terça-feira, 30 de julho de 2013

Como os Refrigerantes Dietéticos afetam sua Saúde


Como os Refrigerantes Dietéticos afetam sua Saúde.

- Bassiouny MA. Gen Dent. 2013 Mar-Apr;61(2):38-44.

- Academy of General Dentistry press releasewww.agd.org/media/145594/soda_meth_mouth.pdf.

- Sakurai M, et al. Eur J Nutr. 2013 Apr 11.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br

Milhões de americanos dependem de adoçantes artificiais para minimizar a sua ingestão de açúcar. E realmente, quem pode culpá-los? O açúcar não tem absolutamente nenhum valor nutricional e pode ser perigoso. De fato, o consumo excessivo de açúcar pode ser responsabilizado por inúmeras condições de saúde que vão desde diabetes e doenças cardíacas, a cáries e obesidade (e não vamos esquecer das doenças relacionadas à obesidade, como acidente vascular cerebral, osteoartrite, apnéia do sono e vários tipos de câncer).

Um dos produtos adoçados artificialmente mais consumidos no mercado é o refrigerante diet. As indústrias de alimentos e dieta tem enganado grande parte da população fazendo-os acreditar que essas bebidas sem calorias são a melhor escolha para nossa linha de cintura e saúde em geral. E faz sentido, não é mesmo?
Afinal, zero calorias significa menos ganho de peso.
Infelizmente, nada poderia estar mais longe da verdade. Os Refrigerantes diet estão provando ser tão prejudicial quanto seus oponentes carregados de açúcar.
Logo abaixo estão apenas algumas razões.



 Problemas dentários:

Um dos indícios do uso pesado de metanfetamina ou crack é o apodrecimento dos dentes. E, claro, refrigerantes comuns (e outros produtos alimentares muito açucarados) também provocam cáries dentárias. Mas quem teria pensado que o refrigerante diet livre de açúcar pode ter exatamente o mesmo efeito sobre a saúde oral? De fato, um estudo chocante publicado no início deste ano constatou exatamente o que foi afirmado acima.
Neste estudo, o pesquisador observou que uma mulher de 30 anos que bebiam de dois litros de refrigerante diet todos os dias durante três a cinco anos, e ela experimentou o mesmo problema de cárie dentária visto em um viciado em metanfetamina de 29 anos de idade e um de 51 anos de idade usuário de crack habitual. (Todos os três participantes vieram de origens sócio econômicas semelhantes e admitiram os maus hábitos de higiene oral, bem como não ter exames dentários regulares.)

De acordo com os pesquisadores, a erosão dental grave foi causado pela acidez extrema de sua "droga de escolha." As drogas ilegais são naturalmente ácidas, especialmente a metanfetamina, o que exige o uso de materiais altamente corrosivos no processo de fabricação; e os refrigerantes contêm elevados níveis de ácido cítrico e ácidos fosfóricos. Todas estas substâncias ácidas provaram ser desastrosas para os dentes.



 Aumento da Gordura Corporal:

Ironicamente, essas bebidas gasosas zero caloria podem realmente ocasionar o ganho de peso corporal! Tudo começa com a forma como o cérebro processa e o corpo responde a esses substitutos super doces do açúcar comum.
Em um estudo, os pesquisadores usaram a ressonância magnética funcional (fMRI) para avaliar as respostas do cérebro que adultos jovens tiveram de refrigerantes diet (adoçados com sacarina) versus refrigerante comuns (adoçados c/sacarose). Eles descobriram que aqueles que beberam o refrigerante diet experimentaram uma ativação muito maior dos centros de processamento de recompensa do cérebro.

Além disso, os consumidores de refrigerante diet que consumiam um maior número de refrigerantes, apresentavam uma redução na ativação-estimulação dos neurônios no cérebro que são associadas com as emoções, memória e aprendizado, sugerindo que "há alterações no processamento de recompensa do gosto doce em indivíduos que consomem regularmente refrigerantes dietéticos, e isto está relacionado com o grau de consumo".
Em outras palavras, os adoçantes artificiais aumentam o nosso desejo por mais açúcar, amidos e carboidratos, por isso, bebendo refrigerante diet, você fica mais propenso a consumir doces adicionais para acalmar seus desejos. Para adicionar mais combustível ao fogo, adoçantes artificiais enganam nossos corpos, levando-os a pensar que mais açúcar está a caminho, o que leva à produção de mais insulina e consequentemente um aumento da gordura visceral.


 Aumento do Risco de Diabetes:

E falando de insulina ... o refrigerante diet tem sido associado a um maior risco de diabetes tipo 2. Isto é particularmente preocupante considerando que a maioria dos diabéticos usam adoçantes artificiais e bebidas dietéticas regularmente em seus esforços para evitar o açúcar.
Em um recente estudo japonês, os pesquisadores mediram o consumo de bebidas adoçadas com açúcar e refrigerantes diet em 2.037 homens. Eles realizaram exames médicos anuais, durante um período de sete anos para testar o diabetes.

Durante o período do estudo, 170 homens desenvolveram diabetes, e os pesquisadores descobriram que o consumo de refrigerante diet foi um fator de risco significativo. Eles concluíram que "Os Refrigerantes Diet nem sempre são eficazes na prevenção do diabetes tipo 2, apesar de ser uma bebida sem calorias."
Num outro estudo cruzado avaliaram os efeitos da sucralose (Splenda ®) sobre a resposta metabólica dos 17 participantes obesos. Os voluntários foram submetidos a dois diferentes testes, um de tolerância à glicose após o consumo de uma bebida adoçada com sucralose e outra após o consumo de água pura (grupo controle).
Os resultados mostraram que, em comparação com o controle, a sucralose causou um maior nível de glicose e insulina, e um maior pico na taxa de secreção de insulina. Em conclusão, estes pesquisadores escreveram: "Esses dados demonstram que a Sucralose afeta a resposta da glicemia e da insulina da mesma forma que uma carga oral de glicose em pessoas obesas que normalmente não consomem adoçantes artificiais.


 Esqueça os Refrigerantes Diet:

Nós aconselhamos que você elimine completamente todas as bebidas adoçadas artificialmente de sua dieta.
Uma alternativa muito saudável e sem calorias é a opção do chá branco, verde, vermelho ou mesmo o chá mate adoçado com stévia ou xilitol, ambos 100 por cento naturais e que realmente possuem benefícios muito positivos para a saúde.
A stévia e o xilitol são as melhores opções de adoçante devido a ausência de efeitos colaterais.


Nota do Nutricionista:

Acabamos de aprender que devemos desviar de mais uma armadilha, desta vez os refrigerantes dietéticos.
Os dois tipos de refrigerantes (diet e o comum) também possuem um nível de acidez altíssimo; são necessários 32 copos de água para tirar a acidez de um único copo de refrigerante e, além disso, uma acidez elevada faz com que nosso corpo retire cálcio dos ossos e glutamina dos músculos para neutralizar este ambiente ácido.
A stévia e o xilitol são os adoçantes mais recomendados por não apresentar nenhum efeito nocivo ao organismo.






segunda-feira, 29 de julho de 2013

Treinamento com Pesos e Benefício Cardíaco - Vamos aos Fatos !!

Treinamento com Pesos e Benefício Cardíaco – Vamos aos Fatos !!

- Appalachian State University Press Release.www.news.appstate.edu/2010/11/29/study-shows-resistance-training-benefits-cardiovascular-health

- Beck DT, et al. Exp Biol Med (Maywood). 2013 Apr 1;238(4):433-41.

- Sousa N, et al. Br J Sports Med. 2013 Jul;47(10):e3.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br

Artigo Revisado por:
Francisco Furio
CREF: 057747
www.furiopersonal.com.br


Não é nenhum segredo que o exercício é essencial para a saúde cardiovascular; as pesquisas sempre recomendaram a prática de atividade física. Mas existe menos investigação sobre exatamente que tipos de exercícios são os melhores para manter a saúde do coração e reduzir os sintomas de doenças cardiovasculares.
Tradicionalmente falando, a maioria dos médicos recomenda atividades aeróbicas, como caminhar, andar de bicicleta, correr ou nadar para reduzir o risco cardiovascular, enquanto o treinamento de resistência com pesos ou treinamento de força foi reservado para aqueles que queriam ganhar massa muscular. Mas, graças a novas pesquisas, nós estamos aprendendo que levantar pesos faz mais do que fortalecer os músculos que você pode ver (bíceps, quadríceps, glúteos, etc.) Ele faz o músculo cardíaco mais forte também; além disso e ao mesmo tempo é capaz de prevenir problemas cardiovasculares.

 Exercícios e Saúde Cardíaca

Pesquisadores em Portugal fizeram uma comparação com diferentes modos de exercício sobre os níveis de aptidão e fatores de risco para doenças cardiovasculares em 48 homens idosos com sobrepeso e hipertensão (pressão arterial acima de 130/85).
Estes homens foram divididos aleatoriamente em três grupos:
1. Grupo de treinamento aeróbico
2. Grupo de treinamento aeróbico e resistência com pesos
3. Grupo controle
Ambos os grupos de treino se exercitavam três dias por semana durante nove meses, fazendo exercícios de intensidade moderada a vigorosa.
Em cinco ocasiões diferentes ao longo do período de estudo, os pesquisadores realizaram diversos testes e medições, incluindo a massa de gordura corporal, massa livre de gordura, pressão arterial e alguns testes de aptidão física (como se sentar e levantar da cadeira, flexões de braço e caminhadas de seis minutos).
Depois de analisar os dados, os pesquisadores encontraram diferenças significativas entre os dois grupos de exercício e o grupo controle; e isso significa que, independentemente do tipo de exercício, aqueles que trabalhavam fora se saíram muito melhor do que o grupo controle (Nenhuma surpresa).

No entanto, quando comparados os dois grupos de exercício, o grupo aeróbico apresentou melhora apenas na flexibilidade (medida pelo nível de alongamento da região lombar). O grupo de treinamento de resistência com pesos combinado com o aeróbico melhorou em todos os testes de aptidão física.
Além disso, o grupo de treinamento de resistência com pesos mais exercício aeróbico experimentou uma maior perda de gordura corporal, e reduções bem maiores da pressão arterial sistólica de 15 mmHg e 24 mmHg no grupo aeróbico e aeróbico mais musculação, respectivamente; e na pressão diastólica de 6 mmHg e 12 mmHg no grupo aeróbico e aeróbico mais musculação, respectivamente.
Assim, enquanto ambos os grupos de exercício tornaram-se mais aptos fisicamente, os efeitos do treinamento aeróbico mais a musculação combinados; eram muito superiores ao exercício aeróbico sozinho. Os pesquisadores concluíram: "A combinação de treinamento aeróbico com o treinamento de resistência com pesos no mesmo programa é mais eficaz na promoção da aptidão física e na prevenção de doenças cardiovasculares (e fatores de risco), do que o treinamento aeróbico sozinho."

Este não é o primeiro estudo a mostrar que não só o exercício aeróbico, mas também a musculação, pode ajudar a controlar a pressão sanguínea; e em muitos casos, melhor do que o exercício aeróbico sozinho.
Outro estudo que analisou os efeitos do treinamento aeróbico e da musculação, desta vez com adultos jovens (idades 18-35), com pré hipertensão, mostrou que o treinamento de musculação (três vezes por semana durante oito semanas) melhorou tanto a pressão arterial sistólica e diastólica, bem como outros marcadores de doença cardíaca.
Esses pesquisadores relataram: "Os exercícios aeróbicos e a musculação, possuem separadamente efeitos benéficos sobre a pressão arterial periférica de repouso, sobre a dilatação da artéria braquial [dilatação mediada pelo fluxo-FMD] e agentes vasoativos derivados do endotélio; em jovens pré hipertensos."
E ainda, um outro estudo mostrou que o treinamento de resistência pode diminuir a pressão sanguínea de uma pessoa em até 20 por cento, tornando-se tão bom quanto, ou até melhor do que medicamentos para hipertensão. Ainda mais emocionante; os benefícios cardíacos do treinamento de musculação podem durar até 24 horas em indivíduos que treinam por 30-45 minutos, três vezes por semana!!


 Músculos fortes, Coração Forte


Porque a Musculação é tão benéfica ao Coração?

Por um lado, o músculo queima mais calorias do que a gordura, por isso é correta a afirmação de que você consegue emagrecer mais rápido quando possui uma maior massa muscular. E um corpo mais magro significa menor risco de doenças cardíacas e outros problemas relacionados com o coração. Além disso, levantar pesos envolve tanto o seu sistema cardiovascular, quanto o muscular, ao mesmo tempo. Isso ajuda a aumentar o fluxo de sangue por todo o corpo, o que reduz a pressão arterial, e ao mesmo tempo fazendo todo o seu corpo mais forte.
E ao contrário dos medicamentos para hipertensão, exercícios de resistência ou treinamento de força não tem absolutamente nenhum efeito colateral.
Se você está iniciando agora seu treinamento de força, comece devagar, use pesos leves ou moderados e faça seu treinamento três vezes por semana, e procure aumentar os pesos de acordo com o aumento de sua força muscular. E não é uma má idéia treinar com um instrutor certificado, pelo menos no início, para ter certeza de que você realize os movimentos de forma adequada, para reduzir o risco de lesões.

Nota do Nutricionista:

Todas as pessoas deveriam se conscientizar da importância do treinamento com pesos.
Vamos enumerar:

1) Benefício metabólico ou maior facilidade para a diminuição da gordura corporal.
2) Melhor controle da pressão arterial, ajudando a evitar o uso de medicamentos.
3) Melhor disposição para as atividades cotidianas e melhor qualidade de vida.
4) Preservação da massa óssea, diminuindo os riscos da osteoporose; principalmente em idosos.
5) Preservação da massa muscular, diminuindo os riscos da sarcopenia; principalmente em idosos.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Ômega-3 e Câncer de Próstata: Fato ou Ficção ??



Ômega-3 e Câncer de Próstata: Fato ou Ficção ??

Artigo editado por William Faloon, PhD, Luke Huber, ND, MBA, Kira Schmid, ND, Blake Gossard, Scott Fogle, ND

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
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Vários estudos científicos descobriram uma redução no câncer de próstata associado com o aumento do consumo de ômega-3. Um estudo recente supostamente mostrou o oposto.
Este relatório foi baseado em um único exame de sangue mostrando os níveis de ácidos graxos em um grupo de 834 homens que foram monitorados por até seis anos para avaliar o risco de câncer de próstata (menor ou maior risco). Um pequeno grupo de 75 homens foi seguido até nove anos, para avaliar apenas o alto grau de risco de câncer de próstata.
Os resultados mostraram que uma quantidade levemente superior no conteúdo de ômega-3 mostrada neste único exame de sangue, foi associada com um maior risco de câncer de próstata através do seguimento de vários anos de estudo.
Este relatório foi transformado em notícias com manchetes estridentes: "O Ômega-3 pode aumentar o risco de câncer de próstata."

Omitidas do frenesi da mídia foi o fato de que este estudo não era sobre usuários de suplementos de óleo de peixe. Os autores admitiram que não sabiam como os participantes do estudo conseguiram o que acabou por ser uma quantidade muito baixa de ômega-3, constatada em todos os grupos.
Na verdade, os níveis plasmáticos de ômega-3 foram apenas cerca de 40% do que deveria ou seria esperado em pessoas conscientes da saúde que tomaram uma dose adequada de óleo de peixe. Os níveis insuficientes de ômega-3 em todos os sujeitos do estudo foram ignorados pela mídia. Se esses níveis plasmáticos muito baixos de ômega-3 tivessem sido reconhecidos, teria sido evidente que este relatório não tinha nenhum significado para aqueles que possuem um maior consumo de ômega-3 através de dieta e suplementos.

Também ausente do relato era de que a maioria dos homens com níveis ligeiramente mais elevados de ômega-3 tinham mais fatores de risco e um maior risco de contrair câncer de próstata no início do estudo, como por exemplo ter pontuações mais altas de PSA e uma história familiar positiva para câncer de próstata. Embora os autores tentassem controlar estatisticamente (através de um modelo estatístico chamado análise multivariada) para alguns destes fatores de risco em sua análise, a preocupação é que os dados de base foram confundidos e portanto, a análise estatística inválida, e que os resultados apresentados sejam comprometidos por taxas mais elevadas de doença preexistente, juntamente com uma predisposição genética; e não por causa da variação minúscula da quantidade de ômega-3 no plasma.
O câncer de próstata aumenta acentuadamente de 120% a 180% em homens que têm um parente de primeiro grau que havia contraído câncer de próstata. Quase o dobro dos homens que contraíram câncer de próstata neste estudo, tinham uma história familiar positiva, e, embora os pesquisadores tentassem controlar estatisticamente este fator confuso, este fato foi convenientemente ignorado pela grande mídia fazendo desta forma que o ômega-3 fosse rotulado como o grande culpado.

Associar uma única leitura de ômega-3 no plasma, com o risco de câncer de próstata a longo prazo é ridículo. Isso porque os níveis de ômega-3 podem mudar muito rapidamente, mesmo com mudanças a curto prazo na dieta. Isso não reflete a incorporação a longo prazo de ômega-3 nas células e tecidos. Neste relatório, as diferenças na base de medidas de ômega-3 no sangue eram tão insignificantes que se um homem tivesse apenas uma refeição de salmão na noite anterior, ele poderia estar no "mais alto" do grupo ômega-3, mesmo que ele nunca tivesse ingerido ômega-3 anteriormente.
Inúmeras falhas neste relatório tornam suas conclusões inúteis para quem faz suplementação com ômega-3 e segue hábitos alimentares saudáveis.
Este artigo representa uma forte oposição para todos aqueles que buscam uma melhor saúde e qualidade de vida; devido este falso ataque ao ômega-3, que foi muito fora de proporção pela mídia.


Nota do Nutricionista:

O Ômega-3 é um suplemento muito valorizado pelos estudos, principalmente por suas várias funções na otimização da saúde.
Podemos citar alguns exemplos: ação anti-inflamatória, antidepressiva, manutenção de níveis saudáveis de colesterol (inclusive o bom colesterol – HDL), possui ação anti catabólica e anabólica sobre a musculatura, provoca diminuição do encurtamento do telômero o que aumenta a expectativa de vida dos indivíduos.
Muito bom saber que as afirmações do estudo relatado são inválidas, assim podemos continuar usando o ômega-3 e nos beneficiar muito com ele.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Melhore sua Química Cerebral com Triptofano

Melhore sua Química Cerebral com Triptofano.

Artigo editado por Travis Harding
- Moskowitz DS, Pinard G, Zuroff DC, Annable L, Young SN. Tryptophan, serotonin and human social behavior. Adv Exp Med Biol. 2003;527:215-24.

- Angoa-Perez M, Kane MJ, Briggs DI, et al. Genetic depletion of brain 5HT reveals a common molecular pathway mediating compulsivity and impulsivity. J Neurochem. 2012 Jun;121(6):974-84.

- Hartmann E. Effects of L-tryptophan on sleepiness and on sleep. J Psychiatr Res. 1982;17(2):107-13.

- Eriksson O, Wall A, Marteinsdottir I, et al. Mood changes correlate to changes in brain serotonin precursor trapping in women with premenstrual dysphoria. Psychiatry Res. 2006 Mar 31;146(2):107-16.


Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
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O envelhecimento é muitas vezes acompanhado por um espectro de transtornos do humor que incluem irritabilidade, estresse e ansiedade. Estes sintomas, junto com outros mais graves, como distúrbios do sono, depressão, comportamento agressivo, motivação reduzida, e pensamentos suicidas têm sido atribuídos a depleção dos níveis cerebrais de serotonina, um neurotransmissor que tem sido chamado de "hormônio da felicidade".
Com a progressão da idade, a inflamação crônica de baixo grau prepara o palco para a doença degenerativa em quase todas as áreas do corpo.
Embora esta inflamação muitas vezes induza ao diabetes, câncer e doenças do coração, afetam também o cérebro; interferindo com a produção e liberação de serotonina.

Para que o seu corpo possa fabricar a serotonina, ele precisa de um fornecimento suficiente de um aminoácido natural, o triptofano. Muito do que hoje é conhecido sobre o papel da serotonina nos distúrbios psiquiátricos e comportamentais vem de estudos sobre a depleção de triptofano.
Os baixos níveis de triptofano desencadeiam uma queda correspondente na produção de serotonina no cérebro e pode afetar o humor, prejudicar a memória, e aumentar a agressividade.
Embora não possamos suplementar com a própria serotonina, o triptofano é facilmente disponível como um suplemento seguro e bem comprovado.
A suplementação com triptofano ajuda a normalizar os níveis de serotonina e outros neurotransmissores. Como resultado, pode reverter muito dos sintomas comportamentais da idade, incluindo irritabilidade, distúrbios de humor, ansiedade, stress e depressão.

 O Triptofano ajuda a Equilibrar o Comportamento:

A literatura científica é clara: Suplementação de triptofano simplesmente faz as pessoas mais agradáveis! Com a estreita conexão entre o triptofano e o neurotransmissor serotonina, não deve ser surpreendente que a suplementação com triptofano pode regular os comportamentos que envolvem a sinalização da serotonina no cérebro (como o humor, o sono, e a ansiedade).
Estudos em animais revelaram decréscimos consideráveis na territorialidade e comportamento agressivo quando suas dietas são complementadas com triptofano. Em humanos foram notados resultados semelhantes.
Por exemplo, em estudos com adultos que são descritos como explosivos ou "briguentos", 1000 mg de triptofano, três vezes por dia produziu aumentos significativos nas medidas de afabilidade e comportamentos agradáveis e diminuiu a belicosidade ou estímulo à guerra (brigas, etc). Curiosamente, os homens em um estudo experimentaram uma redução na dominância, enquanto homens e mulheres experimentaram uma diminuição no comportamento agressivo, juntamente com um aumento no comportamento agradável e sua percepção de afabilidade com outras pessoas.

Um estudo com meninos de 10 anos de idade, com elevada agressividade física revelaram os benefícios de uma única dose de 500 miligramas de triptofano. No grupo suplementado, os meninos foram capazes de ajustar seu nível de resposta com base no nível de provocação, ajudando-os a evitar encontros potencialmente violentos. Os meninos suplementados foram capazes de obter perspectivas mais maduras e ser mais útil no grupo, tendo um comportamentos bem parecido com adultos mais velhos e experientes.
Outros estudos demonstraram que baixos níveis de triptofano podem ter um efeito negativo sobre o comportamento.

Os pacientes que recebem o tratamento com interferon contra a infecção da hepatite C por exemplo, apresentaram uma diminuição nos níveis plasmáticos de triptofano. Como resultado, aqueles submetidos a esta terapia são notoriamente propensos a experimentar irritabilidade emocional e depressão grave como efeitos colaterais. Como outro exemplo, camundongos sem o gene necessário para converter triptofano em serotonina exibiram comportamentos extremamente compulsivos e impulsivos, incluindo agressividade intensa.
Pessoas com personalidades naturalmente impulsiva ou agressiva podem receber o máximo benefício da suplementação com triptofano, com base em estudos de depleção de triptofano realizados nesses pacientes. Essas pessoas reagem muito mal a baixos níveis de triptofano, com uma impressão exagerada da intensidade de expressões irritadas nos rostos dos outros. Efeitos similares de esgotamento de triptofano são vistos em adultos com déficit de atenção e hiperatividade, que está intimamente associada com a agressividade e impulsividade. A suplementação com triptofano pode oferecer alívio para os pacientes e suas famílias evitando o sofrimento no âmbito familiar.

OS MÚLTIPLOS PAPÉIS DA SEROTONINA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Níveis saudáveis e equilibrados de serotonina são necessários para o controle do:
• Humor
• Agressão
• Dor • Ansiedade
• Dormir
• Memória
• O comportamento alimentar
• Comportamento viciante
• Controle de temperatura
• Regulação endócrina
• Comportamento motor

 O Triptofano Melhora a Qualidade do Sono:

Qualidade do sono ruim ou falta de sono é uma causa comum de irritabilidade e mau humor, especialmente em pessoas mais velhas. Estudos mostram que pessoas que dormem pouco são mais propensas a consumir gorduras ou açúcares refinados, comem porções menores de vegetais, e têm padrões de refeição mais irregulares.
As duas principais biomoléculas que estão envolvidas na produção normal de sono são o neurotransmissor serotonina e o hormônio melatonina , ambos naturalmente sintetizados a partir do triptofano. Isso torna o triptofano um suplemento tremendamente valioso para aqueles cujo sono é desprovido de qualquer quantidade ou qualidade.
Estudos que datam da década de 1970 demonstraram que, ingerindo entre 1 e 15 gramas de triptofano na hora de dormir pode ajudar na indução do sono. Mesmo doses baixas como 250 miligramas foram suficientes para aumentar a qualidade do sono por alongar a quantidade de tempo gasto na fase do sono profundo.
Durante a década de 1980, muitos estudos adicionais demonstraram os benefícios de tomar 1.000 mg ou mais de triptofano na hora de dormir. Melhorias significativas foram demonstrados em relatórios subjetivos de sonolência, tais como uma diminuição no tempo para cair no sono, diminuição do estado de vigília total e um aumento no tempo total de sono. Estes estudos mostraram os resultados mais impressionantes nas pessoas com insônia leve, ou naqueles com tempo acima da média para cair no sono.

Aqueles que tomam triptofano na hora de dormir são mais propensos a acordar com um aumento no estado de alerta, clareza de pensamento, e um melhor desempenho em tarefas que requerem atenção. Ao contrário de pílulas para dormir ou drogas; o triptofano induz a sonolência, mas não prejudicar o desempenho ou produz dependência , nem torna mais difícil o despertar do sono, quando necessário.
Um estudo em adultos mais velhos demonstrou melhorias significativas no tempo total de sono, uma diminuição no tempo para cair no sono e da fragmentação do sono ou períodos de sono interrompido, na sequência de uma dose duas vezes por dia de triptofano (ingestão de cereais enriquecidos) fornecendo 300 mg de triptofano por porção; totalizando uma ingestão de 600 mg por dia.

O Triptofano também pode desempenhar um papel positivo em uma das mais perigosas complicações relacionadas ao sono ou apnéia obstrutiva do sono. Esta condição faz com que episódios repetidos de quase despertar, que viciosamente interrompem os ciclos de sono; ocasionando um risco muito maior de desenvolver doença cardiovascular na vida adulta.
Em um estudo, pacientes com apnéia obstrutiva do sono que tomaram 2,5 gramas de triptofano antes de dormir apresentaram melhora significativa em seus padrões de sono, com melhorias nos valores de tempo gasto no "movimento rápido dos olhos" ou sono (REM), e diminuição do tempo para “cair” no sono. A diminuição do sono REM está associado com baixa agilidade e sensação de fadiga no dia seguinte, às vezes resultando no adormecer involuntário durante o dia (narcolepsia).

O QUE VOCÊ PRECISA SABER:
Melhore o equilíbrio de seu humor com triptofano
• Mau humor, irritabilidade, estresse e ansiedade são comuns em adultos mais velhos.
• Estes sintomas, assim como os mais graves, como distúrbios do sono, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, e pensamentos suicidas têm sido atribuída a depleção dos níveis cerebrais do neurotransmissor serotonina, que é responsável pela manutenção do "bom" humor .
• Embora você não possa suplementar com a própria serotonina, seu precursor, o aminoácido triptofano, é prontamente disponível como um suplemento seguro e bem comprovado.
• A suplementação com triptofano reduz a irritabilidade em adultos mais velhos, nas mulheres com síndrome pré-menstrual, e em pessoas com depressão e ansiedade.

 O Triptofano ajuda no Controle da Depressão:

Tal como acontece com os distúrbios do sono, a depressão pode contribuir para a irritabilidade, comportamento impulsivo, fraca capacidade de julgamento e por quase três décadas, a serotonina tem sido reconhecida como o neurotransmissor de importância central no controle de depressão. Praticamente todas as drogas terapêuticas em uso hoje destinam-se a aumentar os níveis de serotonina nas sinapses, onde as células nervosas se comunicam.
Aumentar e equilibrar a serotonina no cérebro através da suplementação de triptofano (em oposição à terapia com drogas) é uma abordagem inovadora para a depressão que está ganhando mais e mais adeptos, especialmente com a descoberta de que pacientes com depressão têm níveis baixos de triptofano.
Estudos mostram que o triptofano se compara favoravelmente com os antidepressivos de prescrição, mesmo quando usado sozinho ou em combinação com estes medicamentos. Antidepressivos farmacêuticos são de ação lenta e podem causar perturbações temporárias ou prolongadas no sono. Entretanto, a combinação de 2 gramas por dia de triptofano com a prescrição do antidepressivo fluoxetina (Prozac ® e outros) pode acelerar o início da ação, limitando os distúrbios do sono.
Estudos mostram que a redução dos níveis plasmáticos de triptofano, induz muitos dos sintomas de depressão em doentes que sofrem de depressão ou estão em risco para esta desordem.

Curiosamente, uma das principais manifestações da depressão é a carga emocional negativa, incluindo uma tendência a interpretar expressões faciais de forma negativa (isto pode reforçar sentimentos de tristeza e desespero que são as principais características da doença depressiva). O esgotamento de triptofano intensifica este efeito, enquanto que a suplementação de triptofano reverte este processo, criando um desvio positivo agradável; um resultado compartilhado com os antidepressivos de prescrição, mas sem os efeitos colaterais.
Em estudos da síndrome depressiva mais suave conhecida como transtorno afetivo sazonal (SAD), ou "depressão de inverno", o tratamento com luz brilhante (para simular os dias mais longos do verão) é atualmente o padrão de atendimento. Estudos recentes, contudo, demonstram que a suplementação de triptofano é tão eficaz como a terapia de luz e o seu efeito é mais duradouro que a do tratamento com luz.

 Os Suplementos de Triptofano podem ajudar o seu treino ?

Quando você está se sentindo mal-humorado, não há nada tão gratificante e relaxante quanto um bom treino. Mas para muitas pessoas, um bom treino é tanto um desafio mental, pois é uma agressão física. Muitos exercícios são limitados, não por cansaço físico, mas pelo desconforto e dor, bem como o desejo de simplesmente desistir e ir para casa. 57,58
Estudos com triptofano e exercício revelam um efeito surpreendente: A suplementação melhora o desempenho do exercício, a força e a resistência. Mas, o mais importante, é que a suplementação pode aumentar seu tempo nos treinos porque indivíduos percebem o seu nível de fadiga de uma forma diferente ou menos intensa.
Um estudo mostrou um aumento de 49% no comprimento de um treino forte, enquanto outro mostrou que corredores de longa distância suplementados com triptofano correram praticamente um quilometro a mais do que aqueles que receberam placebo. Atletas suplementados com triptofano apenas não desistem do treino tão facilmente.
O resultado ? Treinos mais longos, mais confortáveis e com menos dor muscular.

 O Triptofano reduz a Ansiedade e o Estresse:

As respostas para a ansiedade e o estresse podem ter um impacto importante sobre o relacionamento social. Situações extremas, como o transtorno de estresse pós-traumático pode ser especialmente debilitante. A resposta natural protetora ao stress e ansiedade envolve o sistema de sinalização da serotonina , bem como vias hormonais no cérebro, pituitária e glândulas adrenais.
A conexão entre o triptofano e a serotonina explica porque a suplementação de triptofano foi encontrada por ajudar a reduzir a ansiedade e aliviar o stress. O triptofano reduz marcadores bioquímicos de stress, em particular o hormônio cortisol que tem muitos efeitos adversos no corpo humano.
Como mais uma prova, a depleção aguda de triptofano em pessoas com transtorno de ansiedade ou com transtorno de estresse pós-traumático leva a um agravamento temporário dos sintomas.


 O Triptofano alivia os Sintomas Pré-Menstruais:

Nenhuma discussão sobre irritabilidade e "mau humor" estaria completa sem a menção da síndrome pré-menstrual e sua companheira, o transtorno disfórico pré-menstrual. Em ambas as síndromes, uma redução nos níveis de serotonina no cérebro é a culpa para a disforia (estado de mal-estar, o oposto de euforia), alterações de humor, tensão e irritabilidade. O tratamento medicamentoso padrão consiste em drogas de recaptação seletiva de serotonina, com seus efeitos colaterais concomitantes.
Os estudos de depleção de triptofano revelam um agravamento dos sintomas pré-menstruais, especialmente agressão, enquanto que um pequeno número de estudos já apareceu sugerindo que a suplementação de triptofano é eficaz na redução dos sintomas. Num estudo de disforia pré-menstrual, uma dose de 6 gramas por dia de triptofano produziu uma redução significativa na disforia, alterações de humor, tensão e irritabilidade; quando iniciado no dia da ovulação e usado continuamente até o terceiro dia de menstruação.

Anormalidades da função da serotonina estão relacionadas com:

• Distúrbios comportamentais em pacientes geriátricos
• O comportamento agressivo e auto-prejudicial
• Os distúrbios do sono
• Depressão e transtorno afetivo sazonal (SAD)
• Mania
• Ansiedade
• O transtorno obsessivo compulsivo
• Os transtornos alimentares
• Esquizofrenia
• Distúrbios do movimento (discinesia tardia, acatesia, distonia)
• Tremor familiar
• Síndrome das pernas inquietas
• Síndrome de Gilles de la Tourette
• A esclerose múltipla
• Doença de Parkinson
• Doença de Huntington
• Demência
• O abuso de substâncias
• Hipersexualidade

 Resumo:

Um dos maiores desgostos de envelhecimento é a sua associação com um temperamento mal humorado, de fácil frustração e irritabilidade, o que resulta no estereótipo do "velho rabugento".
Hoje, reconhecemos que a inflamação crônica que é parte do processo de envelhecimento destrói o fornecimento de triptofano, o aminoácido necessário para produzir o "neurotransmissor da felicidade", a incrível serotonina em nosso organismo.
A perda de serotonina no cérebro está associada a mais do que apenas uma simples irritabilidade. Mudanças relacionadas à idade nos níveis de serotonina são responsáveis por distúrbios do sono e para as manifestações de muitos problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. Mesmo a síndrome pré-menstrual é agora reconhecida como uma conseqüência transitória dos baixos níveis de serotonina.
Estudos revelam a relação íntima entre os níveis de triptofano no sangue e os níveis de serotonina no cérebro. A depleção de triptofano pode replicar sintomas de irritabilidade, distúrbios de humor, ansiedade e estresse, enquanto que a suplementação de triptofano está se mostrando capaz de reverter todos esses sintomas.
Em vez de tomar uma droga farmacêutica de custo para aumentar seus níveis de serotonina nas sinapses do cérebro, considere a suplementação de triptofano diariamente para alcançar resultados semelhantes com menor custo e maior segurança.


Nota do Nutricionista:

Numa época onde todos procuram principalmente por estimulantes como a cafeína, tirosina, termogênicos e pré-treinos; muitas vezes não olham para o outro lado e se esquecem do Triptofano.
Este aminoácido é precursor no neurotransmissor da “felicidade”; chamado de Serotonina.
O aumento dos níveis de serotonina no cérebro ajuda a melhorar o humor, a diminuir o estresse, diminuir o cortisol, anular os sintomas da tensão pré-menstrual, prevenir e tratar a depressão e melhorar a qualidade do sono.
Devemos procurar sempre pelo equilíbrio, usando a tirosina para estimular a dopamina no cérebro (foco mental) e o triptofano para estimular a serotonina (bem estar e relaxamento).