sábado, 20 de agosto de 2011

Stress e Perda de Peso


O STRESS PODE PREJUDICAR O SEU ESFORÇO PARA PERDA DE PESO?

Artigo retirado do Informativo Mensal
Vitamin Research News
(www.vrp.com) Fevereiro/2009

Editado por Nieske Zabriskie, ND

- Black PH. Stress and the inflammatory response: a review of neurogenic inflammation. Brain Behav Immun. 2002 Dec;16(6):622-53.
- Elenkov IJ, Iezzoni DG, Daly A, et al. Cytokine dysregulation, inflammation and well-being. Neuroimmunomodulation. 2005;12(5):255-69.
- Tominaga Y, Mae T, Kitano M, et al. Licorice flavonoid oil effects body weight loss by reduction of body fat mass in overweight subjects. J Health Sci. 2006;52(6):672-683.

Artigo traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com


O stress e a inflamação são dois tópicos com os quais os leitores deste jornal estão intimamente familiarizados. Entretento; recentes pesquisas tem descoberto a fascinante correlação entre o papel fisiológico que o stress exerce no processo inflamatório e como isto, por sua vez, pode levar ao acúmulo de gordura abdominal.
Consequentemente, indivíduos submetidos ao estress crônico podem perceber que seu esforço para perda de peso está sendo anulado pelo processo inflamatório que ocorre em seu corpo.

O stress fisiológico induz a complicados caminhos bioquímicos. Entre eles estão o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), o qual secreta o hormônio primário chamado cortisol; o sistema nervoso simpático, o qual modula a liberação de epinefrina e norepinefrina; o sistema renina-angiotensina, que regula a pressão sanguínea; e a resposta imune, que regula a inflamação. Em adição, a resposta ao stress induz a liberação de vários mensageiros celulares conhecidos como citocinas.

Esses hormônios relacionados ao stress e as citocinas iniciam uma reposta de fase aguda e a indução de proteínas de fase aguda, as quais são os mediadores primários da inflamação. Os hormônios do stress induzem a vários mediadores pró-inflamatórios como a interleucina (IL)-1, IL-6, fator de necrose tumoral (TNF)-alfa e a proteína C reativa (CRP). Deste modo, o stress fisiológico induz a inflamação em nosso corpo.
 A INFLAMAÇÃO RELACIONADA AO STRESS COMPROMETE A PERDA DE PESO:
Os pesquisadores afirmam que a ativação da resposta ao stress está associada ao ganho de peso, especialmente a acumulação de gordura visceral.
Como já discutido em artigos anteriores, a gordura visceral é aquela que fica internamente ao redor dos órgãos abdominais e, ao contrário da gordura subcutânea, a gordura visceral é fisiologicamente muito ativa.

Acredita-se que tanto os hormônios quanto as citocinas pró inflamatórias possuem um papel incisivo no acúmulo da gordura visceral. Mais especificamente, o cortisol, a inter leucina-6, e a angiotensina 2 estão associadas com o aumento do apetite, aumento de gordura corporal e obesidade.
O stress induz ao acúmulo de gordura visceral, o que também leva a um desequilíbrio do eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal), causando um ciclo vicioso e resultando numa deposição adicional de gordura. A ativação do eixo HPA aumenta a produção de cortisol, e isso causa um aumento do consumo alimentar e uma diminuição da queima de gordura.

O hormônio glucocorticóide como o cortisol aumenta mais a gordura visceral do que a subcutânea, devido a um aumento do suprimento sanguíneo e um aumento do número de receptores de glucocorticóides.
O aumento do cortisol possui um importante papel não somente no desenvolvimento do aumento da gordura abdominal, mas também em todas as anormalidades metabólicas relacionadas a gordura abdominal.

Pesquisas recentes indicam que a inflamação provavelmente seja a ligação entre um maior nível de stress e o ganho de peso. Os pesquisadores descobriram que o stress induz a resposta inflamatória, afetando a quantidade e a atividade da gordura visceral e abdominal.
O aumento da gordura visceral (obesidade central) está associado com sérias condições como o diabetes, a síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.
A gordura visceral secreta numerosas moléculas pró inflamatórias como a interleucina-6, o TNF-alfa, a resistina, adipocinas e proteínas de fase aguda.
Essa resposta inflamatória da gordura visceral está associada com o acúmulo de tecido adiposo (gordura).
Fatores adicionais também influenciam o aumento da deposição de gordura induzida pelo stress.

Pacientes obesos possuem níveis altos de leptina, TNF-alfa, e interleucina-6, com níveis baixos de adponectina. A leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo que controla a saciedade e o peso corporal.
As citocinas pró inflamatórias estimulam a produção de leptina pelo tecido adiposo, isto então estimula o eixo HPA e o sistema nervoso simpático.

As pesquisas também demonstram que em pacientes com diabetes tipo 2, aqueles com um maior nível de stress mostram uma elevação no cortisol e na leptina, independente do índice de massa corporal (IMC). Já a adponectina age como um hormônio sensibilizador da insulina e se apresenta em níveis baixos em pacientes obesos e reisitentes à insulina, diabetes tipo 2 e doença cardíaca coronariana.
A adponectina promove a quebra da gordura nos músculos e age contra as ações pró-inflamatórias do TNF-alfa, e desta forma, nos protege contra a resistência insulínica e a arteriosclerose.

 O ELO COMUM:

A obesidade central está associada a sérias condições incluindo diabetes, doença arterial coronariana e síndrome metabólica. Existe uma forte associação entre stress, inflamação, níveis anormais de lipídios, desequilíbrio do metabolismo de carboidratos, obesidade, resistência à insulina e arteriosclerose. Alguns pesquisadores afirmam que a cotocina pró-inflamatória TNF-alfa é o elo comum.

As pesquisas demonstram que a combinação de stress, gordura visceral e resistência à insulina está fortemente associada com a síndrome metabólica, ainda que a gordura corporal total não demonstra essa relação.
Os pesquisadores também mostram que mulheres obesas com pressão arterial normal, mediadores pró-inflamatórios como a interleucina-6, o TNF-alfa e a proteína C reativa se correlacionam com anormalidades cardiovasculares e ao aumento da gordura intra-abdominal e isso demonstra que a gordura intra-abdominal predispõe a disfunção cardíaca, possivelmente através de uma condição constante de inflamação.

Similarmente, outros estudos também mostram que mulheres com peso normal mas com maior quantidade de gordura visceral (obesidade metabólica) têm um aumento da pressão arterial, insulina, triglicérides, ácidos graxos livres, LDL oxidado, leptina, TNF-alfa, interleucina-6 e níveis baixos de adponectina quando comparadas ao grupo de mulheres com quantidade normal de gordura visceral, isto mostra um aumento dos fatores de risco para as doenças inflamatórias e cardiovasculares relacionados a níveis mais altos de gordura visceral.

A resistência à insulina também está associada a um aumento da inflamação.
A arteriosclerose e a resistência à insulina são patologias parecidas, principalmente devido ao TNF-alfa e a interleucina-6. A obesidade abdominal é fortemente associada ao diabetes, possivelmente devido a uma diminuição da sensibilidade insulínica sempre ocasionando um aumento da gordura abdominal.
As pesquisas também mostram que as citocinas secretadas pela gordura visceral como a interleucina-6 e o TNF-alfa têm um efeito adverso direto nas células beta do pancrêas, as quais secretam a insulina.
 REDUZINDO A GORDURA VISCERAL:
Indivíduos que estão experimentando elevados níveis de stress e o subsequente aumento da gordura abdominal podem aumentar a efetividade do seu programa de perda de peso incluindo Glabrinex, um extrato padronizado de Glycyrrhiza glabra, onde o príncipio ativo é o flavonóide glabridin.

Este flavonóide diminui a gordura visceral; também possui efeito antioxidante e ainda ajuda a diminuir a glicose sanguínea.
Este flavonóide diminui a síntese de gordura e ao mesmo tempo aumenta a atividade das enzimas responsáveis pela quebra do tecido adiposo. Em um estudo, ratos obesos ingerindo uma dieta rica em gordura foram suplementados com o extrato de Glycyrrhiza.
Os estudos mostraram que a adição deste extrato diminuiu de forma significativa o peso da gordura abdominal, como também diminuiu os níveis plasmáticos e hepáticos dos triglicerídeos.

Num estudo similar, ratos obesos e diabéticos foram alimentados com uma dieta rica em gordura e suplementados com o extrato de Glycyrrhiza por 4 semanas. O grupo suplementado com o extrato, mostrou uma forte diminuição no ganho de peso corporal, no peso da gordura abdominal e nos níveis de glicose sanguínea; quando comparados com o grupo controle.
Outra vantagem deste extrato é sua capacidade de diminuir o tamanho dos adipócitos (células de gordura) como também diminuir a gordura nas células hepáticas.
O mais importante é que nos estudos feitos com humanos os resultados foram similares.
Num estudo randomizado e duplamente cego feito em indivíduos com sobrepeso, sendo que os mesmos receberam 300mg por dia do extrato de Glycyrrhiza por 12 semanas.
Os resultados mostraram uma forte diferença na diminuição do peso corporal e no IMC entre o grupo suplementado e o grupo placebo.
Adicionalmente, os pesquisadores afirmam que o efeito de perda de peso do extrato de Glycyrrhiza foi especificamente devido a redução da gordura corporal.

Em outro estudo clínico, indivíduos com sobrepeso foram suplementados com 300mg, 600mg ou 900mg de Glabrinex por dia durante 8 semanas. Todas as três dosagens mostraram uma significante diminuição da gordura corporal em relação as medidas de referência para massa de gordura. No grupo suplementado com 900mg por dia, os participantes obtiveram uma excelente diminuição do peso corporal, IMC, e na massa de gordura visceral.

O flavonóide Glabridin também mostrou uma forte atividade anti-inflamatória, melhora das funções neurológicas e cardiovasculares, inibição da recaptação da serotonina, possivelmente beneficiando a depressão moderada e ainda possui propriedades antimicrobiana e antioxidantes.
As pesquisas afirmam que mesmo uma pequena perda de gordura está associada com uma diminuição nos mediadores inflamatórios, resultando num risco menor para as várias condições inflamatórias relacionadas.
 CONCLUSÃO:
Estressantes psicológicos são inevitáveis. Entretanto, os efeitos adversos da inflamação para a saúde e ganho de peso associados ao stress talvez sejam mais facilmente alterados. O flavonóide Glabrinex é muito benéfico para pessoas com um alto nível de stress, aumento da obesidade abdominal e condicões inflamatórias relacionadas.



Consequência Inflamatórias do Stress Psicológico
Citocinas: são mensageiros celulares que iniciam uma resposta de fase aguda e a indução de proteínas de fase aguda, as quais são os mediadores primários da inflamação.

Hormônios do Stress: O cortisol induz a formação de inúmeros mediadores pró-inflamatórios como a interleucina-1 (IL-1) e IL-6, o fator de necrose tumoral (TNF-alfa), e a proteína C reativa (CRP).

Angiotensina 2: Está ligada ao aumento da pressão arterial e junto com o cortisol ocasiona um aumento do apetite, acúmulo de gordura e a obesidade.


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