segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Conferência da Sociedade Americana de Nutrição - 2015.

Conferência da Sociedade Americana de Nutrição – 2015.


Artigo editado por Ben Best.


Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN3 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br




Uma boa dieta é essencial para qualquer pessoa que pretenda alcançar uma longevidade saudável.
Com histórias conflitantes que aparecem nos meios de comunicação de massa, verificar quais são as melhores opções de alimentos pode ser uma tarefa assustadora.
Há desacordo entre os cientistas de nutrição, e muitas vezes há novos estudos ou pareceres que alteram substancialmente as recomendações dietéticas.
Por exemplo, as gorduras saturadas foram indicadas como causa da doença cardiovascular, (1), mas essa afirmação é discutível entre os cientistas de nutrição. (2,5)
Curiosamente, em uma dieta pobre em carboidratos e elevada em gorduras saturadas, estas não aumentam as gorduras saturadas na corrente sanguínea. (6)
A discussão dos efeitos de gordura saturada na dieta raramente reconhece o fato de que há cerca de uma dúzia de diferentes tipos de gorduras saturadas, cada uma das quais tem propriedades únicas. (7,8)
O Palmitato é a mais abundante gordura saturada encontrada nos alimentos. (9,10)
O Palmitato constitui quase um terço da gordura de manteiga e gordura da carne. Ele é mais susceptível de causar inflamação do que as outras gorduras saturadas (11) (especialmente em pessoas obesas). (9,12)
Mas o palmitato não é inflamatório, se consumido com azeite de oliva ou óleo de peixe. (13,15)
Uma gordura saturada chamada miristato aumenta fortemente o colesterol no sangue, (16), mas o estearato, outra gordura saturada não aumenta. (17)
A gordura saturada butirato melhora a sensibilidade à insulina. (18)
O corpo humano deriva sua energia, quer a partir de glicose (a partir de hidratos de carbono) ou de gordura (ou a partir de cetonas vindas da própria gordura). (19)


Os carboidratos só se tornaram uma fonte primária de energia com o advento da agricultura. Como fonte de energia, fornece muita glicose que é mais prejudicial aos vasos sanguíneos do que a gordura (gordura saturada normalmente não pode ser oxidada). A glicose é a fonte de energia preferida para as células cancerosas. (20)
Com exceção da fibra dietética, quanto menos carboidratos na dieta, melhor, a menos que haja benefícios compensadores, como comê-los com blueberries.
A proteína é muito mais complicado. A proteína contém os aminoácidos essenciais, que são importantes para o crescimento, manutenção, e metabolismo do corpo humano. Estas funções são especialmente importantes para o crescimento de crianças, mas também são importantes para idosos e para prevenir a perda de massa muscular naqueles que se exercitam. Quantidade adequada de proteínas é também importante para o bom funcionamento do sistema imunológico. (21)
Estudos populacionais indicam que o consumo de carne processada aumenta o câncer e as doenças cardiovasculares. (22)
Indivíduos aleatoriamente designados para uma dieta vegetariana ou uma dieta onívora tinham pressão arterial mais baixa quando na dieta vegetariana. (23)
A ingestão moderadamente baixa de proteína parece aconselhável para a maioria dos adultos, embora a quantidade seja difícil de especificar e depende muito das circunstâncias.
Na busca de uma dieta saudável, eu frequentemente fazia alterações substanciais aos meus hábitos alimentares. Na minha busca por uma maior clareza, eu participei da American Society for Nutrition conferência em Boston, em 28 de março, até 1 abril de 2015.
Meus relatórios de conferências científicas, normalmente, apenas descrever as apresentações realizadas pelos cientistas. Mas porque todo mundo se alimenta, porque a dieta possui uma influência substancial sobre a saúde, e porque as descobertas de cientistas da nutrição muitas vezes parecem contraditórias ou confusas; neste relatório estou seguindo a descrição de cada apresentação com minhas interpretações e recomendações.
Estes comentários serão minhas opiniões, que não são necessariamente as da Life Extension Foundation (www.lef.org).




 Dieta Cetogênica e seus Benefícios para a Saúde:



Eric Westman, MD, (Duke University Outpatient Clinic, Durham, North Carolina) é um dos pioneiros em desafiar os benefícios de dietas de baixa gordura. Ele tem realizado uma série de estudos mostrando que baixo teor de carboidratos, dietas ricas em gordura (dieta cetogênica) resultam em menos fome, um melhor cumprimento e uma maior perda de peso do que dietas de baixa gordura. (24,26)
Dr. Westman realizado um ensaio clínico em que os diabéticos tipo II foram distribuídos aleatoriamente para dietas de baixa caloria ou dietas cetogênica que não restringem calorias. Os diabéticos seguindo a dieta cetogênica mostraram maior perda de peso, maior redução dos níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c), e uma maior redução ou eliminação de medicamentos necessários para o diabéticos (95,2 contra 62%). (27)
Estudos subsequentes de outros pesquisdores confirmaram o benefício da dieta cetogênica para o tratamento de diabetes tipo II. (28,29)
Dr. Westman está abrindo uma clínica inteiramente dedicada à perda de peso e tratamento do diabetes utilizando uma dieta cetogênica (Para mais informações, vá para www.healclinics.com).
Quando os hidratos de carbono são baixos, o fígado converte gorduras em cetonas, que podem servir como uma fonte de combustível para muitos tecidos, incluindo o cérebro. (30)
Cetose dietética não deve ser confundida com a cetoacidose do diabetes, que envolve a acidez bem como a concentrações muito mais elevadas de cetona no sangue. (31,32)
Ao contrário do açúcar, que estimula o apetite, (33) as cetonas reduzem o apetite. (34,35)


Como fonte de energia para o cérebro, as cetonas fazem às mitocôndrias mais eficientes, reduzindo a produção de radicais livres e protegendo contra uma variedade de doenças cerebrais, incluindo epilepsia, acidente vascular cerebral e doença de Alzheimer. (36,37)
A dieta cetogênica demonstrou aumentar o desempenho cognitivo em ratos idosos. (38)
Células cancerosas prosperam com a glicose resultante dos carboidratos da dieta, mas geralmente são incapazes de usar cetonas como fonte de energia. (39)
As cetonas demonstraram suprimir tumores e prolongar a sobrevivência de ratos que possuem câncer metastático. (40,41)
As gorduras saturadas são acusadas por causar a doença cardiovascular, (1), mas essa afirmação é discutível entre os cientistas de nutrição. (2,5)
Muito provavelmente depende do tipo de gordura saturada e outros alimentos que são consumidos em conjunto.
A resistência à insulina resulta quando se acumula o excesso de gordura no músculo, fígado e pâncreas, em vez de se acumular nas próprias células de gordura. (42)
Mas em uma dieta restrita em carboidratos, gorduras são usados para energia ao invés de serem armazenadas. (6)
Em uma dieta pobre em carboidratos e alta em gorduras saturadas, não ocorre um aumento das gorduras saturadas na corrente sanguínea. (6)
Fatores de risco cardiovascular podem ser reduzidos com uma dieta com elevado teor de gordura, baixo carboidrato (dieta cetogênica), (43,44) e uma dieta pobre em carboidratos mostrou aumentar a sensibilidade à insulina. (45,46)


Minha interpretação/recomendação: Uma dieta baixa em hidratos de carbono, moderadamente baixa em proteínas e rica em gorduras adequadas é recomendada para pessoas que tentam perder peso, bem como para a prevenção e tratamento da diabetes (e outros males relacionados com a idade, especialmente câncer e doença cardiovascular).



 Os Efeitos do Açúcar na Dieta (Frutose):


Deborah Sloboda, PhD, (Associate Professor, Biochemistry and Biomedical Sciences, McMaster University, Hamilton, Ontario, Canada) faz pesquisa sobre os efeitos nocivos do açúcar dietético,
particularmente a frutose.
O açúcar simples constituía apenas cerca de 2% da dieta paleolítica e pré-histórica, mas é atualmente responsável por cerca de 18 a 25% das calorias totais da dieta ocidental média moderna. (47)
O homem moderno está consumindo, assim, cerca de 10 vezes mais açúcar simples do que nossos primeiros antepassados.
O Xarope de milho de alta frutose, introduzido em 1967, foi responsável por 42% dos adoçantes calóricos sendo usados até o ano de 2000. (48)
O consumo de Frutose aumenta a gordura visceral (abdominal), reduzindo a sensibilidade à insulina. (49)
Dr. Sloboda está particularmente preocupada com o consumo de frutose durante a gravidez, o que pode levar à diabetes gestacional (diabetes temporário devido à gravidez), causando perturbação metabólica inflamatória tanto para a mãe quanto para o feto. (50,51) O aminoácido taurina pode reduzir parcialmente os efeitos prejudiciais da frutose. (51,52)


Minha interpretação / recomendação: O consumo de frutose deve ser limitado porque a frutose pode elevar triglicérides no sangue e
ao mesmo tempo ocasionar a resistência à insulina, doenças inflamatórias e diabetes. Os refrigerantes representam cerca de 90% das bebidas adoçadas no mercado (Coca-Cola, Pepsi, Dr. Pepper, Mountain Dew, e Sprite), todos contêm 60 a 65% de frutose. (53)
O suco de maçã tem mais de duas vezes a frutose do suco de laranja, o suco de maçã ainda é o adoçante mais comum em bebidas de fruta. Maçã seca, tâmaras, damascos, figos e passas possuem de um quarto a um terço de frutose, em peso, e devem ser consumidos com moderação.
A frutose pode causar danos tanto para a mãe como para o feto durante a gravidez e as mulheres grávidas devem limitar o consumo de bebidas contendo frutose, e talvez até mesmo fazer a suplementação com taurina.



 O Amido ou Carboidrato da Dieta:


Diane Birt, PhD, (Distinguished Professor Emeritus, Iowa State University), está interessada em usar o amido resistente à digestão para melhorar a saúde humana. O amido, como o açúcar, é uma forma de hidratos de carbono, mas que resistem à digestão no estômago e intestino delgado, sendo digeridos no intestino grosso, e são chamados de amido resistente ou fibra.
Dr. Birt descreveu a maioria dos alimentos na dieta típica ocidental como sendo amidos altamente digeríveis, possuindo um alto índice glicêmico (aumenta rapidamente a glicose no sangue). (54)
Tais produtos alimentares resultam em ciclos de glicose e insulina alta e baixa no sangue, causando muitas vezes a resistência à insulina e diabetes tipo II. (54)
Todos os alimentos ricos em amido; são compostas de cadeias de moléculas de açúcar, mas nem todos os alimentos ricos em amido são facilmente digeridos. A digestão de amido resistente ingerido no café da manhã reduz os picos de glicose e insulina no almoço. (55)
Leguminosas (feijões) contêm amido mais resistentes que as batatas, arroz, massa, pão, ou cereais normalmente ingeridos no almoço. Mas a Dr. Birt deseja desenvolver alimentos com teor de amido ainda mais resistente do que os legumes. (54)
Os amidos resistentes demonstraram reduzir a obesidade. (56)
Amidos (fibras alimentares) que são mais viscosos reduzem o apetite mais do que aqueles que são menos viscosos, (57), de modo que o amido que está em desenvolvimento seria mais viscoso. Amidos feitos de longas cadeias não ramificadas de açúcares são mais resistentes a digestão do que amidos com cadeias ramificadas, de fato, a Dr. Birt também explora o projeto de alimentos modificados para a melhoria da saúde. (54)



Minha interpretação / recomendação: os amidos com hidratos de carbono de digestão rápida, como a batata, farinhas, pão branco, cereais matinais, devem ser evitados, mas o feijão e amido de milho ceroso são boas fontes de fibras alimentares que podem satisfazer o apetite, reduzindo picos de insulina depois da refeição. (54,58)



 A Gordura da Dieta:


David Mutch, PhD, (Associate Professor, University of Guelph, Canada) está interessado em como as gorduras e substâncias inflamatórias no sangue se relacionam à obesidade. Embora a obesidade seja frequentemente associada com a resistência à insulina e síndrome metabólica, estima-se que 13 a 29% das pessoas obesas (IMC maior que 30) são metabolicamente saudáveis, enquanto que 10-37% das pessoas magras (IMC inferior a 25) são metabolicamente não saudáveis e possuem resistência à insulina. (59)
Pessoas obesas metabolicamente saudáveis são menos propensas a ter gordura nas células do coração ou nas células produtoras de insulina do pâncreas. (59)
Pessoas metabolicamente não saudáveis têm níveis sanguíneos mais elevados da gordura saturada palmitato. (60,61)
Alimentos ricos em palminato incluem óleo de manteiga de cacau, óleo de palma, manteiga, banha, chocolate ao leite, carnes gordas, alguns produtos suínos e bovinos, carnes de caça, castanha de caju, e ovos. (61)
O palmitato pode induzir a inflamação e a resistência à insulina.
(62-64)
O palmitato e a glicose elevada no sangue causa a morte das células produtoras de insulina no pâncreas, mas o ácido oleico gordura monoinsaturada, (encontrado no azeite de oliva e abacate) protege as células contra a toxicidade do palmitato e da glicose. (13,14)
A suplementação com ácido graxo ômega-3 em uma dieta para ratos, rica em gordura saturada também impede a inflamação do palmitato. (15)

Minha interpretação/recomendação: Azeite de oliva, óleo de peixe, e abacate pode proteger contra a inflamação ocasionada pelo consumo de gordura saturada como o palmitato.



Kevin Fritsche, PhD, (Professor of Nutritional Immunology, University of Missouri) estuda os efeitos das gorduras da dieta sobre a inflamação e o risco de doença cardiovascular. Ele acredita que o componente sanguíneo inflamatório, ou a proteína C-reativa, está mais fortemente associada com a doença cardiovascular, do que com o colesterol LDL. (65)
A liberação da proteína inflamatória IL-18 a partir de células de gordura de pessoas obesas é o triplo do que a observada naqueles que não são obesos. (66)
Embora ele afirme que os ácidos graxos trans promovem a inflamação e reduz à função das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos (67), ele não encontra muito apoio para a reivindicação de que os ácidos graxos ômega-6 sejam pró-inflamatórios. (68,69)
O micróbio intestinal Bifidobacteria demonstrou impedir que o lipopolissacárido altamente pró-inflamatório que é uma endotoxina (ou LPS, que constitui 80% da parede celular de bactérias gram-negativas) da ocorrência de vazamento para a corrente sanguínea a partir do intestino. (70-74)
Uma dieta com altos níveis de gordura e carboidratos promove a inflamação por redução da quantidade de Bifidobacteria, (73-75)
embora alguns alimentos (incluindo nozes, azeite, e farelo de trigo) podem diminuir o efeito. (76)
A magnitude da inflamação resultante de um elevado teor de gordura e carboidratos na em uma refeição, é marcadamente maior em obesos do que em indivíduos não-obesos. (77,78)
A inflamação ocasionada por um elevado teor de gordura e carboidratos na refeição pode ser independente da concentração de LPS na corrente sanguínea. (79)


Minha interpretação/recomendação: o colesterol LDL é uma preocupação menor doença cardiovascular do que a inflamação e resistência à insulina. Uma dieta rica em gordura só deve ser evitada se for combinada com uma dieta rica em hidratos de carbono. Os Hidratos de carbono dietéticos estimulam a secreção de insulina; a insulina impede que a gordura seja utilizada como uma fonte de energia, resultando em gordura a ser armazenado em outros locais além das células de gordura, isto é, no músculo e no pâncreas, resultando em resistência à insulina. Porque este efeito é maior na obesidade, as pessoas obesas devem fazer um esforço especial para reduzir os carboidratos.


 Estratégias para a Perda de Peso:


Catherine Hankey, PhD (Professor de Nutrição Humana da Universidade de Glasgow, Reino Unido) analisou estudos sobre jejum intermitente como uma estratégia de perda de peso. A qualquer momento, cerca de 40% das mulheres e 20% dos homens vão estar em jejum para perda de peso. (80)
Dr. Hankey começou reconhecendo o livro best-seller A Dieta rápida pelo Dr. Michael Mosley e Mimi Spencer, que defende a redução de calorias de 25% da ingestão diária normal em dois dias por semana (segunda-feira e quinta-feira ser a melhor escolha para a maioria das pessoas ou quarta-feira e sábado, etc...).
Uma dieta rica em proteína pode ajudar nos dias de jejum porque a proteína mostrou reduzir o apetite. (81)
As dietas ricas em proteínas (25% ou mais de calorias) estão associadas com a maior perda de peso (e não muita fome) durante alguns meses. Por dois anos, no entanto, há pouca perda de peso duradoura. (81)
Uma comparação de três meses de indivíduos que restringem calorias em 25%, em uma base diária com alto teor de proteína, ou apenas em dois dias por semana, com restrição de carboidratos, apresentaram maior redução de gordura corporal, juntamente com a melhoria da sensibilidade à insulina para o jejum intermitente. (82)




Minha interpretação/recomendação: o jejum completo por mais de um dia é intolerável para a maioria das pessoas, mas o livro do Dr. Mosley tornou-se um best-seller, porque muitas pessoas conseguiram perder peso comendo apenas 25% de suas calorias habituais duas vezes por semana. Eu recomendo este livro para leitores que não tiveram sucesso com outros métodos de perda de peso. O livro contém receitas e estratégias. Apesar da perda de peso inicial e redução da fome em uma dieta de alta proteína, dietas de alta proteína não são recomendados. A perda de peso com uma dieta de alta proteína é apenas um efeito temporário.


Cynthia Kroeger e John Trepanowski, (PhD students, Department of Kinesiology and Nutrition, University of Illinois, Chicago), têm realizado uma série de estudos em conjunto sobre os efeitos do jejum intermitente (com 25% de calorias habituais consumidos no dia de jejum). (85,87)
Em um desses estudos, a perda de peso com o exercício de resistência e o jejum intermitente combinado, foi comparada com o exercício e o jejum sozinhos. A combinação resultou em uma perda de peso de 6 kg, o jejum sozinho resultou em uma perda de peso de 6 kg e o exercício resultou em uma perda de peso de 0,9 kg. (88)
O exercício sozinho geralmente não é muito eficaz para perda de peso, (89,90) pelo menos parcialmente por causa do aumento do apetite. O papel mais importante do exercício na dieta é evitar a perda de massa magra (e para impulsionar a atividade da enzima AMPK). (91)
Em outro estudo, Kroeger e Trepanowski, descobriram que a adição de substituição de refeição líquida no jejum intermitente e restrição calórica resultaram em uma redução ainda maior no peso, na gordura visceral, e do colesterol LDL. Apenas os indivíduos que receberam o substituto de refeição líquida, demonstrou uma redução da glucose no sangue, a insulina, e a homocisteína, assim como o tamanho de partícula do LDL reduzida. (86)


Minha interpretação/recomendação: Embora o exercício por si só não seja muito eficaz para perda de peso, o exercício dobra a perda de peso quando associado com uma dieta de calorias reduzidas, enquanto previne a perda de tecido muscular. O exercício combinando com a restrição calórica é altamente recomendado para a perda de peso (gordura).


Diana Thomas, PhD, (Professor of Mathematical Sciences, Montclair State University, Montclair, New Jersey) criou modelos matemáticos para explicar os efeitos de perda de peso associados com a dieta. (92,93)
Peso perdido nas fases iniciais da dieta é normalmente o resultado de uma maior perda de água associada com a perda de proteína e carboidratos. (94)
Ao contrário da gordura, proteínas (como o músculo) e carboidratos (como glicogênio) são armazenados com muita água no corpo, por isso a perda de massa magra ou de carboidratos resulta em perda de quantidades consideráveis de água. (95,96)
As calorias necessárias para a perda de peso aumentam com a duração da dieta, porque com o seguimento da dieta, a perda de peso significa cada vez mais a perda de gordura. De acordo com a Dr. Thomas, após quatro semanas de dieta, uma redução de cerca de 2000 calorias da dieta resulta em uma perda de uma libra. Mas por 24 semanas de dieta, uma redução de cerca de 3.000 calorias da dieta é necessário para perder uma libra. (94)
Para uma pessoa média, a taxa metabólica de repouso é responsável por 70% das calorias consumidas, a atividade física por 20%, e a energia necessária para digerir e metabolizar comida (o efeito térmico dos alimentos) é responsável por 10%. (97)
O efeito térmico da proteína é mais do que o dobro do efeito térmico de gordura ou carboidratos. (98)
O efeito térmico da glicose é reduzido com a resistência à insulina porque a insulina facilita o armazenamento de glucose (que consome mais energia do que a glicose utilizada como fonte de energia). (99)
A taxa metabólica de repouso normalmente declina 2 a 3% a cada década após 20 anos de idade, principalmente devido à perda de massa magra, sem gordura. (97)
A atividade física também tende a diminuir com a idade. Esses fatores tornam cada vez mais difícil a perda de peso com a idade. Em média, o peso corporal é maior para aqueles na faixa etária entre 50 e 59 anos, mas grande parte da razão para isso pode ser devido a maiores taxas de mortalidade entre os obesos. (97)




Minha interpretação/recomendação: A perda de peso se torna mais difícil com a idade, em grande parte devido à perda de massa muscular associada com atividade reduzida. Quanto mais músculos (massa magra) que uma pessoa possui, maior será sua taxa metabólica de repouso. Os exercícios de resistência (com pesos) são particularmente importantes para a construção e manutenção muscular, bem como prevenir a fragilidade muito frequentemente associada com o envelhecimento. O exercício deve tornar-se uma prática de vida, e não simplesmente algo feito durante a dieta.


 Perda de Massa Muscular em Idosos:


Ronenn Roubenoff, MD, (Internist, Tufts Medical Center, Boston) estuda a perda muscular em idosos. Ele citou um estudo de mais de 3 anos com mais de 3.000 pessoas com idade na faixa dos 70 anos, que mostraram que a perda de qualidade muscular foi ainda maior do que a perda de massa muscular. (100)
A deterioração do músculo em idosos não só leva ao prejuízo funcional e quedas, mas a insuficiência cardíaca crônica e
doença pulmonar obstrutiva crônica. (101-103)
Exercícios de endurance (aeróbicos), bem como exercícios de resistência (musculação), juntamente com o aumento da ingestão de proteína são recomendados para prevenir a atrofia muscular em idosos, (104), embora aqueles com problemas renais devido à diabetes seria necessário limitar a ingestão de proteínas. (105)


Minha interpretação/recomendação: Como dito acima, exercícios de endurance, exercícios de resistência, e proteína adequada pode prevenir a perda de massa muscular e pode reduzir a fragilidade no idoso (para quem a perda muscular pode ser fatal).


 Ritmo Circadiano e Dieta:

Frank Scheer, PhD, (Assistant Professor of Sleep Medicine, Harvard Medical School) é um especialista sobre os efeitos do ritmo circadiano (ciclo dia e noite) no metabolismo alimentar. O cérebro tem um relógio que normalmente provoca maior secreção de melatonina à noite (facilitando o sono), que causa secreção do hormônio de crescimento e prolactina no início do sono, e que faz com que a secreção do hormônio do estresse cortisol aumente antes de acordar. (106)
O risco de um ataque cardíaco na parte da manhã é elevado, cerca de 40% acima da média de 24 horas, (106), pelo menos parcialmente, porque o cortisol aumenta a pressão sanguínea. (107)
A pesquisa do Dr. Scheer estabeleceu que a perturbação do ritmo circadiano por jet lag ou turnos leva à resistência à insulina. (108)
Suplementação de melatonina pode diminuir essas tensões sobre o ritmo circadiano. (109)
Dr. Scheer também estabeleceu que para aqueles com um ritmo circadiano normal, a fome é menor às 8 da manhã e maior às 8 da noite. (110) Há também um efeito sobre o apetite circadiano para certos alimentos. Às 8 da noite o apetite para doces, amidos e carne é maior, mas não há nenhum efeito circadiano para vegetais ou produtos lácteos. (110)
Dr. Scheer realizou dois estudos que mostram que não fazem o café da manhã e tem uma maior ingestão de alimentos no jantar, ganham mais peso (e têm mais dificuldade para perder peso) do que aqueles que fazem um café da manhã farto, apesar de consumir o mesmo número total de calorias. (111,112)
Mas um estudo randomizado incidindo apenas sobre aqueles que não comem no café da manhã, não mostrou nenhum efeito sobre o ganho ou perda de peso. (113)
Uma revisão por outros autores, embora reconhecendo que comer tarde da noite contribui para a síndrome metabólica, negou um efeito semelhante para a exclusão do desjejum, sugerindo que eliminar o desjejum pode ser mais bem sucedida do que outras estratégias de restrição calórica. (114)


Minha interpretação/recomendação: Comer à noite antes de dormir pode levar a um maior ganho de peso do que a contagem de calorias pode prever. Saltar o pequeno almoço provavelmente não é um perigo para a saúde. A melatonina deve ser utilizada para reduzir os efeitos do jet lag ou do trabalho em turnos.


 Conclusão:


Pode haver uma revolução acontecendo na percepção dos efeitos da gordura alimentar, especialmente no contexto da dieta cetogênica. Seria difícil provar que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos com suas recomendações dietéticas que incluem o alto consumo de grãos (carboidratos, a base da "pirâmide alimentar") e baixo teor de gordura, (115,116) estejam contribuindo significativamente para a atual epidemia de obesidade, mas se for verdade (muitos dizem que sim), o governo não admitirá culpa. (117)



Nota do Nutricionista:

Vale muito conferir a conferência de 2015 da Sociedade Americana de Nutrição.
Vários assuntos são abordados como a dieta cetogênica, os efeitos da frutose para a saúde, carboidratos e índice glicêmico, tipos de gordura na dieta, jejum intermitente, perda de massa muscular em idosos e a relação ritmo circadiano e dieta.
Muito importante saber a opinião dos pesquisadores.



Referências:

1.Kris-Etherton PM, Innis S, American Dietetic Association, Dietitians of Canada. Position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canada: dietary fatty acids. J Am Diet Assoc. 2007 Sep;107(9):1599-611.
2.Siri-Tarino PW, Sun Q, Hu FB, Krauss RM. Meta-analysis of prospective cohort studies evaluating the association of
saturated fat with cardiovascular disease. Am J Clin Nutr. 2010 Mar;91(3):535-46.
3.Scarborough P, Rayner M, van Dis I, Norum K. Meta-analysis of effect of saturated fat intake on cardiovascular disease: over adjustment obscures true associations. Am J Clin Nutr. 2010 Aug;92(2):458-9; author reply 459.
4.Chowdhury R, Warnakula S, Kunutsor S, et al. Association of dietary, circulating, and supplement fatty acids with coronary risk: a systematic review and meta-analysis. Ann Intern Med. 2014 Mar 18;160(6):398-406.
5.Hooper L, Martin N, Abdelhamid A, Davey Smith G. Reduction in saturated fat intake for cardiovascular disease.
Cochrane Database Syst Rev. 2015 Jun10;6:CD011737.
6.Forsythe CE, Phinney SD, Feinman RD, et al. Limited effect of dietary saturated fat on plasma saturated fat in the context of a low carbohydrate diet. Lipids. 2010 Oct;45(10):947-62.
7.Mensink RP, Zock PL, Kester AD, Katan MB. Effects of dietary fatty acids and carbohydrates on the ratio of serum total to HDL cholesterol and on serum lipids and apolipoproteins: a meta-analysis of 60 controlled trials. Am J Clin Nutr. 2003 May;77(5):1146-15.
8.Siri-Tarino PW, Sun Q, Hu FB, Krauss RM. Saturated fatty acids and risk of coronary heart disease: modulation by replacement nutrients. Curr Atheroscler Rep. 2010 Nov;12(6):384-90.
9.Vock C, Gleissner M, Klapper M, Doring F. Identification of palmitate-regulated genes in HepG2 cells by applying
microarray analysis. Biochim Biophys Acta. 2007 Sep;1770(9):1283-88.
10.French MA, Sundram K, Clandinin MT. Cholesterolaemic effect of palmitic acid in relation to other dietary fatty acids. Asia Pac J Clin Nutr. 2002;11Suppl7:S401-7.
11.Tian H, Liu C, Zou X, Wu W, Zhang C, Yuan D. MiRNA-194 regulates palmitic acid-induced toll-like receptor 4 inflammatory responses in THP-1 cells. Nutrients. 2015 May 13;7(5):3483-96.
12.Laugerette F, Furet JP, Debard C, et al. Oil composition of high-fat diet affects metabolic inflammation differently in connection with endotoxin receptors in mice. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2012 Feb 1;302(3):E374-86.
13.Listenberger LL, Han X, Lewis SE, Cases et al. Triglyceride accumulation protects against fatty acid-induced
lipotoxicity. Proc Natl Acad Sci U S A. 2003 Mar 18;100(6):3077-82.
14.Maedler K, Oberholzer J, Bucher P, Spinas GA, Donath MY. Monounsaturated fatty acids prevent the deleterious effects of palmitate and high glucose on human pancreatic beta-cell turnover and function. Diabetes. 2003 Mar;52(3):726-33.
15.Awada M, Meynier A, Soulage CO, et al. n-3 PUFA added to high-fat diets affect differently adiposity and inflammation when carried by phospholipids or triacylglycerols in mice. Nutr Metab (Lond). 2013 Feb 15;10(1):23.
16.Temme EH, Mensink RP, Hornstra G. Effects of medium chain fatty acids(MCFA), myristic acid, and oleic acid on serum lipoproteins in healthy subjects. J Lipid Res. 1997 Sep;38(9):1746-54.
17.Hunter JE, Zhang J, Kris-Etherton PM. Cardiovascular disease risk of dietary stearic acid compared with trans, other
saturated, and unsaturated fatty acids: a systematic review. Am J Clin Nutr. 2010 Jan;91(1):46-63.
18.Gao Z, Yin J, Zhang J, Ward RE, Martin RJ, Lefevre M, Cefalu WT, Ye J. Butyrate improves insulin sensitivity and increases energy expenditure in mice. Diabetes. 2009 Jul;58(7):1509-17.
19.Askew EW. Role of fat metabolism in exercise. Clin Sports Med. 1984 Jul;3(3):605-21.
20.Bozzetti F, Gavazzi C, Mariani L, Crippa F. Glucose-based total parenteral nutrition does not stimulate glucose uptake by humans tumours. Clin Nutr (Edinburgh). 2004 Jun ;23(3):417-21.
21.Rusu D, Drouin R, Pouliot Y, Gauthier S, Poubelle PE. A bovine whey protein extract can enhance innate immunity by priming normal human blood neutrophils. J Nutr. 2009 Feb;139(2):386-93.
22.Sinha R, Cross AJ, Graubard BI, Leitzmann MF, Schatzkin A. Meat intake and mortality: a prospective study of over
half a million people. Arch Intern Med. 2009 Mar 23;169(6):562-71.
23.Rouse IL, Beilin LJ, Armstrong BK, Vandongen R. Blood-pressure-lowering effect of a vegetarian diet: controlled trial
in normotensive subjects. Lancet. 1983 Jan 1;1(8314-5):5-10.
24.Yancy WS Jr, Olsen MK, Guyton JR, Bakst RP, Westman EC. A low-carbohydrate, ketogenic diet versus a low-fat
diet to treat obesity and hyperlipidemia: a randomized, controlled trial. Ann Intern Med. 2004 May
18;140(10):769-77.
25.Lecheminant JD, Gibson CA, Sullivan DK, et al. Comparison of a low carbohydrate and low fat diet for weight
maintenance in overweight or obese adults enrolled in a clinical weight management program. Nutr J. 2007 Nov 1;6:36.
26. McClernon FJ, Yancy WS Jr, Eberstein JA, Atkins RC, Westman EC. The effects of a low-carbohydrate ketogenic diet and a low-fat diet on mood, hunger, and other self-reported symptoms. Obesity (Silver Spring). 2007 Jan;15(1):182-7.
27.Westman EC, Yancy WS Jr, Mavropoulos JC, Marquart M, McDuffie JR. The effect of a low-carbohydrate, ketogenic
diet versus a low-glycemic index diet on glycemic control in type 2 diabetes mellitus. Nutr Metab (Lond). 2008 Dec19;5:36.
28.Hussain TA, Mathew TC, Dashti AA, Asfar S, Al-Zaid N, Dashti HM. Effect of low-calorie versus low-carbohydrate ketogenic diet in type 2 diabetes. Nutrition. 2012 Oct;28(10):1016-21.
29.Mobbs CV, Mastaitis J, Isoda F, Poplawski M. Treatment of diabetes and diabetic complications with a ketogenic diet. J Child Neurol. 2013 Aug;28(8):1009-14.
30.Greene AE, Todorova MT, Seyfried TN. Perspectives on the metabolic management of epilepsy through dietary reduction of glucose and elevation of ketone bodies. J Neurochem. 2003 31.Aug;86(3):529-37.
Manninen AH. Metabolic effects of the very-low-carbohydrate diets: misunderstood “villains” of human metabolism. J Int Soc Sports Nutr. 2004 Dec 31;1(2):7-11.
32.Paoli A, Bosco G, Camporesi EM, Mangar D. Ketosis, ketogenic diet and foodintake control: a complex relationship. Front Psychol. 2015 Feb 2;6:27.
33.Gaysinskaya VA, Karatayev O, Shuluk J, Leibowitz SF. Hyperphagia induced by sucrose: relation to circulating and
CSF glucose and corticosterone and or exigenic peptides in the arcuate nucleus. Pharmacol Biochem Behav. 2011 Jan;97(3):521-30.
34.Gibson AA, Seimon RV, Lee CM, Ayre J, Franklin J, Markovic TP, Sainsbury A. Do ketogenic diets really suppress appetite? A systematic review and meta-analysis. Obes Rev. 2015 Jan;16(1):64-76.
35.Veldhorst MA, Westerterp KR, van Vught AJ, Westerterp-Plantenga MS. Presence or absence of carbohydrates and the proportion of fat in a high-protein diet affect appetite suppression but not energy expenditure in normal-weight human subjects fed in energy balance. Br J Nutr. 2010 Nov;104(9):1395-405.
36.Maalouf M, Rho JM, Mattson MP. The neuro protective properties of calorie restriction, the ketogenic diet, and
ketone bodies. Brain Res Rev. 2009 Mar;59(2):293-315.
37.Stafstrom CE, Rho JM. The ketogenic diet as a treatment paradigm for diverse neurological disorders. Front Pharmacol. 2012 Apr 9;3:59.
38.Xu K, Sun X, Eroku BO, Tsipis CP, Puchowicz MA, LaManna JC. Diet-induced ketosis improves cognitive performance in aged rats. Adv Exp Med Biol. 2010;662:71-5.
39.Seyfried TN, Flores RE, Poff AM, D’Agostino DP. Cancer as a metabolic disease: implications for novel therapeutics.
Carcinogenesis. 2014 Mar;35(3):515-27.
40.Siri-Tarino PW, Sun Q, Hu FB, Krauss RM. Saturated fat, carbohydrate, and cardiovascular disease. Am J Clin Nutr.
2010 Mar;91(3):502-9.
41.Poff AM, Ari C, Arnold P, Seyfried TN, D’Agostino DP. Ketone supplementation decreases tumor cell viability and prolongs survival of mice with metastatic cancer. Int J Cancer. 2014 Oct 135(7):1711-20.
42.Borén J, Taskinen MR, Olofsson SO, Levin M. Ectopic lipid storage and insulin resistance: a harmful relationship. J Intern Med. 2013 Jul;274(1):25-40.
43.Sharman MJ, Kraemer WJ, Love DM, Avery NG, Gómez AL, Scheett TP, Volek JS. A ketogenic diet favorably affects serum biomarkers for cardiovascular disease in normal-weight men. J Nutr. 2002 Jul;132(7):1879-85.
44.Wood RJ, Volek JS, Davis SR, Dell’Ova C, Fernandez ML. Effects of a carbohydrate-restricted diet on emerging plasma markers for cardio vascular disease. Nutr Metab (Lond). 2006 May 4;3:19.
45.Gower BA, Goss AM. A lower-carbohydrate, higher-fat diet reduces abdominal and intermuscular fat and increases insulin sensitivity in adults at risk of type 2 diabetes. J Nutr. 2015 Jan;145(1):177s-183s.
46.Kirk E, Reeds DN, Finck BN, Mayurranjan SM, Patterson BW, Klein S. Dietary fat and carbohydrates differentially
alter insulin sensitivity during caloric restriction. Gastroenterology. 2009 May;136(5):1552-60.
47.Gray C, Long S, Green C, Gardiner SM, Craigon J, Gardner DS. Maternal fructose and/or salt intake and reproductive outcome in the rat: effects on growth, fertility, sex ratio, and birth order. Biol Reprod. 2013 Sep;89(3):51.
48.Bray GA, Nielsen SJ, Popkin BM. Consumption of high-fructose corn syrup in beverages may play a role in the epidemic of obesity. Am J Clin Nutr. 2004 Apr;79(4):537-43.
49.Stanhope KL, Havel PJ. Fructose consumption: recent results and their potential implications. Ann N Y Acad Sci. 2010 Mar;1190:15-24.
50.Regnault TR, Gentili S, Sarr O, Toop CR, Sloboda DM. Fructose, pregnancy and later life impacts. Clin Exp Pharmacol Physiol. 2013 Nov;40(11):824-37.
51.Li M, Reynolds CM, Sloboda DM, Gray C, Vickers MH. Maternal taurine supplementation attenuates maternal fructose-induced metabolic and inflammatory dysregulation and partially reverses adverse metabolic programming in offspring. J Nutr Biochem. 2015 Mar;26(3):267-76.
52.Sloboda DM, Li M, Patel R, Clayton ZE, Yap C, Vickers MH. Early life exposure to fructose and offspring phenotype: implications for long term metabolic homeostasis. J Obes. 2014;2014:203474.
53.Walker RW, Dumke KA, Goran MI. Fructose content in popular beverages made with and without high-fructose corn syrup. Nutrition. 2014 Jul-Aug;30(7-8):928-35.
54.Birt DF, Boylston T, Hendrich S, et al. Resistant starch: promise for improving human health. Adv Nutr. 2013 Nov 6;4(6):587-601.
55.Brighenti F, Benini L, Del Rio D, et al. Colonic fermentation of indigestible carbohydrates contributes to the
second-meal effect. Am J Clin Nutr. 2006 Apr;83(4):817-22.
56.Belobrajdic DP, King RA, Christophersen CT, Bird AR. Dietary resistant starch dose-dependently reduces adiposity in obesity-prone and obesity-resistant male rats. Nutr Metab (Lond). 2012 Oct 25;9(1):93.
57.Wanders AJ, van den Borne JJ, de Graaf C, Hulshof T, Jonathan MC, Kristensen M, Mars M, Schols HA, Feskens EJ. Effects of dietary fibre on subjective appetite, energy intake and body weight: a systematic review of randomized controlled trials. Obes Rev. 2011 Sep;12(9):724-39.
58.Behall KM, Scholfield DJ, Yuhaniak I, Canary J. Diets containing high amylose vs amylopectin starch: effects on metabolic variables in human subjects. Am J Clin Nutr. 1989 Feb;49(2):337-44.
59.Badoud F, Perreault M, Zulyniak MA, Mutch DM. Molecular insights into the role of white adipose tissue in metabolically unhealthy normal weight and metabolically healthy obese individuals. FASEB J. 2015 Mar;29(3):748-58.
60.Perreault M, Zulyniak MA, Badoud F, Stephenson S, Badawi A, Buchholz A, Mutch DM. A distinct fatty acid profile underlies the reduced inflammatory state of metabolically healthy obese individuals. PLoS One. 2014 Feb 10;9(2):e88539.
61.http://www.lifeextension.com/pdf/BloodTestSamples/Omega_Check_Interpretation_Guide.pdf. Accessed September 29, 2015.
62.Nakamura S, Takamura T, Matsuzawa-Nagata N, et al. Palmitate induces insulin resistance in H4IIEC3 hepatocytes through reactive oxygen species produced by mitochondria. J Biolog Chem. 2009 May 29;284(22):14809-18.
63.Shi H, Kokoeva MV, Inouye K, Tzameli I, Yin H, Flier JS. TLR4 links innate immunity and fatty acid-induced insulin resistance. J Clin Invest. 2006 Nov;11;6(11):3015-25.
64.Shaw B, Lambert S, Wong MH, Ralston JC, Stryjecki C, Mutch DM. Individual saturated and monounsaturated fatty acids trigger distinct transcriptional networks in differentiated 3T3-L1 preadipocytes. J Nutrigenet Nutrigenomics. 2013;6(1):1-15.
65.Emerging Risk Factors Collaboration, Kaptoge S, Di Angelantonio E, et al. C-reactive protein concentration and risk of coronary heart disease, stroke, and mortality: an individual participant meta-analysis. Lancet. 2010 Jan 9;375(9709):132-40.
66.Packard RR, Libby P. Inflammation in atherosclerosis: from vascular biology to biomarker discovery and risk prediction. Clin Chem. 2008 Jan;54(1):24-38.
67.Lopez-Garcia E, Schulze MB, Meigs JB, Manson JE, Rifai N, Stampfer MJ, Willett WC, Hu FB. Consumption of trans fatty acids is related to plasma biomarkers of inflammation and endothelial dysfunction. J Nutr. 2005 Mar;135(3):562-6.
68.Johnson GH, Fritsche K. Effect of dietary linoleic acid on markers of inflammation in healthy persons: a systematic review of randomized controlled trials. J Acad Nutr Diet. 2012 Jul;112(7):1029-41, 1041.e1-15.
69.Khandelwal S, Kelly L, Malik R, Prabhakaran D, Reddy S. Impact of omega-6fatty acids on cardiovascular outcomes:
A review. J Preventive Cardiol. 2013 Feb;2(3):325-336.
70.Park MS, Kim MJ, Ji GE. Assessment of lipopolysaccharide-binding activity of Bifidobacterium and its relationship
with cell surface hydrophobicity, autoaggregation, and inhibition of interleukin-8 production. J Microbiol Biotechnol.
2007 Jul;17(7):1120-1126.
71.Silhavy TJ, Kahne D, Walker S. The bacterial cell envelope. Cold Spring Harb Perspect Biol. 2010 May;2(5):a000414.
72.Van Amersfoort ES, Van Berkel TJ, Kuiper J. Receptors, mediators, and mechanisms involved in bacterial sepsis and
septic shock. Clinical microbiology reviews. 2003 Jul;16(3):379-414.
73.Cani PD, Neyrinck AM, Fava F, et al. Selective increases of bifido bacteria in gut microflora improve high-fat-diet-induced diabetes in mice through a mechanism associated with endotoxaemia. Diabetologia. 2007 Nov;50(11):2374-83.
74.Cani PD, Bibiloni R, Knauf C, et al. Changes in gut microbiota control metabolic endotoxemia-induced inflammation in
high-fat diet-induced obesity and diabetes in mice. Diabetes. 2008 Jun;57(6):1470-81.
75.Kim KA, Gu W, Lee IA, Joh EH, Kim DH. High fat diet-induced gut microbiota exacerbates inflammation and obesity
in mice via the TLR4 signaling pathway. PLoS One. 2012;7(10):e47713.
76.Kelly CJ, Colgan SP, Frank DN. Of microbes and meals: the health consequences of dietary endotoxemia. Nutr Clin
Pract. 2012 Apr;27(2):215-25.
77.Patel C, Ghanim H, Ravishankar S, et al. Prolonged reactive oxygen species generation and nuclear factor-kappa
Bactivation after a high-fat, high-carbohydrate meal in the obese. J Clin Endocrinol Metab. 2007 Nov;92(11):4476-9.
78.Ghanim H, Abuaysheh S, Sia CL, et al. Increase in plasma endotoxin concentrations and the expression of Toll-like
receptors and suppressor of cytokine signaling-3 in mononuclear cells after a high-fat, high-carbohydrate meal: implications for insulin resistance. Diabetes Care. 2009 Dec;32(12):2281-7.
79.Fogarty CL, Nieminen JK, Peräneva L, et al. High-fat meals induce systemic cytokine release without evidence of
endotoxemia-mediated cytokine production from circulating monocytes or myeloid dendritic cells. Acta Diabetol. 2015 Apr;52(2):315-22.
80.Johnstone A. Fasting for weight loss: an effective strategy or latest dieting trend? Int J Obes (Lond). 2015 May;39(5):727-33.
81.Weigle DS, Breen PA, Matthys CC, et al. A high-protein diet induces sustained reductions in appetite, ad libitum caloric intake, and body weight despite compensatory changes in diurnal plasma leptin and ghrelin concentrations. Am J Clin Nutr. 2005 Jul;82(1):41-8.
82.Harvie M, Wright C, Pegington M, et al. The effect of intermittent energy and carbohydrate restriction v. daily energy
restriction on weight loss and metabolic disease risk markers in overweight women. Br J Nutr. 2013
Oct;110(8):1534-47.
83.Fontana L, Weiss EP, Villareal DT, Klein S, Holloszy JO. Long-term effects of calorie or protein restriction on serum
IGF-1 and IGFBP-3 concentration in humans. Aging Cell. 2008 Oct;7(5):681-7.
84.Levine ME, Suarez JA, Brandhorst S, et al. Low protein intake is associated with a major reduction in IGF-1, cancer,
and overall mortality in the 65 and younger but not older population. Cell Metab. 2014 Mar 4;19(3):407-17
85.Hoddy KK, Kroeger CM, Trepanowski JF, Barnosky A, Bhutani S, Varady KA. Meal timing during alternate day
fasting: Impact on body weight and cardiovascular disease risk in obese adults. Obesity (Silver Spring). 2014
Dec;22(12):2524-31.
86.Klempel MC, Kroeger CM, Bhutani S, Trepanowski JF, Varady KA. Intermittent fasting combined with calorie
restriction is effective for weight loss and cardio-protection in obese women. Nutr J. 2012 Nov 21;11:98.
87.Kroeger CM, Klempel MC, Bhutani S, Trepanowski JF, Tangney CC, Varady KA. Improvement in coronary heart
disease risk factors during an intermittent fasting/calorie restriction regimen: Relationship to adipokine modulations.
Nutr Metab (Lond). 2012 Oct 31;9(1):98.
88.Bhutani S, Klempel MC, Kroeger CM, Trepanowski JF, Varady KA. Alternate day fasting and endurance exercise
combine to reduce body weight and favorably alter plasma lipids in obese humans. Obesity (Silver Spring). 2013
Jul;21(7):1370-9.
89.Thomas DM, Bouchard C, Church T, et al. Why do individuals not lose moreweight from an exercise intervention at a defined dose? An energy balance analysis. Obes Rev. 2012 Oct;13(10):835-47.
90.Johns DJ, Hartmann-Boyce J, Jebb SA, Aveyard P, Behavioural Weight Management Review Group. Diet or exercise
interventions vs combined behavioral weight management programs: a systematic review and meta-analysis of direct
comparisons. J Acad Nutr Diet. 2014 Oct;114(10):1557-68.
91.Stiegler P, Cunliffe A. The role of diet and exercise for the maintenance of fat-free mass and resting metabolic rate
during weight loss. Sports Med. 2006;36(3):239-62.
92.Thomas DM, Ciesla A, Levine JA, Stevens JG, Martin CK. A mathematical model of weight change with adaptation.
Math Biosci Eng. 2009 Oct;6(4):873-87.
93.Heymsfield SB, Gonzalez MC, Shen W, Redman L, Thomas D. Weight loss composition is one-fourth fat-free mass: a critical review and critique of this widely cited rule. Obes Rev. 2014 Apr;15(4):310-21.
94.Thomas DM, Gonzalez MC, Pereira AZ, Redman LM, Heymsfield SB. Time to correctly predict the amount of
weight loss with dieting. J Acad Nutr Diet. 2014 Jun;114(6):857-61.
95.Puolanne E, Halonen M. Theoretical aspects of water-holding in meat. Meat Sci. 2010 Sep;86(1):151-65. 95.
96.Kreitzman SN, Coxon AY, Szaz KF. Glycogen storage: illusions of easy weight loss, excessive weight regain, and distortions in estimates of body composition. Am J Clin Nutr. 1992 Jul;56(1 Suppl):292S-293S.
97.Villareal DT, Apovian CM, Kushner RF, Klein S; American Society for Nutrition; NAASO, The Obesity Society.
Obesity in older adults: technical review and position statement of the American Society for Nutrition and NAASO,
The Obesity Society. Am J Clin Nutr. 2005 Nov;82(5):923-34.
98.Welle S, Lilavivat U, Campbell RG. Thermic effect of feeding in man: increased plasma norepinephrine levels following glucose but not protein or fat consumption. Metabolism. 1981 Oct;30(10):953-8.
99.Segal KR, Albu J, Chun A, Edano A, Legaspi B, Pi-Sunyer FX. Independent effects of obesity and insulin resistance on postprandial thermogenesis in men. J Clin Invest. 1992 Mar;89(3):824-33.
100.Goodpaster BH, Park SW, Harris TB, et al. The loss of skeletal muscle strength, mass, and quality in older adults: the health, aging and body composition study. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2006 Oct;61(10):1059-64.
101.Ishigaki EY, Ramos LG, Carvalho ES, Lunardi AC. Effectiveness of muscle strengthening and description of protocols for preventing falls in the elderly: a systematic review. Braz J Phys Ther. 2014 Mar-Apr;18(2):111-8.
102.Gosker HR, Wouters EF, van der Vusse GJ, Schols AM. Skeletal muscle dysfunction in chronic obstructive pulmonary disease and chronic heart failure: underlying mechanisms and therapy perspectives. Am J Clin Nutr. 2000 May;71(5):1033-47.
103.Gouzi F, Maury J, Molinari N, et al. Reference values for vastuslateralis fiber size and type in healthy subjects over
40 years old: a systematic review and meta-analysis. J Appl Physiol (1985). 2013 Aug 1;115(3):346-54.
104.Deutz NE, Bauer JM, Barazzoni R, et al. Protein intake and exercise for optimal muscle function with aging: recommendations from the ESPEN Expert Group. Clin Nutr. 2014 Dec;33(6):929-36.
105.Bauer J, Biolo G, Cederholm T, et al. Evidence-based recommendations for optimal dietary protein intake in older people: a position paper from the PROT-AGE Study Group. J Am Med Dir Assoc. 2013 Aug;14(8):542-59.
106.Hastings MH, Reddy AB, Maywood ES. A clockwork web: circadian timing in brain and periphery, in health and disease. Nat Rev Neurosci. 2003 Aug;4(8):649-61.
107.Whitworth JA, Brown MA, Kelly JJ, Williamson PM. Mechanisms of cortisol-induced hypertension in humans. Steroids. 1995 Jan;60(1):76-80.
108.Scheer FA, Hilton MF, Mantzoros CS, Shea SA. Adverse metabolic and cardiovascular consequences of circadian
misalignment. Proc Natl Acad Sci U S A . 2009 Mar 17;106(11):4453-8.
109.Arendt J, Skene DJ. Melatonin as a chronobiotic. Sleep Med Rev. 2005 Feb;9(1):25-39 109.
110.Scheer FA, Morris CJ, Shea SA. The internal circadian clock increases hunger and appetite in the evening independent of food intake and other behaviors. Obesity (Silver Spring). 2013 Mar;21(3):421-3.
111.Garaulet M, Gómez-Abellán P, Alburquerque-Béjar JJ, Lee YC, Ordovás JM, Scheer FA. Timing of food intake predicts weight loss effectiveness. Int J Obes (Lond). 2013 Apr;37(4):604-11.
112.Jakubowicz D, Barnea M, Wainstein J, Froy O. High caloric intake at breakfast vs. dinner differentially influences weight loss of overweight and obese women. Obesity (Silver Spring). 2013 Dec;21(12):2504-12.
113.Dhurandhar EJ, Dawson J, Alcorn A, et al. The effectiveness of breakfast recommendations on weight loss: a randomized controlled trial. Am J Clin Nutr. 2014 Aug;100(2):507-13.
114.Zilberter T, Zilberter EY. Breakfast: to skip or not to skip? Front Public Health. 2014 Jun 3;2:59. 114.
115.Willett WC. The dietary pyramid: does the foundation need repair? Am J Clin Nutr. 1998 Aug;68(2):218-9.
116.Nestle M. Toward more healthful dietary patterns--a matter of policy. Public Health Rep. 1998 Sep-Oct;113(5):420-3.
117.Johnston CS. Uncle Sam’s diet sensation: MyPyramid--an overview and commentary. Med Gen Med. 2005 Aug 2;7(3):78.

Nenhum comentário:

Postar um comentário