Como o Óleo de Coco pode ajudar na Diminuição do Peso e da Gordura Abdominal.
Artigo Editado por Kris Gunnars, BSc.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
O óleo de coco é o tipo de gordura mais indicada para perda de peso e gordura.
Ela contém uma combinação única de ácidos graxos com efeitos potentes sobre o metabolismo.
Vários estudos mostram que apenas adicionando óleo de coco em sua dieta, você pode perder gordura , especialmente a gordura, "perigosa" no interior da cavidade abdominal.
Este artigo explica como o óleo de coco pode ajudar a perder peso e gordura abdominal.
Óleo de Coco é Rico em Triglicerídeos de Cadeia Média, Ácidos graxos que Aceleram o Metabolismo:
O óleo de coco é muito diferente da maioria das outras gorduras na dieta.
Enquanto a maioria dos alimentos contêm ácidos graxos de cadeia longa, predominantemente, o óleo de coco é composto quase inteiramente de ácidos graxos de Cadeia Média (1).
O segredo com estes ácidos gordos de cadeia média, é que eles são metabolizados de forma diferente do que as gorduras de cadeia mais longa.
Eles são enviados diretamente para o fígado a partir do trato digestivo, onde são utilizados para a energia imediatamente ou se transformam em corpos cetônicos.
Essas gorduras são muitas vezes utilizadas por pacientes epilépticos em dieta cetogênica, a fim de aumentar os níveis de cetona permitindo ao mesmo tempo um pouco mais de hidratos de carbono na dieta (2).
Há também algumas evidências de estudos com animais que as gorduras de cadeia média são armazenadas de forma menos eficiente do que outras gorduras.
Num estudo, os ratos foram superalimentados com qualquer gordura de cadeia média ou de cadeia longa. Os ratos alimentados com as gorduras de cadeia média ganharam 20% menos peso e 23% menos gordura corporal (3).
Mensagem Importante: O óleo de coco é rico em triglicerídeos de cadeia média, que são ácidos graxos que são metabolizados de forma diferente do que a maioria outras gorduras, levando a efeitos benéficos no metabolismo.
Como o Óleo de Coco pode Aumentar o Metabolismo, fazendo você Queimar mais Calorias em Repouso:
Uma caloria não é realmente uma caloria.
Diferentes alimentos e macronutrientes passam por diferentes vias metabólicas.
Os diferentes tipos de alimentos que comemos podem ter um efeito enorme sobre nossos hormônios e saúde metabólica.
Algumas vias metabólicas são mais eficientes do que outras e alguns alimentos requerem mais energia para serem digeridos e metabolizados.
Uma propriedade importante do óleo de coco é que ele é "termogênico" - comê-lo tende a aumentar o gasto de energia (queima de gordura) em comparação com a mesma quantidade de calorias provenientes de outras gorduras (4).
Em um estudo, 15-30 gramas (1 a 2 colheres de sopa) de gorduras de cadeia média por dia aumentou o gasto de energia em 5%, totalizando cerca de 120 calorias por dia(5).
Vários outros estudos confirmam estes resultados. Quando os seres humanos substituem as gorduras que estão comendo com gorduras MCT, eles queimam mais calorias (6).
Por conseguinte, uma de calorias de óleo de coco não é o mesmo que uma caloria de azeite ou de manteiga (embora estas gorduras sejam perfeitamente saudáveis também).
Mensagem Importante: Muitos estudos mostram que os triglicerídeos de cadeia média pode aumentar o metabolismo, em um estudo aumentando o gasto energético em 120 calorias por dia.
Óleo de Coco pode Reduzir o Apetite, fazendo você Comer Menos sem muito Esforço:
"A perda de peso é relativa as calorias consumidas e as calorias queimadas."
Mesmo que você considere isso uma simplificação drástica, é sobretudo verdade.
Se o seu corpo gasta mais energia (calorias) do que recebe, então você vai perder gordura.
Mas, embora seja verdade que precisamos de estar em um déficit calórico para perder peso, isso não significa que as calorias são algo que temos de contar ou estar muito conscientes.
Os seres humanos são muito capazes de se manter magro e saudável em seu ambiente natural. A epidemia de obesidade não começou até 1980 e nós nem sequer sabe o que uma caloria estava de volta no dia.
Qualquer coisa que reduza o apetite pode fazer-nos ingerir menos calorias sem ter que pensar sobre isso. Considere que o óleo de coco possui esse efeito.
Muitos dos estudos sobre os ácidos graxos de cadeia média mostram que, em comparação com a mesma quantidade de calorias provenientes de outras gorduras, eles aumentam a sensação de saciedade e levam a uma redução automática na ingestão de calorias (7).
Isso pode estar relacionado ao modo como essas gorduras são metabolizadas. É bem conhecido que os corpos cetônicos (que o fígado produz quando comemos óleo de coco) podem ter um efeito poderoso na redução do apetite (8,9,10).
Qualquer que seja o mecanismo, ele funciona. Em um estudo com 6 homens saudáveis, comer uma grande quantidade de MCTs ocasionou automaticamente uma ingestão de 256 calorias a menos por dia (11).
Em outro estudo com 14 homens saudáveis, aqueles que comeram MCTs no café da manhã comeram significativamente menos calorias ao almoço (12).
Então, o óleo de coco aumenta a queima de gordura (taxa metabólica) e também reduz o apetite.
Mensagem Importante: Muitos estudos mostram que as pessoas que adicionaram gordura de cadeia média à sua dieta reduziram o apetite e conseguiram aumentar sua taxa metabólica
Óleo de Coco pode ajudar a Perder Gordura, especialmente a "Perigosa" Gordura Abdominal:
Se o óleo de coco pode aumentar o metabolismo e reduzir o apetite, então ele deve ajudá-lo a perder gordura em longo prazo.
Na verdade, existem vários estudos que suportam esta afirmação.
Num estudo, 40 mulheres receberam ou 30 gramas (2 colheres de sopa) de um ou outro óleo; óleo de coco ou óleo de soja, durante 28 dias.
Elas foram instruídas a comer menos calorias e caminhar todos os dias. Estes foram os resultados (13):
Ambos os grupos perderam peso (cerca de 2 libras).
Apenas o grupo de óleo de coco diminuiu a circunferência da cintura (gordura abdominal), enquanto o óleo de soja, na verdade, teve um leve aumento na gordura abdominal.
O grupo óleo de coco tinha aumentado os níveis de colesterol HDL (bom), enquanto o óleo de soja tinham reduzido HDL e aumentado o LDL.
Neste estudo, o óleo de coco não causou perda de peso geral em relação ao óleo de soja, mas levou a uma significativa redução na gordura abdominal.
Em outro estudo em homens obesos, 30 gramas de óleo de coco durante 4 semanas reduziu a circunferência da cintura por 2,86 cm ou 1,1 polegadas (14).
Há também outros estudos que mostram que as gorduras de cadeia média levam à perda de peso, redução da circunferência da cintura e várias melhorias na saúde metabólica (15,16).
Os efeitos de perda de peso do óleo de coco parecem ser bastante leve, com exceção a gordura abdominal.
A gordura abdominal, também chamada gordura visceral, é a gordura que fica situada em torno de seus órgãos e causa inflamação, diabetes e doenças cardíacas.
Qualquer redução da gordura abdominal é susceptível de ter efeitos muito positivos na sua saúde metabólica, longevidade e reduzir drasticamente o risco de doenças crônicas.
O óleo de coco não pode fazer tudo isso sozinho.
Combinado com outras estratégias de perda de peso comprovadas (como cortar carboidratos e aumentar a proteína), tudo isto pode adicionar um montante significativo.
Portanto, o óleo de coco pode ajudar muito na saúde, em dietas saudáveis focadas na perda de peso/gordura, mas não espere que ele funcione como um milagre por si só.
Mensagem Importante: Ingerir óleo de coco é particularmente eficaz na redução da gordura abdominal (ou visceral) que fica entre os órgão internos do abdômen, que está fortemente associada com várias doenças.
Nota do Nutricionista:
Muitas pessoas ficam com receio do óleo de coco por ser uma gordura saturada.
Ele é realmente uma gordura saturada, mas que é muito mais saudável que os óleos vegetais (soja, milho, canola, etc), que consumimos exageradamente todos os dias.
Entre seus grandes trunfos podemos citar a redução da gordura visceral, a aumento do colesterol HDL e da taxa metabólica; três qualidades de extrema importância para saúde de qualquer indivíduo.
Ainda temos sua grande ajuda no tratamento de doenças cerebrais como o mal de Alzheimer, pela sua contribuição na formação de cetose.
Referências:
1) http://nutritiondata.self.com/facts/fats-and-oils/508/2.
2) Medium-chain triglyceride (MCT) ketogenic therapy. Epilepsia. 2008 Nov;49 Suppl 8:33-6.
3) Overfeeding with medium-chain triglyceride diet results in diminished deposition of fat. Am J Clin Nutr. 1983 Jan;37(1):1-4.
4) Greater rise in fat oxidation with medium-chain triglyceride consumption relative to long-chain triglyceride is associated with lower initial body weight and greater loss of subcutaneous adipose tissue. Int J Obes Relat Metab Disord. 2003 Dec;27(12):1565-71.
5) Twenty-four-hour energy expenditure and urinary catecholamines of humans consuming low-to-moderate amounts of medium-chain triglycerides: a dose-response study in a human respiratory chamber. Eur J Clin Nutr. 1996 Mar;50(3):152-8.
6) Medium-versus long-chain triglycerides for 27 days increases fat oxidation and energy expenditure without resulting in changes in body composition in overweight women. Int J Obes Relat Metab Disord. 2003 Jan;27(1):95-102.
7) Physiological Effects of Medium-Chain Triglycerides: Potential Agents in the Prevention of Obesity. http://jn.nutrition.org/content/132/3/329.full.
8) Ketosis and appetite-mediating nutrients and hormones after weight loss. Eur J Clin Nutr. 2013 Jul;67(7):759-64.
9) Effects of a high-protein ketogenic diet on hunger, appetite, and weight loss in obese men feeding ad libitum. http://ajcn.nutrition.org/content/87/1/44.long.
10) The ketone body β-hydroxybutyric acid influences agouti-related peptide expression via AMP-activated protein kinase in hypothalamic GT1-7 cells.
J Endocrinol. 2012 May;213(2):193-203.
11) Covert manipulation of the ratio of medium- to long-chain triglycerides in isoenergetically dense diets: effect on food intake in ad libitum feeding men.
Int J Obes Relat Metab Disord. 1996 May;20(5):435-44.
12) Influence of medium-chain and long-chain triacylglycerols on the control of food intake in men. Am J Clin Nutr. 1998 Aug;68(2):226-34.
13) Effects of Dietary Coconut Oil on the Biochemical and Anthropometric Profiles of Women Presenting Abdominal Obesity. http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs11745-009-3306-6/fulltext.html.
14) An Open-Label Pilot Study to Assess the Efficacy and Safety of Virgin Coconut Oil in Reducing Visceral Adiposity. ISRN Pharmacol. 2011; 2011: 949686.
15) Medium- and Long-Chain Triacylglycerols Reduce Body Fat and Blood Triacylglycerols in Hypertriacylglycerolemic, Overweight but not Obese, Chinese Individuals. http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs11745-010-3418-z/fulltext.html.
16) A good response to oil with medium- and long-chain fatty acids in body fat and blood lipid profiles of male hypertriglyceridemic subjects. Asia Pac J Clin Nutr. 2009;18(3):351-8.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2016
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Promoção Corpo de Verão – Dietas por Menos da Metade do Preço!
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As dietas são feitas online através do preenchimento de um formulário e podem ser requisitadas por pessoas de todo o Brasil e do mundo; o preço normal é de 200,00 reais, mas neste período o valor será de apenas 80,00 reais; promoção válida somente para dietas online.
O pagamento é feito através de depósito em conta.
Esta promoção compreende o período de 21/10/2016 até 21/11/2016.
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O profissional possui mais de 12 anos de experiência na área esportiva.
Caso queira conhecer mais do seu trabalho, favor acessar o link: http://suplementacaoesaude.blogspot.com.br/.
A dieta é elaborada de acordo com o objetivo do (a) atleta (diminuição de gordura ou ganho de massa magra) e vem acompanhada com uma tabela de suplementação com a quantidade e os horários que devem ser usados para maior eficácia e resultados.
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O acompanhamento ou as dúvidas podem ser solucionados por e-mail ou whatsapp.
E-mail: reinaldonutri@gmail.com
WhatsApp: (19) 9 9537-3152
Atenciosamente,
Reinaldo José Ferreira
Nutricionista
CRN3 6141
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segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Porque o Brasil é um Mercado Fértil para Agrotóxicos Proibidos.
Porque o Brasil é um Mercado Fértil para Agrotóxicos Proibidos.
Artigo editado por: Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida.
Postado pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Os fazendeiros do Brasil se tornaram os maiores exportadores mundiais de açúcar, suco de laranja, café, carnes e soja. Também conseguiram uma distinção nada boa: em 2012, o Brasil superou os Estados Unidos como maior importador de agrotóxicos do globo.
Esse rápido crescimento fez do Brasil um mercado atraente para agrotóxicos proibidos ou que tiveram a produção suspensa em países mais ricos por riscos à saúde e ao meio ambiente.
Pelo menos quatro grandes fabricantes de defensivos agrícolas, a norte-americana FMC Corp, a dinamarquesa Cheminova A/S, a alemã Helm AG e a gigante suíça do agronegócio Syngenta AG; vendem em solo brasileiro produtos banidos em seus mercados domésticos, conforme revelou uma análise de agrotóxicos registrados realizada pela Reuters.
Entre as substâncias amplamente vendidas no Brasil estão a paraquat, que é rotulada como “altamente tóxica” por órgãos reguladores dos EUA. Tanto a Syngenta como a Helm estão autorizadas a vender o produto no mercado brasileiro.
As próprias agências reguladoras do Brasil alertam que o governo não foi capaz de garantir o uso seguro de agrotóxicos, como são conhecidos os herbicidas, inseticidas e fungicidas. Em 2013, um avião pulverizador lançou inseticida sobre uma escola em Goiás. O incidente, que causou vômitos e tontura em alunos e professores e levou mais de 30 pessoas ao hospital, ainda está sendo investigado.
“Não conseguimos acompanhar…”, admite Ana Maria Vekic, chefe de toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão federal encarregado de avaliar os riscos dos agrotóxicos à saúde. “Não temos o pessoal ou os recursos para o volume e a variedade de produtos que os fazendeiros querem usar.”
A FMC, Cheminova e Syngenta afirmaram que os produtos que comercializam são seguros se usados adequadamente. A proibição em um país não significa necessariamente que um agrotóxico deveria ser proibido em toda parte, argumentam, porque cada mercado tem necessidades diferentes para suas várias colheitas, pestes, doenças e climas. A Helm, sediada em Hamburgo, não respondeu aos pedidos de comentário.
“Não dá para comparar um país temperado”, explica Eduardo Daher, diretor-executido da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef). “Temos mais pragas, mais insetos e mais safras.”
Especialistas em saúde pública rejeitam a justificativa. “Não importa se as safras e os solos no Brasil são diferentes…”, afirma Victor Pelaez, engenheiro de alimentos e economista da Universidade Federal do Paraná. “As pessoas, a saúde do ser humano, são iguais no mundo todo. Veneno em um lugar é veneno em todos, no Brasil também.”
Violação Disseminada:
Avaliações das agências reguladoras mostram que grande parte dos alimentos cultivados e vendidos no Brasil viola as regulamentações nacionais.
No ano passado, a Anvisa finalizou sua análise mais recente de resíduos de agrotóxicos em alimentos de todo o país. De 1.665 amostras coletadas, de arroz a cenoura e maçãs a pimentões, entre outros produtos, 29 por cento apresentavam resíduos que excediam os níveis permitidos ou continham agrotóxicos sem aprovação.
Desde 2007, quando o Ministério da Saúde do Brasil começou a manter uma série de registros mais recentes, o número de casos relatados de intoxicação humana causada por agrotóxicos mais que dobrou, de 2.178 naquele ano passou para 4.537 em 2013. O número anual de mortes ligadas ao envenenamento por esses produtos subiu de 132 para 206.
Especialistas em saúde pública dizem que as cifras reais são maiores, porque o acompanhamento continua sendo incompleto.
As pressões ficam claras em Limoeiro do Norte, município que fica a 197 km de Fortaleza (CE). O Estado era tudo menos um exemplo de fartura, mas a partir dos anos 1990 o Brasil criou um sistema de canais de irrigação na área e o plantio floresceu; e com ele o uso de agrotóxicos.
Em novembro, um tribunal federal manteve um veredicto que força a Fresh Del Monte Produce Inc., gigante global do mercado de frutas, a indenizar a viúva de um trabalhador que sofreu falência dos rins depois de manusear agrotóxicos regularmente. Em Limoeiro do Norte, um tribunal estadual está analisando as acusações contra um latifundiário acusado pela polícia de encomendar a morte de um ativista contrário ao uso de agrotóxicos.
“A região virou um grande laboratório para o pior da agricultura industrializada”, disse Raquel Rigotto, médica e socióloga da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. Raquel sustenta que sua equipe de pesquisa encontrou indícios de muitos agrotóxicos na água que sai de torneiras da região e uma taxa maior de mortes ali, ocasionadas por câncer, do que em cidades próximas com pouco plantio.
O mundo tem usufruído muito do boom de cultivo de alimentos no Brasil. A população deve crescer quase 30 por cento ao longo das próximas três décadas, o que representa outros 2 bilhões de bocas para alimentar.
O crescente setor agrícola do Brasil será uma fonte crucial na alimentação. Mas em razão de sua luz solar equatorial, do clima e das plantações que vicejam o ano todo, o Brasil também é um terreno fértil para insetos, fungos e ervas daninhas, e os agricultores aplicam cada vez mais agrotóxicos para mantê-los sob controle.
Lobby Poderoso:
Em 2013, o último ano com números disponíveis, os produtores brasileiros compraram o equivalente a 10 bilhões de dólares, ou 20 por cento do mercado global desses produtos. Desde 2008, a demanda do país aumentou 11 por cento por ano, mais do que o dobro da média mundial.
Um fator que vem impedindo salvaguardas mais rígidas para os agrotóxicos é o lobby cada vez mais poderoso do setor agrícola do Brasil.
Nas eleições do ano passado, o agronegócio só ficou atrás das empreiteiras nas doações de campanha para a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O apoio da presidente aos grandes projetos de infraestrutura e às fazendas industrializadas vêm revoltando os ambientalistas. As empresas de agricultura e alimentos do país representaram cerca de um quarto do dinheiro que ela recebeu dos grandes doadores, ou 89,5 milhões de reais, de acordo com registros eleitorais. Esta cifra baseia-se em uma análise das 118 maiores doações para a campanha de Dilma, o equivalente a 1 milhão de reais ou mais de cada doador.
No Congresso, quase metade dos 594 parlamentares tem identificação com a chamada “bancada ruralista”, grupo que aliviou as leis que proíbem plantações geneticamente modificadas e diminuiu os limites de desmate na Floresta Amazônica e em outras áreas florestadas. Propuseram, ainda, leis para deixar a regulamentação dos agrotóxicos a cargo de uma única agência, em vez das leis atuais que dão poder a Anvisa e as pastas de Agricultura e Meio Ambiente.
A assessoria de imprensa da Presidência da República não se pronunciou e sugeriu o Ministério da Agricultura. Por meio de uma nota, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Décio Coutinho, afirmou que os agrotóxicos são regidos pelas “leis ambientais mais rígidas do planeta”.
“O uso de agrotóxicos no Brasil obedece a normas e leis rigorosas que são cumpridas por grupos de técnicos, cientistas e funcionários públicos qualificados“, afirma.
Segundo Coutinho, esses grupos contam com total confiança da comunidade científica nacional e internacional e dos consumidores brasileiros e estrangeiros.
O secretário afirmou ainda que a relação entre o agronegócio e o governo, incluindo doações de campanha, é “ética e transparente“. E acrescentou que é um erro tentar insinuar, “sem qualquer indício ou fato”, que a administração pública do país seja submetida a influências. “Ou que o peso desta ou daquela bancada estaria limitando a aplicação das leis e o cumprimento das normas“, afirmou.
“A propósito: as bancadas são definidas pelo voto livre e soberano dos eleitores e sobre isso cumpre respeitar o direito constitucional do povo brasileiro“, acrescentou.
A influência da indústria e os orçamentos apertados das agências reguladoras limitam a capacidade brasileira para aplicar a regulamentação dos defensivos agrícolas.
Os Fazendeiros Adoram:
Tome-se como exemplo o tempo que a Anvisa leva para avaliar um defensivo agrícola que um fabricante pretende vender no Brasil. Por lei, a agência deve analisar um novo produto químico em no máximo 120 dias, mas a Anvisa pode levar anos. Com uma equipe de menos de 50 cientistas, comparados com as centenas de agências comparáveis dos EUA e da Europa, atualmente o organismo tem mais de mil agentes químicos aguardando verificação.
Também pode levar anos para a entidade tirar produtos químicos perigosos do mercado.
Um esforço para reavaliar 14 agrotóxicos controversos usados no Brasil, a maior parte deles proibida em outras nações, está em seu sétimo ano, atrasado por ações civis de fabricantes e pela oposição de muitos legisladores. “Todo dia tem uma coisa para responder. Se não tem processo, tem audiência pública”, afirmou Ana Maria Vekic, da Anvisa.
Até agora, a reavaliação levou a proibições de quatro agrotóxicos somente. Em dezembro, a Anvisa declarou que iria proibir a parationa metílica, banida nos EUA e na Europa, mas a agência brasileira ainda não explicou quando ou como irá entrar em ação.
Como resultado, a dinamarquesa Cheminova, que vende a substância, “não mudou seus planos em relação aos negócios com este produto”, segundo o porta-voz Lars-Erik Pedersen, que acrescentou que a procura atualmente é alta por causa da peste de bicudo-do-algodoeiro no algodão. “Os fazendeiros o adoram”, afirma.
Agricultores e empresas produtoras de agrotóxicos alegam que os atrasos da Anvisa obrigam os produtores a continuar a usar agentes químicos mais antigos e potencialmente mais nocivos, porque agrotóxicos mais seguros e eficazes estão aguardando aprovação.
“Estamos colocando lá produtos novos, mas há um gargalo para poder chegar no mercado”, disse Antonio Zem, presidente da unidade latino-americana da FMC, a fabricante norte-americana do inseticida Furadan. O produto é baseado no carbofurano, um composto a respeito do qual a Agência de Proteção Ambiental dos EUA concluiu em 2008 que “os perigos para a dieta, para o trabalhador e para o meio ambiente são inaceitáveis para todos os usos”.
A FMC afirma que vem tentando limitar as vendas do poderoso produto químico para grandes fazendas e para setores onde sua aplicação pode ser realizada sobretudo por máquinas, como o de cana-de-açúcar.
Morte de Trabalhador:
O Furadan é um de muitos agrotóxicos usados em fazendas ao longo da Chapada do Apodi, região fértil no leste do Ceará. Ali, graças a 40 quilômetros de canais repletos de água bombeada do rio Jaguaribe, mais de 4.500 pessoas trabalham em campos de 324 propriedades.
As fazendas criaram empregos e levaram alguma prosperidade à região outrora pobre. A cidade de Limoeiro do Norte já foi conhecida como “a terra das bicicletas” porque os moradores não podiam comprar carros. Hoje ela vibra sob o tráfego pesado das caminhonetes e dos utilitários esportivos.
Mas pouco mais foi feito em termos de infraestrutura pública depois dos canais. Como resultado, muitos dos moradores da região obtêm água dos mesmos canais a céu aberto que irrigam as fazendas.
Os problemas no planalto emergiram ainda em 2008. Funcionários e vizinhos das fazendas começaram a se queixar a autoridades da igreja local e a sindicatos de trabalhadores dizendo ter coceira depois de tomar banho, e que seus animais de fazenda estavam ficando doentes.
Em julho daquele ano, Vanderlei Matos da Silva, empregado de 31 anos da Fresh Del Monte, relatou dores de cabeça, febre, inchaço na barriga e olhos amarelados. Nos três anos anteriores ele trabalhou para a empresa armazenando um agrotóxico em um depósito da plantação de abacaxi.
O emprego, de acordo com documentos e depoimentos de colegas apresentados a um Tribunal Federal do Trabalho, incluía misturar produtos químicos e preparar os borrifadores dos trabalhadores que os aplicavam. Vanderlei também limpava o depósito e muitas vezes armazenava produtos químicos sem uso em recipientes abertos, segundo testemunharam seus colegas.
Com frequência o próprio ar deixava ele e seus colegas tontos. “A poeira dos agrotóxicos ficava no ar”, afirmou José Anaildo Silva da Costa, um dos trabalhadores. Outro deles, Francisco Ricardo Nobre, relatou que os administradores da plantação obrigavam os trabalhadores a esconder certos agrotóxicos quando ficavam sabendo de uma inspeção iminente.
A Fresh Del Monte, sediada em Coral Gables, na Flórida, não quis comentar o caso.
Altamente Tóxico:
Um dos produtos, de acordo com as testemunhas, era o paraquat. Herbicida que existe há décadas, o paraquat foi proibido na União Europeia e teve seu uso restrito nos Estados Unidos. No Brasil, a Syngenta, Helm e outras três companhias têm licença para vendê-lo.
O paraquat é “altamente tóxico”, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês). Entre outros males, segundo o CDC, o paraquat causa insuficiência renal, cardíaca e hepática.
Ao menos parte do paraquat vendido para a Fresh Del Monte durante a época em que Silva (José Anaildo) esteve empregado veio da Syngenta, segundo uma nota fiscal de venda obtida pelo Ministério Público do Trabalho e vista pela Reuters. A Syngenta não vai comentar o caso.
Em agosto, Silva já não conseguia mais trabalhar. Em outubro, foi atendido em uma clínica de Limoeiro e transferido três semanas depois para um hospital maior em Fortaleza. Ele morreu um mês depois, deixando um filho de 1 ano e uma viúva que começou uma batalha que já dura anos para receber pagamentos atrasados e indenizações da Fresh Del Monte.
A causa oficial da morte foi insuficiência renal e hepática e hemorragia digestiva. A Fresh Del Monte se negou a comentar a morte de Silva. No tribunal, os advogados da companhia alegaram que ele havia sido diagnosticado com uma forma viral de hepatite que não tinha relação com suas funções. O juiz rejeitou o argumento.
Perto dali, José Maria Filho, agricultor familiar da chapada, começou a se queixar às autoridades locais sobre os animais da fazenda e sobre as coceiras. Ele acusou os grandes latifundiários de usar agrotóxicos em excesso, especialmente com os aviões de pulverização, que espalhavam produtos químicos nos canais e em outras áreas adjacentes a terras de cultivo.
Mexendo com Gente Grande:
“Tinha a língua comprida”, lembra Luiz Girão, criador de gado local e ex-parlamentar influente entre os fazendeiros da região.
José Maria Filho conseguiu fazer com que os cientistas liderados por Rigotto pesquisassem a água na região. Um estudo que conduziram no final de 2008 analisou amostras tiradas de 25 pontos ao longo dos canais e das torneiras de algumas casas.
O estudo investigou a presença de 22 agrotóxicos diferentes. Em cada amostra, os pesquisadores encontraram resíduos de pelo menos três dos compostos, e em alguns casos até 12. Os agricultores da área rejeitaram o estudo, argumentando que a pesquisa não determinou a concentração de cada agente químico na água, deixando assim de provar o quão tóxicos seriam.
Ao longo de 2009, Filho continuou a se pronunciar. Ele compareceu a reuniões da Câmara Municipal de Limoeiro do Norte, e em novembro já tinha convencido um número suficiente de membros da Casa, apesar da oposição de grandes latifundiários a aprovarem uma proibição aos voos de pulverização.
“Eles estavam furiosos”, relembra Reginaldo Araújo, professor local e ativista trabalhista.
Alguns fazendeiros continuaram com as pulverizações mesmo assim.
No começo de 2010, Filho passou a tirar fotos e fazer vídeos de um avião decolando de um campo de voo local. Ele disse às pessoas de Limoeiro do Norte que estava coletando indícios sobre violações com agrotóxicos.
Ele também passou a receber ameaças.
De acordo com um inquérito policial detalhado em uma denúncia vista pela Reuters, uma pessoa não identificada ligou para Filho e avisou que ele estava sendo seguido. A pessoa disse que ele era acompanhado enquanto viajava por estradas locais de motocicleta, muitas vezes com seu filho.
“Você é muito covarde, porque não anda só, só anda com uma criancinha na garupa”, afirmou a pessoa.
No campo de voo, segundo uma queixa que Filho fez à polícia, um segurança o alertou: “Você está mexendo com gente grande. Isso é perigoso.”
Morto à Tiros:
No dia 21 de abril, quando ia para casa através de plantações de banana, Filho foi atingido 25 vezes com uma pistola calibre .40.
Um mês depois, o conselho da cidade revogou a proibição às pulverizações.
Após uma investigação de dois anos, a polícia acusou João Teixeira, um latifundiário, fazendeiro e empresário local que coordenava as pulverizações no planalto, de encomendar o assassinato. Usando exames de balística e registros de chamadas de celular, como afirmou na denúncia, a polícia reuniu ligações entre o capataz de Teixeira, dois moradores e um matador de aluguel, que mais tarde foi morto em uma troca de tiros. Teixeira e outros três foram indiciados pela morte de Filho.
Por telefone, Teixeira declarou: “Nós não tivemos nada a ver.” Ele se recusou a discutir o assunto. Um juiz de Limoeiro deve decidir nos próximos meses se o caso irá a julgamento.
Nesse meio tempo, dois tribunais decidiram a favor de Gerlene Santos, a viúva de Vanderlei. Em 2013, uma corte de Limoeiro ordenou que a Fresh Del Monte pagasse indenizações no valor de 350 mil reais, e uma instância superior manteve a decisão.
Na chapada, as tensões permanecem.
Uma placa de concreto do lado de fora da associação de fazendeiros está coberta de pichações de caveiras e frases como “Agrotóxico causa câncer”.
Em uma plantação local, a Tropical Nordeste S/A, os executivos procuram dissipar a ideia de que os agricultores são irresponsáveis.
“A gente usa o mínimo de produto possível“, garantiu Edson Brok, dono da fazenda, que exporta bananas para a Europa e recentemente recebeu um prêmio de excelência de uma associação estrangeira de compradores. “Não posso me arriscar com comprador para eles acharem que aqui não está tudo certo.”
Em outubro passado, um trabalhador da Tropical Nordeste publicou no Facebook fotos que tirou de um tanque vazando agrotóxico no depósito. Ele também postou fotos de botas de trabalho rasgadas que ele alega que a empresa se recusou a trocar quando ele pediu botas novas, o que viola leis de segurança no trabalho.
Diego Oliveira da Silva, o “químico” de 25 anos, como são chamados os fumigadores de agrotóxico na área, declarou em uma entrevista que os capatazes da fazenda também pediram a ele e a seus colegas que esgotassem seu estoque de Furadan, o agente químico da FMC, dias antes de uma inspeção. Dois outros trabalhadores, que pediram anonimato, fizeram a mesma alegação.
Diego foi demitido por publicar as fotos.
Hugo Carrillo, administrador da plantação, disse que o tanque com vazamento era um problema temporário causado por uma torneira quebrada, que foi consertada no mesmo dia. As botas, afirmou, estavam em falta em um fornecedor local; mas na verdade já tinham sido encomendadas.
Quanto à alegação de que encobriu o uso de agrotóxicos perigosos, Carrillo respondeu: “Por que eu esconderia o Furadan? Não é proibido no Brasil.”
Nota do Nutricionista:
Esse tipo de informação é muito pouco divulgado, infelizmente.
Mas todos nós consumidores deveríamos saber que somos forçados a consumir esses produtos químicos em vários alimentos que consumimos, na maioria das vezes sem saber.
Como os órgãos responsáveis pouco se importam, devemos começar a encontrar alguma forma para proibir o uso dos agrotóxicos, afinal o uso desses produtos é um desrespeito a própria saúde.
Referências:
http://www.idec.org.br/em-acao/noticia-consumidor/porque-o-brasil-e-um-mercado-fertil-para-agrotoxicos-proibidos.
Artigo editado por: Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida.
Postado pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Os fazendeiros do Brasil se tornaram os maiores exportadores mundiais de açúcar, suco de laranja, café, carnes e soja. Também conseguiram uma distinção nada boa: em 2012, o Brasil superou os Estados Unidos como maior importador de agrotóxicos do globo.
Esse rápido crescimento fez do Brasil um mercado atraente para agrotóxicos proibidos ou que tiveram a produção suspensa em países mais ricos por riscos à saúde e ao meio ambiente.
Pelo menos quatro grandes fabricantes de defensivos agrícolas, a norte-americana FMC Corp, a dinamarquesa Cheminova A/S, a alemã Helm AG e a gigante suíça do agronegócio Syngenta AG; vendem em solo brasileiro produtos banidos em seus mercados domésticos, conforme revelou uma análise de agrotóxicos registrados realizada pela Reuters.
Entre as substâncias amplamente vendidas no Brasil estão a paraquat, que é rotulada como “altamente tóxica” por órgãos reguladores dos EUA. Tanto a Syngenta como a Helm estão autorizadas a vender o produto no mercado brasileiro.
As próprias agências reguladoras do Brasil alertam que o governo não foi capaz de garantir o uso seguro de agrotóxicos, como são conhecidos os herbicidas, inseticidas e fungicidas. Em 2013, um avião pulverizador lançou inseticida sobre uma escola em Goiás. O incidente, que causou vômitos e tontura em alunos e professores e levou mais de 30 pessoas ao hospital, ainda está sendo investigado.
“Não conseguimos acompanhar…”, admite Ana Maria Vekic, chefe de toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão federal encarregado de avaliar os riscos dos agrotóxicos à saúde. “Não temos o pessoal ou os recursos para o volume e a variedade de produtos que os fazendeiros querem usar.”
A FMC, Cheminova e Syngenta afirmaram que os produtos que comercializam são seguros se usados adequadamente. A proibição em um país não significa necessariamente que um agrotóxico deveria ser proibido em toda parte, argumentam, porque cada mercado tem necessidades diferentes para suas várias colheitas, pestes, doenças e climas. A Helm, sediada em Hamburgo, não respondeu aos pedidos de comentário.
“Não dá para comparar um país temperado”, explica Eduardo Daher, diretor-executido da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef). “Temos mais pragas, mais insetos e mais safras.”
Especialistas em saúde pública rejeitam a justificativa. “Não importa se as safras e os solos no Brasil são diferentes…”, afirma Victor Pelaez, engenheiro de alimentos e economista da Universidade Federal do Paraná. “As pessoas, a saúde do ser humano, são iguais no mundo todo. Veneno em um lugar é veneno em todos, no Brasil também.”
Violação Disseminada:
Avaliações das agências reguladoras mostram que grande parte dos alimentos cultivados e vendidos no Brasil viola as regulamentações nacionais.
No ano passado, a Anvisa finalizou sua análise mais recente de resíduos de agrotóxicos em alimentos de todo o país. De 1.665 amostras coletadas, de arroz a cenoura e maçãs a pimentões, entre outros produtos, 29 por cento apresentavam resíduos que excediam os níveis permitidos ou continham agrotóxicos sem aprovação.
Desde 2007, quando o Ministério da Saúde do Brasil começou a manter uma série de registros mais recentes, o número de casos relatados de intoxicação humana causada por agrotóxicos mais que dobrou, de 2.178 naquele ano passou para 4.537 em 2013. O número anual de mortes ligadas ao envenenamento por esses produtos subiu de 132 para 206.
Especialistas em saúde pública dizem que as cifras reais são maiores, porque o acompanhamento continua sendo incompleto.
As pressões ficam claras em Limoeiro do Norte, município que fica a 197 km de Fortaleza (CE). O Estado era tudo menos um exemplo de fartura, mas a partir dos anos 1990 o Brasil criou um sistema de canais de irrigação na área e o plantio floresceu; e com ele o uso de agrotóxicos.
Em novembro, um tribunal federal manteve um veredicto que força a Fresh Del Monte Produce Inc., gigante global do mercado de frutas, a indenizar a viúva de um trabalhador que sofreu falência dos rins depois de manusear agrotóxicos regularmente. Em Limoeiro do Norte, um tribunal estadual está analisando as acusações contra um latifundiário acusado pela polícia de encomendar a morte de um ativista contrário ao uso de agrotóxicos.
“A região virou um grande laboratório para o pior da agricultura industrializada”, disse Raquel Rigotto, médica e socióloga da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. Raquel sustenta que sua equipe de pesquisa encontrou indícios de muitos agrotóxicos na água que sai de torneiras da região e uma taxa maior de mortes ali, ocasionadas por câncer, do que em cidades próximas com pouco plantio.
O mundo tem usufruído muito do boom de cultivo de alimentos no Brasil. A população deve crescer quase 30 por cento ao longo das próximas três décadas, o que representa outros 2 bilhões de bocas para alimentar.
O crescente setor agrícola do Brasil será uma fonte crucial na alimentação. Mas em razão de sua luz solar equatorial, do clima e das plantações que vicejam o ano todo, o Brasil também é um terreno fértil para insetos, fungos e ervas daninhas, e os agricultores aplicam cada vez mais agrotóxicos para mantê-los sob controle.
Lobby Poderoso:
Em 2013, o último ano com números disponíveis, os produtores brasileiros compraram o equivalente a 10 bilhões de dólares, ou 20 por cento do mercado global desses produtos. Desde 2008, a demanda do país aumentou 11 por cento por ano, mais do que o dobro da média mundial.
Um fator que vem impedindo salvaguardas mais rígidas para os agrotóxicos é o lobby cada vez mais poderoso do setor agrícola do Brasil.
Nas eleições do ano passado, o agronegócio só ficou atrás das empreiteiras nas doações de campanha para a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O apoio da presidente aos grandes projetos de infraestrutura e às fazendas industrializadas vêm revoltando os ambientalistas. As empresas de agricultura e alimentos do país representaram cerca de um quarto do dinheiro que ela recebeu dos grandes doadores, ou 89,5 milhões de reais, de acordo com registros eleitorais. Esta cifra baseia-se em uma análise das 118 maiores doações para a campanha de Dilma, o equivalente a 1 milhão de reais ou mais de cada doador.
No Congresso, quase metade dos 594 parlamentares tem identificação com a chamada “bancada ruralista”, grupo que aliviou as leis que proíbem plantações geneticamente modificadas e diminuiu os limites de desmate na Floresta Amazônica e em outras áreas florestadas. Propuseram, ainda, leis para deixar a regulamentação dos agrotóxicos a cargo de uma única agência, em vez das leis atuais que dão poder a Anvisa e as pastas de Agricultura e Meio Ambiente.
A assessoria de imprensa da Presidência da República não se pronunciou e sugeriu o Ministério da Agricultura. Por meio de uma nota, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Décio Coutinho, afirmou que os agrotóxicos são regidos pelas “leis ambientais mais rígidas do planeta”.
“O uso de agrotóxicos no Brasil obedece a normas e leis rigorosas que são cumpridas por grupos de técnicos, cientistas e funcionários públicos qualificados“, afirma.
Segundo Coutinho, esses grupos contam com total confiança da comunidade científica nacional e internacional e dos consumidores brasileiros e estrangeiros.
O secretário afirmou ainda que a relação entre o agronegócio e o governo, incluindo doações de campanha, é “ética e transparente“. E acrescentou que é um erro tentar insinuar, “sem qualquer indício ou fato”, que a administração pública do país seja submetida a influências. “Ou que o peso desta ou daquela bancada estaria limitando a aplicação das leis e o cumprimento das normas“, afirmou.
“A propósito: as bancadas são definidas pelo voto livre e soberano dos eleitores e sobre isso cumpre respeitar o direito constitucional do povo brasileiro“, acrescentou.
A influência da indústria e os orçamentos apertados das agências reguladoras limitam a capacidade brasileira para aplicar a regulamentação dos defensivos agrícolas.
Os Fazendeiros Adoram:
Tome-se como exemplo o tempo que a Anvisa leva para avaliar um defensivo agrícola que um fabricante pretende vender no Brasil. Por lei, a agência deve analisar um novo produto químico em no máximo 120 dias, mas a Anvisa pode levar anos. Com uma equipe de menos de 50 cientistas, comparados com as centenas de agências comparáveis dos EUA e da Europa, atualmente o organismo tem mais de mil agentes químicos aguardando verificação.
Também pode levar anos para a entidade tirar produtos químicos perigosos do mercado.
Um esforço para reavaliar 14 agrotóxicos controversos usados no Brasil, a maior parte deles proibida em outras nações, está em seu sétimo ano, atrasado por ações civis de fabricantes e pela oposição de muitos legisladores. “Todo dia tem uma coisa para responder. Se não tem processo, tem audiência pública”, afirmou Ana Maria Vekic, da Anvisa.
Até agora, a reavaliação levou a proibições de quatro agrotóxicos somente. Em dezembro, a Anvisa declarou que iria proibir a parationa metílica, banida nos EUA e na Europa, mas a agência brasileira ainda não explicou quando ou como irá entrar em ação.
Como resultado, a dinamarquesa Cheminova, que vende a substância, “não mudou seus planos em relação aos negócios com este produto”, segundo o porta-voz Lars-Erik Pedersen, que acrescentou que a procura atualmente é alta por causa da peste de bicudo-do-algodoeiro no algodão. “Os fazendeiros o adoram”, afirma.
Agricultores e empresas produtoras de agrotóxicos alegam que os atrasos da Anvisa obrigam os produtores a continuar a usar agentes químicos mais antigos e potencialmente mais nocivos, porque agrotóxicos mais seguros e eficazes estão aguardando aprovação.
“Estamos colocando lá produtos novos, mas há um gargalo para poder chegar no mercado”, disse Antonio Zem, presidente da unidade latino-americana da FMC, a fabricante norte-americana do inseticida Furadan. O produto é baseado no carbofurano, um composto a respeito do qual a Agência de Proteção Ambiental dos EUA concluiu em 2008 que “os perigos para a dieta, para o trabalhador e para o meio ambiente são inaceitáveis para todos os usos”.
A FMC afirma que vem tentando limitar as vendas do poderoso produto químico para grandes fazendas e para setores onde sua aplicação pode ser realizada sobretudo por máquinas, como o de cana-de-açúcar.
Morte de Trabalhador:
O Furadan é um de muitos agrotóxicos usados em fazendas ao longo da Chapada do Apodi, região fértil no leste do Ceará. Ali, graças a 40 quilômetros de canais repletos de água bombeada do rio Jaguaribe, mais de 4.500 pessoas trabalham em campos de 324 propriedades.
As fazendas criaram empregos e levaram alguma prosperidade à região outrora pobre. A cidade de Limoeiro do Norte já foi conhecida como “a terra das bicicletas” porque os moradores não podiam comprar carros. Hoje ela vibra sob o tráfego pesado das caminhonetes e dos utilitários esportivos.
Mas pouco mais foi feito em termos de infraestrutura pública depois dos canais. Como resultado, muitos dos moradores da região obtêm água dos mesmos canais a céu aberto que irrigam as fazendas.
Os problemas no planalto emergiram ainda em 2008. Funcionários e vizinhos das fazendas começaram a se queixar a autoridades da igreja local e a sindicatos de trabalhadores dizendo ter coceira depois de tomar banho, e que seus animais de fazenda estavam ficando doentes.
Em julho daquele ano, Vanderlei Matos da Silva, empregado de 31 anos da Fresh Del Monte, relatou dores de cabeça, febre, inchaço na barriga e olhos amarelados. Nos três anos anteriores ele trabalhou para a empresa armazenando um agrotóxico em um depósito da plantação de abacaxi.
O emprego, de acordo com documentos e depoimentos de colegas apresentados a um Tribunal Federal do Trabalho, incluía misturar produtos químicos e preparar os borrifadores dos trabalhadores que os aplicavam. Vanderlei também limpava o depósito e muitas vezes armazenava produtos químicos sem uso em recipientes abertos, segundo testemunharam seus colegas.
Com frequência o próprio ar deixava ele e seus colegas tontos. “A poeira dos agrotóxicos ficava no ar”, afirmou José Anaildo Silva da Costa, um dos trabalhadores. Outro deles, Francisco Ricardo Nobre, relatou que os administradores da plantação obrigavam os trabalhadores a esconder certos agrotóxicos quando ficavam sabendo de uma inspeção iminente.
A Fresh Del Monte, sediada em Coral Gables, na Flórida, não quis comentar o caso.
Altamente Tóxico:
Um dos produtos, de acordo com as testemunhas, era o paraquat. Herbicida que existe há décadas, o paraquat foi proibido na União Europeia e teve seu uso restrito nos Estados Unidos. No Brasil, a Syngenta, Helm e outras três companhias têm licença para vendê-lo.
O paraquat é “altamente tóxico”, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês). Entre outros males, segundo o CDC, o paraquat causa insuficiência renal, cardíaca e hepática.
Ao menos parte do paraquat vendido para a Fresh Del Monte durante a época em que Silva (José Anaildo) esteve empregado veio da Syngenta, segundo uma nota fiscal de venda obtida pelo Ministério Público do Trabalho e vista pela Reuters. A Syngenta não vai comentar o caso.
Em agosto, Silva já não conseguia mais trabalhar. Em outubro, foi atendido em uma clínica de Limoeiro e transferido três semanas depois para um hospital maior em Fortaleza. Ele morreu um mês depois, deixando um filho de 1 ano e uma viúva que começou uma batalha que já dura anos para receber pagamentos atrasados e indenizações da Fresh Del Monte.
A causa oficial da morte foi insuficiência renal e hepática e hemorragia digestiva. A Fresh Del Monte se negou a comentar a morte de Silva. No tribunal, os advogados da companhia alegaram que ele havia sido diagnosticado com uma forma viral de hepatite que não tinha relação com suas funções. O juiz rejeitou o argumento.
Perto dali, José Maria Filho, agricultor familiar da chapada, começou a se queixar às autoridades locais sobre os animais da fazenda e sobre as coceiras. Ele acusou os grandes latifundiários de usar agrotóxicos em excesso, especialmente com os aviões de pulverização, que espalhavam produtos químicos nos canais e em outras áreas adjacentes a terras de cultivo.
Mexendo com Gente Grande:
“Tinha a língua comprida”, lembra Luiz Girão, criador de gado local e ex-parlamentar influente entre os fazendeiros da região.
José Maria Filho conseguiu fazer com que os cientistas liderados por Rigotto pesquisassem a água na região. Um estudo que conduziram no final de 2008 analisou amostras tiradas de 25 pontos ao longo dos canais e das torneiras de algumas casas.
O estudo investigou a presença de 22 agrotóxicos diferentes. Em cada amostra, os pesquisadores encontraram resíduos de pelo menos três dos compostos, e em alguns casos até 12. Os agricultores da área rejeitaram o estudo, argumentando que a pesquisa não determinou a concentração de cada agente químico na água, deixando assim de provar o quão tóxicos seriam.
Ao longo de 2009, Filho continuou a se pronunciar. Ele compareceu a reuniões da Câmara Municipal de Limoeiro do Norte, e em novembro já tinha convencido um número suficiente de membros da Casa, apesar da oposição de grandes latifundiários a aprovarem uma proibição aos voos de pulverização.
“Eles estavam furiosos”, relembra Reginaldo Araújo, professor local e ativista trabalhista.
Alguns fazendeiros continuaram com as pulverizações mesmo assim.
No começo de 2010, Filho passou a tirar fotos e fazer vídeos de um avião decolando de um campo de voo local. Ele disse às pessoas de Limoeiro do Norte que estava coletando indícios sobre violações com agrotóxicos.
Ele também passou a receber ameaças.
De acordo com um inquérito policial detalhado em uma denúncia vista pela Reuters, uma pessoa não identificada ligou para Filho e avisou que ele estava sendo seguido. A pessoa disse que ele era acompanhado enquanto viajava por estradas locais de motocicleta, muitas vezes com seu filho.
“Você é muito covarde, porque não anda só, só anda com uma criancinha na garupa”, afirmou a pessoa.
No campo de voo, segundo uma queixa que Filho fez à polícia, um segurança o alertou: “Você está mexendo com gente grande. Isso é perigoso.”
Morto à Tiros:
No dia 21 de abril, quando ia para casa através de plantações de banana, Filho foi atingido 25 vezes com uma pistola calibre .40.
Um mês depois, o conselho da cidade revogou a proibição às pulverizações.
Após uma investigação de dois anos, a polícia acusou João Teixeira, um latifundiário, fazendeiro e empresário local que coordenava as pulverizações no planalto, de encomendar o assassinato. Usando exames de balística e registros de chamadas de celular, como afirmou na denúncia, a polícia reuniu ligações entre o capataz de Teixeira, dois moradores e um matador de aluguel, que mais tarde foi morto em uma troca de tiros. Teixeira e outros três foram indiciados pela morte de Filho.
Por telefone, Teixeira declarou: “Nós não tivemos nada a ver.” Ele se recusou a discutir o assunto. Um juiz de Limoeiro deve decidir nos próximos meses se o caso irá a julgamento.
Nesse meio tempo, dois tribunais decidiram a favor de Gerlene Santos, a viúva de Vanderlei. Em 2013, uma corte de Limoeiro ordenou que a Fresh Del Monte pagasse indenizações no valor de 350 mil reais, e uma instância superior manteve a decisão.
Na chapada, as tensões permanecem.
Uma placa de concreto do lado de fora da associação de fazendeiros está coberta de pichações de caveiras e frases como “Agrotóxico causa câncer”.
Em uma plantação local, a Tropical Nordeste S/A, os executivos procuram dissipar a ideia de que os agricultores são irresponsáveis.
“A gente usa o mínimo de produto possível“, garantiu Edson Brok, dono da fazenda, que exporta bananas para a Europa e recentemente recebeu um prêmio de excelência de uma associação estrangeira de compradores. “Não posso me arriscar com comprador para eles acharem que aqui não está tudo certo.”
Em outubro passado, um trabalhador da Tropical Nordeste publicou no Facebook fotos que tirou de um tanque vazando agrotóxico no depósito. Ele também postou fotos de botas de trabalho rasgadas que ele alega que a empresa se recusou a trocar quando ele pediu botas novas, o que viola leis de segurança no trabalho.
Diego Oliveira da Silva, o “químico” de 25 anos, como são chamados os fumigadores de agrotóxico na área, declarou em uma entrevista que os capatazes da fazenda também pediram a ele e a seus colegas que esgotassem seu estoque de Furadan, o agente químico da FMC, dias antes de uma inspeção. Dois outros trabalhadores, que pediram anonimato, fizeram a mesma alegação.
Diego foi demitido por publicar as fotos.
Hugo Carrillo, administrador da plantação, disse que o tanque com vazamento era um problema temporário causado por uma torneira quebrada, que foi consertada no mesmo dia. As botas, afirmou, estavam em falta em um fornecedor local; mas na verdade já tinham sido encomendadas.
Quanto à alegação de que encobriu o uso de agrotóxicos perigosos, Carrillo respondeu: “Por que eu esconderia o Furadan? Não é proibido no Brasil.”
Nota do Nutricionista:
Esse tipo de informação é muito pouco divulgado, infelizmente.
Mas todos nós consumidores deveríamos saber que somos forçados a consumir esses produtos químicos em vários alimentos que consumimos, na maioria das vezes sem saber.
Como os órgãos responsáveis pouco se importam, devemos começar a encontrar alguma forma para proibir o uso dos agrotóxicos, afinal o uso desses produtos é um desrespeito a própria saúde.
Referências:
http://www.idec.org.br/em-acao/noticia-consumidor/porque-o-brasil-e-um-mercado-fertil-para-agrotoxicos-proibidos.
sábado, 20 de agosto de 2016
Estudo Revela: Guaraná é Melhor Antioxidante do que o Chá Verde.
Estudo Revela: Guaraná é Melhor Antioxidante do que o Chá Verde.
Artigo editado por Diego Freire.
Revisado pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Ensaios clínicos com voluntários humanos saudáveis revelaram o guaraná como importante fonte de catequinas.
O chá verde é amplamente consumido devido a uma série de benefícios de uma classe de compostos químicos presente em sua formulação: as catequinas, com ação antioxidante e propriedades anti-inflamatórias, entre outras.
Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) descobriram um concorrente à altura para a bebida (chá verde), com pelo menos 10 vezes mais catequinas, e o melhor que é um velho conhecido dos brasileiros: o guaraná.
Ensaios clínicos com voluntários humanos saudáveis revelaram o guaraná como importante fonte de catequinas.
Efetivamente absorvidas, elas reduzem o estresse oxidativo no organismo, relacionado ao surgimento de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, diabetes e câncer, inflamações e envelhecimento precoce em virtude da morte de células, entre outras condições prejudiciais à saúde e ao bem-estar.
Os ensaios foram feitos no âmbito da pesquisa de Bioacessibilidade, biodisponibilidade e atividade antioxidante de compostos fenólicos do Guaraná (Paullinia cupana) in vitro e in vivo, realizada com apoio da FAPESP e coordenada pela pesquisadora Lina Yonekura.
“Até então, o guaraná era visto apenas como estimulante devido ao seu alto teor de cafeína, principalmente pela comunidade científica internacional. No Brasil, também observamos que havia uma escassez de trabalhos enfocando outros efeitos biológicos do guaraná. A avaliação pioneira sobre a absorção e os efeitos biológicos de suas catequinas em voluntários humanos pode aumentar o interesse da comunidade científica, do mercado e da sociedade em geral pelo fruto como alimento funcional”, acredita Yonekura, atualmente professora assistente da Faculdade de Agricultura da Kagawa University, no Japão.
O estudo com os resultados da pesquisa foi destaque de capa da revista Food & Function, da Royal Society of Chemistry, do Reino Unido.
O artigo Bioavailability of catechins from guaraná (Paullinia cupana) and its effect on antioxidant enzymes and other oxidative stress markers in healthy human subjects, foi publicado no periódico como um dos Hot Articles de 2016 e é assinado por Yonekura, Carolina Aguiar Martins, Geni Rodrigues Sampaio, Marcela Piedade Monteiro, Luiz Antônio Machado César, Bruno Mahler Mioto, Clara Satsuki Mori, Thaíse Maria Nogueira Mendes, Marcelo Lima Ribeiro, Demetrius Paiva Arçari e Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres.
Muito Além da Cafeína:
Os testes duraram um mês e foram realizados em duas etapas. Para medir os parâmetros de referência dos efeitos do guaraná em voluntários saudáveis, mas com sobrepeso e risco cardiovascular ligeiramente elevado, os indivíduos foram submetidos a exames clínicos após 15 dias de dieta controlada.
Nos 15 dias seguintes, passaram a consumir 3 g de guaraná em pó suspenso em 300 ml de água todas as manhãs, em jejum.
As comparações foram feitas entre os exames dos mesmos voluntários, evitando-se, assim, influências da variabilidade entre os indivíduos.
O efeito agudo do guaraná foi medido uma hora após a ingestão da solução no primeiro e no último dia. Já o efeito prolongado foi avaliado quando os indivíduos estavam em jejum, também no primeiro e no último dia.
Os efeitos do consumo de guaraná ao longo dos 15 dias de intervenção foram observados por meio de marcadores do estresse oxidativo.
Também foi feito um estudo detalhado da absorção e do metabolismo das catequinas, pois até o momento não havia informações na literatura científica sobre a biodisponibilidade desses compostos no guaraná.
Entre os marcadores utilizados estava a oxidação lipídica do LDL, a lipoproteína de baixa densidade – conhecida como colesterol ruim.
Essencial para o bom funcionamento do organismo, a LDL é a principal partícula que carrega o colesterol para as células, função importante para a produção das membranas celulares e dos hormônios esteroides (estrógeno e testosterona).
No entanto, quando oxidada, a LDL causa aterosclerose e aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Nos testes realizados por Yonekura, a LDL coletada dos voluntários após o consumo do guaraná se mostrou mais resistente à oxidação.
Outro marcador foi um ensaio cometa, técnica que mede quebras de DNA induzidas por diferentes fatores – entre eles, o estresse oxidativo.
No estudo, o DNA dos linfócitos colhidos uma hora após o consumo de guaraná sofreu menos danos quando submetido a um ambiente oxidante, indicando a presença de substâncias antioxidantes ou um melhor desempenho do sistema antioxidante enzimático dessas células.
“Todos esses marcadores dependem da presença das catequinas em circulação. A melhora desses parâmetros foi geralmente observada junto com o aumento da concentração de catequinas no plasma após a ingestão do guaraná, indicando que o guaraná era de fato o responsável por esse efeito”, diz Yonekura.
Além disso, conta a pesquisadora, as catequinas do guaraná melhoraram o sistema de defesa antioxidante enzimático natural das células, composto principalmente pelas enzimas glutationa peroxidase, catalase e superóxido dismutase.
Juntas, elas transformam superóxido em peróxido e, finalmente, em água, protegendo assim as células de danos oxidativos causados pelo próprio metabolismo e por fatores externos.
Nos testes foi observado um aumento na atividade da glutationa peroxidase e da catalase logo após a ingestão de guaraná, mantido até o dia seguinte.
“Os resultados são animadores e mostram que a biodisponibilidade das catequinas do guaraná é igual ou superior às do chá verde, cacau e chocolate, sendo suficiente para promover efeitos positivos sobre a atividade antioxidante no plasma, proteger o DNA dos eritrócitos e reduzir a oxidação dos lipídeos no plasma, além de promover um aumento da atividade de enzimas antioxidantes. Com a pesquisa, esperamos que haja um maior interesse científico pelo guaraná, já que essa é uma espécie nativa da Amazônia e o Brasil é praticamente o único país a produzi-lo em escala comercial”, afirma a pesquisadora.
Nota do Nutricionista:
Fantástica descoberta, um produto encontrado somente no Brasil e uma ótima fonte de catequinas; sendo que nosso guaraná possui mais catequinas que o chá verde.
Agora só nos resta incluir essa semente em nossa alimentação para colher os benefícios no combate aos radicais livres, fortalecendo nossa saúde e melhorando a qualidade de vida.
Referências:
Bioavailability of catechins from guaraná (Paullinia cupana) and its effect on antioxidant enzymes and other oxidative stress markers in healthy human subjects. Food Funct. 2016 Jul 13;7(7):2970-8. doi: 10.1039/c6fo00513f.
Artigo editado por Diego Freire.
Revisado pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Ensaios clínicos com voluntários humanos saudáveis revelaram o guaraná como importante fonte de catequinas.
O chá verde é amplamente consumido devido a uma série de benefícios de uma classe de compostos químicos presente em sua formulação: as catequinas, com ação antioxidante e propriedades anti-inflamatórias, entre outras.
Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) descobriram um concorrente à altura para a bebida (chá verde), com pelo menos 10 vezes mais catequinas, e o melhor que é um velho conhecido dos brasileiros: o guaraná.
Ensaios clínicos com voluntários humanos saudáveis revelaram o guaraná como importante fonte de catequinas.
Efetivamente absorvidas, elas reduzem o estresse oxidativo no organismo, relacionado ao surgimento de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, diabetes e câncer, inflamações e envelhecimento precoce em virtude da morte de células, entre outras condições prejudiciais à saúde e ao bem-estar.
Os ensaios foram feitos no âmbito da pesquisa de Bioacessibilidade, biodisponibilidade e atividade antioxidante de compostos fenólicos do Guaraná (Paullinia cupana) in vitro e in vivo, realizada com apoio da FAPESP e coordenada pela pesquisadora Lina Yonekura.
“Até então, o guaraná era visto apenas como estimulante devido ao seu alto teor de cafeína, principalmente pela comunidade científica internacional. No Brasil, também observamos que havia uma escassez de trabalhos enfocando outros efeitos biológicos do guaraná. A avaliação pioneira sobre a absorção e os efeitos biológicos de suas catequinas em voluntários humanos pode aumentar o interesse da comunidade científica, do mercado e da sociedade em geral pelo fruto como alimento funcional”, acredita Yonekura, atualmente professora assistente da Faculdade de Agricultura da Kagawa University, no Japão.
O estudo com os resultados da pesquisa foi destaque de capa da revista Food & Function, da Royal Society of Chemistry, do Reino Unido.
O artigo Bioavailability of catechins from guaraná (Paullinia cupana) and its effect on antioxidant enzymes and other oxidative stress markers in healthy human subjects, foi publicado no periódico como um dos Hot Articles de 2016 e é assinado por Yonekura, Carolina Aguiar Martins, Geni Rodrigues Sampaio, Marcela Piedade Monteiro, Luiz Antônio Machado César, Bruno Mahler Mioto, Clara Satsuki Mori, Thaíse Maria Nogueira Mendes, Marcelo Lima Ribeiro, Demetrius Paiva Arçari e Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres.
Muito Além da Cafeína:
Os testes duraram um mês e foram realizados em duas etapas. Para medir os parâmetros de referência dos efeitos do guaraná em voluntários saudáveis, mas com sobrepeso e risco cardiovascular ligeiramente elevado, os indivíduos foram submetidos a exames clínicos após 15 dias de dieta controlada.
Nos 15 dias seguintes, passaram a consumir 3 g de guaraná em pó suspenso em 300 ml de água todas as manhãs, em jejum.
As comparações foram feitas entre os exames dos mesmos voluntários, evitando-se, assim, influências da variabilidade entre os indivíduos.
O efeito agudo do guaraná foi medido uma hora após a ingestão da solução no primeiro e no último dia. Já o efeito prolongado foi avaliado quando os indivíduos estavam em jejum, também no primeiro e no último dia.
Os efeitos do consumo de guaraná ao longo dos 15 dias de intervenção foram observados por meio de marcadores do estresse oxidativo.
Também foi feito um estudo detalhado da absorção e do metabolismo das catequinas, pois até o momento não havia informações na literatura científica sobre a biodisponibilidade desses compostos no guaraná.
Entre os marcadores utilizados estava a oxidação lipídica do LDL, a lipoproteína de baixa densidade – conhecida como colesterol ruim.
Essencial para o bom funcionamento do organismo, a LDL é a principal partícula que carrega o colesterol para as células, função importante para a produção das membranas celulares e dos hormônios esteroides (estrógeno e testosterona).
No entanto, quando oxidada, a LDL causa aterosclerose e aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Nos testes realizados por Yonekura, a LDL coletada dos voluntários após o consumo do guaraná se mostrou mais resistente à oxidação.
Outro marcador foi um ensaio cometa, técnica que mede quebras de DNA induzidas por diferentes fatores – entre eles, o estresse oxidativo.
No estudo, o DNA dos linfócitos colhidos uma hora após o consumo de guaraná sofreu menos danos quando submetido a um ambiente oxidante, indicando a presença de substâncias antioxidantes ou um melhor desempenho do sistema antioxidante enzimático dessas células.
“Todos esses marcadores dependem da presença das catequinas em circulação. A melhora desses parâmetros foi geralmente observada junto com o aumento da concentração de catequinas no plasma após a ingestão do guaraná, indicando que o guaraná era de fato o responsável por esse efeito”, diz Yonekura.
Além disso, conta a pesquisadora, as catequinas do guaraná melhoraram o sistema de defesa antioxidante enzimático natural das células, composto principalmente pelas enzimas glutationa peroxidase, catalase e superóxido dismutase.
Juntas, elas transformam superóxido em peróxido e, finalmente, em água, protegendo assim as células de danos oxidativos causados pelo próprio metabolismo e por fatores externos.
Nos testes foi observado um aumento na atividade da glutationa peroxidase e da catalase logo após a ingestão de guaraná, mantido até o dia seguinte.
“Os resultados são animadores e mostram que a biodisponibilidade das catequinas do guaraná é igual ou superior às do chá verde, cacau e chocolate, sendo suficiente para promover efeitos positivos sobre a atividade antioxidante no plasma, proteger o DNA dos eritrócitos e reduzir a oxidação dos lipídeos no plasma, além de promover um aumento da atividade de enzimas antioxidantes. Com a pesquisa, esperamos que haja um maior interesse científico pelo guaraná, já que essa é uma espécie nativa da Amazônia e o Brasil é praticamente o único país a produzi-lo em escala comercial”, afirma a pesquisadora.
Nota do Nutricionista:
Fantástica descoberta, um produto encontrado somente no Brasil e uma ótima fonte de catequinas; sendo que nosso guaraná possui mais catequinas que o chá verde.
Agora só nos resta incluir essa semente em nossa alimentação para colher os benefícios no combate aos radicais livres, fortalecendo nossa saúde e melhorando a qualidade de vida.
Referências:
Bioavailability of catechins from guaraná (Paullinia cupana) and its effect on antioxidant enzymes and other oxidative stress markers in healthy human subjects. Food Funct. 2016 Jul 13;7(7):2970-8. doi: 10.1039/c6fo00513f.
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Como a Dieta Cetogênica Enfraquece as Células Cancerosas.
Como a Dieta Cetogênica Enfraquece as Células Cancerosas.
Artigo editado por David Jockers MD, DC, MS, CSCS.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
As doenças crônicas continuam a devastar nosso mundo atualmente, apesar dos avanços tremendos nos cuidados de saúde. Abordagens terapêuticas para tratar esta ampla gama de sofrimento não podem ser cumpridas pelo crescimento tecnológico em farmacologia, terapia genética, ou cirurgia. Deveria ser óbvio que a verdadeira solução para o tratamento do câncer e das doenças no geral não é encontrado em um comprimido feito pelo homem, mas sim é encontrado na regulação das funções metabólicas do nosso corpo.
Culturas ocidentais hoje desfrutam de uma dieta rica em iguarias que os nossos antepassados sequer pensavam em consumir em uma base regular, como grãos, açúcar e amido. A pesquisa continua a mostrar que o açúcar é a principal fonte de combustível que alimenta o câncer e contribui para um ambiente inflamatório. O açúcar essencialmente aumenta o risco de câncer e todas as doenças.
O que é a Dieta Cetogênica e como é sua Ação no Organismo?
Os esquimós e os grupos Maasai (Originários da região da nascente do Nilo) são culturas que muitas vezes olham para aprender como o seu escasso consumo de carboidratos sustenta seus corpos através de condições climáticas adversas. Acontece que a sua dieta baixa em carboidratos mudou seu metabolismo para queimar gordura em vez de açúcar ou glicose.
Isto criou um estado metabólico conhecido como cetose, um processo em que o corpo queima cetonas para produzir energia, em vez de depender de açúcar ou carboidratos.
As Cetonas são metabolizadas através dos ácidos graxos (ou gorduras) no fígado para fornecer energia. (Esta fonte de combustível é capaz de atravessar a barreira hemato encefálica e é uma excelente forma de energia para os neurônios.) Quando o corpo carece de glicose, que é a primeira fonte de combustível, as cetonas são criadas na sua ausência.
Cetose foi um processo benéfico que o corpo humano desenvolveu como uma adaptação aos tempos quando o alimento não estava disponível (como na época pré-histórica). No entanto, você pode efetivamente produzir cetonas também limitando os carboidratos em sua dieta para menos de 80 gramas diárias e mantendo sua ingestão de proteínas em não mais de 1,2 gramas de proteína / por kg de massa corporal magra . À medida que o corpo se adapta à utilização do metabolismo da cetona ao longo do tempo, o hormônio no fígado que é essencial para o metabolismo cetona (conhecido como FGF21) torna-se mais eficiente.
O Câncer Morre de Fome com a Dieta Cetogênica:
Otto Warburg foi o principal biólogo celular que levou à descoberta de que as células cancerosas não conseguem evoluir usando a energia produzida a partir de respiração celular, mas evoluem a partir do uso da glicose.
Em outras palavras, os carboidratos são decompostos em glicose, que alimenta as células cancerosas. Ao eliminar carboidratos da sua dieta, você também pode destruir as células cancerosas do seu fornecimento energético.
As células cancerosas são contrárias às células normais em muitos aspectos, mas uma de suas características mais fortes são em relação aos receptores de insulina. Eles têm dez vezes mais receptores de insulina em sua superfície celular. Isso permite que as células cancerosas se encham de glicose e nutrientes provenientes da corrente sanguínea a uma taxa muito elevada.
Se você continuar a consumir glicose como fonte de alimentação primária, as células cancerosas vão continuar a prosperar e se espalhar. Não é nenhuma surpresa que a taxa de sobrevivência menor em pacientes com câncer está entre aqueles com os mais altos níveis de glicose no sangue.
As células cancerosas possuem mitocôndrias danificadas e não têm a capacidade de criar energia a partir da respiração aeróbica. Elas não conseguem metabolizar ácidos graxos para obter energia. Por este motivo, as células cancerosas não sobrevivem em ambientes com depleção de oxigénio. Em vez disso, as células cancerosas metabolizar a glucose e aminoácidos. A restrição de glicose é essencial para eliminar o câncer.
Jejum Intermitente e Prevenção do Câncer:
A dieta cetogênica é particularmente eficaz quando combinado com os períodos de jejum intermitente. O jejum aumenta a produção de cetona e pode eliminar as células cancerosas. Pacientes com câncer em fase avançada podem enfraquecer ainda mais as suas células cancerosas através do uso de água com limão, por um período de três a sete dias.
Na dieta moderna de hoje, lanches e refeições nos fazem comer até cinco vezes por dia, evitando qualquer tipo de jejum celular intermitente. Como a nutrição é fornecida de forma constante, os níveis de glicose no sangue permanecem elevados, os níveis de insulina permanecem elevados, e a fonte de combustível necessário para as células cancerosas se desenvolver e crescer continua a ser uma ameaça constante.
Um estilo de vida com o jejum intermitente pode envolver um hábito alimentar durante um período de apenas 4 a 8 horas em um dia. Um jejum de 20 horas pode envolver a ingestão de alimentos entre as 15:00 e 19:00 horas a cada dia. Este estilo de vida com jejum regular permite que o corpo produza cetonas, a fim de alimentar todo o corpo. O jejum de 20 horas pode ser o ideal para indivíduos com o diagnóstico de câncer, mas caso contrário podem ser incorporados em seu estilo de vida através de um esquema de 16 a 18 horas de jejum.
Dieta Cetogênica e Indicação de Alimentos a serem Usados:
A dieta cetogênica consiste em um plano de refeições centrado em torno de gorduras saudáveis. Essas incluem:
abacates
óleo de coco
manteiga
sementes cruas e nozes
azeite
ovos
A dieta também permite alimentos com baixas quantidades de hidratos de carbono, tais como:
couve-flor
repolho
Aipo
couve
espinafre
couve de Bruxelas
aspargo
Brócolis
Couve flor
As fontes de proteína em uma dieta cetogênica geralmente são:
carne
aves
peixe e frutos do mar
produto lácteo fermentado
laticínios orgânicos (manteiga)
Os ácidos orgânicos, antioxidantes e enzimas são recomendados para ajudar o corpo a desenvolver um ambiente alcalino. Quando os ácidos orgânicos são metabolizados, alimentos como bebidas com baixo teor de açúcar fermentado, ervas secas, limão e vinagre de maçã ajuda a enfraquecer as células cancerosas por neutralizar a acidez e aumentar a oxigenação celular.
Uma dieta moderada em proteínas é recomendado na dieta cetogênica, a fim de enfraquecer as células cancerosas. Você pode morrer de fome câncer, praticando uma dieta cetogênica consiste de uma abundância de gorduras saudáveis (cerca de 75 por cento), apenas 20 por cento de proteína, e não mais de 5 por cento hidratos de carbono.
Criando Ótima Sensibilidade Hormonal com a Dieta Cetogênica:
A dieta cetogênica é projetada para permitir que um indivíduo possa se sentir satisfeito facilmente como resultado de um nível ideal de insulina e sensibilidade à leptina. Por exemplo, um homem pesando 150 libras deve consumir 30-50g / dia de hidratos de carbono e menos do que 70 g / dia de proteína de manter um estado ótimo de cetose. A concentração ideal de açúcar no sangue para enfraquecer as células cancerosas está entre 60-70mg / dl, e os níveis de cetona recomendados são entre 4-7 mM.
Ao praticar a dieta cetogênica, recomenda-se também suplementar com um multivitamínico alta qualidade, probióticos e ômega-3. A suplementação com ômega-3 tem mostrado ser vantajosa para estimular os efeitos anti câncer da dieta cetogênica.
Nota do Nutricionista:
Normalmente conhecemos somente as drogas como armas para combater o câncer.
Agora sabemos que podemos vencer o câncer com a ajuda da dieta, que atua também de forma preventiva.
O principal alimento para as células do câncer é a glicose, que por sinal é o produto final da digestão dos carboidratos que infelizmente são soberanos na alimentação atual.
Procure diminuir sua ingestão de carboidratos seguindo o modelo citado no artigo, às vantagens são muito amplas em todos os aspectos.
Fontes e Referências:
Does Sugar Feed Cancer?https://www.sciencedaily.com/releases/2009/08/090817184539.htm.
Glucose deprivation activates feedback loop that kills cancer cells, study shows. https://www.sciencedaily.com/releases/2012/06/120626131854.htm.
Ketone body production and disposal: effects of fasting, diabetes, and exercise. Diabetes Metab Rev. 1989 May;5(3):247-70.
Low-carbohydrate nutrition and metabolism. Am J Clin Nutr. 2007 Aug;86(2):276-84.
Fibroblast growth factor 21 is a metabolic regulator that plays a role in the adaptation to ketosis. Am J Clin Nutr. 2011 Apr; 93(4): 901S–905S.
Otto Warburg’s contributions to current concepts of cancer metabolism.
http://fulltext.calis.edu.cn/nature/nrc/11/5/nrc3038.pdf.
Boston College Thomas Seyfried
Cancer as a metabolic disease.
http://download.springer.com/static/pdf/494/art%253A10.1186%252F1743-7075-7-7.pdf?
Metabolic management of brain cancer.
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0005272810006857/.
Is there a role for carbohydrate restriction in the treatment and prevention of cancer? Nutr Metab (Lond). 2011; 8: 75.
Mark's Daily Apple. http://www.marksdailyapple.com/dear-mark-ketosis/.
Simple strategies buffer blood sugar.
http://www.naturalnews.com/034459_blood_sugar_solutions_lemon.html.
Solve Your Health Issues with a Ketogenic Diet. http://www.ketogenic-diet-resource.com/.
Reverse Cancer with a Low Calorie, Low Carbohydrate Diet.
http://www.drbuckeye.com/reverse-cancer-with-a-low-calorie-low-carbohydrate-diet.
Ketogenic diet, calorie restriction and hyperbaric treatment offer hope for non-toxic cancer treatment and alleviation of multiple health issue.
https://www.sott.net/article/263446-Ketogenic-diet-calorie-restriction-and-hyperbaric-treatment.
Artigo editado por David Jockers MD, DC, MS, CSCS.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
As doenças crônicas continuam a devastar nosso mundo atualmente, apesar dos avanços tremendos nos cuidados de saúde. Abordagens terapêuticas para tratar esta ampla gama de sofrimento não podem ser cumpridas pelo crescimento tecnológico em farmacologia, terapia genética, ou cirurgia. Deveria ser óbvio que a verdadeira solução para o tratamento do câncer e das doenças no geral não é encontrado em um comprimido feito pelo homem, mas sim é encontrado na regulação das funções metabólicas do nosso corpo.
Culturas ocidentais hoje desfrutam de uma dieta rica em iguarias que os nossos antepassados sequer pensavam em consumir em uma base regular, como grãos, açúcar e amido. A pesquisa continua a mostrar que o açúcar é a principal fonte de combustível que alimenta o câncer e contribui para um ambiente inflamatório. O açúcar essencialmente aumenta o risco de câncer e todas as doenças.
O que é a Dieta Cetogênica e como é sua Ação no Organismo?
Os esquimós e os grupos Maasai (Originários da região da nascente do Nilo) são culturas que muitas vezes olham para aprender como o seu escasso consumo de carboidratos sustenta seus corpos através de condições climáticas adversas. Acontece que a sua dieta baixa em carboidratos mudou seu metabolismo para queimar gordura em vez de açúcar ou glicose.
Isto criou um estado metabólico conhecido como cetose, um processo em que o corpo queima cetonas para produzir energia, em vez de depender de açúcar ou carboidratos.
As Cetonas são metabolizadas através dos ácidos graxos (ou gorduras) no fígado para fornecer energia. (Esta fonte de combustível é capaz de atravessar a barreira hemato encefálica e é uma excelente forma de energia para os neurônios.) Quando o corpo carece de glicose, que é a primeira fonte de combustível, as cetonas são criadas na sua ausência.
Cetose foi um processo benéfico que o corpo humano desenvolveu como uma adaptação aos tempos quando o alimento não estava disponível (como na época pré-histórica). No entanto, você pode efetivamente produzir cetonas também limitando os carboidratos em sua dieta para menos de 80 gramas diárias e mantendo sua ingestão de proteínas em não mais de 1,2 gramas de proteína / por kg de massa corporal magra . À medida que o corpo se adapta à utilização do metabolismo da cetona ao longo do tempo, o hormônio no fígado que é essencial para o metabolismo cetona (conhecido como FGF21) torna-se mais eficiente.
O Câncer Morre de Fome com a Dieta Cetogênica:
Otto Warburg foi o principal biólogo celular que levou à descoberta de que as células cancerosas não conseguem evoluir usando a energia produzida a partir de respiração celular, mas evoluem a partir do uso da glicose.
Em outras palavras, os carboidratos são decompostos em glicose, que alimenta as células cancerosas. Ao eliminar carboidratos da sua dieta, você também pode destruir as células cancerosas do seu fornecimento energético.
As células cancerosas são contrárias às células normais em muitos aspectos, mas uma de suas características mais fortes são em relação aos receptores de insulina. Eles têm dez vezes mais receptores de insulina em sua superfície celular. Isso permite que as células cancerosas se encham de glicose e nutrientes provenientes da corrente sanguínea a uma taxa muito elevada.
Se você continuar a consumir glicose como fonte de alimentação primária, as células cancerosas vão continuar a prosperar e se espalhar. Não é nenhuma surpresa que a taxa de sobrevivência menor em pacientes com câncer está entre aqueles com os mais altos níveis de glicose no sangue.
As células cancerosas possuem mitocôndrias danificadas e não têm a capacidade de criar energia a partir da respiração aeróbica. Elas não conseguem metabolizar ácidos graxos para obter energia. Por este motivo, as células cancerosas não sobrevivem em ambientes com depleção de oxigénio. Em vez disso, as células cancerosas metabolizar a glucose e aminoácidos. A restrição de glicose é essencial para eliminar o câncer.
Jejum Intermitente e Prevenção do Câncer:
A dieta cetogênica é particularmente eficaz quando combinado com os períodos de jejum intermitente. O jejum aumenta a produção de cetona e pode eliminar as células cancerosas. Pacientes com câncer em fase avançada podem enfraquecer ainda mais as suas células cancerosas através do uso de água com limão, por um período de três a sete dias.
Na dieta moderna de hoje, lanches e refeições nos fazem comer até cinco vezes por dia, evitando qualquer tipo de jejum celular intermitente. Como a nutrição é fornecida de forma constante, os níveis de glicose no sangue permanecem elevados, os níveis de insulina permanecem elevados, e a fonte de combustível necessário para as células cancerosas se desenvolver e crescer continua a ser uma ameaça constante.
Um estilo de vida com o jejum intermitente pode envolver um hábito alimentar durante um período de apenas 4 a 8 horas em um dia. Um jejum de 20 horas pode envolver a ingestão de alimentos entre as 15:00 e 19:00 horas a cada dia. Este estilo de vida com jejum regular permite que o corpo produza cetonas, a fim de alimentar todo o corpo. O jejum de 20 horas pode ser o ideal para indivíduos com o diagnóstico de câncer, mas caso contrário podem ser incorporados em seu estilo de vida através de um esquema de 16 a 18 horas de jejum.
Dieta Cetogênica e Indicação de Alimentos a serem Usados:
A dieta cetogênica consiste em um plano de refeições centrado em torno de gorduras saudáveis. Essas incluem:
abacates
óleo de coco
manteiga
sementes cruas e nozes
azeite
ovos
A dieta também permite alimentos com baixas quantidades de hidratos de carbono, tais como:
couve-flor
repolho
Aipo
couve
espinafre
couve de Bruxelas
aspargo
Brócolis
Couve flor
As fontes de proteína em uma dieta cetogênica geralmente são:
carne
aves
peixe e frutos do mar
produto lácteo fermentado
laticínios orgânicos (manteiga)
Os ácidos orgânicos, antioxidantes e enzimas são recomendados para ajudar o corpo a desenvolver um ambiente alcalino. Quando os ácidos orgânicos são metabolizados, alimentos como bebidas com baixo teor de açúcar fermentado, ervas secas, limão e vinagre de maçã ajuda a enfraquecer as células cancerosas por neutralizar a acidez e aumentar a oxigenação celular.
Uma dieta moderada em proteínas é recomendado na dieta cetogênica, a fim de enfraquecer as células cancerosas. Você pode morrer de fome câncer, praticando uma dieta cetogênica consiste de uma abundância de gorduras saudáveis (cerca de 75 por cento), apenas 20 por cento de proteína, e não mais de 5 por cento hidratos de carbono.
Criando Ótima Sensibilidade Hormonal com a Dieta Cetogênica:
A dieta cetogênica é projetada para permitir que um indivíduo possa se sentir satisfeito facilmente como resultado de um nível ideal de insulina e sensibilidade à leptina. Por exemplo, um homem pesando 150 libras deve consumir 30-50g / dia de hidratos de carbono e menos do que 70 g / dia de proteína de manter um estado ótimo de cetose. A concentração ideal de açúcar no sangue para enfraquecer as células cancerosas está entre 60-70mg / dl, e os níveis de cetona recomendados são entre 4-7 mM.
Ao praticar a dieta cetogênica, recomenda-se também suplementar com um multivitamínico alta qualidade, probióticos e ômega-3. A suplementação com ômega-3 tem mostrado ser vantajosa para estimular os efeitos anti câncer da dieta cetogênica.
Nota do Nutricionista:
Normalmente conhecemos somente as drogas como armas para combater o câncer.
Agora sabemos que podemos vencer o câncer com a ajuda da dieta, que atua também de forma preventiva.
O principal alimento para as células do câncer é a glicose, que por sinal é o produto final da digestão dos carboidratos que infelizmente são soberanos na alimentação atual.
Procure diminuir sua ingestão de carboidratos seguindo o modelo citado no artigo, às vantagens são muito amplas em todos os aspectos.
Fontes e Referências:
Does Sugar Feed Cancer?https://www.sciencedaily.com/releases/2009/08/090817184539.htm.
Glucose deprivation activates feedback loop that kills cancer cells, study shows. https://www.sciencedaily.com/releases/2012/06/120626131854.htm.
Ketone body production and disposal: effects of fasting, diabetes, and exercise. Diabetes Metab Rev. 1989 May;5(3):247-70.
Low-carbohydrate nutrition and metabolism. Am J Clin Nutr. 2007 Aug;86(2):276-84.
Fibroblast growth factor 21 is a metabolic regulator that plays a role in the adaptation to ketosis. Am J Clin Nutr. 2011 Apr; 93(4): 901S–905S.
Otto Warburg’s contributions to current concepts of cancer metabolism.
http://fulltext.calis.edu.cn/nature/nrc/11/5/nrc3038.pdf.
Boston College Thomas Seyfried
Cancer as a metabolic disease.
http://download.springer.com/static/pdf/494/art%253A10.1186%252F1743-7075-7-7.pdf?
Metabolic management of brain cancer.
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0005272810006857/.
Is there a role for carbohydrate restriction in the treatment and prevention of cancer? Nutr Metab (Lond). 2011; 8: 75.
Mark's Daily Apple. http://www.marksdailyapple.com/dear-mark-ketosis/.
Simple strategies buffer blood sugar.
http://www.naturalnews.com/034459_blood_sugar_solutions_lemon.html.
Solve Your Health Issues with a Ketogenic Diet. http://www.ketogenic-diet-resource.com/.
Reverse Cancer with a Low Calorie, Low Carbohydrate Diet.
http://www.drbuckeye.com/reverse-cancer-with-a-low-calorie-low-carbohydrate-diet.
Ketogenic diet, calorie restriction and hyperbaric treatment offer hope for non-toxic cancer treatment and alleviation of multiple health issue.
https://www.sott.net/article/263446-Ketogenic-diet-calorie-restriction-and-hyperbaric-treatment.
domingo, 14 de agosto de 2016
Ovos Inteiros Ou Clara de Ovos: Prejudicam sua Saúde, ou Fornecem Benefícios?
Ovos Inteiros Ou Clara de Ovos: Prejudicam sua Saúde, ou Fornecem Benefícios?
Artigo Editado por Franziska Spritzler, RD, CDE.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Dependendo de quem você perguntar, ovos inteiros ou são saudáveis ou não.
Por um lado, eles são considerados uma fonte excelente e de baixo custo de proteína e vários nutrientes.
Por outro lado, muitas pessoas acreditam que as gemas podem aumentar o risco de doença cardíaca.
E então, os ovos são bons ou não para sua saúde?
Este artigo explora ambos os lados do argumento.
Por que os Ovos algumas vezes são Considerados Insalubres?
Os ovos inteiros têm dois componentes principais:
Clara de ovo: A parte branca, que é principalmente composta por proteínas.
Gema de ovo: A parte amarela alaranjada, que contém todos os tipos de nutrientes.
A principal razão pela qual os ovos foram considerados pouco saudáveis no passado, é que as gemas são ricas em colesterol.
O colesterol é uma substância cerosa encontrada em alimentos, e também é feito pelo próprio corpo. Algumas décadas atrás, grandes estudos ligados a níveis altos de colesterol foram relacionados com as doenças cardíacas.
Em 1961, a American Heart Association recomendou limitar o colesterol da dieta. Muitas outras organizações internacionais de saúde fizeram o mesmo.
Ao longo das próximas décadas, o consumo de ovos em todo o mundo diminuiu significativamente . Muitas pessoas substituíram ovos com substitutos de ovos sem colesterol, que foram promovidos como uma opção mais saudável.
Mensagem Importante: Durante várias décadas, acreditava-se que os ovos poderiam aumentar o risco de doença cardíaca por causa de seu alto teor de colesterol.
É verdade que ovos inteiros são ricos em colesterol:
Os ovos inteiros (com as gemas) são inegavelmente ricos em colesterol. Na verdade, eles são a principal fonte de colesterol na dieta da maioria das pessoas.
Dois ovos inteiros grandes (100 gramas) contêm cerca de 422 mg de colesterol (1).
Por outro lado, 100 g de carne moída (30% de gordura) tem apenas cerca de 88 mg de colesterol (2).
Até muito recentemente, a ingestão diária máxima recomendada de colesterol foi de 300 mg por dia. Foi ainda menor para as pessoas com doenças cardíacas.
No entanto, com base nas pesquisas mais recentes, organizações de saúde em muitos países não recomendam restringir a ingestão de colesterol.
Pela primeira vez em décadas, as Diretrizes Alimentares dos EUA divulgada em janeiro 2016, não especificou um limite diário superior para o colesterol da dieta.
Apesar desta mudança, muitas pessoas continuam preocupadas com o consumo de ovos.
Isso é porque eles já foram condicionados a associar a ingestão elevada de colesterol da dieta com níveis altos de colesterol e doenças cardíacas.
Dito isto, só porque um alimento é rico em colesterol, não necessariamente aumentará os níveis de colesterol no sangue.
Mensagem Importante: Dois ovos grandes inteiros contém 422 mg de colesterol, o que excede o limite diário máximo que era recomendado há muitas décadas. No entanto, esta restrição do teor de colesterol foi agora descartada.
Como comer ovos afeta o colesterol no sangue?
Embora possa parecer lógico que o colesterol da dieta aumentará os níveis de colesterol no sangue, normalmente não funciona dessa forma.
Seu fígado realmente produz colesterol em grandes quantidades, porque o colesterol é um nutriente necessário para todas suas células.
Quando você comer grandes quantidades de alimentos ricos em colesterol, como ovos, o fígado simplesmente começa a produzir menos colesterol (3,4).
Por outro lado, quando você come pouco colesterol dos alimentos, o fígado produz mais.
Devido a isso, os níveis de colesterol no sangue não se alteraram significativamente na maioria das pessoas quando comem mais colesterol a partir de alimentos (5).
Além disso, vamos manter em mente que o colesterol não é uma substância "ruim". Na verdade, é envolvido em vários processos no corpo, tais como:
É usado para produzir a vitamina D.
Produz hormônios esteróides como o estrogênio, progesterona e testosterona.
Produz ácidos biliares, que ajudam a digerir a gordura.
Por último, mas não menos importante, o colesterol é encontrado em cada membrana celular em seu corpo. Sem ele, os seres humanos não existiriam.
Mensagem Importante: Quando você comer ovos ou outros alimentos ricos em colesterol, o seu fígado produz menos colesterol. Como resultado, os níveis de colesterol no sangue provavelmente ficarão iguais ou aumentarão apenas ligeiramente.
Os Ovos Aumentam o risco de Doença Cardíaca?
Vários estudos controlados, analisaram como os ovos afetam fatores de risco para as doenças cardíacas. Os resultados são na sua maioria positivos ou neutros.
Estudos mostram que comer 1 a2 ovos inteiros por dia não parece alterar os níveis de colesterol ou fatores de risco para doença cardíaca (6,7,8).
Além do mais, consumir ovos, como parte de uma dieta baixa em carboidratos melhora marcadores de doença cardíaca em pessoas com resistência à insulina ou diabetes tipo 2. Isto inclui o tamanho e forma das partículas de LDL (9,10,11).
Um estudo feito com pré-diabéticos que estavam em uma dieta restrita em carboidratos. Aqueles que consumiram ovos inteiros, experimentaram melhor sensibilidade à insulina e maiores melhorias nos marcadores de saúde cardíacos do que aqueles que comeram ovos sem as gemas (10).
Em outro estudo, as pessoas pré-diabéticos em dietas de baixo carboidrato comendo 3 ovos inteiros por dia durante 12 semanas. Eles tinham menos marcadores inflamatórios do que aqueles que consumiram um substituto de ovo em uma dieta idêntica (11).
Apesar do LDL (colesterol ruim) tende a permanecer o mesmo ou aumentar apenas ligeiramente quando você come ovos, o HDL (colesterol bom) normalmente aumenta (10,12,13).
Além disso, comer ovos enriquecidos com ômega-3 podem ajudar a obter níveis mais baixos de triglicerídeos (14,15).
A pesquisa também sugere que comer ovos em uma base regular pode ser seguro para as pessoas que já têm doença cardíaca.
Um estudo acompanhou 32 pessoas com doença cardíaca. Eles não experimentaram efeitos negativos sobre a saúde do coração depois de consumir 2 ovos inteiros todos os dias durante 12 semanas (16).
Para completar, uma revisão de 17 estudos observacionais com um total de 263,938 pessoas não achou nenhuma associação entre o consumo de ovos e doença cardíaca ou acidente vascular cerebral (17).
Mensagem Importante: Estudos têm demonstrado que o consumo de ovos em geral, tem efeitos benéficos ou neutros sobre o risco de doença cardíaca.
Os Ovos Aumentam o Risco de Diabetes?
Estudos controlados mostram que os ovos podem melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os fatores de risco de doença cardíaca em pessoas com pré-diabetes.
No entanto, há pesquisas conflitantes sobre o consumo de ovos e o risco de diabetes tipo 2.
Uma revisão de dois estudos envolvendo mais de 50.000 adultos descobriu que aqueles que consomem pelo menos um ovo por dia eram mais propensos a desenvolver diabetes tipo 2 do que as pessoas que comiam menos do que um ovo por semana (18).
Um segundo estudo em mulheres encontrou uma associação entre a alta ingestão de colesterol dietético e o aumento do risco de diabetes, mas não especificamente para ovos (19).
O grande estudo observacional mencionado acima, que não encontrou nenhuma ligação entre os ataques cardíacos e derrames chegou a encontrar um risco 54% maior de doença cardíaca quando foi observado somente as pessoas com diabetes (17).
Com base nestes estudos, os ovos podem ser problemáticos para as pessoas que são diabéticas ou pré-diabéticas.
No entanto, é importante ter em mente que estes são estudos observacionais com base no consumo de alimentos relatados pelos participantes.
Eles só mostram uma associação entre o consumo de ovo e uma maior probabilidade de desenvolver diabetes, estes tipos de estudos não podem provar que os ovos são a causa de uma ou outra doença.
Além disso, estes estudos não nos dizem o que mais as pessoas que desenvolveram diabetes estavam comendo, quanto exercício praticavam ou quais outros fatores de risco poderiam apresentar.
Na verdade, estudos controlados descobriram que comer ovos combinado a uma dieta saudável pode beneficiar as pessoas com diabetes.
Em outro estudo, as pessoas com diabetes que consumiram uma dieta rica em proteína, rica em colesterol, contendo 2 ovos por dia experimentaram reduções na glicemia de jejum, na insulina e pressão arterial, como também um aumento no colesterol HDL (20).
Outros estudos ligam o consumo de ovos com melhorias na sensibilidade à insulina e redução da inflamação em pessoas com pré-diabetes e diabetes (10,21).
Mensagem Importante: Os estudos sobre ovos e diabetes têm resultados mistos. Vários estudos de observação mostram um aumento do risco de diabetes tipo 2, enquanto que os ensaios controlados mostram uma melhoria de diversos marcadores de saúde.
Seus genes podem afetar a forma como você reage ao consumo de ovos:
Embora os ovos não representem um risco para a saúde na maioria das pessoas, foi sugerido que as pessoas com determinados traços genéticos podem ser diferentes.
No entanto, não há muita pesquisa sobre este assunto.
O gene ApoE4:
As pessoas que carregam um gene conhecido como ApoE4 têm um risco maior de níveis elevados de colesterol, doenças do coração, diabetes tipo 2 e doença de Alzheimer (22,23).
Um estudo observacional de mais de 1.000 homens não encontrou nenhuma associação entre a alta ingestão de ovos e colesterol e o risco de doenças do coração em portadores do ApoE4 (24).
Um estudo controlado seguindo pessoas com níveis normais de colesterol. Uma ingestão elevada de ovo, ou 750 mg de colesterol por dia, o aumento dos níveis de colesterol total e de LDL em pessoas com o gene ApoE4, foi mais do que o dobro do que em pessoas sem o gene (25).
No entanto, estas pessoas comeram cerca de 3,5 ovos por dia durante três semanas. É possível que a ingestão de 1 ou 2 ovos poderia ter causado mudanças menos dramáticas.
É também possível que o aumento dos níveis de colesterol em resposta à alta ingestão de ovo sejam temporário.
Um estudo descobriu que quando as carregadoras de ApoE4 com colesterol normal, apresentaram níveis de colesterol no sangue mais elevados em resposta a uma dieta rica em colesterol, seus corpos começaram a produzir menos colesterol para compensar (26).
Hipercolesterolemia Familiar:
Uma condição genética conhecida como hipercolesterolemia familiar
caracteriza-se por níveis de colesterol no sangue muito elevados e um risco aumentado de doença cardíaca (27).
De acordo com especialistas, a redução dos níveis de colesterol é muito importante para as pessoas com esta condição. Em geral, requer uma combinação de dieta e medicação.
As pessoas com hipercolesterolemia familiar pode precisar evitar os ovos, como vários outros alimentos, incluindo óleos vegetais refinados e margarina.
Hiper Resposta ao Colesterol Dietético:
Um número de pessoas são consideradas hiper-responsivas ao colesterol dietético. Isto significa que os seus níveis de colesterol no sangue aumentam quando eles comem mais colesterol.
Muitas vezes ambos os níveis de colesterol HDL e LDL aumentam nesse grupo de pessoas quando consomem ovos ou outros alimentos ricos em colesterol (28,29).
No entanto, alguns estudos relatam que o LDL e o colesterol total subiu significativamente em hiper-responsivos que aumentaram a sua ingestão de ovo, mas o HDL manteve-se estável (30,31).
Por outro lado, um grupo de hiper-responsivos consumindo 3 ovos por dia, durante 30 dias teve um aumento principalmente em grandes partículas de LDL, que não são considerados como prejudiciais como as pequenas partículas de LDL (32).
Além do mais, os hiper-responsivos podem absorver mais dos antioxidantes localizados no pigmento amarelo de gema de ovo. Estes podem beneficiar a saúde dos olhos e do coração (33).
Mensagem Importante: Pessoas com certos traços genéticos podem ter um maior aumento em seus níveis de colesterol depois de comer ovos.
Os Ovos são Carregados de Nutrientes:
Os ovos também tem uma tonelada de nutrientes e benefícios para a saúde que precisam ser mencionados quando se consideram os efeitos saudáveis dos ovos.
Eles são uma ótima fonte de proteína de alta qualidade, bem como várias vitaminas e minerais importantes.
Um ovo grande inteiro contém (1):
Calorias: 72.
Proteína: 6 gramas.
Vitamina A: 5% de RDI.
Riboflavina: 14% da RDI.
Vitamina B12: 11% do RDI.
Folato: 6% do RDI.
Ferro: 5% do RDI.
Selênio: 23% da RDI.
E ainda, há muitos outros nutrientes em quantidades menores. Na verdade, os ovos contêm um pouco de quase tudo o que o corpo humano necessita.
Mensagem Importante: Os ovos são ricos em vitaminas e minerais importantes, combinado a proteína de alta qualidade.
Os Ovos Possuem Muitos Benefícios para a Saúde.
Estudos mostram que comer ovos pode ter vários benefícios para a saúde:
Esses incluem:
Ajudam a mantê-lo saciado: Vários estudos mostram que os ovos promovem a plenitude e ajudam a controlar a fome assim fica mais fácil controlar o peso corporal (34,35,36).
Promovem a perda de peso: A proteína de alta qualidade dos ovos aumenta a taxa metabólica e pode ajudar a perder peso(37,38,39).
Protegem a saúde do cérebro: Os ovos são uma excelente fonte de colina, que é importante para a saúde cerebral (40,41).
Reduzem o risco de doença ocular: A luteína e zeaxantina dos ovos ajudam a proteger contra as cataratas, doenças oculares e degeneração macular (13,42,43).
Diminuem a inflamação: Os ovos podem reduzir a inflamação, que está ligada a várias doenças (11,20).
Mensagem Importante: Ovos ajudam você a se sentir saciado, pode promover a perda de peso e ajudar a proteger o cérebro e os olhos. Eles também podem reduzir a inflamação.
Os Ovos são Super Saudáveis (para a maioria das pessoas):
Em geral, os ovos são um dos mais saudáveis e mais nutritivos alimentos que você pode comer.
Na maior parte dos casos, eles não aumentam muito os níveis de colesterol. Mesmo quando o fazem, eles muitas vezes aumentar o HDL (o bom colesterol) e modificam a forma e o tamanho do LDL de uma maneira que reduz o risco de doenças.
No entanto, como a maioria das coisas na alimentação, este pode não se aplicar a todos, e algumas pessoas podem precisar limitar a sua ingestão de ovos.
Nota do Nutricionista:
Uma crença que já existe há muito tempo, limitando o consumo desse alimento.
Não posso dizer que está totalmente claro, mas podemos comer ovos com mais tranquilidade.
Importante sabermos que quando consumimos muito colesterol dietético, nosso fígado para de produzi-lo, e que essa substância está presente em todas as células de nosso corpo.
Eliminar o consumo de óleos vegetais refinados como óleo de soja, milho, canola e margarina, é um detalhe de extrema importância em qualquer dieta e uma mudança que todos deveriam fazer.
Referências:
1) http://nutritiondata.self.com/facts/dairy-and-egg-products/111/2.
2) http://nutritiondata.self.com/facts/beef-products/8004/2.
3) Dietary Cholesterol Feeding Suppresses Human Cholesterol Synthesis Measured by Deuterium Incorporation and Urinary Mevalonic Acid Levels. Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology.1996; 16: 1222-1228.
4) Rethinking dietary cholesterol. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2012 Mar;15(2):117-21.
5) Serum cholesterol response to changes in the diet: II. The effect of cholesterol in the diet. Metabolism Volume 14, Issue 7, July 1965, Pages 759-765.
6) Consumption of One Egg Per Day Increases Serum Lutein and Zeaxanthin Concentrations in Older Adults without Altering Serum Lipid and Lipoprotein Cholesterol Concentrations. http://jn.nutrition.org/content/136/10/2519.full.
7) Effect of dietary egg on human serum cholesterol and triglycerides. Am J Clin Nutr. 1979 May;32(5):1051-7.
8) Daily egg consumption in hyperlipidemic adults - Effects on endothelial function and cardiovascular risk. Nutr J. 2010; 9: 28. doi: 10.1186/1475-2891-9-28.
9) Eggs distinctly modulate plasma carotenoid and lipoprotein subclasses in adult men following a carbohydrate-restricted diet. J Nutr Biochem. 2010 Apr;21(4):261-7.
10) Whole egg consumption improves lipoprotein profiles and insulin sensitivity to a greater extent than yolk-free egg substitute in individuals with metabolic syndrome. Metabolism. 2013 Mar;62(3):400-10.
11) Egg Intake during Carbohydrate Restriction Alters Peripheral Blood Mononuclear Cell Inflammation and Cholesterol Homeostasis in Metabolic Syndrome. Nutrients. 2014 Jul; 6(7): 2650–2667.
12) Egg consumption and high-density-lipoprotein cholesterol. J Intern Med. 1994 Mar;235(3):249-51.
13) Egg intake improves carotenoid status by increasing plasma HDL cholesterol in adults with metabolic syndrome. Food Funct. 2013 Feb;4(2):213-21.
14) Decrease in blood triglycerides associated with the consumption of eggs of hens fed with food supplemented with fish oil. Nutr Metab Cardiovasc Dis. 2007 May;17(4):280-7.
15) Consumption of n-3 polyunsaturated fatty acid-enriched eggs and changes in plasma lipids of human subjects. Nutrition. 1993 Nov-Dec;9(6):513-8.
16) Effects of egg ingestion on endothelial function in adults with coronary artery disease: a randomized, controlled, crossover trial. Am Heart J. 2015 Jan;169(1):162-9.
17) Egg consumption and risk of coronary heart disease and stroke: dose-response meta-analysis of prospective cohort studies. BMJ 2013;346:e8539.
18) Egg consumption and risk of type 2 diabetes in men and women. Diabetes Care. 2009 Feb;32(2):295-300.
19) Egg and cholesterol intake and incident type 2 diabetes among French women. Br J Nutr. 2015 Nov 28;114(10):1667-73.
20) Egg consumption as part of an energy-restricted high-protein diet improves blood lipid and blood glucose profiles in individuals with type 2 diabetes. Br J Nutr. 2011 Feb;105(4):584-92.
21) One Egg per Day Improves Inflammation when Compared to an Oatmeal-Based Breakfast without Increasing Other Cardiometabolic Risk Factors in Diabetic Patients. Nutrients. 2015 May 11;7(5):3449-63.
22) Apolipoprotein E: from cardiovascular disease to neurodegenerative disorders. J Mol Med (Berl). 2016 Jul;94(7):739-46.
23) Apolipoprotein E gene polymorphism and risk of type 2 diabetes and cardiovascular disease. Cardiovasc Diabetol. 2016 Jan 22;15:12.
24) Associations of egg and cholesterol intakes with carotid intima-media thickness and risk of incident coronary artery disease according to apolipoprotein E phenotype in men: the Kuopio Ischaemic Heart Disease Risk Factor Study. Am J Clin Nutr. 2016 Mar;103(3):895-901.
25) Cholesterol-rich diet induced changes in plasma lipids in relation to apolipoprotein E phenotype in healthy students. Ann Med. 1992 Feb;24(1):61-6.
26) Response of cholesterol synthesis to cholesterol feeding in men with different apolipoprotein E genotypes. Metabolism. 1993 Aug;42(8):1065-71.
27) The Severe Hypercholesterolemia Phenotype: Genes and Beyond. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844336.
28) Dietary cholesterol does not increase biomarkers for chronic disease in a pediatric population from northern Mexico. Am J Clin Nutr. 2004 Oct;80(4):855-61.
29) Men classified as hypo- or hyperresponders to dietary cholesterol feeding exhibit differences in lipoprotein metabolism. J Nutr. 2003 Apr;133(4):1036-42.
30) The effect of ingestion of egg on the serum lipid profile of healthy young Indians. Indian J Physiol Pharmacol. 2004 Jul;48(3):286-92.
31) Ingestion of egg raises plasma low density lipoproteins in free-living subjects. Lancet. 1984 Mar 24;1(8378):647-9.
32) High intake of cholesterol results in less atherogenic low-density lipoprotein particles in men and women independent of response classification. http://dx.doi.org/10.1016/j.metabol.2003.12.030.
33) Hypo and hyperresponse to egg cholesterol predicts plasma lutein and beta-carotene concentrations in men and women. J Nutr. 2006 Mar;136(3):601-7.
34) Short-term effect of eggs on satiety in overweight and obese subjects. J Am Coll Nutr. 2005 Dec;24(6):510-5.
35) Consuming eggs for breakfast influences plasma glucose and ghrelin, while reducing energy intake during the next 24 hours in adult men. Nutr Res. 2010 Feb;30(2):96-103.
36) Variation in the effects of three different breakfast meals on subjective satiety and subsequent intake of energy at lunch and evening meal. Eur J Nutr. 2013 Jun;52(4):1353-9.
37) Diet-induced thermogenesis and substrate oxidation are not different between lean and obese women after two different isocaloric meals, one rich in protein and one rich in fat. Metabolism. 2008 Mar;57(3):313-20.
38) The influence of higher protein intake and greater eating frequency on appetite control in overweight and obese men. Obesity (Silver Spring). 2010 Sep;18(9):1725-32.
39) The effects of high protein diets on thermogenesis, satiety and weight loss: a critical review. J Am Coll Nutr. 2004 Oct;23(5):373-85.
40) Concentrations of choline-containing compounds and betaine in common foods. J Nutr. 2003 May;133(5):1302-7.
41) Choline: an essential nutrient for public health. Nutr Rev. 2009 Nov;67(11):615-23.
42) Dietary sources of lutein and zeaxanthin carotenoids and their role in eye health. Nutrients. 2013 Apr 9;5(4):1169-85.
43) Plasma lutein and zeaxanthin and other carotenoids as modifiable risk factors for age-related maculopathy and cataract: the POLA Study. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2006 Jun;47(6):2329-35.
Artigo Editado por Franziska Spritzler, RD, CDE.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Dependendo de quem você perguntar, ovos inteiros ou são saudáveis ou não.
Por um lado, eles são considerados uma fonte excelente e de baixo custo de proteína e vários nutrientes.
Por outro lado, muitas pessoas acreditam que as gemas podem aumentar o risco de doença cardíaca.
E então, os ovos são bons ou não para sua saúde?
Este artigo explora ambos os lados do argumento.
Por que os Ovos algumas vezes são Considerados Insalubres?
Os ovos inteiros têm dois componentes principais:
Clara de ovo: A parte branca, que é principalmente composta por proteínas.
Gema de ovo: A parte amarela alaranjada, que contém todos os tipos de nutrientes.
A principal razão pela qual os ovos foram considerados pouco saudáveis no passado, é que as gemas são ricas em colesterol.
O colesterol é uma substância cerosa encontrada em alimentos, e também é feito pelo próprio corpo. Algumas décadas atrás, grandes estudos ligados a níveis altos de colesterol foram relacionados com as doenças cardíacas.
Em 1961, a American Heart Association recomendou limitar o colesterol da dieta. Muitas outras organizações internacionais de saúde fizeram o mesmo.
Ao longo das próximas décadas, o consumo de ovos em todo o mundo diminuiu significativamente . Muitas pessoas substituíram ovos com substitutos de ovos sem colesterol, que foram promovidos como uma opção mais saudável.
Mensagem Importante: Durante várias décadas, acreditava-se que os ovos poderiam aumentar o risco de doença cardíaca por causa de seu alto teor de colesterol.
É verdade que ovos inteiros são ricos em colesterol:
Os ovos inteiros (com as gemas) são inegavelmente ricos em colesterol. Na verdade, eles são a principal fonte de colesterol na dieta da maioria das pessoas.
Dois ovos inteiros grandes (100 gramas) contêm cerca de 422 mg de colesterol (1).
Por outro lado, 100 g de carne moída (30% de gordura) tem apenas cerca de 88 mg de colesterol (2).
Até muito recentemente, a ingestão diária máxima recomendada de colesterol foi de 300 mg por dia. Foi ainda menor para as pessoas com doenças cardíacas.
No entanto, com base nas pesquisas mais recentes, organizações de saúde em muitos países não recomendam restringir a ingestão de colesterol.
Pela primeira vez em décadas, as Diretrizes Alimentares dos EUA divulgada em janeiro 2016, não especificou um limite diário superior para o colesterol da dieta.
Apesar desta mudança, muitas pessoas continuam preocupadas com o consumo de ovos.
Isso é porque eles já foram condicionados a associar a ingestão elevada de colesterol da dieta com níveis altos de colesterol e doenças cardíacas.
Dito isto, só porque um alimento é rico em colesterol, não necessariamente aumentará os níveis de colesterol no sangue.
Mensagem Importante: Dois ovos grandes inteiros contém 422 mg de colesterol, o que excede o limite diário máximo que era recomendado há muitas décadas. No entanto, esta restrição do teor de colesterol foi agora descartada.
Como comer ovos afeta o colesterol no sangue?
Embora possa parecer lógico que o colesterol da dieta aumentará os níveis de colesterol no sangue, normalmente não funciona dessa forma.
Seu fígado realmente produz colesterol em grandes quantidades, porque o colesterol é um nutriente necessário para todas suas células.
Quando você comer grandes quantidades de alimentos ricos em colesterol, como ovos, o fígado simplesmente começa a produzir menos colesterol (3,4).
Por outro lado, quando você come pouco colesterol dos alimentos, o fígado produz mais.
Devido a isso, os níveis de colesterol no sangue não se alteraram significativamente na maioria das pessoas quando comem mais colesterol a partir de alimentos (5).
Além disso, vamos manter em mente que o colesterol não é uma substância "ruim". Na verdade, é envolvido em vários processos no corpo, tais como:
É usado para produzir a vitamina D.
Produz hormônios esteróides como o estrogênio, progesterona e testosterona.
Produz ácidos biliares, que ajudam a digerir a gordura.
Por último, mas não menos importante, o colesterol é encontrado em cada membrana celular em seu corpo. Sem ele, os seres humanos não existiriam.
Mensagem Importante: Quando você comer ovos ou outros alimentos ricos em colesterol, o seu fígado produz menos colesterol. Como resultado, os níveis de colesterol no sangue provavelmente ficarão iguais ou aumentarão apenas ligeiramente.
Os Ovos Aumentam o risco de Doença Cardíaca?
Vários estudos controlados, analisaram como os ovos afetam fatores de risco para as doenças cardíacas. Os resultados são na sua maioria positivos ou neutros.
Estudos mostram que comer 1 a2 ovos inteiros por dia não parece alterar os níveis de colesterol ou fatores de risco para doença cardíaca (6,7,8).
Além do mais, consumir ovos, como parte de uma dieta baixa em carboidratos melhora marcadores de doença cardíaca em pessoas com resistência à insulina ou diabetes tipo 2. Isto inclui o tamanho e forma das partículas de LDL (9,10,11).
Um estudo feito com pré-diabéticos que estavam em uma dieta restrita em carboidratos. Aqueles que consumiram ovos inteiros, experimentaram melhor sensibilidade à insulina e maiores melhorias nos marcadores de saúde cardíacos do que aqueles que comeram ovos sem as gemas (10).
Em outro estudo, as pessoas pré-diabéticos em dietas de baixo carboidrato comendo 3 ovos inteiros por dia durante 12 semanas. Eles tinham menos marcadores inflamatórios do que aqueles que consumiram um substituto de ovo em uma dieta idêntica (11).
Apesar do LDL (colesterol ruim) tende a permanecer o mesmo ou aumentar apenas ligeiramente quando você come ovos, o HDL (colesterol bom) normalmente aumenta (10,12,13).
Além disso, comer ovos enriquecidos com ômega-3 podem ajudar a obter níveis mais baixos de triglicerídeos (14,15).
A pesquisa também sugere que comer ovos em uma base regular pode ser seguro para as pessoas que já têm doença cardíaca.
Um estudo acompanhou 32 pessoas com doença cardíaca. Eles não experimentaram efeitos negativos sobre a saúde do coração depois de consumir 2 ovos inteiros todos os dias durante 12 semanas (16).
Para completar, uma revisão de 17 estudos observacionais com um total de 263,938 pessoas não achou nenhuma associação entre o consumo de ovos e doença cardíaca ou acidente vascular cerebral (17).
Mensagem Importante: Estudos têm demonstrado que o consumo de ovos em geral, tem efeitos benéficos ou neutros sobre o risco de doença cardíaca.
Os Ovos Aumentam o Risco de Diabetes?
Estudos controlados mostram que os ovos podem melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os fatores de risco de doença cardíaca em pessoas com pré-diabetes.
No entanto, há pesquisas conflitantes sobre o consumo de ovos e o risco de diabetes tipo 2.
Uma revisão de dois estudos envolvendo mais de 50.000 adultos descobriu que aqueles que consomem pelo menos um ovo por dia eram mais propensos a desenvolver diabetes tipo 2 do que as pessoas que comiam menos do que um ovo por semana (18).
Um segundo estudo em mulheres encontrou uma associação entre a alta ingestão de colesterol dietético e o aumento do risco de diabetes, mas não especificamente para ovos (19).
O grande estudo observacional mencionado acima, que não encontrou nenhuma ligação entre os ataques cardíacos e derrames chegou a encontrar um risco 54% maior de doença cardíaca quando foi observado somente as pessoas com diabetes (17).
Com base nestes estudos, os ovos podem ser problemáticos para as pessoas que são diabéticas ou pré-diabéticas.
No entanto, é importante ter em mente que estes são estudos observacionais com base no consumo de alimentos relatados pelos participantes.
Eles só mostram uma associação entre o consumo de ovo e uma maior probabilidade de desenvolver diabetes, estes tipos de estudos não podem provar que os ovos são a causa de uma ou outra doença.
Além disso, estes estudos não nos dizem o que mais as pessoas que desenvolveram diabetes estavam comendo, quanto exercício praticavam ou quais outros fatores de risco poderiam apresentar.
Na verdade, estudos controlados descobriram que comer ovos combinado a uma dieta saudável pode beneficiar as pessoas com diabetes.
Em outro estudo, as pessoas com diabetes que consumiram uma dieta rica em proteína, rica em colesterol, contendo 2 ovos por dia experimentaram reduções na glicemia de jejum, na insulina e pressão arterial, como também um aumento no colesterol HDL (20).
Outros estudos ligam o consumo de ovos com melhorias na sensibilidade à insulina e redução da inflamação em pessoas com pré-diabetes e diabetes (10,21).
Mensagem Importante: Os estudos sobre ovos e diabetes têm resultados mistos. Vários estudos de observação mostram um aumento do risco de diabetes tipo 2, enquanto que os ensaios controlados mostram uma melhoria de diversos marcadores de saúde.
Seus genes podem afetar a forma como você reage ao consumo de ovos:
Embora os ovos não representem um risco para a saúde na maioria das pessoas, foi sugerido que as pessoas com determinados traços genéticos podem ser diferentes.
No entanto, não há muita pesquisa sobre este assunto.
O gene ApoE4:
As pessoas que carregam um gene conhecido como ApoE4 têm um risco maior de níveis elevados de colesterol, doenças do coração, diabetes tipo 2 e doença de Alzheimer (22,23).
Um estudo observacional de mais de 1.000 homens não encontrou nenhuma associação entre a alta ingestão de ovos e colesterol e o risco de doenças do coração em portadores do ApoE4 (24).
Um estudo controlado seguindo pessoas com níveis normais de colesterol. Uma ingestão elevada de ovo, ou 750 mg de colesterol por dia, o aumento dos níveis de colesterol total e de LDL em pessoas com o gene ApoE4, foi mais do que o dobro do que em pessoas sem o gene (25).
No entanto, estas pessoas comeram cerca de 3,5 ovos por dia durante três semanas. É possível que a ingestão de 1 ou 2 ovos poderia ter causado mudanças menos dramáticas.
É também possível que o aumento dos níveis de colesterol em resposta à alta ingestão de ovo sejam temporário.
Um estudo descobriu que quando as carregadoras de ApoE4 com colesterol normal, apresentaram níveis de colesterol no sangue mais elevados em resposta a uma dieta rica em colesterol, seus corpos começaram a produzir menos colesterol para compensar (26).
Hipercolesterolemia Familiar:
Uma condição genética conhecida como hipercolesterolemia familiar
caracteriza-se por níveis de colesterol no sangue muito elevados e um risco aumentado de doença cardíaca (27).
De acordo com especialistas, a redução dos níveis de colesterol é muito importante para as pessoas com esta condição. Em geral, requer uma combinação de dieta e medicação.
As pessoas com hipercolesterolemia familiar pode precisar evitar os ovos, como vários outros alimentos, incluindo óleos vegetais refinados e margarina.
Hiper Resposta ao Colesterol Dietético:
Um número de pessoas são consideradas hiper-responsivas ao colesterol dietético. Isto significa que os seus níveis de colesterol no sangue aumentam quando eles comem mais colesterol.
Muitas vezes ambos os níveis de colesterol HDL e LDL aumentam nesse grupo de pessoas quando consomem ovos ou outros alimentos ricos em colesterol (28,29).
No entanto, alguns estudos relatam que o LDL e o colesterol total subiu significativamente em hiper-responsivos que aumentaram a sua ingestão de ovo, mas o HDL manteve-se estável (30,31).
Por outro lado, um grupo de hiper-responsivos consumindo 3 ovos por dia, durante 30 dias teve um aumento principalmente em grandes partículas de LDL, que não são considerados como prejudiciais como as pequenas partículas de LDL (32).
Além do mais, os hiper-responsivos podem absorver mais dos antioxidantes localizados no pigmento amarelo de gema de ovo. Estes podem beneficiar a saúde dos olhos e do coração (33).
Mensagem Importante: Pessoas com certos traços genéticos podem ter um maior aumento em seus níveis de colesterol depois de comer ovos.
Os Ovos são Carregados de Nutrientes:
Os ovos também tem uma tonelada de nutrientes e benefícios para a saúde que precisam ser mencionados quando se consideram os efeitos saudáveis dos ovos.
Eles são uma ótima fonte de proteína de alta qualidade, bem como várias vitaminas e minerais importantes.
Um ovo grande inteiro contém (1):
Calorias: 72.
Proteína: 6 gramas.
Vitamina A: 5% de RDI.
Riboflavina: 14% da RDI.
Vitamina B12: 11% do RDI.
Folato: 6% do RDI.
Ferro: 5% do RDI.
Selênio: 23% da RDI.
E ainda, há muitos outros nutrientes em quantidades menores. Na verdade, os ovos contêm um pouco de quase tudo o que o corpo humano necessita.
Mensagem Importante: Os ovos são ricos em vitaminas e minerais importantes, combinado a proteína de alta qualidade.
Os Ovos Possuem Muitos Benefícios para a Saúde.
Estudos mostram que comer ovos pode ter vários benefícios para a saúde:
Esses incluem:
Ajudam a mantê-lo saciado: Vários estudos mostram que os ovos promovem a plenitude e ajudam a controlar a fome assim fica mais fácil controlar o peso corporal (34,35,36).
Promovem a perda de peso: A proteína de alta qualidade dos ovos aumenta a taxa metabólica e pode ajudar a perder peso(37,38,39).
Protegem a saúde do cérebro: Os ovos são uma excelente fonte de colina, que é importante para a saúde cerebral (40,41).
Reduzem o risco de doença ocular: A luteína e zeaxantina dos ovos ajudam a proteger contra as cataratas, doenças oculares e degeneração macular (13,42,43).
Diminuem a inflamação: Os ovos podem reduzir a inflamação, que está ligada a várias doenças (11,20).
Mensagem Importante: Ovos ajudam você a se sentir saciado, pode promover a perda de peso e ajudar a proteger o cérebro e os olhos. Eles também podem reduzir a inflamação.
Os Ovos são Super Saudáveis (para a maioria das pessoas):
Em geral, os ovos são um dos mais saudáveis e mais nutritivos alimentos que você pode comer.
Na maior parte dos casos, eles não aumentam muito os níveis de colesterol. Mesmo quando o fazem, eles muitas vezes aumentar o HDL (o bom colesterol) e modificam a forma e o tamanho do LDL de uma maneira que reduz o risco de doenças.
No entanto, como a maioria das coisas na alimentação, este pode não se aplicar a todos, e algumas pessoas podem precisar limitar a sua ingestão de ovos.
Nota do Nutricionista:
Uma crença que já existe há muito tempo, limitando o consumo desse alimento.
Não posso dizer que está totalmente claro, mas podemos comer ovos com mais tranquilidade.
Importante sabermos que quando consumimos muito colesterol dietético, nosso fígado para de produzi-lo, e que essa substância está presente em todas as células de nosso corpo.
Eliminar o consumo de óleos vegetais refinados como óleo de soja, milho, canola e margarina, é um detalhe de extrema importância em qualquer dieta e uma mudança que todos deveriam fazer.
Referências:
1) http://nutritiondata.self.com/facts/dairy-and-egg-products/111/2.
2) http://nutritiondata.self.com/facts/beef-products/8004/2.
3) Dietary Cholesterol Feeding Suppresses Human Cholesterol Synthesis Measured by Deuterium Incorporation and Urinary Mevalonic Acid Levels. Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology.1996; 16: 1222-1228.
4) Rethinking dietary cholesterol. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2012 Mar;15(2):117-21.
5) Serum cholesterol response to changes in the diet: II. The effect of cholesterol in the diet. Metabolism Volume 14, Issue 7, July 1965, Pages 759-765.
6) Consumption of One Egg Per Day Increases Serum Lutein and Zeaxanthin Concentrations in Older Adults without Altering Serum Lipid and Lipoprotein Cholesterol Concentrations. http://jn.nutrition.org/content/136/10/2519.full.
7) Effect of dietary egg on human serum cholesterol and triglycerides. Am J Clin Nutr. 1979 May;32(5):1051-7.
8) Daily egg consumption in hyperlipidemic adults - Effects on endothelial function and cardiovascular risk. Nutr J. 2010; 9: 28. doi: 10.1186/1475-2891-9-28.
9) Eggs distinctly modulate plasma carotenoid and lipoprotein subclasses in adult men following a carbohydrate-restricted diet. J Nutr Biochem. 2010 Apr;21(4):261-7.
10) Whole egg consumption improves lipoprotein profiles and insulin sensitivity to a greater extent than yolk-free egg substitute in individuals with metabolic syndrome. Metabolism. 2013 Mar;62(3):400-10.
11) Egg Intake during Carbohydrate Restriction Alters Peripheral Blood Mononuclear Cell Inflammation and Cholesterol Homeostasis in Metabolic Syndrome. Nutrients. 2014 Jul; 6(7): 2650–2667.
12) Egg consumption and high-density-lipoprotein cholesterol. J Intern Med. 1994 Mar;235(3):249-51.
13) Egg intake improves carotenoid status by increasing plasma HDL cholesterol in adults with metabolic syndrome. Food Funct. 2013 Feb;4(2):213-21.
14) Decrease in blood triglycerides associated with the consumption of eggs of hens fed with food supplemented with fish oil. Nutr Metab Cardiovasc Dis. 2007 May;17(4):280-7.
15) Consumption of n-3 polyunsaturated fatty acid-enriched eggs and changes in plasma lipids of human subjects. Nutrition. 1993 Nov-Dec;9(6):513-8.
16) Effects of egg ingestion on endothelial function in adults with coronary artery disease: a randomized, controlled, crossover trial. Am Heart J. 2015 Jan;169(1):162-9.
17) Egg consumption and risk of coronary heart disease and stroke: dose-response meta-analysis of prospective cohort studies. BMJ 2013;346:e8539.
18) Egg consumption and risk of type 2 diabetes in men and women. Diabetes Care. 2009 Feb;32(2):295-300.
19) Egg and cholesterol intake and incident type 2 diabetes among French women. Br J Nutr. 2015 Nov 28;114(10):1667-73.
20) Egg consumption as part of an energy-restricted high-protein diet improves blood lipid and blood glucose profiles in individuals with type 2 diabetes. Br J Nutr. 2011 Feb;105(4):584-92.
21) One Egg per Day Improves Inflammation when Compared to an Oatmeal-Based Breakfast without Increasing Other Cardiometabolic Risk Factors in Diabetic Patients. Nutrients. 2015 May 11;7(5):3449-63.
22) Apolipoprotein E: from cardiovascular disease to neurodegenerative disorders. J Mol Med (Berl). 2016 Jul;94(7):739-46.
23) Apolipoprotein E gene polymorphism and risk of type 2 diabetes and cardiovascular disease. Cardiovasc Diabetol. 2016 Jan 22;15:12.
24) Associations of egg and cholesterol intakes with carotid intima-media thickness and risk of incident coronary artery disease according to apolipoprotein E phenotype in men: the Kuopio Ischaemic Heart Disease Risk Factor Study. Am J Clin Nutr. 2016 Mar;103(3):895-901.
25) Cholesterol-rich diet induced changes in plasma lipids in relation to apolipoprotein E phenotype in healthy students. Ann Med. 1992 Feb;24(1):61-6.
26) Response of cholesterol synthesis to cholesterol feeding in men with different apolipoprotein E genotypes. Metabolism. 1993 Aug;42(8):1065-71.
27) The Severe Hypercholesterolemia Phenotype: Genes and Beyond. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26844336.
28) Dietary cholesterol does not increase biomarkers for chronic disease in a pediatric population from northern Mexico. Am J Clin Nutr. 2004 Oct;80(4):855-61.
29) Men classified as hypo- or hyperresponders to dietary cholesterol feeding exhibit differences in lipoprotein metabolism. J Nutr. 2003 Apr;133(4):1036-42.
30) The effect of ingestion of egg on the serum lipid profile of healthy young Indians. Indian J Physiol Pharmacol. 2004 Jul;48(3):286-92.
31) Ingestion of egg raises plasma low density lipoproteins in free-living subjects. Lancet. 1984 Mar 24;1(8378):647-9.
32) High intake of cholesterol results in less atherogenic low-density lipoprotein particles in men and women independent of response classification. http://dx.doi.org/10.1016/j.metabol.2003.12.030.
33) Hypo and hyperresponse to egg cholesterol predicts plasma lutein and beta-carotene concentrations in men and women. J Nutr. 2006 Mar;136(3):601-7.
34) Short-term effect of eggs on satiety in overweight and obese subjects. J Am Coll Nutr. 2005 Dec;24(6):510-5.
35) Consuming eggs for breakfast influences plasma glucose and ghrelin, while reducing energy intake during the next 24 hours in adult men. Nutr Res. 2010 Feb;30(2):96-103.
36) Variation in the effects of three different breakfast meals on subjective satiety and subsequent intake of energy at lunch and evening meal. Eur J Nutr. 2013 Jun;52(4):1353-9.
37) Diet-induced thermogenesis and substrate oxidation are not different between lean and obese women after two different isocaloric meals, one rich in protein and one rich in fat. Metabolism. 2008 Mar;57(3):313-20.
38) The influence of higher protein intake and greater eating frequency on appetite control in overweight and obese men. Obesity (Silver Spring). 2010 Sep;18(9):1725-32.
39) The effects of high protein diets on thermogenesis, satiety and weight loss: a critical review. J Am Coll Nutr. 2004 Oct;23(5):373-85.
40) Concentrations of choline-containing compounds and betaine in common foods. J Nutr. 2003 May;133(5):1302-7.
41) Choline: an essential nutrient for public health. Nutr Rev. 2009 Nov;67(11):615-23.
42) Dietary sources of lutein and zeaxanthin carotenoids and their role in eye health. Nutrients. 2013 Apr 9;5(4):1169-85.
43) Plasma lutein and zeaxanthin and other carotenoids as modifiable risk factors for age-related maculopathy and cataract: the POLA Study. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2006 Jun;47(6):2329-35.
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
Holocausto Médico: Drogas Psicóticas Mataram mais de 5 Milhões de Pessoas ao longo dos últimos 10 anos.
Holocausto Médico: Drogas Psicóticas Mataram mais de 5 Milhões de Pessoas ao longo dos últimos 10 anos.
Artigo Editado por Ethan A. Huff.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Atualmente, se cada pessoa a tomar medicamentos psicotrópicos ou antidepressivos fossem incentivadas a não mais usar essas drogas mortais, oferecendo outras opções (5-HTP ou Triptofano) muito mais seguros, a sociedade seria muito melhor. Este é a maior inferência de uma nova revisão publicada no BMJ (British Medical Journal), que constatou que mais de meio milhão de pessoas no Ocidente morrem anualmente com remédios antidepressivos, que os autores relataram ter benefícios mínimos, e uma infinidade de efeitos secundários nocivos.
Pesquisadores do Nordic Cochrane Centre, um grupo de análise de segurança de medicamentos independente situado fora da Dinamarca, analisou os dados sobre medicamentos antidepressivos e demência e constataram que, de maneira geral e na maioria dos casos, eles poderiam deixar de ser administrado sem infligir qualquer dano aos pacientes. Os benefícios demonstrados destas drogas amplamente administradas são escassos, dizem os investigadores, e muitos pacientes estão tomando desnecessariamente.
O documento, intitulado "O uso prolongado de medicamentos psiquiátricos causam mais mal do que bem?" Observando uma série de ensaios clínicos randomizados em medicamentos antidepressivos e demência, descobriram que, ao contrário da crença popular, praticamente nenhum desses estudos teve um olhar honesto para os efeitos colaterais das drogas. Da mesma forma, os pacientes que tomaram pílulas de placebo durante os ensaios clínicos se saíram praticamente iguais aos que tomaram as drogas reais, o que sugere que remédios antidepressivos nem sequer trabalham em primeiro lugar.
Usando uma meta-análise de estudos controlados com placebo em doentes com demência, os pesquisadores descobriram que mais pacientes morrem de tomar antidepressivos aprovados pela FDA do que os pacientes que não tomam drogas, ou que usam outros métodos de tratamento não convencionais. Da mesma forma, a taxa de mortalidade por todas as causas foi encontrada por ser 3,6% maior entre os pacientes que tomam antidepressivos recém-aprovados em comparação com os pacientes que não tomam antidepressivos.
“Seus benefícios precisariam ser colossais para justificar o uso, mas eles são mínimos ", escreveu Peter C. Gotzche, professor da Nordic Cochrane Centre, sobre a inutilidade absoluta de medicamentos antidepressivos.”
A Pesquisa da indústria de Antidepressivos é fortemente Manipulada, esses Medicamentos Matam, e as Pessoas ficariam Melhor sem Eles:
A maioria dos estudos financiados pela indústria favorecem os antidepressivos e tendem a distorcer os grupos de amostras e dados de ensaios, tanto que os resultados acabam se tornando sem sentido. A subnotificação de mortes, de acordo com a Nordic, é outro grande problema no processo de ensaio clínico. O grupo estima que a taxa de suicídio entre usuários de antidepressivos é 15 vezes maior do que a Food and Drug Administration (FDA) informa ao público.
Enquanto isso, os médicos continuam a prescrever esse tipo de droga para pacientes que realmente não precisam delas, contribuindo para a cerca de 5 milhões de mortes que agora têm ocorrido a partir dessas drogas no Ocidente apenas na última década. O lobby farmacêutico da indústria incentiva os médicos a prescrever em troca de subornos em dinheiro, férias, refeições extravagantes e outros benefícios generosos estes medicamentos letais para os pacientes.
Tudo isso, combinado com o fato de que os pacientes muitas vezes são manipulados através de investigação financiada pela indústria a tomar drogas nocivas, fica bem claro na indústria corrupta dos antidepressivos. Temos provas de que os antidepressivos destroem o cérebro, e seu benefício é visto de forma temporária, mas o alívio nunca é duradouro.
"Dada a sua falta de benefício, eu estimo que poderíamos parar com quase todas as drogas psicotrópicas sem causar danos, retirando todos os antidepressivos , drogas para ADHD (attention deficit hyperactivity disorder) e as drogas para demência, usando apenas uma fração dos antipsicóticos e benzodiazepínicos que usamos atualmente ", acrescentou Gotzche. "Isso deixaria a populações mais saudável e com maior expectativa de vida."
Você pode ler um pouco mais sobre o lobby da indústria farmacêutica no Brasil neste link: http://reporterbrasil.org.br/2015/12/lobby-da-industria-farmaceutica-poe-direito-a-saude-na-uti/.
Os Antidepressivos não funcionam, e eles muitas vezes fazem coisas muito piores aos Pacientes:
Claramente controverso, o estudo de Gotzche é oportuno e relevante, como antidepressivos continuar a fazer manchetes por seu envolvimento em tiroteios em escolas, acidentes de avião e outros eventos infelizes, muitas vezes atribuídos a terroristas ou as próprias armas. Isso já é um forte argumento para pôr fim ao surto de antidepressivos e ajudar as pessoas a parar de ser enganadas pela indústria das drogas.
Quando tudo estiver dito e feito, a indústria farmacêutica fabrica essencialmente estudos falsos que, pelo projeto, destinados a pôr qualquer droga que está sendo testada na categoria positiva em termos de segurança e eficácia. Após nova análise, no entanto, torna-se claro que as drogas simplesmente não funcionam como alegado, e muitas vezes costumam ferir muitos pacientes ao longo do caminho.
Esse parágrafo é muito importante:
"Porque as drogas psicotrópicas são imensamente prejudiciais quando utilizadas em longo prazo, elas devem quase exclusivamente ser utilizadas em situações agudas e sempre com um plano firme para redução gradual, que pode ser difícil para muitos pacientes ", finalizaram os autores.
"Precisamos de novas diretrizes para refletir isso. Precisamos também de clínicas de desabituação das drogas, porque muitos pacientes tornaram-se dependentes de drogas psiquiátricas, incluindo antidepressivos, e precisam de ajuda para que eles possam parar de tomá-los devagar e com segurança".
O estudo completo está disponível para visualização gratuita: BMJ.com.
(http://www.bmj.com/content/350/bmj.h2435)
Certifique-se de verificar o livro de Gotzche Medicamentos mortais e crime organizado: Como a Big Pharma tem corrompido os cuidados a saúde. (Deadly Medicines and Organised Crime: How Big Pharma Has Corrupted Healthcare)
Disponível no: Amazon.com.
Um capítulo livre desse livro também pode ser acessado aqui: RadcliffeHealth.com.
Nota do Nutricionista:
Para uma outra opção bem mais saudável, leia neste mesmo blog o artigo:
Melhore sua Química Cerebral com Triptofano.
Somente lembrando que o Triptofano e o 5-HTP aumentam o nível de Serotonina cerebral naturalmente, ajudando muito na depressão e no reequilíbrio da saúde mental.
Fontes para este artigo:
http://www.bmj.com
http://rt.com
http://www.independent.co.uk
http://www.theguardian.com
http://www.arafmi.org[PDF]
http://www.amazon.com
http://www.radcliffehealth.com[PDF]
Artigo Editado por Ethan A. Huff.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Atualmente, se cada pessoa a tomar medicamentos psicotrópicos ou antidepressivos fossem incentivadas a não mais usar essas drogas mortais, oferecendo outras opções (5-HTP ou Triptofano) muito mais seguros, a sociedade seria muito melhor. Este é a maior inferência de uma nova revisão publicada no BMJ (British Medical Journal), que constatou que mais de meio milhão de pessoas no Ocidente morrem anualmente com remédios antidepressivos, que os autores relataram ter benefícios mínimos, e uma infinidade de efeitos secundários nocivos.
Pesquisadores do Nordic Cochrane Centre, um grupo de análise de segurança de medicamentos independente situado fora da Dinamarca, analisou os dados sobre medicamentos antidepressivos e demência e constataram que, de maneira geral e na maioria dos casos, eles poderiam deixar de ser administrado sem infligir qualquer dano aos pacientes. Os benefícios demonstrados destas drogas amplamente administradas são escassos, dizem os investigadores, e muitos pacientes estão tomando desnecessariamente.
O documento, intitulado "O uso prolongado de medicamentos psiquiátricos causam mais mal do que bem?" Observando uma série de ensaios clínicos randomizados em medicamentos antidepressivos e demência, descobriram que, ao contrário da crença popular, praticamente nenhum desses estudos teve um olhar honesto para os efeitos colaterais das drogas. Da mesma forma, os pacientes que tomaram pílulas de placebo durante os ensaios clínicos se saíram praticamente iguais aos que tomaram as drogas reais, o que sugere que remédios antidepressivos nem sequer trabalham em primeiro lugar.
Usando uma meta-análise de estudos controlados com placebo em doentes com demência, os pesquisadores descobriram que mais pacientes morrem de tomar antidepressivos aprovados pela FDA do que os pacientes que não tomam drogas, ou que usam outros métodos de tratamento não convencionais. Da mesma forma, a taxa de mortalidade por todas as causas foi encontrada por ser 3,6% maior entre os pacientes que tomam antidepressivos recém-aprovados em comparação com os pacientes que não tomam antidepressivos.
“Seus benefícios precisariam ser colossais para justificar o uso, mas eles são mínimos ", escreveu Peter C. Gotzche, professor da Nordic Cochrane Centre, sobre a inutilidade absoluta de medicamentos antidepressivos.”
A Pesquisa da indústria de Antidepressivos é fortemente Manipulada, esses Medicamentos Matam, e as Pessoas ficariam Melhor sem Eles:
A maioria dos estudos financiados pela indústria favorecem os antidepressivos e tendem a distorcer os grupos de amostras e dados de ensaios, tanto que os resultados acabam se tornando sem sentido. A subnotificação de mortes, de acordo com a Nordic, é outro grande problema no processo de ensaio clínico. O grupo estima que a taxa de suicídio entre usuários de antidepressivos é 15 vezes maior do que a Food and Drug Administration (FDA) informa ao público.
Enquanto isso, os médicos continuam a prescrever esse tipo de droga para pacientes que realmente não precisam delas, contribuindo para a cerca de 5 milhões de mortes que agora têm ocorrido a partir dessas drogas no Ocidente apenas na última década. O lobby farmacêutico da indústria incentiva os médicos a prescrever em troca de subornos em dinheiro, férias, refeições extravagantes e outros benefícios generosos estes medicamentos letais para os pacientes.
Tudo isso, combinado com o fato de que os pacientes muitas vezes são manipulados através de investigação financiada pela indústria a tomar drogas nocivas, fica bem claro na indústria corrupta dos antidepressivos. Temos provas de que os antidepressivos destroem o cérebro, e seu benefício é visto de forma temporária, mas o alívio nunca é duradouro.
"Dada a sua falta de benefício, eu estimo que poderíamos parar com quase todas as drogas psicotrópicas sem causar danos, retirando todos os antidepressivos , drogas para ADHD (attention deficit hyperactivity disorder) e as drogas para demência, usando apenas uma fração dos antipsicóticos e benzodiazepínicos que usamos atualmente ", acrescentou Gotzche. "Isso deixaria a populações mais saudável e com maior expectativa de vida."
Você pode ler um pouco mais sobre o lobby da indústria farmacêutica no Brasil neste link: http://reporterbrasil.org.br/2015/12/lobby-da-industria-farmaceutica-poe-direito-a-saude-na-uti/.
Os Antidepressivos não funcionam, e eles muitas vezes fazem coisas muito piores aos Pacientes:
Claramente controverso, o estudo de Gotzche é oportuno e relevante, como antidepressivos continuar a fazer manchetes por seu envolvimento em tiroteios em escolas, acidentes de avião e outros eventos infelizes, muitas vezes atribuídos a terroristas ou as próprias armas. Isso já é um forte argumento para pôr fim ao surto de antidepressivos e ajudar as pessoas a parar de ser enganadas pela indústria das drogas.
Quando tudo estiver dito e feito, a indústria farmacêutica fabrica essencialmente estudos falsos que, pelo projeto, destinados a pôr qualquer droga que está sendo testada na categoria positiva em termos de segurança e eficácia. Após nova análise, no entanto, torna-se claro que as drogas simplesmente não funcionam como alegado, e muitas vezes costumam ferir muitos pacientes ao longo do caminho.
Esse parágrafo é muito importante:
"Porque as drogas psicotrópicas são imensamente prejudiciais quando utilizadas em longo prazo, elas devem quase exclusivamente ser utilizadas em situações agudas e sempre com um plano firme para redução gradual, que pode ser difícil para muitos pacientes ", finalizaram os autores.
"Precisamos de novas diretrizes para refletir isso. Precisamos também de clínicas de desabituação das drogas, porque muitos pacientes tornaram-se dependentes de drogas psiquiátricas, incluindo antidepressivos, e precisam de ajuda para que eles possam parar de tomá-los devagar e com segurança".
O estudo completo está disponível para visualização gratuita: BMJ.com.
(http://www.bmj.com/content/350/bmj.h2435)
Certifique-se de verificar o livro de Gotzche Medicamentos mortais e crime organizado: Como a Big Pharma tem corrompido os cuidados a saúde. (Deadly Medicines and Organised Crime: How Big Pharma Has Corrupted Healthcare)
Disponível no: Amazon.com.
Um capítulo livre desse livro também pode ser acessado aqui: RadcliffeHealth.com.
Nota do Nutricionista:
Para uma outra opção bem mais saudável, leia neste mesmo blog o artigo:
Melhore sua Química Cerebral com Triptofano.
Somente lembrando que o Triptofano e o 5-HTP aumentam o nível de Serotonina cerebral naturalmente, ajudando muito na depressão e no reequilíbrio da saúde mental.
Fontes para este artigo:
http://www.bmj.com
http://rt.com
http://www.independent.co.uk
http://www.theguardian.com
http://www.arafmi.org[PDF]
http://www.amazon.com
http://www.radcliffehealth.com[PDF]