segunda-feira, 28 de novembro de 2016

10 Motivos para Ingerir Mais Proteína.








Artigo Editado por Kris Gunnars, Bsc.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br



As pessoas gostam de discutir sobre gorduras e carboidratos.
No entanto, quase todos concordam que a proteína é importante.
A maioria das pessoas está comendo proteína suficiente para prevenir a deficiência, mas a maioria poderia fazer melhor com um consumo muito maior da ingestão de proteína.
Numerosos estudos têm mostrado que uma dieta rica em proteínas tem grandes vantagens para a perda de peso e para a saúde metabólica (1,2).
Aqui estão 10 razões baseadas na ciência para comermos mais proteína.


1. A Proteína ajuda a Reduzir o Apetite e os Níveis de Fome:

Os três macronutrientes (gorduras, carboidratos e proteínas) afetam nosso corpo de maneiras diferentes.
Estudos mostram que a proteína é de longe o alimento com maior poder de saciedade. Ela ajuda você a se sentir mais saciado, com menos alimento (3).
Parte da razão é que a proteína reduz o nível do hormônio da fome, a grelina. Ela também estimula o hormônio da saciedade, o peptídeo YY, o que faz você se sentir completo e saciado (4,5,6).
Este efeito pode ser poderoso. Num estudo, o aumento de proteína de 15 a 30% das calorias fez com que mulheres com excesso de peso comessem 441 calorias a menos por dia, sem restringir nada intencionalmente (7).
Se você precisa perder peso ou gordura abdominal, pense em substituir alguns dos carboidratos e gorduras que você está comendo pela proteína. Pode ser tão simples como diminuir a batata ou o arroz, enquanto adiciona uma porção extra de carne ou peixe.

Mensagem Importante: A dieta de alta proteína reduz a fome, ajudando você a comer menos calorias. Isto é causado pela melhoria da função de hormônios que regulam o peso corporal.


2. A Proteína Auxilia a Aumentar a Massa Muscular e a Força:

Proteína forma os blocos de construção dos músculos.
Portanto, parece lógico que comer mais proteínas que ajudam a construir mais tecido muscular. Talvez não surpreendentemente, numerosos estudos mostram que aumentar o consumo de proteína ajuda a ganhar massa muscular e força (8,9).
Se você é fisicamente ativo, realiza treinamento de resistência com pesos, ou está tentando ganhar massa muscular e força, então você precisa se certificar de que você está recebendo proteína suficiente.
Manter alta ingestão de proteína também pode ajudar a prevenir a perda muscular, quando seu corpo está em um estado "catabólico" (quebra de tecido muscular), como durante dietas para a perda de peso (10,11,12).

Mensagem Importante: O músculo é composto principalmente de proteínas. Uma alta ingestão de proteína pode ajudar você a ganhar massa muscular e força, e pode reduzir a perda de massa muscular quando em dieta para redução de peso.


3. A Proteína é Benéfica para os Ossos (e não o contrário):

Há um mito permanente de que a proteína (principalmente proteína animal) é ruim para os seus ossos.
Isto é baseado na ideia de que a proteína aumenta a "carga ácida" no corpo, o que levaria o cálcio a ser lixiviados a partir dos ossos, a fim de neutralizar a acidez.
No entanto, a maioria dos estudos de longo prazo mostram que a proteína, incluindo proteínas animais, tem grandes benefícios para a saúde óssea (13,14,15).
As pessoas que comem mais proteína tendem a manter sua massa óssea melhor à medida que envelhecem, e tendem a ter um risco muito menor de osteoporose e fraturas (16,17).
Isto é especialmente importante para as mulheres, que estão em alto risco de osteoporose após a menopausa. Comer muita proteína e manter-se ativa é uma boa maneira de ajudar a impedir que isso aconteça.

Mensagem Importante: As pessoas que comem mais proteína tendem a ter melhor saúde óssea à medida que envelhecem. Elas têm um risco muito menor de osteoporose e fraturas.


4. A Proteína pode Reduzir a Ansiedade e o Desejo por Alimentos tarde da Noite:

Um desejo de alimentos é diferente da fome normal.
Não é apenas sobre a sua necessidade de energia do corpo ou de nutrientes, é sobre o seu cérebro, ou a necessidade de uma "recompensa" (18).
Como um ex-viciado em drogas, alcoólatra e fumante, normalmente se sente, um desejo por alimentos ruins ou junk food, seria exatamente o mesmo, como um desejo por drogas, álcool e nicotina.
Infelizmente, os desejos podem ser incrivelmente difíceis de controlar. A melhor maneira de superá-los pode ser impedi-los de aparecer, em primeiro lugar.
Uma das melhores maneiras de fazer isso é aumentar sua ingestão de proteínas.
Um estudo realizado em homens com excesso de peso mostrou que o aumento da proteína em 25% do total de calorias, reduziu a ansiedade em 60%, e reduziu o desejo de lanche durante a noite pela metade (19).




A barra azul no gráfico é o grupo de alta proteína, e a barra vermelha é o grupo normal em proteínas. Como você pode ver, a ingestão de proteína crescente causou uma drástica redução nos desejos e lanches de fim de noite.
Estudos em meninas também constatou que apenas comer um almoço com maior teor de proteína reduz a ansiedade e lanches de fim de noite. Isto pode ser mediado pela melhoria da função da dopamina, um dos principais neuro-hormônios (neurotransmissor) do cérebro, envolvido com a ansiedade e o vício (20).

Mensagem Importante: Comer mais proteína provoca a redução da ansiedade e o desejo de lanches de fim de noite. Basta comer um almoço com alto teor de proteína para se obter um efeito poderoso.


5. A Proteína Acelera o Metabolismo e Aumenta a Queima de Gordura:

Comer alimentos pode aumentar o seu metabolismo por um pequeno espaço de tempo.
Isso porque o corpo usa a energia (calorias) para digerir e fazer uso dos nutrientes nos alimentos. Isto é referido como o efeito térmico dos alimentos (TEF).
No entanto, nem todos os alimentos são iguais a este respeito. De fato, a proteína tem um efeito térmico muito maior (20-35%), do que a gordura ou hidratos de carbono (5-15%) (21).
Uma alta ingestão de proteína demonstrou aumentar significativamente o metabolismo e aumentar a quantidade de calorias que você queima. Isto pode nos levar a queimar entre 80 a 100 calorias a mais queimadas a cada dia (22,23,24).
Um estudo sobre a proteína durante a superalimentação descobriu que o grupo de alta proteína queimou mais de 260 calorias por dia do que um grupo de baixa proteína. Isto é equivalente a uma hora de exercício de intensidade moderada por dia (25)!

Mensagem Importante: A maior ingestão de proteína demonstrou impulsionar o seu metabolismo de forma significativa, ajudando você a queimar mais calorias no decorrer do dia.


6. A Proteína pode Diminuir a Pressão Arterial:

A pressão arterial elevada (hipertensão) é uma das principais causas de ataques cardíacos, derrames e doença renal crônica.
Curiosamente, uma maior ingestão de proteína demonstrou reduzir a pressão arterial em vários estudos.
Em uma revisão de 40 ensaios controlados, o aumento da proteína reduziu a pressão arterial sistólica por 1,76 mmHg em média, e pressão arterial diastólica de 1,15 mmHg (26).
Um estudo descobriu que, além de reduzir a pressão arterial, uma dieta de alta proteína também reduziu o colesterol LDL e triglicerídeos (27).

Mensagem Importante: Vários estudos reforçam que uma maior ingestão de proteína pode diminuir a pressão sanguínea. Alguns estudos também mostram melhorias em outros fatores de risco para doença cardíaca.


7. A Proteína pode ajudar a Perder Peso e mantê-lo por Longo Prazo:

Quando se trata de perder peso, a proteína é o rei dos nutrientes.
Como mencionado acima, uma dieta rica em proteínas estimula o metabolismo e leva a uma redução automática na ingestão de calorias e na ansiedade (28).
Por esta razão, não é surpreendente ver que as pessoas que aumentam sua ingestão de proteínas tendem a perder peso automaticamente (29).
Em um estudo em mulheres com excesso de peso, comer proteína na faixa de 30% das calorias ocasionou uma perda de 11 libras (5 kg) em 12 semanas, sem intencionalmente restringir nenhum alimento (7).
A Proteína também tem benefícios para a perda de gordura quando a restrição de calorias é feita intencionalmente.
Em um estudo de 12 meses de 130 pessoas com excesso de peso em uma dieta de restrição calórica, o grupo de alta proteína perdeu 53% mais gordura corporal do que um grupo com ingestão normal de proteínas, mesmo comendo a mesma quantidade de calorias (30).
É claro, perder peso é apenas o começo. A manutenção do peso perdido é realmente um desafio muito maior para a maioria das pessoas.
Apenas um modesto aumento na ingestão de proteína mostrou ajudar com a manutenção do peso. Num estudo, o aumento de proteína entre 15% a 18% das calorias reduziu a recuperação do peso em 50% (31).
Se você quer perder peso, mantiver e prevenir a obesidade no futuro, em seguida, considere fazer um permanente aumento na sua ingestão de proteínas.

Mensagem Importante: Comer muita proteína tem inúmeros benefícios para a perda de peso. Ela pode ajudar você a perder mais gordura, como também manter seu peso por longo prazo.


8. A Proteína não Prejudica Rins Saudáveis:

Muitas pessoas acreditam erroneamente que uma alta ingestão de proteína prejudica os rins.
É verdade que em pessoas com doença renal pré-existente, a restrição da ingestão de proteína pode ser benéfica (32).
No entanto, enquanto a alta ingestão de proteína pode ser prejudicial em pessoas com problemas renais, isso não significa que tenha alguma relevância para as pessoas com rins saudáveis.
Na verdade, vários estudos têm pesquisado sobre isso e descobriram que dietas de alta proteína não ocasionam efeitos nocivos em pessoas que estão livres da doença renal (33,34,35).

Mensagem Importante: É verdade que a proteína pode causar danos em pessoas com problemas renais, mas este fato não tem relevância para as pessoas com rins saudáveis.


9. A Proteína Ajuda a Reparar seu Corpo após uma Lesão:

A Proteína pode ajudar na reparação dos tecidos depois de uma lesão.
Isso faz sentido, já que ela forma os principais blocos de construção de tecidos e órgãos do corpo.
Numerosos estudos afirmam que comer mais proteína após uma lesão pode ajudar a acelerar a recuperação (36,37).

Mensagem Importante: Comer mais proteína pode ajudá-lo a recuperar mais rapidamente depois de sofrer uma lesão.





10. A Proteína Ajudar Muito a Manter os Músculos Saudáveis a medida que Envelhecemos:

Uma das consequências do envelhecimento, é a diminuição da massa muscular.
Isto é referido como sarcopenia; que está relacionada com o avanço da idade, e é uma das principais causas de fragilidade, fraturas ósseas e qualidade de vida reduzida em adultos idosos (38,39).
Comer mais proteína é uma das melhores formas de prevenir a sarcopenia relacionada com o envelhecimento (40).
Ser fisicamente ativo também é crucial, e levantar pesos ou fazer algum tipo de exercício de resistência com pesos pode fazer maravilhas (41).

Mensagem Importante: Comer muita proteína pode ajudar a reduzir a perda de massa muscular associada ao envelhecimento.


Qual a Quantidade de Proteína que devemos Ingerir?

Mesmo que uma maior ingestão de proteína pode ter benefícios de saúde para muitas pessoas, não é necessário para todos.
A maioria das pessoas já comem proteína em cerca de 15% de calorias, o que é suficiente para evitar a deficiência.
No entanto, em certos casos, as pessoas podem se beneficiar de comendo muito mais do que isso, ou até 25-30% das calorias.
Se você precisa perder peso, melhorar a sua saúde metabólica ou ganhar massa muscular e força, então garantir que você coma bastante proteína é importante.
Neste artigo, (Qual a Quantidade de Proteína que devemos Ingerir por Dia?), postado neste mesmo Blog anteriormente, você consegue calcular o ideal para cada pessoa.


Nota do Nutricionista:

Nunca é demais reforçar a ingestão de alimentos proteicos.
A prática clínica diária no atendimento em consultório, mostra que cerca de 95% das pessoas ingerem uma baixa quantidade de proteína; seja para manutenção ou ganho de massa muscular.
A maioria dos idosos geralmente diminui o consumo de proteínas, sendo este um erro fatal para evitar a perda muscular, que já é muito maior com o envelhecimento.
Lembrando também sobre o importante benefício da proteína para a manutenção de massa óssea.
Muita atenção com sua ingestão de proteínas.


Referências:

1) Protein intake and energy balance. Regul Pept. 2008 Aug 7;149(1-3):67-9.
2) Effect of an energy-restricted, high-protein, low-fat diet relative to a conventional high-carbohydrate, low-fat diet on weight loss, body composition, nutritional status, and markers of cardiovascular health in obese women. http://ajcn.nutrition.org/content/81/6/1298.short.
3) The effects of high protein diets on thermogenesis, satiety and weight loss: a critical review. J Am Coll Nutr. 2004 Oct;23(5):373-85.
4) Effect of a high-protein breakfast on the postprandial ghrelin response. Am J Clin Nutr. 2006 Feb;83(2):211-20.
5) Critical role for peptide YY in protein-mediated satiation and body-weight regulation. http://dx.doi.org/10.1016/j.cmet.2006.08.001.
6) Effects of Meals High in Carbohydrate, Protein, and Fat on Ghrelin and Peptide YY Secretion in Prepubertal Children. http://press.endocrine.org/doi/abs/10.1210/jc.2009-0949#sthash.sPP5CHSh.dpuf.
7) A high-protein diet induces sustained reductions in appetite, ad libitum caloric intake, and body weight despite compensatory changes in diurnal plasma leptin and ghrelin concentrations. http://ajcn.nutrition.org/content/82/1/41.long.
8) Dietary protein to maximize resistance training: a review and examination of protein spread and change theories. http://jissn.biomedcentral.com/articles/10.1186/1550-2783-9-42.
9) The effects of protein supplements on muscle mass, strength, and aerobic and anaerobic power in healthy adults: a systematic review. Sports Med. 2015 Jan;45(1):111-31.
10) Increased protein intake reduces lean body mass loss during weight loss in athletes. http://europepmc.org/abstract/MED/19927027.
11) Evidence-based recommendations for natural bodybuilding contest preparation: nutrition and supplementation. http://jissn.biomedcentral.com/articles/10.1186/1550-2783-11-20.
12) A systematic review of dietary protein during caloric restriction in resistance trained lean athletes: a case for higher intakes. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2014 Apr;24(2):127-38.
13) Dietary protein: an essential nutrient for bone health. J Am Coll Nutr. 2005 Dec;24(6 Suppl):526S-36S.
14) Dietary protein and skeletal health: a review of recent human research. Curr Opin Lipidol. 2011 Feb;22(1):16-20.
16) Effect of Dietary Protein on Bone Loss in Elderly Men and Women: The Framingham Osteoporosis Study. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1359/jbmr.2000.15.12.2504/full.
17) Prospective study of dietary protein intake and risk of hip fracture in postmenopausal women. http://ajcn.nutrition.org/content/69/1/147.short.
18) Food Craving and Food “Addiction”: A Critical Review of the Evidence From a Biopsychosocial Perspective. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0091305700001970.
19) The effects of consuming frequent, higher protein meals on appetite and satiety during weight loss in overweight/obese men. Obesity (Silver Spring). 2011 Apr;19(4):818-24.
20) A randomized crossover, pilot study examining the effects of a normal protein vs. high protein breakfast on food cravings and reward signals in overweight/obese “breakfast skipping”, late-adolescent girls. http://nutritionj.biomedcentral.com/articles/10.1186/1475-2891-13-80.
21) The effects of high protein diets on thermogenesis, satiety and weight loss: a critical review. J Am Coll Nutr. 2004 Oct;23(5):373-85.

22) Postprandial thermogenesis is increased 100% on a high-protein, low-fat diet versus a high-carbohydrate, low-fat diet in healthy, young women. J Am Coll Nutr. 2002 Feb;21(1):55-61.
23) Gluconeogenesis and energy expenditure after a high-protein, carbohydrate-free diet. Am J Clin Nutr. 2009 Sep;90(3):519-26.
24) Presence or absence of carbohydrates and the proportion of fat in a high-protein diet affect appetite suppression but not energy expenditure in normal-weight human subjects fed in energy balance. Br J Nutr. 2010 Nov;104(9):1395-405.
25) Effect of protein overfeeding on energy expenditure measured in a metabolic chamber. http://ajcn.nutrition.org/content/early/2015/01/14/ajcn.114.091769.abstract.
26) Dietary protein and blood pressure: a systematic review. PLoS One. 2010 Aug 11;5(8):e12102.
27) Effects of Protein, Monounsaturated Fat, and Carbohydrate Intake on Blood Pressure and Serum Lipids. http://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/201882.
28) Protein, weight management, and satiety. Am J Clin Nutr. 2008 May;87(5):1558S-1561S.
29) Randomized trial on protein vs carbohydrate in ad libitum fat reduced diet for the treatment of obesity. Int J Obes Relat Metab Disord. 1999 May;23(5):528-36.
30) Effects of protein intake and gender on body composition changes: a randomized clinical weight loss trial. Nutr Metab (Lond). 2012 Jun 12;9(1):55.
31) High protein intake sustains weight maintenance after body weight loss in humans. Int J Obes Relat Metab Disord. 2004 Jan;28(1):57-64.
32) Effects of dietary protein restriction on the progression of moderate renal disease in the Modification of Diet in Renal Disease Study. J Am Soc Nephrol. 1996 Dec;7(12):2616-26.
33) High-protein diets are not hazardous for the healthy kidneys. http://ndt.oxfordjournals.org/content/20/3/657.full.
35) High-Protein Weight Loss Diets and Purported Adverse Effects: Where is the Evidence? http://jissn.biomedcentral.com/articles/10.1186/1550-2783-1-1-45.
36) Energy expenditure and protein requirements after traumatic injury. Nutr Clin Pract. 2006 Oct;21(5):430-7.
37) The importance of patients' nutritional status in wound healing. Br J Nurs. 2001 Mar;10(6 Suppl):S42, S44-9.
38) Quality of life in sarcopenia and frailty. Calcif Tissue Int. 2013 Aug;93(2):101-20.
39) Managing sarcopenia and its related-fractures to improve quality of life in geriatric populations. Aging Dis. 2013 Nov 26;5(4):226-37.
40) Role of dietary protein in the sarcopenia of aging. Am J Clin Nutr. 2008 May;87(5):1562S-1566S.
41) Role of exercise on sarcopenia in the elderly. Eur J Phys Rehabil Med. 2013 Feb;49(1):131-43.



quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Por Que o Banho Frio é mais Benéfico para a Saúde do que o Banho Quente?

Por Que o Banho Frio é mais Benéfico para a Saúde do que o Banho Quente?


Artigo Editado por Joseph Mercola, MD.


Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br



Quando você está estressado ou apenas próximo de terminar um treino duro, optar por um banho quente, provavelmente, parece natural. A água quente promove o fluxo de sangue para a pele, ajudando a aliviar músculos cansados, dores e ajudando-o a relaxar. No entanto, pode haver uma boa razão para ligar a torneira fria quando você está no chuveiro, tanto depois de um treino ou de uma forma intermitente.
A exposição a temperaturas frias através de banhos frios ou gelados, também conhecido como imersão em água fria ou "crioterapia," é uma técnica popular entre os atletas amadores e profissionais, mas pode oferecer benefícios de aumento de saúde para praticamente todos.
A crioterapia utiliza-se do frio para o tratamento de disfunções inflamatórias e traumáticas, principalmente agudas, e para diminuição do edema e indução do relaxamento muscular quando o calor superficial não é eficaz.
A crioterapia leva à vasoconstrição por aumento da atividade neurovegetativa simpática e por ação direta do frio nos vasos sanguíneos, causando relaxamento muscular e analgesia em decorrência da redução da atividade dos fusos musculares, junção neuromuscular, velocidade de condução dos nervos periféricos e redução da atividade muscular reflexa.
Para obtenção de efeitos terapêuticos, a temperatura da pele deve cair para aproximadamente 13,8°C, para que ocorra a diminuição ideal do fluxo sanguíneo local e para 14,4°C para que ocorra analgesia. (https://www.portaleducacao.com.br/estetica/artigos/34756/crioterapia-o-que-e-e-para-que-serve)


Por que Tomar uma Ducha Fria após o Exercício?

O banho frio trabalha por redução da temperatura do tecido danificado e pela constrição local dos vasos sanguíneos. Usar a terapia do gelo como alvo, como um bloco de gelo imediatamente após uma lesão, ajuda a evitar hematomas e inchaço devido a resíduos e acúmulo de líquido. Essa terapia também ajuda nas terminações nervosas dormentes, proporcionando alívio imediato da dor localizada.
Em uma escala de todo o corpo, imergindo-se em uma banheira de água fria traz para baixo sua taxa de batimento cardíaco e aumenta a sua circulação, minimizando a inflamação e ajudando a se recuperar mais rapidamente. Na verdade, banhos de água fria, parecem ser significativamente mais eficazes do que o restante no alívio de dor muscular de início tardio, que ocorre tipicamente entre um a quatro dias após o exercício ou outra atividade física.
Em um estudo, depois de analisar 17 estudos envolvendo mais de 360 pessoas que ou descansavam ou faziam imersões em água fria depois do treinamento de resistência, como andar de bicicleta ou correr, os pesquisadores descobriram que os banhos de água fria foram muito mais eficazes no alívio de dores musculares no período de um a quatro dias após o exercício. (1) Mas qual seria a temperatura fria ideal?

Neste caso, a maioria dos estudos envolveu uma temperatura de água entre 10 e 15 graus C (50 a 59 graus F), em que os participantes permaneceram por cerca de 24 minutos. Alguns dos ensaios envolveram temperaturas mais frias ou "imersão de contraste", que significa alternar entre água fria e quente.
Este estudo não mostrou um benefício significativo em relação ao restante para a imersão de contraste, mas alguns especialistas acreditam que alternando água quente e fria ajuda a direcionar oxigênio e nutrientes para os órgãos internos, sem deixar de incentivar a desintoxicação. A pesquisa também mostra que pode ajudar a reduzir a dor e acelerar a recuperação, diminuindo a concentração de lactato no sangue. (2)


A Água Fria poderia Aumentar a Tolerância do seu Corpo ao Estresse e a Doença?

Desde minha leitura do livro de Timothy Ferriss, The 4 Hour Body no ano passado, sendo o primeiro que me apresentou ao conceito, eu tenho experimentado este conceito. Eu agora vou sempre para o chuveiro desligado. Eu comecei a apreciar este método e agora percebo que é como um estresse saudável, muito semelhante ao exercício.
Expondo todo o seu corpo a água fria por curtos períodos de tempo é usado para promover o "endurecimento". Endurecimento é a exposição a um estímulo natural, tal como água fria, que resulta no aumento da tolerância ao estresse e/ou a doença. Isto foi demonstrado por um estudo que envolveu 10 pessoas saudáveis que nadam regularmente em água arrefecida com gelo durante o inverno (3). A seguir à exposição à água fria, os investigadores notaram uma:

Diminuição "drástica" dos níveis de ácido úrico:

Níveis elevados de ácido úrico são normalmente associados com a gota, mas há muito tempo sabemos que as pessoas com pressão arterial elevada, doença renal e as pessoas que estão acima do peso, muitas vezes têm níveis elevados de ácido úrico. Quando o nível de ácido úrico excede cerca de 5,5 mg por decilitro, você tem um maior risco para uma série de doenças, incluindo doenças cardíacas, fígado gorduroso, obesidade, diabetes, hipertensão, doença renal e muito mais.

Aumento da Glutationa:

A glutationa é o antioxidante mais poderoso do nosso corpo, o que mantém um desempenho de nível máximo de todos os outros antioxidantes.


A Água Gelada pode ajudar na Queima de Gordura?

Sabemos que beber água fria acelera a taxa metabólica, como o seu corpo tem de trabalhar para elevar a temperatura da água. Mas chuveiros frios e outros tipos de água fria ou a terapia com gelo também pode ajudar a aumentar a sua capacidade de queima de gordura.
Timothy Ferriss também analisa o conceito de ativar a sua gordura marrom para aumentar a queima de gordura, expondo-se a temperaturas frias. Ele afirma que você pode aumentar seu potencial de queima de gordura em até 300 por cento, simplesmente através da adição da terapia com gelo para a sua estratégia de dieta. Isto é baseado na premissa de que pelo arrefecimento do seu corpo, você está forçando-o essencialmente a queimar mais calorias, ativando sua gordura marrom.
A gordura marrom é um tipo de gordura que pela geração de calor queima gordura e não tem a função de estocar gordura, agindo mais como músculo do que propriamente gordura. A pesquisa mostrou que a gordura marrom pode ser ativada para queimar mais gordura pelo arrefecimento do seu corpo. (4).

Veja algumas sugestões de Timothy Ferriss:

Se você quiser tentar essa técnica, certifique-se de avançar lentamente. Pode ser desaconselhável ir direto para o banho com gelo se você não está acostumado a temperaturas mais frias:

Colocar um bloco de gelo em sua parte superior das costas e parte superior do tórax durante 30 minutos por dia (você pode fazer isso enquanto relaxa na frente da TV, por exemplo).

Beber cerca de 500 ml de água gelada toda manhã.
Tomar sempre banhos frios.
Fazer imersão em água com gelo até uma altura pouco acima da cintura por 10 minutos, três vezes por semana. (Basta preencher sua banheira com água fria e cubos de gelo).

A maioria dos estudos sobre os benefícios do relatório de imersão em água fria com efeitos secundários mínimos ou não, por isso, se você está disposto a gastar 20 minutos ou mais em uma banheira de água fria, esta pode ser uma ferramenta simples e barata para ajudar sua saúde e longevidade. É claro, o bom senso é aconselhado. Quando você mergulhar na água fria, ela vai chocar seu corpo em algum grau e você precisa ter certeza de que a água não é muito fria, e que você não permaneça nela por muito tempo. Como sempre, ouvir o seu corpo e trabalhar até as técnicas mais avançadas da terapia com gelo gradualmente.


Nota do Nutricionista:

Normalmente sempre pensamos em um banho quente após a atividade física.
Lendo o artigo podemos notar os benefícios importantes do banho frio ou da crioterapia que além de ajudar muito na recuperação da musculatura, aumenta o poderoso antioxidante glutationa, diminui os níveis de ácido úrico e ainda ajuda muito na diminuição de gordura corporal.




Referências:

Discovery Health April 2012
Free Radical Biology and Medicine March 1994
1) The Cochrane Library February 15, 2012.
2) Journal of Science and Medicine in Sport Volume 10, Issue 6 , Pages 398-402, December 2007.
3) Free Radical Biology and Medicine March 1994.
4) New England Journal of Medicine 2009 Apr 9;360(15):1518-25.