Artigo Editado por Suzanne Ramos.
Traduzido pelo
Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
www.suplementacaoesaude.blogspot.com
A osteoporose afeta um número impressionante de homens e mulheres.
Entre aqueles com 50 anos ou mais, 30% das mulheres
e 16% dos
homens têm osteoporose.
Em pessoas acima de 80 anos, esses números disparam para 77% das mulheres
e 46% dos
homens. (1)
A doença faz com que os ossos se tornem fracos, quebradiços e
propensos a quebrar.
Mas esses não são os únicos perigos.
Novas evidências mostram que a osteoporose está associada ao envelhecimento acelerado, além
de um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares , câncer e demência .
Induzida pela osteoporose a aceleração
da idade começa nos primeiros estágios
da perda óssea, antes da maioria das pessoas sequer sabem que possuem a doença.
Ossos em envelhecimento contêm células
senescentes prejudiciais, células que pararam de se replicar e
liberam moléculas de sinalização destrutivas. (2,3)
Como esses sinais inflamatórios viajam
pelo corpo, eles induzem uma série de distúrbios degenerativos, incluindo
demência e câncer. (4,7)
Como a Perda Óssea Acelera
o Envelhecimento:
Ossos saudáveis estão sendo constantemente remodelados. Os
ossos velhos são destruídos e refeitos novamente.
As células que constroem ossos
são chamadas osteoblastos. As
células que destroem os ossos são
chamadas osteoclastos.
Nos corpos jovens e em crescimento, a atividade osteoblástica
supera a atividade osteoclástica. Na idade adulta saudável, as atividades
são mais ou menos equilibradas.
Mas à medida que envelhecemos, a atividade osteoclástica começa a exceder a atividade osteoblástica. Isso
leva à perda de minerais ósseos, contribuindo para um maior risco de fraturas.
Em pessoas que sofrem de osteoporose, a atividade dos
osteoclastos é especialmente alta.
Os pesquisadores descobriram que os osteoclastos enviam sinais que podem
promover a inflamação
em todo o sistema. (8,11) A
inflamação crônica aumenta os riscos de doenças cardiovasculares, câncer e
demência e a aceleração do envelhecimento. (12)
Ossos envelhecidos são um local onde as células senescentes se acumulam
com o avanço da idade. (13)
Essas células senescentes danificam os ossos aumentando a reabsorção óssea (quebra)
e diminuindo a nova formação óssea (a
definição de osteoporose).
As células senescentes e os produtos nocivos que liberam
contribuem não apenas para a osteoporose, mas também para a doença de
Alzheimer, diabetes tipo II, câncer e doenças cardiovasculares. (4,13-15)
Osteoporose e Doenças Cardíacas:
A osteoporose aumenta o risco de doença cardiovascular de formas
que vão além da inflamação.
Em um estudo, os cientistas examinaram artérias fortemente calcificadas ,
um dos principais contribuintes para o enrijecimento arterial e doenças
cardiovasculares, e determinaram que o osso real estava presente em 6% das vezes. (16)
Células tipo osteoclastos são frequentemente encontradas em
depósitos de placas nas artérias. (17,18) Em pacientes com osteoporose, um
marcador de inflamação mostrou-se elevado, além de um risco aumentado de doença
cardiovascular. (19)
A vitamina K2 ajuda a prevenir esse tipo de calcificação arterial .
(20)
O
QUE VOCÊ PRECISA SABER:
A osteoporose enfraquece os ossos de milhões de mulheres e homens
idosos nos Estados Unidos, aumentando acentuadamente o risco de fraturas.
Os estudos mostram agora que o processo de quebra óssea libera
moléculas pró-inflamatórias potentes por todo o corpo.
O aumento da inflamação aumenta o risco de doença e contribui
diretamente para uma aceleração do processo de envelhecimento.
A suplementação com oito nutrientes diferentes conhecidos por
proteger os ossos, incluindo cálcio, magnésio, vitamina D e vitamina K, pode
ajudar a combater a osteoporose, combater a inflamação e retardar o
envelhecimento.
Osteoporose e Demência:
Pessoas com doença de Alzheimer frequentemente apresentam baixa
densidade mineral óssea e uma maior taxa de fraturas de quadril em comparação
com pacientes que não possuem Alzheimer. (21)
A prevalência da doença de Alzheimer também é mais alta em
mulheres na pós-menopausa com osteoporose grave, especialmente naquelas com
fraturas do fêmur, do que naquelas sem osteoporose. (22) Esses achados
sugerem conexões estreitas entre as duas condições aparentemente diferentes.
Estudos recentes identificaram a interrupção de importantes moléculas
sinalizadoras (além das citocinas inflamatórias) que parecem impulsionar essa
associação.
Em particular, é um sistema chamado RANKL, que está envolvido na
ativação e desativação de certos genes
envolvidos na osteoporose e em muitas demências. (23)
Um sistema relacionado envolvendo o fator 1 estimulador de colônias regula
a reabsorção óssea por osteoclastos e também células imunes no cérebro que
regulam a sobrevivência das células cerebrais. 24
E a descoberta de um grande número de células senescentes nos
ossos osteoporóticos provavelmente acelerará ainda mais o envelhecimento em
todo o corpo, inclusive no cérebro. (4,14)
Osteoporose e Risco de Câncer:
Pessoas com osteoporose têm
um maior risco de câncer
em comparação com aquelas cujos ossos permanecem saudáveis
com o envelhecimento. (25-27) Embora o câncer possa enfraquecer os ossos
por desnutrição e metástases, o achado oposto é uma surpresa.
Um estudo recente sugere ligações entre a
osteoporose e o risco de câncer. As proteínas ósseas associadas à
osteoporose foram identificadas nas vias moleculares que levam ao
câncer. Essas proteínas de crescimento normalmente estão envolvidas na
manutenção e cicatrização óssea, mas, quando ativadas em excesso, podem levar a um crescimento e replicação celular
fora de controle, como observado nos vários tipos de câncer.
Da mesma forma, o regulador mestre da
inflamação NF-kB (fator nuclear kappa B)
estimula a reabsorção óssea e a iniciação e promoção do câncer.
Finalmente, muitos distúrbios que levam à
fraqueza óssea na osteoporose, como a deficiência de vitamina D e hormônio da paratireóide elevado,
também estão envolvidos no desenvolvimento do câncer. (25)
Oito Nutrientes que Fortalecem
os Ossos:
Os pesquisadores identificaram oito nutrientes que ajudam
a proteger nossos ossos com segurança, e
podem impedir a aceleração da idade induzida pela osteoporose.
Cálcio:
O cálcio é o mineral que a maioria de nós associa à construção de
ossos fortes e saudáveis. No entanto, muitos americanos recebem muito
pouco cálcio de suas dietas, com os adultos acima de 50 anos que estão mais
sujeitos a doença. (28)
Muitos tipos diferentes de suplementos de cálcio estão
disponíveis. Mas alguns, como o carbonato de cálcio, não liberam muito
cálcio no organismo para atender às necessidades diárias. (29) O bisglicinato de cálcio é melhor
absorvido que o carbonato de cálcio, (30) como o frutoborato de cálcio.
O bisglicinato de cálcio é completamente liberado no intestino em
menos de 150
minutos, enquanto o carbonato de cálcio leva quatro horas e
ainda pode não ser totalmente absorvido. (29)
O frutoborato de cálcio também é facilmente
absorvido e oferece benefícios anti-inflamatórios extras que
combatem a aceleração da idade causada pela
osteoporose.
osteoporose.
Magnésio:
A suplementação
de magnésio aumenta
a densidade mineral óssea. (31)
Porém, cerca de metade de
todos os americanos não consome o suficiente desse mineral vital e mais
de 40% das
mulheres na pós-menopausa têm baixos níveis de magnésio no sangue. Isso os
coloca em alto risco de quebra óssea e os problemas resultantes. (32-34)
Um estudo mostrou que a suplementação de magnésio por 30
dias aumenta os marcadores sanguíneos
da nova formação óssea e reduz os marcadores da
quebra óssea. (34)
Manganês:
O manganês desempenha um papel na saúde óssea e provavelmente protege
contra a osteoporose. Também pode proteger contra osteoartrite. (35)
O manganês é um cofator necessário, ou molécula auxiliar, para
enzimas chamadas superóxido dismutase que protegem as
mitocôndrias dos danos acumulados pelos radicais livres. (36)
A suplementação com manganês aumenta os níveis
de superóxido dismutase em modelos animais, resultando em melhorias
na estrutura e função dos tecidos. (37) A suplementação com manganês demonstrou
ajudar a prevenir a diabetes induzida por dieta, em ratinhos. (38).
Vitamina D:
A deficiência de vitamina
D é um dos principais contribuintes para a
osteoporose. Mais de 60% dos
adultos norte-americanos são deficientes em vitamina D (menos de 20 ng / mL ) ou
insuficientes ( 20-30
ng / mL ), e esses números são ainda mais altos nas
pessoas mais velhas. (39-40)
A vitamina D também influencia o funcionamento de muitos órgãos
diferentes; portanto, a deficiência pode induzir: (41)
Enfraquecimento muscular,
Doença cardiovascular,
Diabetes tipo II e
Menor funcionamento cognitivo.
É por isso que agora os especialistas dizem que a suplementação de
vitamina D durante todo o ano é crucial nos idosos. (41)
A suplementação de vitamina D produziu melhora na rigidez arterial
e na função endotelial em pessoas com alto risco de diabetes, ajudando a
reduzir o risco de ataque cardíaco ou derrame. (42-43)
Um estudo com animais recente descobriu que a suplementação com
vitamina D baixou a
pressão sanguínea, melhorou a função cardíaca , e impediu danos no fígado em
ratos alimentados com uma dieta ocidental típica, carregada de gordura e
açúcar. (44)
Grande parte desse benefício vem da redução de moléculas de
sinalização pró-inflamatórias ,
incluindo aquelas liberadas pelos osteoclastos durante
a quebra óssea. (45-46)
Vitamina K:
A vitamina K desempenha um papel importante no equilíbrio da formação e
destruição óssea. (47)
A vitamina K suporta o aumento da deposição de cálcio nos ossos, enquanto reduz seu acúmulo nas paredes dos vasos
sanguíneos. Isso significa que reduz o risco de osteoporose e aterosclerose.
(47)
Estudos mostram que a suplementação de vitamina K2 ajuda
a prevenir a deterioração óssea, diminuindo a liberação de citocinas inflamatórias que
aumentam o envelhecimento em todos os tecidos. (48,49)
Nas pessoas com doença renal crônica, a suplementação com K2 mais
vitamina D diminui o espessamento arterial e o progresso da aterosclerose. (50).
Zinco:
O zinco é um mineral essencial para apoiar a síntese protéica
saudável que, quando diminuída, contribui para a osteoporose. (51,52)
A deficiência de zinco agrava a inflamação provocada pela quebra
óssea, enquanto a suplementação em modelos animais diminui a inflamação. (53)
Estudos em humanos mostram que a suplementação de zinco é
essencial para a manutenção normal do tecido em adultos mais
velhos. Diminui os marcadores de reabsorção óssea (quando o osso é
quebrado e os minerais são liberados no sangue), limitando a liberação de
compostos inflamatórios do osso. (51,54)
Recentemente, também foi demonstrado que o zinco promove a
maturação dos osteoblastos formadores de ossos em modelos animais e
pré-clínicos, apoiando a saúde óssea e atenuando os efeitos que aceleram a
quebra óssea. (54,55)
Boro:
Uma deficiência no mineral boro está
associada a uma função imunológica deficiente e a um risco elevado de
osteoporose. (56,57)
Estudos em animais mostraram que a
suplementação de boro pode retardar a reabsorção óssea e melhorar a nova
formação óssea, combatendo a osteoporose. (58-61)
Um estudo em humanos descobriu reduções
acentuadas nas citocinas inflamatórias liberadas pelos ossos após a
suplementação com boro, ajudando a mitigar a inflamação induzida pela
osteoporose e os danos a outros sistemas orgânicos. (62)
Silício:
Maior ingestão de silício mineral
se correlaciona com ossos mais saudáveis. (63,64)
Estudos em animais mostram que a
suplementação com uma forma de silício solúvel em água pode retardar a rápida reabsorção
(quebra) óssea na osteoporose, impedindo a inflamação associada à quebra óssea
que causa doenças e acelera o envelhecimento. (65,66)
Estudos de laboratório de células isoladas
mostram ainda que o silício estimula a formação de proteínas vitais para formar
a matriz mineral-proteica dos ossos. Também melhora a maturação dos osteoblastos
formadores de ossos. (67)
Resumo:
A osteoporose, a perda gradual da densidade mineral óssea, não é apenas
prejudicial aos ossos, mas também a todo o corpo.
As células que reabsorvem os ossos entram no osso mineralizado,
liberando-o na corrente sanguínea, onde pode acabar nas artérias e em outros
tecidos, impedindo sua função. Essas células também
liberam compostos inflamatórios poderosos que
alimentam a inflamação prejudicial em todo o corpo.
Este tipo de inflamação crônica aumenta os riscos para doenças cardiovasculares, câncer , demência , e
acelera certos processos de envelhecimento.
Os cientistas agora reconhecem pelo menos oito nutrientes
essenciais diferentes, com poderosas propriedades de proteção óssea: cálcio, magnésio, manganês, vitamina
D, vitamina K, zinco, boro e silício.
Esses nutrientes também ajudam a temperar a inflamação e diminuem
o impacto da degeneração óssea no corpo.
Atividade Física:
Como vimos, a osteoporose é uma doença do
metabolismo ósseo, mais comum em idosos, porém passível de acometer crianças e
adultos. A grande saída para se evitar a doença é a tríade: cálcio + vitamina D
+ exercícios físicos adequados. O tratamento para a doença é sempre
multidisciplinar, envolvendo o profissional da Educação Física e outros
profissionais da saúde, como médicos, fisioterapeutas e nutricionistas.
Antes de propor um plano de
exercícios físicos para o osteoporótico, deve-se fazer uma boa anamnese a
procura dos fatores de risco da doença. Os exercícios físicos mais indicados
são aqueles com impacto (caminhada, trote e corrida), que envolvam tensão
muscular (ginástica localizada, musculação,
treino funcional com elástico, hidroginástica resistida) e que incluam
exercícios de flexibilidade, propriocepção e equilíbrio, visando evitar as
quedas e as fraturas.
Benefícios
da Musculação para o Corpo Humano:
São profusos os
benefícios da musculação para o corpo e cada vez mais as pessoas estão
antenadas às vantagens que essa atividade pode proporcionar como:
·
A realização
rotineira de musculação tonifica os músculos, proprocionamento maior força,
resistência muscular localizada e potência;
·
Musculação
contribui para o aceleramento do metabolismo e consequentemente maior gasto
calórico;
·
Gera incrementos da massa óssea, auxiliando na
prevenção de algumas doenças como a osteoporose;
·
Aumenta a força;
·
Contribui para a
saúde coronariana, pois a musculação treina o coração para esforços intensos,
com isso a frequência cardíaca e a pressão arterial sobem parcialmente quando a
pessoa é exposta algum estímulo;
·
Melhora a parte
estética, dessarte à autoestima;
·
Fortalece a região
da coluna vertebral, a flexibilidade e diminui dores locais;
·
Assim como muitos
exercícios físicos, a musculação melhora o sistema imunológico;
·
Contribui
positivamente para a coordenação motora e o equilíbrio;
·
Melhora a
concentração e o aprendizado.
Nota do Nutricionista:
Espero que este artigo seja como um alerta para as pessoas suplementarem
esses nutrientes na dieta e ao mesmo tempo as que não praticam; iniciarem
rapidamente um programa de atividade física.
Todos esses nutrientes e a atividade física vão ajudar muito a
evitar a osteoporose e consequentemente o próprio envelhecimento.
A musculação é a atividade que proporciona os melhores benefícios.
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Referências Atividade Física: