A pesquisa indica que quando os americanos optaram pela dieta pobre em gordura cerca de 25 anos atrás, eles retiraram todo o tipo de gordura, inclusive os benéficos ômega-3 que são os ácidos eicosapentanóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). Coincidindo com esse movimento de baixo consumo de gordura, houve um aumento crescente nos casos de depressão, déficit de atenção e outros problemas relacionados à saúde mental.

De fato, os índices de depressão aumentaram de forma alarmante no século XX.

Os EUA gastam aproximadamente 44 bilhões por ano em custos relacionados com o tratamento da depressão.


 

  • O Ômega-3 combate a Depressão e melhora o efeito dos Antidepressivos:


 

Os pesquisadores primeiro suspeitaram da ligação entre o ômega-3 e a saúde mental, quando eles observaram que a população que consome boa quantidade de alimentos do mar, tem os mais baixos índices de depressão. Por exemplo, pesquisadores do National Institute of Health, descobriram que o alto consumo de peixe em um país, eatá relacionado com baixos índices de depressão.

Os pesquisadores estão observando agora o aumento dos índices de depressão em áreas no mundo que estão saindo da dieta rica em ômega-3, para uma dieta moderna cheia de alimentos processados que tipicamente fornecem quantidades mínimas de gorduras saudáveis.


 

Baixos níveis de ômega-3 estão relacionados com o suicídio, a mais séria de todas as manifestações da depressão. De fato, baixos níveis de ômega-3 têm uma influência no aumento do risco de tentativa de suicídio.

Em um estudo recente indivíduos com depressão sem o uso de medicamentos por 2 anos e com baixos níveis de ômega-3, predizem o risco de um comportamento suicida.

A suplementação com óleo de peixe, poderia potencialmente prevenir, muitas das 765.000 tentativas de suicídio e 30.000 suicídios que ocorrem a cada ano nos EUA.


 

Uma evidência crescente sugere que a função do ômega-3 em ajudar no alívio da depressão é muito válida. Depois de uma recente revisão em vários estudos científicos, os pesquisadores notaram que os estudos melhores designados, mostram que o ômega-3 beneficia as pessoas que sofrem de depressão.

O mais importante é que eles notaram que o ômega-3 mostrou resultados positivos em uma boa variedade de população de pacientes, provando que estes ácidos graxos fornecem um alívio para pacientes de todas as idades que são afligidos pela depressão.


 

Além do mais, o ômega-3 também pode beneficiar pessoas que já usam drogas antidepressivas, mas não estão obtendo bons resultados. Em um estudo com pessoas usando drogas juntamente com ômega-3, foi notado melhora em vários sintomas; incluindo a depressão, a ansiedade, distúrbios do sono, e libido deficiente.

Similarmente, um recente estudo feito na Inglaterra examinou os efeitos do ômega-3 em pacientes medicados sofrendo de depressão relacionado com desordem bipolar ou um outro tipo de depressão chamada de maníaco depressiva. Aqueles que suplementaram com ômega-3 em adição as drogas antidepressivas, obtiveram ótimos benefícios quando comparados aos pacientes que usaram somente os medicamentos.


 

  • O Ômega-3 mantém a saúde da Função e das Estruturas Cerebrais:


 

Na última década, os pesquisadores descobriram que os ácidos graxos essenciais como o EPA e o DHA são cruciais a todas as estruturas cerebrais.

Mais de 60% do cérebro humano é composto por células adiposas (gordura), a qual isola as células nervosas para proporcionar uma boa condução elétrica dos sinais. Mais de um terço da gordura do cérebro é composta por ácidos graxos ômega-3, como aqueles encontrados no óleo de peixe. Os cientistas concluem que esse distúrbio da falta de ácidos graxos prejudica a estrutura do cérebro e a deficiência de ácidos graxos essenciais, contribuem para as desordens cerebrais.


 

O ômega-3 também beneficia a saúde cerebral, através de seus efeitos no fluxo sanguíneo para o cérebro.

A deficiência de ômega-3 provoca a diminuição no fluxo sanguíneo cerebral em animais. E em outra descoberta intrigante os pesquisadores constataram que alguns pacientes com depressão, apresentam da mesma forma, o fluxo sanguíneo reduzido em várias regiões do cérebro.

O ômega-3 promove um humor saudável (bom humor), porque garante um ótimo fluxo sanguíneo para o cérebro.

Além do mais, a deficiência de ômega-3, está relacionada com a deficiência dos níveis de fosfatidilserina; um importante nutriente para o cérebro, que proporciona o suporte para uma memória saudável e apresenta efeito anti-depressivo em humanos.

A fosfatidilserina é um nutriente chave para assegurar uma ótima função cerebral e pode ajudar a prevenir o declínio cognitivo ocasionado pelo envelhecimento.


 

  • O Ômega-3 Beneficia a Saúde Cerebral combatendo a Inflamação:


 

A deficiência de ômega-3 compromete a saúde cerebral porque promove a inflamação, a qual é a base das doenças degenerativas como o câncer, o diabetes, a artrite e a doença cardíaca, que são normalmente acompanhadas pela depressão clínica.

A inflamação está associada com a produção de certas citoquinas que tem uma forte influência no humor depressivo.

O ômega-3 reduz a produção de compostos pró-inflamatórios. Suprimindo a cascata inflamatória, o ômega-3 reduz a incidência da depressão.


 

Dando suporte a ligação entre inflamação e depressão, um recente estudo mostrou que as drogas que bloqueiam a inflamação ajudam no controle da depressão.

Uma vantagem adicional do ômega-3 é que eles não apresentam efeitos colaterais como as drogas antiinflamatórias.

Juntos, esses estudos indicam que a deficiência em ômega-3 leva a um desequilíbrio bioquímico e um aumento em compostos pró-inflamatórios que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão.

Manter uma ótima ingestão de ômega-3 é crucial para uma boa saúde cerebral, considerando seu forte efeito em suprimir a inflamação.


 

  • Ótimas Fontes e Dosagens de Ômega-3:


 

A melhor fonte de ômega-3 para humanos é o óleo de peixe de águas frias.

A American Heart Association recomenda 1000mg da combinação de EPA/DHA.

Os americanos consomem em média 130mg, ou seja, somente 13% do recomendado.

Em estudos clínicos os pesquisadores usam entre 1000 e 4000mg de ômega-3, e algumas vezes até ultrapassam as 4000mg.

Essas gorduras saudáveis devem ser consideradas nutrientes essenciais para a saúde como um todo e também para aqueles que buscam atingir e manter uma ótima saúde mental e sensação de bem estar.


 


 


 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Leptina e Emagrecimento


Entendendo os riscos da resistência À Leptina.


 

Descubra o caminho para uma vida longa, com o mínimo de gordura corporal.


 

Artigo retirado da Revista Life Extension (www.lef.org)

Edição do mês de Fevereiro/2009.

Escrito por Chris Lydon, MD

- Sahu A. Leptin signaling in the hypothalamus: emphasis on energy homeostasis and leptin resistance. Front Neuroendocrinol. 2003 Dec;24(4):225-53.

- Wang MY, Orci L, Ravazzola M, Unger RH. Fat storage in adipocytes requires inactivation of leptin's paracrine activity:

implications for treatment of human obesity. Proc Natl Acad Sci USA. 2005 Dec 13;102(50):18011-6.

- Martin SS, Qasim A, Reilly MP. Leptin resistance: a possible interface of inflammation and metabolism in obesity-related

cardiovascular disease. J Am Coll Cardiol. 2008 Oct 7;52(15):1201-10.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141

reinaldonutri@gmail.com


 


 

Se você estiver como a maioria dos americanos, você está lutando com pelo menos algumas libras extras. E se você tem mais de 40 anos, essas libras extras provavelmente estão se acumulando na cintura e no abdomen.

Esta distribuição de gordura é mais do que um simples aborrecimento. A gordura que se acumula na região da cintura é extremamente perigosa! Isto porque ela promove a liberação de citoquinas pró-inflamatórias, e estas"citoquinas" parecem estar envolvida em quase todas as doenças degenerativas relacionadas com a idade.


 

Obesidade abdominal é uma característica oficial da Síndrome metabólica, também conhecida como "síndrome X", ou "pré-diabetes." A Síndrome Metabólica é uma constelação de processos patológicos insidiosos que nos colocam a um risco significativamente maior para doenças do coração, diabetes, câncer e demência.

Até muito recentemente, a maioria das pessoas não tinham muito que fazer, para reduzir significativamente o excesso de gordura abdominal. Felizmente, novas pesquisas identificaram um mecanismo que têm o potencial de reverter o ganho de peso da meia-idade e os marcadores associados com a Síndrome metabólica como os altos níveis sanguíneos de glicose, colesterol LDL e proteína C-reativa.


 

  • O QUE É LEPTINA?


 

A Leptina é um hormônio produzido pelos adipócitos (células de gordura), que funcionam para manter uma composição corporal magra por pelo menos dois mecanismos distintos:

Primeiro, modula o apetite se ligando a uma área específica do cérebro; conhecida como hipotálamo, onde sinaliza a saciedade (inibe o apetite).

Normalmente, um estado de boa nutrição é refletido por um aumento na produção de leptina e, em troca, a leptina elevada no sangue sinaliza ao hipotálamo para limitar a fome. E segundo, a leptina aumenta a habilidade do corpo para acessar e utilizar os depósitos de gordura como fonte de energia.

A Leptina chamou a atenção da comunidade médica na metade da década de 90, quando sua administração em ratos geneticamente obesos, fizeram os animais perderem 30% do peso corporal rapidamente, em duas semanas com injeções diárias de leptina. Em 1995, os cientistas acreditaram que eles tinham descoberto finalmente o santo graal do controle de peso. Estudos humanos estavam rapidamente a caminho, mas quando os indivíduos obesos receberam injeções de leptina, os resultados esperados nunca apareceram: o apetite não era suprimido e o peso não diminuía.


 

Embora ficassem desapontados pela suplementação de leptina não induzir a perda de peso em humanos, os pesquisadores não foram pegos totalmente de surpresa. Pesquisa prévia já tinha revelado que os indivíduos com sobrepeso tinham muito mais leptina no sangue,

que as pessoas com peso normal. Na realidade, os estudos demonstraram finalmente que ambos; tanto o total de gordura

corporal, bem como o tamanho das células de gordura que um indivíduo possui, estão correlacionados diretamente à quantia de leptina produzida. Em resumo, quanto mais gordo você é, mais leptina você terá flutuando na sua circulação sangüínea.

E isto implora uma pergunta óbvia: como um composto que normalmente funciona para manter a magreza, seja constantemente mais elevado em indivíduos que estão muito obesos?

Os investigadores acreditaram que o paradoxo aparente pudesse ser explicado por uma resistência adquirida a leptina. Desde que, o sobrepeso leva este hormônio a níveis cronicamente elevados, eles acreditam na hipótese que a exposição prolongada a esta sobrecarga de leptina pôde eventualmente fazer os tecidos ficar "imune" aos efeitos deste hormônio, ao mesmo tempo que perdem a capacidade normal para responder a ele. Mais que uma década depois, os investigadores ainda estão trabalhando firme para elucidar o que se mostrou ser sumamente complicado nesta interação entre genes e hormônios. Não obstante, muitos aspectos de resistência a leptina já foram prosperamente decifrados e descritos na literatura científica.


 

Por exemplo, nós sabemos agora que a resistência à leptina compartilha muito em comum com a resistência à insulina. Como a resistência à insulina, a resistência à leptina é uma condição inflamatória crônica que contribui diretamente para o ganho de peso progressivo, perda de peso extremamente difícil e peso subseqüente recuperado. Mas as conseqüências cosméticas (superficiais) da resistência à leptina é a menor das preocupações! Atrás do sobressalente "pneu", existem múltiplas deficiências orgânicas fisiológicas que nos colocam ao risco enormemente maior para condições que percorrem desde a diabetes, como doenças do coração, câncer e demência.


 

  • COMO A RESISTÊNCIA À LEPTINA NOS MANTÊM SEMPRE OBESOS E NOS FAZ DOENTE:


 

Estar cronicamente com sobrepeso nos conduz a níveis de leptina extremamente elevados, e cronicamente à leptina elevada eventualmente causa aos tecidos alvo, mais notavelmente os adipócitos e os neurônios a perderem a capacidade para responder ao hormônio leptina.

Como o tamanho e o número dos adipócitos aumentam com o ganho de peso, eles bombeiam cada vez mais leptina na circulação em uma tentativa para enviar a mensagem ao cérebro que os depósitos de gordura já estão repletos e o apetite precisa ser bloqueado. Porém, por estas mesmas células de gordura estarem constantemente banhadas em níveis elevados de leptina, elas perdem a sensibilidade progressivamente pelo excesso de leptina e continuam trabalhando para produzir mais leptina. Como você pode imaginar, a sensibilidade inadequada do receptor se traduz numa resposta nula ao hormônio, que tem dois resultados infelizes: primeiro, a oxidação normal de ácidos graxos (queima de gordura) dentro do adipócito é significativamente anulada e, segundo, o adipócito se torna menos inclinado para absorver ácidos graxos livres da circulação. Isto resulta num excesso de ácidos graxos que flutuam na circulação sangüínea causando uma resistência funcional à insulina dentro dos tecidos periféricos como os músculos.


 

Como as células de gordura resistentes à leptina, as células musculares resistentes à insulina deixando de responder neste caso, à insulina. Como resultado, as moléculas de glicose são bloqueadas de entrar no tecido muscular e ao mesmo tempo elevam o nível de glicose no sangue. O fígado percebe a hiperglicemia e, em um esforço para prevenir progressão para o diabetes tipo 2, as células do fígado respondem quebrando as moléculas de glicose e as transformando em mais ácidos graxos livres. Em troca, os ácidos graxos livres adicionais contribuem para aumentar os depósitos de gordura; aumentando a

produção de leptina, aumentando a resistência à leptina, e o ciclo vicioso continua a cada dia pior.

Infelizmente, os adipócitos não são as únicas células submetidas aos efeitos crônicos da leptina elevada. Quando a resistência à leptina começa a se manifestar, os neurônios no hipotálamo também mostram uma resposta diminuída à leptina circulante. Porém, estes mesmos neurônios normalmente respondem à leptina se esta for injetada diretamente no cérebro, sugerindo que, ao contrário dos adipócitos os neurônios retêm a sensibilidade dos receptores à leptina, apesar da resistência à leptina. Obrigado para um grupo de cientistas da Universidade de Pittsburgh do Departamento de Biologia de Celular e Fisiologia, nós estamos agora a um passo mais íntimo para entender os mecanismos que estão por baixo deste fenômeno.


 

O grupo de Pittsburgh identificou recentemente uma classe de proteínas no sangue humano que interage diretamente com a leptina de soro. Uma destas, a Proteína C-reativa (CRP), que é um marcador de inflamação sistêmica e um pré-requisito de risco cardíaco; e este mesmo estudo mostrou que níveis elevados de CRP, dobram as chances de um paciente morrer dentro dos primeiros 28 dias, seguindo um infarto agudo.

Pesquisas prévias relacionam a CRP elevada, produzida pelos adipócitos e células do fígado, e o aumentou dos níveis de leptina no sangue. Mas a real inovação veio quando os investigadores descobriram que em humanos a Proteína C reativa (CRP), se liga à leptina e, desta forma, impede à leptina de sinalizar a saciedade (controle do apetite).

Em estudos pré-clínicos, a infusão de CRP humano em ratos obesos, deficientes na leptina, bloqueou os efeitos normalmente observados da leptina exógena e não influiu na perda de peso. Em ratos geneticamente criados para produzir CRP humano, os efeitos da leptina no controle do apetite e na diminuição de peso eram completamente anulados. Os autores sugerem que CRP humano que se liga a leptina possa interferir com a habilidade da leptina para atravessar a barreira sangue-cérebro, e então alcançar o hipotálamo.


 

  • O QUE VOCÊ PRECISA SABER - ENTENDENDO OS RISCOS DA RESISTÊNCIA À LEPTINA:


 

Nova e excitante pesquisa revela um método moderno para reduzir o excesso de gordura abdominal e os marcadores associados a

Síndrome metabólica.

A gordura corporal em excesso não é somente um problema estético, ela também contribui para um risco muito grande ao aparecimento de doenças. A Gordura abdominal, uma característica marcante da Síndrome metabólica, é particularmente perigosa porque promove a liberação de citoquinas pró-inflamatórias.

Sem acesso para chegar até os neurônios que controlam o apetite, não importando o quanto de leptina esteja presente na circulação sangüínea. Até mesmo em casos de obesidade extrema e correspondentemente a leptina no sangue elevada, o sinal de saciedade nunca é ativado porque a CRP se liga à leptina e impede a mesma de cruzar a barreira sangue-cérebro para suprimir o apetite. Desta forma, bloqueando a função fisiológica da leptina, a CRP representa um componente poderoso na progressão da resistência à leptina e no ganho de peso constante.


 

  • O QUE VOCÊ PODE FAZER CONTRA A RESISTÊNCIA À LEPTINA?


 

Você pode fazer muito para prevenir a inflamação sistêmica e todas suas conseqüências negativas incluindo a resistência à leptina, através da escolha do estilo de vida.

Evitando os carbohidratos de alto índice glicêmico e alimentos processados, que possuem forte ação pró-inflamatória, e ao mesmo tempo usar suplementos com ação antiinflamatória como o ômega-3 e se ocupar com atividade física regular, seria um dos meios para lutar contra o começo da inflamação crônica e manter um peso corporal saudável. Mas se você é como os milhões de americanos que por uma combinação de circunstâncias da vida, ou genéticas, ou por exposição a toxinas ambientais; já sucumbiu até certo ponto a inflamação crônica e o ganho de peso, existiria uma saída?


 

Infelizmente, não importa como fielmente você abrace um estilo de vida antiinflamatório, a pesquisa indica claramente que será mais difícil você perder peso se você for resistente à leptina. E se você estiver com sobrepeso, é praticamente certo que você está sofrendo de algum grau de resistência à leptina. E mais, como aproximadamente 90% das pessoas que perderam peso prosperamente no passado, perceberão rapidamente, que este peso possui uma probabilidade alta e misteriosa de reaparecer. Agora, graças a estudos emergentes sobre a resistência à leptina, os pesquisadores estão começando a perceber que a redução de peso ainda pode lançar outro ciclo vicioso que traz uma dificuldade extrema para a pessoa se manter magra. Aqui está a explicação deste fenômeno:


 

Como você pode recordar a produção de leptina se relaciona com a adiposidade (% de gordura corporal); sobe ou cai naturalmente com o aumento ou diminuição da gordura corporal, respectivamente. Porém, se o ganho de peso é significativo ou prolongado o bastante para provocar o desenvolvimento da resistência à leptina, a perda de peso subseqüente, parece causar um estado de insuficiência de leptina relativa. Em essência, depois que você se torna obeso, a quantia de leptina que seu corpo exige para ficar magro novamente pode exceder o que seu corpo quando magro produzia.

Quando a insuficiência relativa de leptina mostra o seu malefício, as adaptações ao metabolismo muscular e modulações nas funções hormonais simpáticas e autônomas, fazem a recuperação do peso ser algo inevitável.

As pesquisas que visaram anular a insuficiência relativa de leptina com o uso de leptina exógena tiveram algum sucesso inicial; mas até mesmo se você não presta atenção a injeções diárias para o resto de sua vida, seu suplemento de leptina é uma armadilha perigosa! Afinal de contas, é o excesso de leptina em primeiro lugar, que provoca o ciclo vicioso de resistência à leptina. Além disso, à leptina não existe em um isolado vazio de controle de peso. Como qualquer bom hormônio, os efeitos da leptina em nosso corpo são de longo alcance e complexos. E, além disso a pesquisa atual sugere que à leptina elevada provoca o crescimento de certas malignidades, inclusive muitas formas de câncer de seio (o que ajuda a explicar o maior risco de câncer de seio observado em mulheres obesas).


 

Da mesma forma, níveis cronicamente altos de leptina no sangue, podem aumentar o risco de ataque cardíaco e também promovem a hipertrofia cardíaca.

Então, o suplemento de leptina provavelmente não é a resposta. Talvez se houvesse algum modo para interceptar o fundamento cascata de resistência à leptina, e dar um curto circuito no processo inteiro? De acordo com investigações inovativas, esta seria a única maneira.

A Leptina é um hormônio que é fundamental para manter a composição corporal magra. A resistência à leptina e sua inabilidade para estabelecer o sinal de saciedade está associada com uma inabilidade para a perda de peso e uma tendência para contrair doenças.

Um extrato da planta africana, chamado Irvingia Gabonensis, mostra uma tremenda promessa na correção da resistência à leptina, enquanto promove a perda de peso e o combate a alguns componentes da Síndrome metabólica.


 

Em um estudo duplamente cego, indivíduos com sobrepeso e saudáveis que suplementaram com o extrato de Irvingia perderam em

média 14 kg, durante um período de 10 semanas. A porcentagem de gordura corporal e a circunferência da cintura diminuíram; como também os parâmetros metabólicos inclusive o colesterol LDL, a proteína C-reativa, e a glicose em jejum.

A Irvingia facilita a quebra de gordura corporal, reduzindo uma enzima (glicerol-3-fosfato dehidrogenase), que facilita a glicose de ser armazenada como triglicerídio nos adipócitos. Além disso, a Irvingia aumenta a adiponectina, que é o hormônio que melhora a sensibilidade e ação da insulina; e ainda inibe a amilase que é a enzima digestiva que está envolvida na digestão dos carboidratos.

As pesquisas clínicas sugerem que o uso da Irvingia gabonensis a uma dose de 150 mg duas vezes ao dia é um método saudável e efetivo para a perca de gordura corporal excessiva e dos vários componentes da Síndrome metabólica.


 

  • INTRODUZINDO - IRVINGIA GABONENSIS:


 

Profundamente nas selvas luxuriantes e tropicais de Camarões, se cultiva uma planta frutífera conhecida como Irvingia gabonensis. Parte da culinária e tradição local, extratos das sementes desta fruta estão fazendo manchetes na literatura científica, devido à sua habilidade misteriosa de induzir a perda de peso na ausência de qualquer outra alteração de estilo de vida. Como as pesquisas continuam elucidando os muitos mecanismos de ação desta notável espécie botânica, se percebe rapidamente que os numerosos super-poderes da Irvingia,

estão relacionados diretamente com a sua habilidade para combater a resistência à leptina, abaixando os níveis circulantes de CRP (Proteína C reativa).


 

Em um estudo duplamente cego, 102 voluntários com sobrepeso e saudáveis receberam uma dose de 150 mg de extrato de Irvingia ou placebo, duas vezes ao dia, antes de refeições, por um período de 10 semanas. Após a conclusão do período de teste, cada um dos nove parâmetros relativo à composição corporal e saúde, mostraram melhoria estatisticamente significante no grupo experimental.

Ao término de 10 semanas, o grupo que usou Irvingia perdeu uma média de 28 libras ou 14 kg!! (13.1% diminuição no peso corporal), uma perda de 17.02 centímetros na circunferência da cintura e uma redução na gordura corporal total uma média de 18.4%.

Tão dramático quanto eram as reduções no peso e as melhorias na composição corporal, as mudanças nos marcadores sanguíneos de inflamação e os prognósticos de doença cardíaca e diabetes eram talvez anida mais extraordinários. O grupo da Irvingia demonstrou uma redução de 26% no colesterol total, uma redução de 27% na lipoproteina de baixa-densidade (LDL), uma redução de 32% na glicose em jejum e você adivinhou o nível sanguíneo da CRP caiu por um gritante índice de 52%.


 

Atualmente, não há outra combinação existente, seja farmacêutica ou nutracêutica, que pode se aproximar da magnitude e da gama dos resultados observados durante as dez semanas deste estudo clínica com a Irvingia gabonensis. Mas como um único e natural extrato de uma planta possui tão largo espectro de benefícios?

De acordo com Professor Julius Oben, cientista de pesquisa, bioquímico e conferencista na Universidade de Yaoundé em Camarões, a obesidade e a síndrome metabólica são processos multifatoriais e complexos. Ele acredita que a eficácia notável da Irvingia é devida ao número de diferentes parâmetros fisiológicos que o extrato consegue atingir.


 

Diz Oben, "Se você não aborda e controla cada componente da obesidade, você não consegue ir muito longe."

Realmente, a diversidade dos mecanismos de ação da Irvingia está surpreendendo bastante. Além de seu impacto favorável no equilíbrio da leptina, a Irvingia também promove a saúde influenciando outros hormônios, inclusive a adiponectina e a insulina, como também as

enzimas como a amilase e glicerol-3-fosfato dehidrogenase.

Como a leptina, a adiponectina é manufaturada dentro dos adipócitos e tem um papel importante dentro da manutenção do metabolismo normal e peso corporal saudável.

Ao contrário da Leptina, a produção de adiponectina está inversamente relacionada a adiposidade. Com a perda de gordura corporal, ocorre a elevação subseqüente na adiponectina e acredita-se que o aumento da adiponectina circulante; media a resposta de insulina aprimorada, tipicamente observada durante a perda de peso. Estudos demonstram que a adiponectina tem efeito antiinflamatório, antidiabético e cardioprotetor.

Semelhante ao TZDs (thiazolidinedionas, um tipo de medicamento diabético), a administração da Irvingia in vitro mostrou estimular a produção menor de adipócitos, melhor sensibilidade à insulina, um efeito indireto do aumento do nível sérico de adiponectina. Porém, ainda mais impressionante é a pesquisa que também indica diretamente que a Irvingia estimula a expressão do gene da adiponectina dentro do adipócito. No final do estudo clínico de dez semanas descrito anteriormente, a média de adiponectina sérica entre os indivíduos do estudo teve um aumento de 160%!!


 

Mas os efeitos benéficos do extrato na adiponectina e na leptina, são somente uma parte de como a Irvingia combate e ajudar a reverter a

resistência à insulina. A Irvingia também mostrou experimentalmente que inibi a amilase, a enzima digestiva responsável pela quebra

dos carboidratos complexos em carboidratos simples. Como resultado desta atividade anti-amilase, a Irvingia reduz a taxa pela qual a glicose

entra na circulação sangüínea. Isto, em troca, funcionalmente abaixa o índice glicêmico dos carboidratos absorvidos, ocasionando uma menor secreção de insulina (resposta insulínica), um efeito que é ao mesmo tempo, antidiabético e antiinflamatório.


 

Administração de Irvingia também tem um efeito inibitório poderoso na glicerol-3-fosfato dehidrogenase, uma enzima produzida dentro

adipócito, que facilita a conversão de glicose sanguínea a triglicerídio (gordura). Em essência, a intervenção da Irvingia reduz a quantia

de açúcares ingeridos que se transformam e são armazenados como gordura corporal. E este efeito ajuda a atenuar a resistência à leptina e a resistência à insulina pela diminuição da adiposidade geral e pelo aumento crescente nos níveis de adiponectina.


 

  • E SOBRE AS REAÇÕES ADVERSAS?


 

Como a Irvingia ostenta uma extensa gama de efeitos fisiológicos potentes, poderia a Irvingia provocar algum risco para a saúde. Bem, o único efeito colateral agudo informado pelos indivíduos analisados no estudo foi uma diminuição incisiva no apetite, logicamente devido à significativa diminuição da CRP no sangue, o que permitiu à leptina a alcançar seus receptores alvos no hipotálamo e propiciar uma

saciedade notável.


 

Embora, o uso a longo prazo do extrato ainda não tenha sido estudado, Oben acredita que existe poucos argumentos para suspeitar que o uso prolongado da Irvingia provocará o mínimo efeito adverso. Afinal de contas, a população indígena tem se alimentado com a Irvingia durante séculos, sem sofrer qualquer efeito danoso aparente.

Na realidade, foi uma resistência inexplicada ao diabetes e a obesidade demonstrada por membros de duas tribos locais, que primeiro chamaram a atenção dos pesquisadores. Oben e seus parceiros perceberam logo que as duas comunidades nativas compartilhavam algo único; as duas comunidades usavam a sementes da Irvingia que era usada como engrossador da sopa e ambas as tribos comiam muita sopa! Na região ocidental central da África, onde estes raros indivíduos magros e saudáveis residem, a Manga de arbusto ou Irvingia como é localmente conhecida, é uma comida vendida dentro de todo o comércio, e os habitantes a consomem tipicamente pelo menos uma vez por dia. "O processo de extração não é muito diferente de como você ingere a Irvingia quando está cozida", explica Oben. "É consumido virtualmente na forma que nós administramos (em nossos estudos). As pessoas locais que comem isto 10 vezes por semana têm feito isto por toda sua vida."

De forma interessante, Dr. Oben mostrou que a obesidade está se tornando epidêmica em muitos países menos desenvolvidos, porque o consumo de comidas ocidentais (industrializadas), é visto como um símbolo de status.


 

  • RESUMO:


 

Um dos problemas mais frustrantes encontrados nas pessoas de meia-idade é um aumento na gordura abdominal, que é resistente à maioria das dietas e aos programas de exercício. Ganho de peso abdominal não só é cosmeticamente pouco apresentável, mas também uma trilha para doenças degenerativas.

Na realidade, um estudo novo mostrou que até mesmo em pessoas que não estão classificadas com sobrepeso, a gordura abdominal num excesso de somente duas polegadas (cinco centímetros), aumentou o risco de morte em homens em 17% e mulheres em 13%.


 

Nós sabemos agora que um fenômeno chamado de resistência à leptina possui um papel primordial no desenvolvimento da obesidade abdominal.

Felizmente, Dr. Oben e seus colaboradores identificaram um extrato de planta (Irvingia), que não só inverte a resistência à leptina, mas

também facilita a quebra de gordura corporal reduzindo uma enzima (a glicerol-3-fosfato dehidrogenase), que habilita a glicose para ser

armazenada como triglicerídio nos adipócitos. A Irvingia também aumenta a adiponectina, e este age como um hormônio sensibilizador da insulina; e ainda inibe a enzima digestiva chamada amilase, que permite a quebra e absorção dos carboidratos e sua passagem para a circulação sangüínea.


 


 

Observação importante:

A Irvingia começa a mostrar seus efeitos mais intensos após o primeiro mês, por este motivo eu aconselho seu uso por no mínimo dois meses ou mais.

domingo, 15 de maio de 2011

BCAA e Recuperação Muscular


BCAA: PREVINE A FADIGA, MELHORA O DESEMPENHO, ACELERA A RECUPERAÇÃO.

Postado em: 13 de Outubro/2008 (www.ast-ss.com)
Artigo editado por Paul Cribb Ph.D. CSCS.

- Can J Appl Physiol 27:646–663, 2002.
- Front Biosci. 1;12:344-57, 2007.
- European Journal of Applied Physiology, 97; 664-672, 2007.
- Med Sci Sports Exerc 30:83–91, 1998.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com

Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs), são um seleto grupo de aminoácidos essenciais; leucina, isoleucina e valina. O corpo não pode sintetizá-los, e eles devem ser providos em abundância na dieta. Nos anos recentes os BCAAs têm recebido uma grande atenção dos cientistas esportivos e esta atenção parece ser bem merecida.
Mais do que qualquer outro aminoácido, (os blocos que constroem as estruturas dentro de nosso corpo) eles perfazem vários papéis indispensáveis no metabolismo do músculo, particularmente durante e depois de um exercício intenso. Na realidade, baseado nas evidências que examinei, posso afirmar que a presença ou ausência dos BCAAs pode afetar profundamente seu desempenho, recuperação e resultados de seu treinamento.

 BCAAs: O CORDÃO-DE-GUERRA...
A maioria dos fisiculturistas sabe que os BCAAs são indispensáveis à síntese de novas proteínas. Eles também são necessários para formar todas as biomoléculas que constroem o cabelo, as unhas e várias enzimas digestivas. Porém, os BCAAs são os únicos que também podem ser utilizados extensivamente como fonte de energia, particularmente durante o exercício de alta-intensidade. 1,2
Os BCAAs entram neste caminho pela remoção de um grupo amino pela enzima transaminase que então vai alimentar o ciclo da uréia. O outro "produto" desta transaminação é um keto ácido que entra no caminho da energia aeróbia (o ciclo ácido cítrico). Os BCAAs são glucogênicos, o que significa que eles são convertidos facilmente em glicose, pelo processo de gluconeogênese. Isto tende a ser o destino dominante do BCAA durante o exercício intenso, particularmente durante dietas de baixa caloria.

Se você estiver tentando construir músculo, saiba que os BCAAs também são os aminoácidos mais potentes, que acendem a síntese de proteína no músculo, que é o mecanismo subjacente de recuperação celular, e ganhos em massa muscular.
Para obter um físico perfeito, a maioria das pessoas sabe que um treinamento intenso é vital. A restrição calórica também é crucial. Então, é fácil ver como os BCAAs terminam em um estado constante de "cordão-de-guerra" entre prover energia para abastecer intensos treinamentos e também fornecer os blocos construtores que são indispensáveis para a reparação e assimilação (crescimento) da musculatura.
Porém, como se estes dois processos não fossem bastante importantes, os BCAAs também provêem pelo menos duas outras funções exclusivas que são imperativas aos atletas que treinam de forma intensa.

 A LIGAÇÃO BCAA-GLUTAMINA:
Os BCAAs são utilizados para sintetizar glutamina exclusivamente; o aminoácido que é o combustível primário do sistema imune. Porém, a quantia de glutamina dentro de músculo governa taxas de síntese de proteína e a massa de proteína contrátil como também provê precursores para proteção antioxidante. A glutamina possui a importante função de manter níveis saudáveis de secreção de insulina, como também regular a expressão de muitos genes relacionados ao metabolismo, defesa imune e reparação celular.

A suplementação é um passo a satisfazer as necessidades extraordinárias de seu corpo durante treinamento intenso, mas não esqueça que os BCAAs fornecem até 70% de nossas necessidades diárias de glutamina. E estas exigências são inexoráveis. Períodos de intensa tensão metabólica, como treinamento e dieta podem facilmente ultrapassar as capacidades de síntese de glutamina. Os BCAAs são os únicos aminoácidos que podem ser usados para sintetizar glutamina e como eu mencionei antes, eles fornecem mais de 70% de nossas necessidades diárias de glutamina.
Estimativas metabólicas indicaram que sem esta síntese constante de glutamina a partir dos BCAAs, o corpo humano ficaria sem nenhuma glutamina em 7 horas ou menos!!!

 BCAA: BLOQUEIA A FADIGA DO SNC:
A maioria dos atletas, não estão atentos à forte influência dos BCAAs no desempenho aos exercícios. Vários estudos têm relacionado diretamente a suplementação e a prevenção de fadiga do sistema nervosa central.
A suplementação pode prevenir o cansaço do SNC, competindo com triptofano livre e sua passagem do plasma sanguíneo para o cérebro. Os estudos demonstram que a suplementação pode prevenir a fadiga do SNC em atletas que usam uma dose de 2-6 gramas por hora de exercício. De forma interessante, esta quantia também mostrou uma significativamente diminuição da percepção do esforço e/ou aumentou o desempenho de resistência.
Um recente estudo mostrou que o suplemento de leucina (aproximadamente 3.6 gramas / dia para um indivíduo de 80kg) aumentou as concentrações de BCAA no plasma, a força da parte superior do corpo e um tempo maior na execução do exercício antes de chegar ao esgotamento em um grupo de remadores.

Debaixo de uma variedade de circunstâncias, num estudo bem controlado o suplemento mostrou melhorar o desempenho ao exercício. Isto coloca o BCAA em uma categoria de elite de ajudas ergogênicas comprovadas em pesquisas; esses nutrientes mostraram em pesquisas que melhoram o desempenho ao exercício. Todos os atletas podem estrategicamente suplementar para ajudar a prevenir a fadiga do SNC e impulsionar o desempenho durante intensa atividade. Eu recomendo uma dose de BCAA trinta minutos antes e outra no meio da atividade física para qualquer treinamento que dure mais do que 30 minutos. Os fisiculturistas e os atletas de força podem fazer o uso desta dose no meio do treino, sendo este um modo rápido para ajudar prevenir o acúmulo de triptofano e a conseqüente fadiga do SNC.
Para pessoas que gostam de participar de exercícios intensos de duração prolongada como triatlon, andar de bicicleta em montanhas, ou eventos baseados no tempo como futebol americano etc, eu recomendo uma porção a cada 40-60 minutos de atividade. Eu achei esta estratégia particularmente útil para evitar a fadiga exatamente na parte final da atividade ou jogo.

Outro benefício importante é que o BCAA possui um efeito muito positivo na composição corporal. Aparte de seu potente efeito anabólico para o músculo; por razões que ainda não estão claras aos cientistas, uma dose alta de BCAA parece aumentar a perda de gordura durante o treinamento com pesos.
Evidências científicas afirmam que o suplemento de BCAA pode prover vários benefícios importantes debaixo de uma grande variedade de circunstâncias. Estas vantagens variam na demora da fadiga do sistema nervosa central a redução no dano muscular e o fornecimento de um valioso combustível para o músculo, como também acelerar a recuperação e impulsionar a imunidade depois de um exercício intenso. Não importa qual seja o seu esporte, as pesquisas provam que os BCAAs são uma adição muito válida para o seu arsenal de suplementação.

domingo, 1 de maio de 2011

Whey Protein e Imunidade


WHEY PROTEIN E IMUNIDADE.

Artigo retirado do site www.usdec.org
Escrito por Paul Cribb, PH.D.
Diretor de pesquisa, AST (www.ast-ss.com), Colorado
Editado por Carla Sorensen,
Diretora do Instituto de Proteína do Soro do Leite, Minnesota.
- Cribb PJ, Williams AD, Hayes A and Carey MF.
The effect of whey isolate on strength, body
composition and plasma glutamine.
Med Sci Sports Exerc 34;5:S299, 2002.
- Cross ML, and Gill HS, Modulation of Immune
Function by a Modified Bovine Whey Protein
Concentrate. Immunology and Cell Biology 77: 345-
50,1999.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com

A composição especial das proteínas do soro do leite provê uma atividade biológica que excede as propriedades de uma boa fonte de aminoácidos.
Eles são alguns dos poucos ingredientes que tem a capacidade de
modular a função imune e mostraram sua ação em ambos os estudos de cultura de células (in vitro e in vivo) e em modelos animais.
Novas evidências científicas mostram seus benefícios para adultos
ativos.
Embora os mecanismos exatos não tenham sido completamente compreendidos, as proteínas do soro do leite parecem modular a função imune impulsionando a produção de glutationa (GSH)
em vários tecidos e preservando a glutamina do reservatório muscular.
A Glutationa (GSH) é a substância mais importante do nosso sistema de defesa e antioxidante, ela regula muitos aspectos da função imune.
A Glutamina muscular é o combustível essencial do sistema imune.
Então, a incorporação de proteínas do soro na dieta pode ajudar a promoção de uma forte imunidade e proteger a saúde de pessoas ativas de todas as idades bem como daqueles que estão com o sistema imune comprometido.
A habilidade para evitar muitas formas de doenças, e as doenças dependem em grande parte do estado de sua imunidade (forte ou fraca).
Exercitar-se, ter um estilo de vida muito ocupado e o próprio envelhecimento, são fatores que comprometem a função imune.
Enquanto o estado nutricional influencia a saúde do sistema imune,
as pesquisas reforçam que, do lado da nutrição, é preciso muito mais
do que uma dieta balanceada para aperfeiçoar a função imune, manter uma boa saúde e prevenir doenças.
Em comparação à maioria das outras fontes de proteínas, as proteínas de soro são inigualáveis em sua habilidade para aperfeiçoar inúmeros
aspectos fundamentais da função imune.

 INTRODUÇÃO AO SISTEMA IMUNE:
O sistema imune é freqüentemente dividido em dois tipos de defesas; a específica e a não específica.
Defesas celulares não específicas como os fagócitos e as células assassinas naturais (Natural Killer), atacam e destroem micróbios invasores, não requerendo marcadores de antígeno específicos, considerando que a legitimidade da defesa imune específica
é a precisão e a memória. A defesa imune específica envolve o recrutamento das células B e células T (linfócitos); só
estas células se lembram como dominar e vencer invasores do passado
e então formam a base para produção de todas nossas vacinas. A defesa imune Específica envolve duas estratégias de reconhecimento. A primeira é a resposta imune humoral que consiste em proteínas do protoplasma solúveis derivadas das células B e anticorpos chamados de imunoglobulinas que são sintetizados em resposta a substâncias invasoras.
A segunda forma de imunidade específica consiste na resposta imune celular direta, onde os linfócitos T atacam diretamente e eliminam as
Células infectadas por vírus ou células cancerosas.
Algumas células T, (chamadas de ajudante), produzem substâncias químicas como as citoquinas que se comunicam e recrutam outras
células do sistema imune. Freqüentemente, todos estes sistemas de defesa trabalham sinergisticamente juntos para destruir os organismos
invasores.
O sistema imune é uma vasta e complexa rede de células, órgãos e moléculas que trabalham juntas para defender o corpo contra microorganismos estranhos como bactérias, parasitas e vírus. O sistema imune tem a habilidade para reconhecer milhões de
invasores estranhos e qualquer coisa que engatilhe
uma resposta imune para estes invasores é
chamada de antígeno. O sistema imune tem muitas maneiras diferentes de prevenir a invasão de partículas estranhas
incluindo as barreiras atômicas, como a pele e as membranas mucosas que fisicamente bloqueiam a entrada de micróbios
e as barreiras fisiológicas, como a temperatura corporal e a acidez que inibem o crescimento e eliminam os micróbios. Se os invasores
atravessam essas barreiras, diferente processos celulares são ativados para atacar e eliminar o antígeno. Para proteger e manter a saúde, este processo essencial ocorre virtualmente centenas de vezes todos os dias e nunca cessa.

 FATORES DO ESTILO DE VIDA QUE AFETAM A FUNÇÃO IMUNE:

- ENVELHECIMENTO:
O envelhecimento está associado com um aumento na geração de radicais livres, esses processos bioquímicos ocorrem todos os dias
e isto pode conduzir a um stress oxidativo. A tensão oxidativa prejudica as membranas celulares e as proteínas e são responsáveis
pelo início de muitas das doenças que são normalmente associadas
ao envelhecimento. Uma das funções principais do sistema imune
é a redução do stress oxidativo.
Indivíduos que vivem uma vida longa e saudável, parecem ser munidos com ótimos mecanismos de defesa celulares que mantêm
uma forte resposta imune.

- APTIDÃO FÍSICA:
O nível de aptidão física de um indivíduo (eficiência cardíaca) é entendido agora por ser um fator importante na prevenção de doenças cardíacas, particularmente em homens, aumentando também sua longevidade. A performance física só pode ser melhorada com a prática de exercícios físicos regulares e vigorosos.
Porém, os cientistas entendem agora que o exercício extenuante e prolongado, é uma tensão metabólica que suprime a função da célula imune.
O exercício tem um impacto direto sobre o sistema imune, afeta a distribuição de linfócitos dentro de nosso corpo e faz com que uma grande quantidade destas células imunes, seja removida da circulação. Esta diminuição transitória da ativação da defesa do hospedeiro é chamada de janela aberta da supressão imune.
Esta supressão temporária do sistema imune tem uma duração de 6 a 48 horas e predispõe as pessoas ativas a um risco maior de infecção durante o treinamento físico.
Há uma evidência crescente que o estilo de vida e o hábito dietético são importantes co-fatores na resposta imune ao exercício. O treinamento físico, sem uma ótima intervenção nutricional pode resultar numa função imune enfraquecida.
Muitas pessoas ativas não sabem que seus músculos e seu sistema imune estão intimamente conectados. O aminoácido glutamina é o combustível essencial que dá poder a função imune e é sintetizado predominantemente dentro do tecido muscular.
Este aminoácido não pode ser fabricado através das células imunes e deve ser fornecido ao músculo. O sistema imune requer grande quantidade de glutamina em uma base contínua.
Problemas surgem se as demandas metabólicas excedem as taxas de síntese. Quando o estilo de vida possui fatores que causam tensão (como nutrição inadequada e falta de sono), e isto é combinado com um treinamento físico intenso, a demanda do corpo para glutamina pode facilmente exceder sua capacidade de síntese. Tudo isto pode resultar em uma redução no desempenho atlético. E ainda ocasionar repercussões mais sérias como a recorrência de infecções e
doenças persistentes como a Síndrome da fadiga crônica.

A inter-relação entre hábitos dietéticos e de qualidade de vida continua sendo uma forte intenção de numerosas áreas de pesquisa.
Muitos destes estudos epidemiológicos; clínicos e pré-clínicos mostram uma evidência constrangedora de que muitos dos componentes dietéticos essenciais e não essenciais são capazes de melhorar a
função imune ajudando na prevenção de doenças. Porém, as dietas de
muitos adultos nos Estados Unidos e numerosos outros países não contêm o bastante dos nutrientes que aperfeiçoam o sistema imune.
Para se iniciar e manter a resposta imune, uma rápida síntese de proteínas é necessária e isto porque os aminoácidos (nutrientes que formam as proteínas), são críticos para a função imune.
O consumo inadequado de proteína prejudica a imunidade, com um prejuízo particular no sistema das células T, e isso resulta no aumento
da incidência de infecções oportunistas.
Entretanto, uma quantidade significativa de pesquisas mostram agora que o tipo de proteína em dietas nutricionalmente adequadas
influenciam a eficácia da resposta imune.
Estudos mostram que as proteínas do Soro do leite (Whey), podem melhorar o status da glutationa.
Glutationa é o combustível essencial que fornece poder para função imune.
Descrevendo a influência de nutrientes que regulam a imunidade, é importante entender que o termo exato para descrever estas propriedades é modulação.
Esta palavra (Modulação), engloba o estímulo e a supressão da resposta vinda dos nutrientes que resultam em um favorável impacto na imunidade.

Proteína do Soro do leite e quantidade de aminoácidos (Porção de 100 gramas):

Whey Concentrado – 80% Whey Isolado
Triptofano 1,20g Triptofano 1,50g
Treonina 5,36g Treonina 6,25g
Isoleucina 4,80g Isoleucina 5,90g
Leucina 8,08g Leucina 13,00g
Lisina 7,84g Lisina 9,15g
Metionina 1,60g Metionina 2,05g
Cisteína 2,72g Cisteína 3,10g
Fenilalanina 2,48g Fenilalanina 2,30g
Tirosina 2,24g Tirosina 3,15g
Valina 4,45g Valina 5,35g
Arginina 2,00g Arginina 3,65g
Histidina 1,20g Histidina 1,35g
Alanina 4,08g Alanina 6,00g
Ácido aspártico 8,00g Ácido aspártico 9,00g
Ácido glutâmico 13,28g Ácido glutâmico 13,00g
Glicina 1,36g Glicina 2,35g
Prolina 5,12g Prolina 4,80g
Serina 4,08g Serina 5,00g

Fonte: Dados obtidos da análise nutricional de proteínas do soro fabricadas nos EUA.

 CAPACIDADE IMUNO MODULADORA DO WHEY PROTEIN:
Um, de muito poucos ingredientes (ou suplementos dietéticos) que mostram o poder de modular a função imune, usando provas em modelos in vitro e in vivo, são as proteínas do soro. Freqüentemente as melhorias correlataram com uma melhora mensurável refletida na saúde imune.
A Proteína do soro é uma classe solúvel de proteínas do leite que compõem aproximadamente, 20% das proteínas do leite bovino total.
Proteína do soro é um termo coletivo que cerca uma gama de frações,
inclusive a principal classe de proteínas bovinas, a alphalactalbumina e a beta-lactoglobulina, e frações secundárias como a lactoferrina, as imunoglobulinas e fatores de crescimento celular.
Individualmente, estas frações são descritas como imuno estimulantes e são substâncias que modulam uma grande parte das funções imunes.
As frações das proteínas do Whey estão ligadas a uma gama de funções bioativas como seus efeitos prebióticos, promoção da reparação de tecidos, manutenção da integridade intestinal, destruição de patógenos e eliminação de toxinas. Comercialmente disponíveis, o Whey concentrado (WPC) e o isolado (WPI), são misturas ricas e heterogêneas destas proteínas. Esta revisão esta focada em dados
obtidos com a incorporação de WPC (freqüentemente WPC/80) e ingredientes de WPI na dieta.
A adição de WPC na dieta mostrou melhorar significativamente os anticorpos primários e secundários da área intestinal como também as
respostas para uma variedade de vacinas diferentes com antígenos que são atualmente usados dentro da área médica.
Um estudo demonstrou isso em roedores que consumiram uma dieta que contém 20% de proteína (WPC); este mostrou significativamente
melhor resposta imune para a vacina da gripe, difteria, tétano,
vacina da poliomielite e toxina da cólera, isto comparado a ratos alimentados com uma dieta habitual.
A adição de WPC na dieta resultou em níveis mais altos de anticorpos antígeno-específico em todos estes desafios imunes; á curto prazo (2 semanas) e a longo prazo (12 semanas) de administração.
Um dos passos mais importantes na reatividade específica imune é expansão clonal (proliferação), para produzir uma piscina de limfócitos antígenos reativos.
Para propósitos experimentais, a proliferação dessas células imunes
em animais vivos são estimuladas pela adição de culturas de células de mitógenos, as quais são focadas para as células B ou para as células T. Em estudos que compararam uma gama de fontes de proteína comercialmente disponíveis, a superioridade de proteínas do soro para melhorar a reatividade imune específica é bem clara.
Com respeito á infecção parasitária no intestino; ratos alimentados com alfa-lactoalbumina, (20% do consumo de proteína diária), mostrou aumentar significativamente a produção de células brancas do sangue (CD4+ e CD8+), a contagem de linfócitos e a uma maior produção de citoquinas através de células do baço do que aqueles alimentados com caseína ou proteína isolada de soja. Estes resultados,
combinados com a avaliação da produção de substâncias (oocyst) fecais (uma medida do nível de infecção), demonstrou que as proteínas do Whey, resultam num impacto muito maior na resposta imune do que a proteína da soja; e isto, em conseqüência de uma redução na severidade da infecção.

A resposta imune Humoral governa a taxa de produção de anticorpos e seu recrutamento no combate a microorganismos invasores e desta forma é vista como sendo um componente integrante da imunidade
específica. Em estudos que têm comparado os efeitos de fontes de proteína como proteínas de soro, soja, caseína, trigo, milho, clara de ovo, peixe, carne bovina e spirulina, (todos com a ingestão de 20% do consumo de proteína diária), a resposta imune humoral e a produção de anticorpos para microorganismos invasores, é significativamente melhor em animais alimentados com as proteínas do soro do leite. Este efeito estimulante do sistema imune, ocasionado pelas proteínas do soro foi observado em pelo menos seis linhagens de ratos, e em alguns exemplos a resposta imune observada com as proteínas do soro
eram quase cinco vezes maior, que a resposta observada com outra fonte de proteína da dieta.
Em ratos não desafiados com um estímulo imune, o tipo de proteína mostrou ter pouco ou nenhum efeito no crescimento corporal, consumo de alimentos, no nível de proteínas do soro e na circulação de leucócitos.
Porém, com respeito a um desafio imune, as proteínas do soro mostraram aumentar a imunidade humoral (medida pela formação de placas de células nos baços de ratos) para células T dependente de
antígenos que foi considerado tradicionalmente representar uma resposta imune normal.
Mais adiante averiguar melhor o papel das proteínas do soro na resposta imune humoral, os mesmos pesquisadores completaram outro
estudo que investigou os efeitos das diferentes proteínas na resistência
para uma infecção com pneumococos. Os ratos que foram alimentados com WPC (20g/100g da dieta de proteína), resistiram a uma infecção fatal com pneumonia por Estreptococos, por um período
significativamente maior que ratos alimentados com caseína.
A imunidade adquirida para esta infecção é em grande parte dependente da resposta humoral.
Baseado na literatura disponível, pode-se dizer que as proteínas do soro são mais efetivas para aperfeiçoar este aspecto fundamental da
imunidade específica.
Alguns estudos que examinaram os efeitos de diferentes proteínas na projeção de células imunes mostraram um impacto benéfico das proteínas do soro.
Em ratos, o WPC somado a uma dieta balanceada aumentou a resposta humoral e a função dos neutrófilos. Estas propriedades imuno estimulantes do WPC foram observadas em comparação direta com
suplementos de proteína isolada de soja.
Proteínas de soro também são capazes de aumentar outras respostas dos neutrófilos.
Um suplemento com WPC ou uma mistura de lactoferrin e lactoperoxidase, pode aumentar a habilidade dos neutrófilos para neutralizar a produção dos radicais livres e minimizar o stress oxidativo. Adicionalmente, a incorporação de lactoferrina na dieta mostrou aumentar a mediação das células T com as células natural killers (NK), função que se relaciona com uma maior proteção
Contra o citomegalovirus.

 O PAPEL DA GLUTATIONA E DAS PROTEÍNAS DO SORO DO LEITE NA IMUNIDADE
O sistema antioxidante feito pela Glutationa (GSH), é o mecanismo principal que protege as células contra tensão oxidativa causada pela poluição, toxinas, exercícios e pela exposição aos raios UV. Um papel importante do sistema imune é reduzir o stress oxidativo. Portanto, um
oferta adequada de GSH é um fator crucial na manutenção de um efetivo sistema imune.
O GSH deve ser sintetizado dentro das células usando três aminoácidos: cisteína, glutamato e glicina. Entretando, a cisteína
é o aminoácido limitante para a produção de GSH.
Um fornecimento adequado de cisteína, no plasma e tecidos são essenciais para manter uma alta relação entre GSH e GSSG nas células e assegurar uma ótima defesa contra o stress oxidativo.
As Proteínas do soro são uma fonte rica em cisteína. WPC e WPI geralmente contêm uma concentração de cisteína que é pelo menos
quatro vezes maior do que qualquer outra qualidade de proteína.
As proteínas fornecidas pelo WPC e pelo WPI mostram nas pesquisas ser um efetivo doador de cisteína, a qual mantém uma concentração de GSH ativo (uma razão de GSH:GSSG favorável) nas células. Em comparação a outras fontes de proteína comercialmente disponíveis,
a otimização da resposta imune pela maior produção de GSH nas células imunes, foi alcançada com o uso da proteína do soro do leite.

 WHEY PROTEIN, FUNÇÃO IMUNE E DESEMPENHO NO EXERCÍCIO
A suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) antes dos exercícios, mostrou prevenir o declínio na proliferação de linfócitos, e também, a queda pós-exercício das concentrações de glutamina no plasma. A glutamina do músculo é constantemente doada ao sangue porque é o combustível metabólico essencial que impulsiona o poder da função imune. Os BCAAs são exclusivamente usados pelo músculo para fabricar Glutamina. O Whey é a proteína
mais rica (e mais efetiva) fonte natural de BCAAs.
Uma pesquisa mostrou que a suplementação com WPI, (1.5 grama
por quilo de peso corporal por dia) por onze semanas podem manter as concentrações de glutamina no plasma que podem diminuir durante
intensos programas de treinamento, como também prover
significativamente melhores ganhos de força muscular do que a caseína.
Em termos de desempenho de resistência, outra pesquisa mostrou que seis semanas de suplementação com WPI (a dose de 1 grama por quilo de peso corporal por dia) preveniu um declínio duplo no sangue e na célula mononuclear de GSH, nas concentrações que foram vistas no
Grupo controle durante 6 semanas de treinamento intenso.

 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PARA AUMENTAR A IMUNIDADE:
O consumo de proteína (aminoácidos) inadequado pode retardar a função imune. A literatura atual sugestiona, que as exigências de proteínas para pessoas saudáveis e ativas pode ser mais alta, do que
foi previamente recomendado. Aumentar a quantidade de proteína na dieta é agora considerado uma estratégia segura e efetiva para
melhorar a saúde, porque abaixa as concentrações de lipídios no sangue, melhora o metabolismo da insulina / glicose e promove a perda do excesso de peso. Para manter uma ótima saúde e
função imune, a pesquisa atual sugere que os indivíduos ativos
e os adultos mais velhos aumentem o consumo de proteína, desconsiderando o que foi dito em pesquisas anteriores.
As pesquisas reforçam que o tipo de proteína na dieta pode influenciar a intensidade da resposta imune, até mesmo em dietas nutricionalmente adequadas.
Em comparação a outras fontes de proteína, as proteínas do whey mostraram impulsionar as concentrações de GSH, como também otimizar certos aspectos da função imune.
Proteínas de soro são rapidamente absorvidas dentro de nosso corpo
para prover uma quantidade abundante de aminoácidos essenciais para órgãos e tecidos, e eles estimulam os mecanismos de regeneração muscular.
O consumo de 20 ou 30 gramas de WPI e WPC junto com carboidrato
antes e depois do treinamento pode ser uma estratégia ideal para ajudar a minimizar a supressão imune induzida pelo exercício, como também acelerar a recuperação do músculo. Em virtude de seu perfil de aminoácidos excelente, sua cinética de absorção e de sua capacidade de fortalecer o sistema imune, a proteína do soro é um ingrediente altamente nutritivo que pode beneficiar uma variedade enorme de populações. Embora claro, as diretrizes relativas a uma dosagem diária de proteínas do whey ainda será estabelecida, as pesquisas têm mostrado benefícios com dosagens ao redor de 1.5g por
quilo de peso corporal por dia.

 PROTEÍNAS DO WHEY E CÂNCER:
Dados epidemiológicos indicam que a dieta é um fator principal na origem do câncer. A capacidade sem igual das proteínas do whey em aumentar a produção de GSH (Glutationa) e modular a função imune
inspirou os cientistas para investigar os efeitos de proteínas do soro em um carcinoma experimentalmente induzido.
Em ratos, usando um suplemento com WPC (20% de entrada de proteína), quando comparado com a caseína, mostrou abaixar a incidência e o tamanho de tumores de cólon. Este resultado foi
reproduzido em outro estudo vários anos depois, por um grupo diferente de pesquisadores.
Este estudo posterior também mostrou que o WPC teve o seu efeito protetor duas vezes contra o desenvolvimento de tumores intestinais,
quando comparado à proteína de soja. A Sociedade Americana de Câncer estima que o câncer de cólon permanecerá sendo a segunda causa de mortes por câncer nos Estados Unidos em 2004, seguida de câncer no seio, pancreático e câncer de próstata. Então, o potencial
anti-câncer realizado pela proteína do soro é particularmente pertinente para humanos.
As propriedades anti-carcinogênicas das proteínas do soro aparecem também agindo em tipos de malignidades como tumores mamários
em ratos (fêmeas). Em um estudo, a suplementação com whey
mostrou ser pelo menos duas vezes mais efetiva do que a proteína isolada de soja e reduzir duplamente a incidência de tumor e sua
multiplicidade.
A capacidade sem igual da proteína do soro para aumentar as
concentrações de GSH nas células e proteger contra o câncer, foi também mostrada em células humanas com câncer de próstata.
O tratamento com um whey isolado e hidrolisado (WPI), aumentou a GSH intracelular em 64% e protegeram células induzidas à morte pelo stress oxidativo; considerando que a suplementação com o caseinato de sódio hidrolisado não aumentou o GSH celular significativamente.
Em pesquisas com câncer, a suplementação com whey, mostrou manter uma alta concentração de GSH nas células e impulsionou as defesas antioxidantes celulares que promovem a detoxificação dos carcinógenos.
Devido aos resultados positivos, a suplementação com proteínas do soro, está começando a ser vista como uma terapia suplementar não farmacêutica no tratamento do câncer.
Dr. Michael Murray, autor de "Como Prevenir e Tratar Câncer com medicina natural", recomenda que pacientes com câncer usem 20 a 30 gramas de whey duas vezes por dia para obterem quantias adequadas de glutamina. Ele declara que tanto a glutamina e os aminoácidos de cadeia ramificada (a proteína de soro é muito rico em BCAAs), são críticos para a saúde celular e síntese protéica.
A Proteína do soro também pode ajudar a recuperação de apoio
de tratamentos de câncer, tal como quimioterapia, radiação e cirurgia.

 BENEFÍCIOS DAS PROTEÍNAS DO WHEY PARA FORTALECER A IMUNIDADE:
• Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) são metabolizados exclusivamente através do músculo para fabricar glutamina; o combustível que fornece poder para a função imune. Proteínas do soro
são a fonte conhecida mais ricas em BCAAs.
A Proteína do soro em formulações comercialmente disponíveis contêm aproximadamente 26% de BCAA e 6% glutamate. Portanto, mais de um terço de proteína do soro, têm um perfil de aminoácido
completamente centrados na síntese de glutamina muscular.
• A Cisteína é o aminoácido limitante para a formação de GHS. GHS é a peça central de todas as defesas antioxidantes e controla muitos processos chave da função imune.
As Proteínas do soro contêm pelo menos quatro vezes mais cisteína do que a concentração mais alta (por 100gms de proteína), quando
comparado a outras fontes de proteína de alta qualidade.
• Um aumento no status de GHS mostrou reforçar a função imune. Comparado com outras fontes de proteína comuns, as proteínas do soro incorporadas na dieta, impulsionam a produção de GHS
e aperfeiçoam a imunidade.
• A suplementação com proteínas do soro, também mostrou manter o status de GHS em pessoas saudáveis durante exercício intenso.
Em alguns exemplos, isto resultou num aprimorado atlético no
desempenho e na composição corporal (menos gordura corporal e mais tecido magro).

OS EFEITOS BENÉFICOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM WHEY NA INFECÇÃO POR HIV:
- Por Patrick Micke M.D., Departamento médico da Universidade de Johannes Gutenberg, Alemanha.

As Proteína do soro de alta qualidade, são uma fonte segura de aminoácidos e proteínas biologicamente ativas.
Como um suplemento nutricional, o whey é muito valioso para aumentar o teor protéico em dietas para pacientes infectados com HIV.
Há evidências crescentes que a qualidade das proteínas do soro
possuem propriedades terapêuticas dentro de condições patológicas diferentes.
No resumo a seguir destacaremos o os efeitos potenciais benéficos da
proteína do soro na infecção com HIV e também os ensaios clínicos que usam a proteína do soro como suplemento.
Suplementos de Alta Qualidade Protéica:
Embora as tentativas clínicas que usaram a proteína do soro, ou outros suplementos com alta qualidade de proteína sejam escassos, há indicações preliminares que pacientes infectados com HIV poderiam se beneficiar de uma dieta rica em proteínas. Uma tentativa clínica randomizada que incluiu 30 mulheres infectadas com HIV, e usaram a proteína do soro, exercícios progressivos ou a combinação das terapias anteriores, depois de catorze semanas de terapia, somente o grupo que usou whey mostrou ganho de peso corporal, considerando que a massa de célula clinicamente favorável (massa de células metabolicamente ativas), aumentou somente nos grupos que incluíram
exercício [Agin et al., 2001]. Um outro estudo randomizado que compara uma dieta rica em peptídeos com uma dieta de proteína com um padrão convencional; mostrou um resultado clínico superior (maior aumento de massa corporal magra e diminuição na freqüência de hospitalização) para a preparação que incluiu os peptídeos.
[Chlebowski et al.,1993].
Embora uma ótima quantia e fonte de proteína ainda seja um problema de debate intensivo, estas observações provêem razões para o uso de um suplemento com alta qualidade de proteína.

Os Suplementos de Whey podem Restabelecer os níveis de Glutationa em infecções com HIV:
Em um pequeno estudo piloto, 3 pacientes soro-positivo foram suplementados oralmente com uma quantia crescente de até 39g de de proteínas de whey por dia. Depois de 3 meses de tratamento o
conteúdo de GSH nas células mononucleares do sangue aumentado em 2 dos 3 pacientes e alcançou níveis normais em um indivíduo [Bounous et al.,1993]. Dois estudos clínicos controlados foram
executados recentemente. Primeiramente, em um estudo duplamente cego, 30 pacientes com uma avançada infecção por HIV foram randomizados diariamente para doses de 45g de dois tipos diferentes de proteínas de whey. O pó de proteína era usado em três porções iguais de 15g adicionalmente a sua terapia rotineira (90% da terapia antiretrovirótica convencional). Os níveis de GSH no plasma na pré- terapia estavam significativamente reduzidos. Depois de duas semanas de tratamento os níveis de GSH no plasma aumentaram notavelmente, chegando a níveis normais em ambos os grupos [Micke et al., 2001].

Whey e Perda de Gordura


Nutrição, Suplementos e Saúde

Whey Protein e Perda de Gordura Corporal


- Aumento dos Hormônios que controlam a Saciedade:

Duas pesquisas foram feitas na Inglaterra comparando os efeitos do Whey e da Caseína na supressão do apetite e no aumento dos hormônios que regulam a saciedade, incluindo o principal deles que é a Colecistoquinina.
Os efeitos do Whey foram superiores ao da Caseína, provocando um aumento de 60% nos níveis de Colecistoquinina, o que ocasionou uma maior sensação de saciedade, levando também a uma redução no apetite e uma menor ingestão calórica.

- Aumento da Sensibilidade Insulínica:

Dietas com alta ingestão protéica ajudam a reduzir o peso corporal e a aumentar a sensibilidade insulínica.
Num estudo realizado na Austrália, cientistas compararam como certos tipos de proteína influenciam na perda de peso e na sensibilidade insulínica.
Neste estudo ficou claro o maior efeito na saciedade quando se compara a proteína com carboidratos e gorduras, o alto teor de proteína também ajudou a diminuir a gordura corporal.
Além disso, o grupo alimentado com Whey demonstrou um aumento na sensibilidade insulínica e uma redução de 40% nos níveis plasmáticos de insulina, mostrando um melhor controle da glicose sanguínea e como conseqüência uma redução importante no acúmulo de gordura corporal.

- Melhora no Humor, Diminuição do Cortisol, e Aumento da Serotonina:

O Whey também ajuda na perda de peso, porque aumenta os níveis de um neurotransmissor crucial que é a Serotonina.
Níveis saudáveis de Serotonina estão relacionados com uma sensação de relaxamento, calma e melhora na habilidade para enfrentar situações de stress; enquanto que níveis baixos estão associados com depressão, ansiedade e péssimo controle do apetite.
A Serotonina é sintetizada a partir do triptofano, e uma das frações protéicas do Whey, a alpha-lactoalbumina é muito rica neste aminoácido essencial.
O aumento dos níveis de Serotonina cerebral contribui de forma incisiva no tratamento da depressão e também ajuda a controlar a obsessão por carboidratos e doces em geral, sendo isto uma conseqüência de uma diminuição na ansiedade.


Informativo retirado da Revista Life Extension(www.lef.org)
Edição do mês de Março/2006
Escrito por Will Brink, MD
Avaliable at: www.musclebuildingnutrition.com

Traduzido por Reinaldo José Ferreira Nutricionista – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com