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terça-feira, 17 de julho de 2012
Óleo de Côco - Dupla Ação no Emagrecimento
O ÓLEO DE CÔCO REDUZ A INGESTÃO CALÓRICA E AUMENTA O GASTO ENERGÉTICO:
Artigo editado por Aaron W. Jensen – PHD
- MacIntosh CG, Morley JE, et al. Effect of exogenous cholecystokinin (CCK)-8 on food intake and plasma CCK, leptin, and insulin concentrations in older and young adults: evidence for increased CCK activity as a cause of the anorexia of aging. J Clin Endocrinol Metab 2001;86:5830-7.
- Batterham RL, Dowley MA, Small CJ, et al. Gut hormone PYY(3-36) physiologically inhibits food intake. Nature 2002;418:650-4.
Artigo traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com
Alguma vez você já se perguntou o que faz você sentir fome - por que este persistente ronco em seu estômago o leva a deixar o seu lugar confortável no sofá e devastar a geladeira por bocados tentadores? Os cientistas há muito tempo tentam entender o que impulsiona o nosso desejo por alimentos, e eles encontraram uma resposta bem simples: os hormônios.
Os hormônios são as moléculas mensageiras em nosso corpo: eles são feitos em um órgão (por vezes alguns) e viajam pela corrente sanguínea para pedir que seu corpo responda de alguma forma. No caso da fome, os hormônios produzidos no sistema digestivo viajam pelo sangue até o cérebro para se certificar de que você procurar comida e então satisfaça o seu estômago. A maioria de nós sabe muito bem o quão eficaz esses hormônios podem ser.
“Comparado com LCTs, os MCTs têm um menor teor calórico, pois eles normalmente não são armazenados nas células de gordura (e sim usados instantaneamente como fonte de energia), e ainda estimulam a termogênese através do aumento da taxa de metabolismo basal do corpo.”
Os cientistas ainda estão trabalhando nos detalhes desse complexo sistema de comunicação entre o intestino e seu cérebro, mas eles têm esbarrado em alguns dos jogadores importantes que permitem que seu corpo saiba se ele deve procurar o alimento ou ficar no sofá. Um dos hormônios mais importantes no desencadeamento da fome é chamado de grelina. Feito pelo estômago quando está vazio, a grelina envia um sinal que diz "tenho fome" para o cérebro. Os neurônios no hipotálamo (uma parte do cérebro que regula o apetite, bem como o desejo sexual e sono) respondem, instruindo o corpo em busca de alimento (o que geralmente significa uma viagem rápida para a geladeira ou virar o carro para o restaurante mais próximo.
Bloqueando Nosso Apetite:
Claramente, se você sucumbir aos poderes da grelina muito facilmente, resultaria num sério ganho de peso. Sendo por isso muito importante termos também hormônios para colocar freios em nosso apetite e enviar o sinal "estou cheio" para o cérebro. Esses hormônios da saciedade são chamados PYY (peptídeo YY) e CCK (colecistoquinina). PYY e CCK são produzidos até o final de uma refeição e são responsáveis por dar-lhe o sentimento de satisfação completa.
Os MCTs Ajudam a Suprimir o Apetite:
O sinal "estou saciado" é acionado de forma mais eficaz por parte de alguns alimentos do que outros. Em geral, as gorduras são os mais eficazes ingredientes dietéticos para induzir a produção de PYY e CCK, reduzindo assim o desejo de comer. Nem todas as gorduras são igualmente eficazes na supressão do apetite, entretanto os triglicerídeos de cadeia média (TCM), por exemplo, parecem ser mais eficazes do que o muito mais comum triglicerídeos de cadeia longa (TCL), quando se trata da diminuição do apetite. A inclusão de MCTs em sua dieta - na forma de óleo em saladas, para cozinhar ou mesmo puro pode contribuir de forma efetiva em sua batalha para o controle de peso.
Os MCTs são diferentes praticamente de todos os outros tipos de gorduras . Comparado com LCTs, que representam a maior parte de toda nossa ingestão de gordura, os MCTs têm um menor teor calórico; tipicamente não são armazenados nas células de gordura, e eles estimulam a termogênese (produção de energia sob a forma de calor), aumentando a taxa de metabolismo basal em nosso corpo, que é uma medida da quantidade de energia gasta na realização de funções básicas e involuntárias, tais como a respiração, a digestão, e os batimentos cardíacos.
Os MCTs Aumentam a Saciedade:
Os MCTs trabalham por vários mecanismos diferentes para ajudar você a controlar o seu peso. Um deles está relacionado com a saciedade, o sentimento de satisfação provocado por um estômago cheio. Pesquisadores Franceses alimentaram diferentes grupos de pessoas no café da manhã que possuíam ou um baixo teor de gordura ou eram ricas em um destes vários tipos de gordura: MCTs, LCTs saturados (por exemplo, banha de porco), e LCTs insaturado (por exemplo, azeite); em seguida, eles observaram o comportamento e as respostas metabólicas para essas diferentes refeições.
Durante o estudo, todos os indivíduos eram restritos às salas que não continham sinais do tempo: eles foram mantidos sob luz artificial, sem janelas e sem dispositivos de percepção de tempo, e eles foram autorizados a pedir comida quando estivessem com fome novamente.
O período de tempo entre cada pedido de refeição (almoço e jantar) foi monitorado, assim como a quantidade de alimento (valor calórico) consumido em cada uma dessas refeições.
Os pesquisadores descobriram que os cafés da manhã com baixo teor de gordura resultaram em intervalos de tempo significativamente menores entre os pedidos de refeições do que os cafés da manhã ricos em gordura. Isto não é surpreendente, considerando que as gorduras são as melhores no desencadeamento da resposta de saciedade. Isso mostra que dietas com mais gordura induzem a uma maior saciedade e permitem que os indivíduos permaneçam mais saciados por intervalos mais longos.
“Por um período superior a sete dias, mulheres em dietas com MCTs queimaram mais de 350 calorias do que aquelas em dietas com LCTs”.
O Uso de MCTs Resulta Numa Menor Ingestão Calórica:
A quantidade de alimento consumido pelo grupo MCT no almoço foi significativamente menor do que as quantidades consumidas por qualquer grupo LCT ou o grupo de baixo teor de gordura. O teor calórico total do almoço consumido pelo grupo MCT foi 18,4% inferior ao do grupo que usou gordura saturada-LCT, 16,5% inferior ao do grupo de baixo teor de gordura, e 5,4% menor do que a do grupo que usou gordura insaturada-LCT. Os autores concluíram que a ingestão de alimentos nestes indivíduos é inferior com o uso dos MCTs, através de um "mecanismo pós-absortivo" que aumenta a saciedade e consequentemente induz a um menor consumo de alimentos na próxima refeição.
Hormônios: A Chave para a Supressão do Apetite
Os cientistas conhecem sobre a função do hormônio CCK (colecistoquinina) por um longo período de tempo. O intestino delgado começa a secretar esta molécula no final de uma refeição e deixa o sistema digestivo começar a quebrar as gorduras (a última porção de uma refeição ao entrar no intestino proveniente do estômago). Por exemplo, CCK estimula a vesícula biliar a se contrair e liberar a bile para o intestino delgado para ajudar na digestão das gorduras. Mas isso não é tudo que ela faz. Esta também entra na corrente sanguínea e é transportada para o cérebro, onde age suprimindo o apetite. De fato, acredita-se que o problema comum de apetite reduzido em idosos, seja em parte causado por níveis elevados de CCK.
O hormônio PYY (peptídeo yy) tem recebido muito mais atenção recentemente, graças em grande parte a um artigo que apareceu no Jornal Britânico Nature. Esta pesquisa demonstrou que a injeção de PYY na corrente sanguínea de voluntários saudáveis reduziu sua ingestão de alimentos em um terço ao longo de 24 horas. PYY é normalmente produzida no trato gastrointestinal após uma refeição, e a quantidade produzida parece correlacionar-se estreitamente com a ingestão calórica total. Assim, quanto mais você come, mais você produz PYY, e menos alimento você ingere na próxima refeição. PYY pode ser um grande candidato para um suplemento inibidor do apetite, mas é provável que demore pelo menos uma década, antes que este hormônio possa ser transformado em uma terapia útil no controle de peso.
MCTs – O Melhor Tipo de Gordura
Todas as gorduras não são exatamente iguais. Sabemos que as gorduras insaturadas (as formas monoinsaturadas e poli-insaturadas) proporcionam benefícios substanciais à saúde quando comparadas com as gorduras saturadas (um exemplo é a dieta mediterrânea rica em azeite de oliva monoinsaturada). E destes, os ácidos graxos ômega-3 (ácidos graxos são precursores de gorduras) encontrados em óleos de peixes de água fria, são especialmente benéficos com relação a função mental e a saúde cardiovascular.
Todas as gorduras consistem de uma molécula de glicerol unidas a até três cadeias de hidrocarbonetos (quando três, a molécula é chamada de triglicerídeo, a forma mais comum de gordura).
Estas cadeias, de comprimento variável, são derivados de ácidos graxos, que são encontradas naturalmente nos nossos alimentos. Nosso corpo processa diferentes tipos de gorduras de forma diferente, dependendo em parte do comprimento das cadeias de hidrocarbonetos, bem como do seu grau de saturação com átomos de hidrogênio. A maioria das gorduras dietéticas, tais como aquelas mencionadas acima, são triglicerídeos de cadeia longa (LCTs), com cadeias de hidrocarboneto contendo tipicamente 14 a 22 átomos de carbono.
Os Triglicerídeos de cadeia média (MCTs) são menores, com cadeias de 6 a 12 átomos de carbono, mas com uma preponderância forte por cadeias de 8 a 10 carbonos. Os MCTs são mais fáceis para o corpo digerir - eles podem ser absorvidos diretamente a partir do intestino e então, são enviados para o fígado onde ocorre um rápido processamento e assimilação. Em contraste, os LCTs devem ser submetido a enzimas digestivas no intestino, convertido a uma nova forma nas células intestinais, e incorporado a mecanismos de transportes moleculares, para somente então, chegar ao fígado para o processamento. Isto ajuda a explicar por que razão os MCTs são uma boa fonte de gordura para as pessoas com síndrome de má absorção, onde as gorduras comuns dos alimentos são mal absorvidas pelo corpo, devido a várias disfunções do pâncreas, fígado, sistema digestivo e sistema linfático.
Outra diferença importante entre o MCT e LCT é que os MCTs são menos ricos em energia do que seus primos de cadeia longa. Isto significa que se você consumiu as mesmas quantidades de MCTs e LCT, você estaria recebendo menas calorias dos MCTs, visto que, os MCTs fornecem 8.2 calorias por grama de gordura, contra 9 calorias dos LCT (uma redução de 9%) . Com passar do tempo, esse maior conteúdo calórico (no caso do LCT) pode fazer uma grande diferença.
Em termos de controlo de peso, estes resultados são interessantes, sugerindo que os MCTs podem desempenhar um papel significativo na supressão do apetite.
Os MCTs Aumentam o Gasto Energético:
Estudos mais longos com MCTs também foram realizados; mas com diferentes objetivos em mente. Pesquisadores canadenses focaram sua pesquisa no gasto energético de indivíduos mantidos em dietas ricas em MCT ou LCT, eles investigaram o impacto dos MCTs em 12 mulheres não obesas na fase de pré-menopausa durante um período de 2 semanas. Durante 14 dias seguidos, todas as mulheres foram alimentadas com os mesmos tipos de alimentos, mas as refeições num grupo foram preparadas com LCTs, enquanto as refeições do outro grupo foram preparadas com os MCTs. Essa foi a única diferença, e a quantidade total de alimentos servidos foi a mesma para ambos os grupos.
No sétimo e no décimo quarto dia do experimento, os pesquisadores registraram o gasto energético total e a taxa de metabolismo basal das mulheres envolvidas no estudo. Já no sétimo dia, ambas as medidas foram significativamente maiores no grupo que usou o MCT: a taxa de metabolismo basal tinha aumentado 4,4%, e o gasto energético total cresceu 3,1%.
Para colocar isto em perspectiva real, a quantidade de energia gasta teve um aumento de 52 e 45 calorias por dia, respectivamente. Durante o período de sete dias, as mulheres que seguiram a dieta com MCT queimaram 350 calorias a mais do que aquelas na dieta com LCT. Este aumento no gasto calórico deve-se unicamente a diferenças do tipo de gordura da dieta, e não a qualquer outro fator, como por exemplo, o aumento de atividade física.
MCTs – Uma Receita para o Sucesso:
Num mercado que cultua dietas milagrosas, perda de peso da noite para o dia e "abdominais rasgados" sem o incômodo de exercícios; os resultados acima podem parecer banais. Mas quando você somar todos os benefícios individuais dos MCTs; torna-se claro que a inclusão deste tipo de gordura na sua dieta pode oferecer benefícios significativos. Considere por exemplo, que os MCTs têm um menor teor calórico do que LCTs numa base de peso por peso; eles podem reduzir a ingestão de alimentos em geral num curto espaço de tempo (diminuição do apetite), e ainda aumentam a taxa pela qual seu corpo queima calorias. Isso soa como uma receita para o sucesso; e todos nós podemos nos beneficiar nesta velha batalha contra o aumento da linha de cintura.
O MCT pode ser incorporado na sua dieta principalmente em saladas.
Deve ser utilizado, no entanto, como um óleo suplementar, e não como um óleo de substituição. Recomendamos uma porção de 1 a 3 colheres de sobremesa ou de sopa por dia.
Grandes quantidades de MCT podem resultar em desconforto gástrico e diarréia. Doses de mais de 5 colheres de sopa tomadas de uma só vez podem resultar em cólicas intestinais intensas. Comece com 1 colher de sobremesa de MCT e lentamente aumente a quantidade durante vários dias até o nível desejado em sua dieta.
“Dr. Jensen é um biólogo celular e tem conduzido pesquisas na Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos. Também ministra cursos universitários de biologia e nutrição e escreve extensamente sobre tópicos médicos e científicos”.
Nota do Nutricionista:
Meu objetivo como profissional de saúde é transmitir informação com embasamento científico.
Na maioria das vezes, isto não acontece nos meios de comunicação e as informações erradas ficam gravadas na mente das pessoas; impedindo que ela possa se beneficiar deste ou daquele suplemento.
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