quarta-feira, 29 de junho de 2016

Ciclagem de Calorias - Guia Prático.


Ciclagem de Calorias – Guia Prático.


By Rudy Mawer, MSc, CISSN.


Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br


A ciclagem de calorias é um padrão alimentar que pode ajudá-lo a manter a sua dieta e perder peso.
Invés de consumir uma quantidade de calorias diárias iguais, sua ingestão é feita de forma cíclica.
Este artigo explica tudo o que você precisa saber sobre a ciclagem de calorias.
O que é a Ciclagem de Calorias?
A ciclagem de calorias, também chamada caloria inconstante, é um estilo de dieta que lhe permite alternar uma dieta de baixa caloria e períodos com altas calorias.
Não há restrições alimentares ou orientações rigorosas, apenas o número de calorias que você pode comer em alguns dias ou semanas.
Por esta razão, não é uma "dieta" no sentido convencional, mas sim uma maneira de estruturar a sua ingestão semanal ou mensal de alimentos.
A pesquisa sugere os benefícios da ciclagem de calorias incluem uma maior perda de peso, melhoria da capacidade de manter uma dieta, menos fome e menor redução no balanço hormonal negativo e adaptações metabólicas de uma dieta normal para a perda de peso (1, 2, 3).
Além do mais, a ciclagem de calorias pode ser feita com excelentes resultados.

Uma dos melhores estudos até à data utilizou um ciclo de 14 dias. Os participantes fizeram 11 dias em uma dieta de baixa caloria, seguido de 3 dias ingerindo uma dieta com mais calorias (chamado de "realimentação"). Outros estudos analisaram períodos mais longos com 3 a 4 semanas de dietas, seguidos por 1 semana de realimentação (1, 2, 3).
Embora isto seja uma abordagem relativamente nova, na época pré histórica provavelmente ocorreu uma semelhança forte com esse padrão alimentar. Isto é porque os alimentos não foram sempre disponíveis nas mesmas quantidades todos os dias (4).
Houve períodos em que a comida era escassa, mas também outros momentos em que era abundante, dependendo da época do ano e o sucesso na caça (4).
Mensagem Importante: a ciclagem de calorias é um padrão alimentar no qual você cicla sua ingestão de calorias no dia a dia ou semana a semana.


A Maioria das Dietas Convencionais Falham:

A fim de entender por que a ciclagem de calorias é tão benéfica, você precisa entender por que as "dietas" convencionais falham na maioria das vezes.
O fato é que a taxa de sucesso para a perda de peso a longo prazo é extremamente baixa.
Uma revisão de estudos de perda de peso mostrou que a maioria das pessoas recuperou cerca de 60% do peso que tinham perdido dentro de 12 meses (5).
Após 5 anos, a maioria das pessoas provavelmente irão recuperar todo o peso que perderam, enquanto cerca de 30% vai pesar mais do que seu peso inicial (5).
Outro estudo descobriu que cerca de um terço dos participantes tinha recuperado todo o seu peso perdido um ano após a dieta, com apenas 28 dos 76 participantes mantendo seu novo peso (6).
Porque perder peso e mantê-lo é tão difícil, estudiosos e pesquisadores da obesidade têm tentado mudar o foco para a prevenção (7, 8, 9).
Muitos estudos destacam as adaptações metabólicas e fatores psicológicos que causam a falha das dietas a longo prazo (10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17).
Mensagem Importante: Estudos mostram que a maioria das pessoas em dietas, recuperam a maior parte do peso que inicialmente perdem e muitas vezes acabam pesando ainda mais do que antes.


Adaptações Metabólicas em Dietas Normais:

As adaptações causadas pela dieta sugerem que seu corpo perceba isso como um estado potencialmente perigoso.
Séculos atrás, um período de baixa caloria poderia equivaler a fome ou doença.
Para sobreviver, o cérebro enviaria vários sinais ao corpo para preservar energia.
Ele faz isso através de inúmeras mudanças biológicas, que são conhecidas coletivamente como adaptações metabólicas. Estas adaptações negativas incluem:

Diminuição da testosterona: A testosterona é um hormônio fundamental para ambos os sexos, mas especialmente importante nos homens. Ele pode chegar a níveis muito baixos quando o indivíduo está em dieta (18, 19).
Diminuição do gasto energético de repouso: Este mede o metabolismo ou o número de calorias que você queima em repouso. Esta queda no metabolismo é também conhecida como termogênese adaptativa ou "modo de jejum" (1, 2, 3, 16, 17, 20).

Diminuição do hormônio da tireóide: Este hormônio desempenha um papel fundamental no metabolismo. Seus níveis declinam com frequência quando em dieta (21, 22, 23).
Diminuição da atividade física: a atividade física, tende a diminuir quando em dieta e pode ser um fator chave na obesidade e recuperação do peso (24, 25, 26).

Aumento de cortisol: Este hormônio do estresse pode causar muitos problemas de saúde e desempenhar um papel no ganho de gordura quando os níveis estão constantemente elevados (27, 28, 29).

Diminuição da leptina: Um hormônio importante no controle do apetite, ele diz a seu cérebro que você está satisfeito e pare de comer (30, 31).
Aumento da grelina: Muitas vezes visto como o oposto da leptina, grelina é produzida no trato digestivo e sinaliza seu cérebro que você está com fome (19, 32, 33).

Estas adaptações são exatamente o oposto do que você precisa para perda de peso bem sucedida, em longo prazo.
Embora estas alterações possam ocorrer em algum grau com a ciclagem de calorias; os estudos sugerem que o efeito é muito menor.
Mensagem Importante: A típica dieta de baixa caloria irá afetar negativamente a fome, hormônios e metabolismo. Estas mudanças tornam muito difícil de manter com sucesso a perda de peso em longo prazo.


Seus Hormônios Trabalhando Contra a Dieta:

Seu corpo faz tudo em seu poder para retardar a perda de peso, economizar energia e até mesmo recuperar o peso após a dieta.
Alterações a hormonas que regulam o peso desempenham um papel fundamental neste esquema (34, 35, 36, 37, 38).
Como uma gangorra, a leptina diminui a fome, enquanto que a grelina aumenta(31, 35, 39).
Em um estudo de perda de peso de 6 meses, os níveis de grelina aumentaram em 24%. Outro estudo monitorando um fisiculturista durante a diminuição de gordura, encontrou um aumento de 40% nos níveis de grelina ao longo de 6 meses (19, 32, 33).
Num estudo, quando os participantes perderam 21% do seu peso corporal, o nível de leptina diminuiu em mais de 70%. Outro estudo descobriu que 3 dias comendo mais calorias aumentou os níveis de leptina em 28% e o gasto energético em 7% (31, 40).

Este é um benefício potencial da ciclagem de calorias, sendo que os períodos com mais calorias reduzem a grelina e aumentam a leptina.
Por exemplo, um estudo de 2 semanas consumindo de 29 a 45% mais calorias diminuiu os níveis de grelina em 18% (41).
Outro estudo comparou 3 meses em uma dieta de alto teor calórico para 3 meses em uma dieta de baixa caloria. Como esperado, houve um aumento de 20% na grelina para o grupo de dieta em comparação com uma redução de 17% para o grupo de alto teor calórico (42).
Mensagem Importante: As Dietas provocam um aumento na grelina o hormônio da fome, e uma diminuição do hormônio leptina que induz a saciedade. A ciclagem de calorias pode ajudar a reduzir essas adaptações hormonais negativas.


As Pesquisas Apoiam a Ciclagem de Calorias:

Quando você corta calorias, vários estudos descobriram declínios acentuados no número de calorias que você queima por dia.
Conforme mostrado no gráfico abaixo, este estudo de 8 semanas encontrou uma redução de quase 250 calorias nas calorias queimadas em repouso (20).


Outro estudo encontrou que em 3 semanas com dieta de baixa caloria, a diminuição do metabolismo foi de mais de 100 calorias. No entanto, os participantes que fizeram uma dieta de alto teor calórico na 4a semana, obtiveram seu metabolismo aumentado para acima dos níveis de iniciais (2).
Outros estudos descobriram reduções drásticas de até 500 calorias por dia quando em dieta. Isto é importante para a manutenção do peso, como você teria que reduzir a ingestão de alimentos em 20-25% por dia apenas para manter seu novo peso (43, 44).
Em relação à testosterona, um estudo de 8 semanas combinando dieta e exercício teve um efeito extremamente negativo, reduzindo os níveis em cerca de 60% (3).

Seguindo a dieta de 8 semanas, os participantes foram colocados em uma dieta de alto teor calórico de uma semana, o que levantou com sucesso os níveis de testosterona de volta ao normal (3).
Finalmente, o estudo mais relevante usou uma dieta de 11 dias seguido por um refeed (realimentação) de alto teor calórico de 3 dias e comparou-o a uma dieta normal com restrição calórica contínua (1).
Apesar de ser permitido comer tudo o que quiserem durante 3 dias em cada período de quase 2 semanas, os participantes perderam mais peso e tiveram uma redução menor da taxa metabólica (1).
Mensagem Importante: A pesquisa mostra que intervalos periódicos de alto teor calórico pode aumentar seu metabolismo e níveis hormonais e ajudá-lo a perder peso com mais sucesso do que uma dieta típica.


Como Implementar a Ciclagem de Calorias:

Não há regras definitivas para a implementação da ciclagem de calorias.
Ficar com uma abordagem dietética que funcione e que você goste, em seguida, fazer os períodos de alto teor calórico de forma intermitente.
Você pode querer começar um período de maior ingestão de calorias após 1 a 4 semanas, quando você notar mudanças no seu corpo.
Estes podem incluir a diminuição da energia, desempenho nos treinos, sono, apetite sexual ou de um patamar de perda de gordura.
Dietas tendem a ir bem na primeira semana ou segunda, mas depois você experimenta uma queda de energia, desempenho e qualidade de vida.
Isto é quando você deve adicionar um período de maior teor calórico. É melhor ouvir o seu corpo e dar-lhe alguns dias para recuperar e reabastecer antes do próximo bloco de dieta hipocalórica.

Algumas pessoas gostam de ter esses dias com muitas calorias a cada semana. Por exemplo, 5 dias de baixa caloria e 2 dias de alto teor calórico.
Outros gostam de entrar em uma rotina definida e fazer dieta por rigorosas 2 ou 4 semanas antes de adicionar os períodos de alto teor calórico ligeiramente mais longos, entre 5 e 7 dias.
Mensagem Importante: Siga ou escolha uma dieta que seja efetiva e você possa manter, em seguida, basta adicionar períodos com alto teor calórico (reposição) a cada 1 ou 4 semanas, com base no feedback e nos resultados do seu próprio corpo.


Exemplos de Protocolos de Ciclagem de Calorias:

Não há uma única maneira de realizar a ciclagem de calorias.
Como você pode ver a partir dos estudos, algumas pessoas fazem dieta por 3 semanas e depois seguem um período de alto teor calórico de 1 semana. Outros usam miniciclos, tais como 11 dias em dieta e 3 dias consumindo altas calorias.
Além disso, algumas pessoas implementam a realimentação conforme necessário, enquanto outras mantêm uma programação ou um ciclo.
Aqui estão alguns protocolos de ciclagem de calorias que devemos considerar:
Ciclos de fim de semana: 5 dias em uma dieta de baixa caloria, em seguida, 2 dias com alto teor calórico.

Miniciclo: 11 dias numa dieta de baixo teor calórico, seguido por uma realimentação de alto teor calórico de 3 dias.
3 on, 1 off: 3 semanas com dieta de baixa caloria, seguido por uma realimentação de alto teor calórico por 1 semana ou 5 a 7 dias.

Ciclo mensal: 4 a 5 semanas em uma dieta de baixa caloria, seguido por um período de 10 a 14 dias com alto teor calórico.
Em dias de baixa caloria, diminuir a ingestão de calorias entre 500 e 1000 Kcal. Para os dias com mais calorias, coma cerca de 1.000 calorias a mais do que o seu nível calculado de manutenção.
Testar cada método e ver qual o melhor para você. Se você não contar calorias, basta aumentar o tamanho da porção ou os carboidratos em cerca de um terço para os dias de realimentação.

Mensagem Importante: Você pode tentar várias abordagens, incluindo dietas curtas de 5 dias com realimentação de 2 dias ou mais 3 a 5 semanas de dieta com 1 a 2 semanas de realimentação.


Combine a Ciclagem de Calorias com Exercícios:

Desde que o exercício desempenha um papel importante na saúde e perda de peso, faz sentido adequar suas calorias com o seu nível de atividade (45, 46).
As várias demandas do exercício podem mudar drasticamente suas necessidades energéticas para esse dia.
Portanto, faz sentido a combinação das suas sessões mais longas e mais intensas de exercícios com os dias de alto teor calórico. Por outro lado, reservar as sessões de exercícios leves ou dias de descanso para os seus dias de baixa caloria.
Com o tempo, isso pode permitir que você perca gordura, mas ainda maximizar o desempenho quando é mais importante.
No entanto, não faça de sua rotina algo muito complexo. Se você faz exercícios para a saúde e perda de peso, você pode manter um esquema simples e seguir os exemplos de protocolos listados acima.
Mensagem Importante: Mantenha seus dias de alto teor calórico e realimentação em torno de sessões de treinamento intenso, mas adeque seus períodos de baixa caloria em torno de treinos menos intensos ou de menor prioridade.


Conselho Final:

A ciclagem de calorias ou as calorias inconstantes é uma nova técnica que pode melhorar o sucesso da dieta.
Ela parece desempenhar um papel importante na proteção do seu metabolismo e hormônios, o que muitas vezes pode despencar durante dietas típicas de baixa caloria.
No entanto, apesar dos seus benefícios, não é uma forma mágica para perder peso.
Você ainda precisa se concentrar no básico, como a realização de um deficit calórico de longo prazo, uma alimentação saudável, exercício e uma boa ingestão de proteínas.
Respeitando essas condições, a ciclagem de calorias pode certamente ajudar a melhorar o sucesso da dieta em longo prazo.



Nota do Nutricionista:

A manutenção de uma dieta hipocalórica por longo prazo ocasiona a queda do metabolismo basal e dos hormônios, fazendo a perda de gordura se tornar mais difícil a cada dia.
O reequilíbrio metabólico e hormonal causado pela ciclagem de calorias proporciona um excelente resultado e a manutenção da perda de gordura por longos períodos.
As vantagens são muito claras e importantes, vale muito experimentar!




Referências:

1) Calorie shifting diet versus calorie restriction diet: a comparative clinical trial study. Int J Prev Med. 2014 Apr;5(4):447-56.
2) Metabolic adaptation to caloric restriction and subsequent refeeding: the Minnesota Starvation Experiment revisited. Am J Clin Nutr. 2015 Oct;102(4):807-19. doi: 10.3945/ajcn.115.
3) Endocrine markers of semistarvation in healthy lean men in a multistressor environment. J Appl Physiol (1985). 2000 May;88(5):1820-30.
4) Energy source, protein metabolism, and hunter-gatherer subsistence strategies. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0278416583900065.
5) Pathways from dieting to weight regain, to obesity and to the metabolic syndrome: an overview. Obes Rev. 2015 Feb;16 Suppl 1:1-6. doi: 10.1111/obr.12250.
6) Weight maintenance and relapse in obesity: a qualitative study.
Int J Obes Relat Metab Disord. 2003 Aug;27(8):955-62.
7) Obesity: a disease or a biological adaptation? An update. Obes Rev. 2012 Aug;13(8):681-91. doi: 10.1111/j.
8) Weight regain in U.S. adults who experienced substantial weight loss, 1999-2002. Am J Prev Med. 2007 Jul;33(1):34-40.
9) The challenge of obesity treatment: avoiding weight regain. CMAJ. 2009 May 12; 180(10): 997. doi: 10.1503/cmaj.090427
10) Persistent metabolic adaptation 6 years after "The Biggest Loser" competition. Obesity (Silver Spring). 2016 May 2. doi: 10.1002/oby.21538.
11) Is your brain to blame for weight regain? Physiol Behav. 2011 Sep 26;104(4):608-12. doi: 10.1016.
12) Predictors of weight maintenance. Obes Res. 1999 Jan;7(1):43-50.
13) Peripheral metabolic responses to prolonged weight reduction that promote rapid, efficient regain in obesity-prone rats. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 2006 Jun;290(6):R1577-88.
14) The role for adipose tissue in weight regain after weight loss. Obes Rev. 2015 Feb;16 Suppl 1:45-54. doi: 10.1111/obr.
15) [Why is weight loss so often followed by weight regain? Basal biological response as a possible explanation]. Ugeskr Laeger. 2006 Jan 9;168(2):159-63.
16) Adaptive reduction in thermogenesis and resistance to lose fat in obese men. Br J Nutr. 2009 Aug;102(4):488-92.
17) Influence of changes in body composition and adaptive thermogenesis on the difference between measured and predicted weight loss in obese women.
Obes Facts. 2009;2(2):105-9. doi: 10.1159/000210369.
18) Weight loss in amateur wrestlers and its effect on serum testosterone levels. JAMA. 1985 Dec 20;254(23):3337-8.
19) Natural bodybuilding competition preparation and recovery: a 12-month case study. Int J Sports Physiol Perform. 2013 Sep;8(5):582-92.
20) Evidence for the existence of adaptive thermogenesis during weight loss. Br J Nutr. 2001 Jun;85(6):715-23.
21) Thyroid hormones before and after weight loss in obesity. Arch Dis Child. 2002 Oct; 87(4): 320–323. doi: 10.1136/adc.87.4.320.
22) Leptin, thyrotropin, and thyroid hormones in obese/overweight women before and after two levels of energy deficit. Endocrine. 2004 Jul;24(2):147-53.
23) The effect of body weight and weight loss on thyroid volume and function in obese women. Clin Endocrinol (Oxf). 2003 Aug;59(2):258-62.
24) Effect of calorie restriction on resting metabolic rate and spontaneous physical activity. Obesity (Silver Spring). 2007 Dec;15(12):2964-73. doi: 10.1038/oby.2007.354.
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27) Low Calorie Dieting Increases Cortisol. Psychosom Med. 2010 May; 72(4): 357–364.
28) Stress-related cortisol secretion in men: relationships with abdominal obesity and endocrine, metabolic and hemodynamic abnormalities. J Clin Endocrinol Metab. 1998 Jun;83(6):1853-9.
29) Obesity and cortisol. Nutrition. 2000 Oct;16(10):924-36.
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34) Molecular mechanisms of central leptin resistance in obesity. Arch Pharm Res. 2013 Feb;36(2):201-7. doi: 10.1007/s12272-013-0020-y.
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44) Metabolic slowing with massive weight loss despite preservation of fat-free mass. J Clin Endocrinol Metab. 2012 Jul;97(7):2489-96. doi: 10.1210/jc.
45) The role of exercise in the treatment of obesity. PM R. 2012 Nov;4(11):840-4; quiz 844. doi: 10.1016/j.pmrj.2012.09.576.
46) Exercise as the master polypill of the 21st century for the prevention of cardiovascular disease. Int J Cardiol. 2015 Feb 15;181:360-1. doi: 10.1016/j.ijcard.2014.12.048.








sexta-feira, 10 de junho de 2016

A Verdadeira Causa das Doenças Cardíacas não é a Gordura Saturada!


A Verdadeira Causa das Doenças Cardíacas não é a Gordura Saturada!


Artigo editado por Joseph Mercola, MD.


Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br



A gordura saturada é realmente o perigo para a saúde que todos comentam? Dr. Aseem Malhotra é um consultor cardiologista intervencionista, em Londres, no Reino Unido, que ganhou publicidade após a publicação de seu editorial peer-reviewed no British Medical Journal (BMJ) em 2013.
Nela, ele desafia seriamente a visão convencional sobre gorduras saturadas e analisa como os recentes estudos falharam em encontrar qualquer associação significativa entre gordura saturada e risco cardiovascular.
Na verdade, Malhotra relata que dois terços das pessoas admitidas em hospitais com infarto agudo do miocárdio têm níveis completamente normais de colesterol. Malhotra, fundador da Ação sobre o açúcar, também trabalha como um conselheiro para o Fórum Nacional de Obesidade na U.K..
"Meu foco tem sido, o que podemos fazer, como indivíduos coletivamente (profissionais médicos); para ajudar a conter a demanda sobre o sistema de saúde?'", Diz ele. "Grande parte do problema é impulsionado por doenças relacionadas com a alimentação.
De acordo com o Lancet Global Burden of Disease Reports, dietas pobres agora contribuem para mais doenças e morte do que a falta de atividade física e o hábito do fumo e do álcool combinados!
Como um cardiologista intervencionista, podemos fazer os procedimentos para salvar vidas com as pessoas que têm ataques cardíacos através de cirurgia cardíaca. Mas para ser honesto, em vez de salvá-los do afogamento, eu prefiro focar muito mais na prevenção em primeiro lugar. Isto é realmente onde meu foco mudou.
Eu acho que para muitos de nós, como clínicos se movendo mais para a intervenção, acho que a percepção de que o que podemos fazer na medicina é realmente muito limitada quando concentrada no final do tratamento e, na verdade, "é melhor prevenir do que remediar"; esta frase é muito verdadeira.”


Os Hospitais e Equipes Médicas estão longe da Essência da Saúde:


A epifania de Malhotra que algo estava errado com o sistema veio um pouco cedo. Enquanto trabalhava como residente em cardiologia, ele executou um procedimento de implante de stent de emergência em um homem na casa dos 50 anos que tinha sofrido recentemente um ataque cardíaco.
Na manhã seguinte, Malhotra falou com o homem, dando-lhe o conselho habitual sobre parar de fumar e melhorar a sua dieta.
"Quando eu estava contando sobre dieta saudável, como isso era importante, foi incrivelmente servido hambúrguer e batatas fritas pelo hospital. Ele me disse: 'Doutor, como é que você espera que eu mude meu estilo de vida quando você está me servindo a mesma porcaria que me trouxe aqui neste hospital?"
Olhando em volta, percebi que um monte de profissionais de saúde estão com sobrepeso ou obesos, e os hospitais servem aos seus doentes um lixo de dieta. Ele acredita que uma das primeiras coisas que realmente precisa acontecer é dar um bom exemplo nos hospitais.
"O ambiente hospitalar deve ser aquele que promove a boa saúde, não agrava os problemas de saúde", diz ele. Sua jornada começou com um e-mail para o famoso chef Jamie Oliver, que fez um monte de atividades de campanha pela melhoria dos alimentos nas cantinas escolares. Malhotra perguntou a Oliver sobre ideias sobre como melhorar a comida do hospital.

"Vários anos mais tarde, eu acabei indo para a Conferência Anual da British Medical Association. Eu apoiei um movimento dizendo que deve haver uma política a partir da BMA para proibir a venda de junk food em hospitais. E isso obteve uma votação da esmagadora maioria. "
Dieta e mudanças no estilo de vida são particularmente importantes à luz do fato de que os erros médicos e medicamentos devidamente prescritos são a terceira causa mais comum de morte depois de doenças cardíacas e câncer. O excesso de medicação é um problema particularmente grave entre os idosos, que tendem a sofrer mais efeitos colaterais.
"Parte disso é porque existem poderosos interesses instalados, que empurram o uso de drogas", diz Malhotra. "Eles ainda convencem instituições acadêmicas e organismos de orientação. As pessoas não estão recebendo todas as informações para tomar decisões, se eles devem ou não tomar medicamentos.
Este é um grande problema, especialmente porque temos negligenciado ou prejudicado mudanças de estilo de vida, que vão ser muito mais impactantes sobre a sua saúde, sem efeitos colaterais.


Nos Últimos 60 anos as Gorduras Erradas foram Acusadas:


Durante os últimos 60 anos, a sabedoria convencional tem ditado que a gordura saturada é perigosa e deve ser evitada. Esta noção falha foi originalmente promovida pelo Dr. Ancel Keys, cujos estudos em sete países lançou as bases para o mito de que a gordura saturada é a causa das doenças cardíacas.
É verdade que as taxas de doença cardíaca começaram a subir no início do século 20, e durante 50 anos, a doença cardíaca tem vindo a aumentar progressivamente. Realmente não foi um problema anterior ao século 20. Mas foram as gorduras saturadas realmente as culpadas?
A minha convicção é que foi, de fato, devido às gorduras, mas ao contrário da crença popular, a gordura saturada não era o problema. Foram todas as outras gorduras nocivas que as pessoas começaram a comer.
No século 20, a pessoa média provavelmente tinha menos de 1 libra por ano de ômega-6, vindos de óleos vegetais processados e refinados. Na década de 1950, provavelmente cerca de 50 libras por ano, e no ano 2000, aumentou em cerca de 75 libras por ano. Parece a "gordura" em si não é o problema; e sim o tipo de gordura que é crucial.
Esta enorme quantidade de gordura poliinsaturada altamente refinada é muito superior ao que foi projetado para ser ingerido e manter uma ótima saúde. E eu suspeito que é o que resume o Dr. Ancel Keys para elaborar sua pesquisa para chegar a uma justificação para a sua recomendação para reduzir a ingestão de gordura.


"O que é interessante é que se você olhar nos Estados Unidos, entre 1961 e 2011, 90 por cento da ingestão de calorias vieram de hidratos de carbono e óleos vegetais refinados", diz Malhotra. "Eu acho que você está absolutamente correto.
A epidemia de doença cardíaca atingiu o pico entre 1960 e 1970. Ela começou a subir em 1920. Quando olhamos para os nossos dados, é bastante claro que as gorduras responsáveis por este problema são as gorduras trans e os óleos vegetais poliinsaturados, muito ricos em ácidos graxos ômega-6.
Sabemos agora que eles oxidam o colesterol LDL e são pró-inflamatórios. A outra questão foi o tabagismo. Fumar era muito comum. Quando a redução do tabagismo ocorreu por esforços de leis de regulação, as admissões de ataque cardíaco caiu muito rapidamente. Isso porque apenas 30 minutos após fumar, as plaquetas aumentam sua atividade.
Um exemplo rápido: Helena, Montana em 2002 trouxe uma proibição de fumar em público. Dentro de seis meses, houve uma redução de 40 por cento nas admissões hospitalares por ataque cardíaco. Quando a lei foi revogada, as internações voltaram aos níveis anteriores.
Quando você combinar todas esses detalhes, fica muito claro. Os fatores dietéticos, ácidos graxos trans, óleos vegetais polinsaturados refinados e o tabagismo, são provavelmente, os três fatores mais importantes ".



Quais são os Fatores de Risco Reais para a Doença Cardíaca?


Ao não diferenciar entre gorduras trans e gorduras saturadas, uma confusão enorme surgiu. Também há confusão sobre a relação entre gordura saturada e colesterol. Para aumentar a complexidade, há também diferentes tipos de gorduras saturadas, que podem ter diferentes efeitos biológicos.
Muitas gorduras saturadas irão aumentar o LDL, o chamado colesterol "ruim". Mas os LDLs vêm em vários tamanhos. Grandes partículas do tipo A são menos aterogênicas e são influenciadas pela gordura saturada. A gordura saturada também aumenta o HDL, o colesterol "bom".
"O que é interessante notar é que a gordura saturada, embora possa aumentar o LDL, o seu perfil lipídico pode realmente melhorar [quando você come mais gordura saturada], especialmente quando você cortar os carboidratos. Em cima disso, o LDL tem sido muito exagerado como um fator de risco para doença cardíaca, com exceção de pessoas que têm uma anomalia genética (hipercolesterolemia familiar) ", diz Malhotra.
"Certamente, quando você possui idade superior a 60 anos, a associação cardiovascular entre o colesterol LDL e a mortalidade cardiovascular diminui. Torna-se quase insignificante. Para mortalidade geral, existe uma associação inversa com LDL. Quanto maior o seu LDL, se você estiver com mais de 60 anos, menor será sua probabilidade de morte.

Então, qual é o grande problema quando você olha para doenças cardíacas e ataques cardíacos? A resistência à insulina... A razão pela qual ela está sendo negligenciado é, em parte, esta ciência falha sobre o colesterol. Mas também porque nunca houve quaisquer medicamentos eficazes que visam a resistência à insulina.
Portanto, porque não existe grande mercado em torno de algo para vender, não há muitas pessoas que sabem sobre ele. Como você e eu sabemos que, se você direcionar a resistência à insulina através do tipo certo de dieta e estilo de vida muda, redução do estresse, tipo certo de exercício; isso terá grandes impactos sobre sua saúde.”


Como Aferir seu Risco de Doença Cardíaca:


Os fatores que podem ajudar a avaliar o seu risco de doença cardíaca incluem:
Um nível de insulina em jejum superior a 3
Uma relação triglicerídeo/HDL superior a 2
Circunferência de cintura indicando sobrepeso ou obesidade
Pressão alta
Se você tem 3 das 5 indicações de síndrome metabólica: resistência à insulina, triglicerídeos elevados, HDL baixo, hipertensão e aumento da circunferência da cintura, então você está em alto risco de doença cardíaca. Outro importante fator de risco para doenças do coração que recebe praticamente nenhuma atenção são os níveis elevados de ferro.
Em mulheres menstruadas, este não é um problema uma vez que perdem sangue em uma base mensal. Esta é realmente parte da razão pela qual as mulheres na pré-menopausa têm um risco reduzido de doença cardíaca.
Nos homens, os níveis de ferro pode subir para níveis perigosamente elevados. Na minha experiência, a maioria dos homens adultos e mulheres pós-menopáusicas têm níveis elevados que colocam sua saúde em risco. Verificar seus níveis de ferro é fácil e pode ser feito com um simples exame de sangue chamado teste de ferritina sérica.
Eu acredito que este é um dos testes mais importantes que todo mundo deveria fazer em uma base regular, como parte de, um anteparo para sua saúde, sendo uma forma preventiva e proativa. Se os seus níveis são elevados, tudo que você tem a fazer é doar sangue algumas vezes por ano.


A Conexão entre Gorduras Saturadas e Diabetes:


Malhotra cita um estudo da Lancet de 2014 olhando para a associação entre gordura dietética saturada, gordura saturada no plasma e diabetes tipo 2. Curiosamente, enquanto as gorduras saturadas encontradas em produtos lácteos foram fortemente e inversamente associadas com o desenvolvimento da diabetes tipo 2 (o que significa que foi protetora), as gorduras saturadas sintetizadas endogenamente, estão fortemente associadas com um risco aumentado.
As gorduras saturadas sintetizadas endogenamente no plasma são ácidos graxos produzidos pelo fígado em resposta aos hidratos de carbono, açúcar e álcool. Estes achados sugerem comer laticínios cheios de gordura pode protegê-lo contra a diabetes tipo 2, enquanto consumindo muitos carboidratos líquidos (carboidratos totais menos fibras) vai aumentar o risco de diabetes tipo 2; em parte através do aumento dos níveis de gordura saturada em sua corrente sanguínea.
Dito isto, eu acredito que uma precaução se justifica. O leite possui realmente elevada quantidade de carboidratos líquidos, que seu corpo converte em glicose. Assim, como regra geral, eu recomendo evitar o leite. A manteiga é uma exceção, já que é gordura quase pura e praticamente não tem carboidratos líquidos.


Tipos de Gorduras Saudáveis:

Aqui estão algumas dicas para ajudar você a ingerir as gorduras certas para a sua saúde:

Use manteiga orgânica, feita a partir de leite de vaca que são alimentadas com capim e não com ração, em vez de usar margarinas e todo tipo de óleo vegetal.
Use óleo de coco para cozinhar. É principalmente uma gordura saturada e mais resistentes a danos causados pelo calor do que outros óleos de cozinha. Ele também melhora a sua capacidade de queimar gordura e serve como uma grande fonte de energia para ajudá-lo a fazer a transição para queimar gorduras como combustível.
Sardinhas e anchovas são uma excelente fonte de gorduras benéficas ômega-3 e também são muito pobres em toxinas que estão presentes na maioria dos outros peixes.
Para completar a sua ingestão de gordura saudável, não deixe de comer gorduras cruas, como as do abacate, produtos lácteos crus, e azeite, e também tomar uma fonte de origem animal de ômega-3 de alta qualidade em cápsulas, como o óleo de crustáceo (Krill Oil) ou o próprio óleo de peixe.


Porque as Estatinas são uma Má Ideia para a Maioria das Pessoas:


Além da recomendação de seguir uma dieta de baixa gordura, muitos médicos ainda são ávidos prescritores de estatinas, que ajudam a reduzir o colesterol. Na verdade, 1 em cada 4 americanos com idade acima de 40 estão usando essas drogas; e logo serão 1 em cada 3. Malhotra fica perturbado com esses tipos de estatísticas.
"Esta é uma droga que foi comercializada ao longo das últimas três décadas como sendo uma droga milagrosa. É impulsionada pela indústria multimilionária. Estamos percebendo só agora que os benefícios das estatinas têm sido grosseiramente exagerados e os efeitos colaterais subestimados. Uma das razões para isso é que a maioria, se não todos os estudos que levaram as diretrizes e as informações em torno de prescrição de estatina, foram os estudos patrocinados pela indústria.

Uma das coisas que temos negligenciado na medicina é esta questão em torno do risco absoluto e risco relativo. A realidade é que se você olhar para os dados publicados; se você tiver uma doença cardíaca e também um ataque cardíaco, em seguida, se tomar uma estatina todos os dias por cinco anos, há uma chance de 1 em 83, de que as estatinas irão salvar sua vida.
Isso significa que em 82 de 83 casos, não vai salvar sua vida. Essa informação não é dada aos pacientes, mas é realmente importante. Na verdade, essa é uma maneira muito mais informativa e transparente para entender o benefício que você vai conseguir.
No topo do que quando você olha para as pessoas com menor risco, ou as pessoas saudáveis, não há nenhum benefício para evitar a mortalidade. As pessoas devem saber que, se elas não tiveram um ataque cardíaco, de acordo com a literatura publicada, elas não são de alto risco e que elas não viverão mais tempo por tomar estatinas."


As Estatinas estão Associadas a Sérios Efeitos Colaterais:

E ainda, existe a questão dos efeitos colaterais. De acordo com Malhotra, entre 1 em 3 e 1 em cada 5 pacientes sofrem efeitos colaterais inaceitáveis (que ele qualifica como efeitos colaterais que interferem com ou diminuem a sua qualidade de vida). A dor muscular é o efeito colateral mais significativo relatado seguido por fadiga (principalmente em mulheres). Isto não é muito surpreendente, considerando o fato de que as estatinas são, essencialmente, um bloqueador metabólica e um veneno mitocondrial.
Eles inibem uma enzima chamada HMG-CoA redutase. Isto é como as estatinas reduzem o colesterol. Mas essa mesma enzima também é responsável por uma série de outras coisas, como fazer coenzima Q10, razão pela qual a dor muscular e fadiga são tão comuns. Esta é, na verdade um sinal de que sua CoQ10 está sendo esgotada, e você não tem energia celular suficiente.
As estatinas também bloqueiam a formação de cetonas, que são uma parte essencial da nutrição mitocondrial e saúde em geral. Se você não pode fazer cetonas, você prejudicar o metabolismo em seu corpo inteiro, incluindo o coração, aumentando assim o risco de problemas cardíacos e uma variedade de outras doenças. Também foi recentemente estabelecido que dentro de poucos anos usando estatinas, esta droga causa o diabetes tipo 2 em um de cada 100 pacientes.

Isso também pode ser uma desvantagem significativa que precisa ser levada em conta, como o diabetes é um fator de risco para doenças do coração e outras doenças crônicas. Dr. Michel de Lorgeril, um cardiologista francês muito respeitado na Universidade de Grenoble recentemente reabriu o debate sobre as estatinas depois de publicar um comentário no qual ele questiona se as estatinas realmente possuem qualquer benefício.
"Ele apontou várias discrepâncias nos ensaios originais, como manipulação de estatísticas e conflito de interesses." Malhotra diz: "Ele realmente sugeriu que talvez ninguém se beneficie com as estatinas; mesmo as pessoas que usam as estatinas para a prevenção.
Ele diz que a menos que tenha acesso aos dados brutos, análises independentes, as reivindicações reais sobre os benefícios das estatinas não são baseadas em evidências. Agora, eu não estou dizendo isso pessoalmente. Eu estou dizendo que isso é realmente intrigante e certamente levanta tantas perguntas. Isso é algo que as pessoas precisam realmente saber. Mesmo se usarmos a literatura publicada adequadamente, as pessoas seriam mais bem informadas. Esse é o caminho a seguir, na minha opinião."


Mais Infirmações:

Malhotra está atualmente finalizando um filme chamado "The Fix Big Fat", que apresentará um protocolo de dieta que incorpora muitos dos componentes do estilo de vida Mediterrâneo para ajudar a reduzir o risco de obesidade, reverter o diabetes tipo 2 e melhorar sua saúde cardiovascular.
Para mais informações, visite o site do Dr. Malhotra, DoctorAseem.com.



Nota do Nutricionista:

Mais uma mentira que precisamos trabalhar em nossa mente.
Realmente a gordura foi uma das culpadas, mas não a gordura saturada e sim a gordura trans e a gordura vegetal refinada, utilizada com fartura por toda a população, infelizmente.
Veja que o consumo de ômega-6 (óleos refinados); tem aumentado muito e chegou a incríveis 75 libras ou 34 quilos de consumo por ano no ano 2000.
Isso é um absurdo!




Referências:


- Saturated fat is not the major issue. BMJ 2013; 347 doi: http://dx.doi.org/10.1136/bmj.f6340.