domingo, 20 de janeiro de 2013
Declaração - Niuara
Eu disse que estava preparando uma postagem bombástica de boa né? Pois é, como vocês sabem comecei com o acompanhamento do Reinado meu nutri (reinaldonutri@gmail.com), ou seu blog http://suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Conhecei o Reinaldo pela internet e ele sempre foi mega hiper ultra atencioso comigo...fizemos 2 dietas até agora, a primeira com base no ig dos alimentos fiquei por 5 semanas com ela e gostei muito dos resultados, sem contar que a comida pra mim que estava a base de batata doce e frango foi banquete né?
Ele me acompanha online por medidas e fotos, principalmente fotos que dá pra ver as maiores mudanças. Bom, mandei as fotos pra ele e ele me disse assim, olha pela sua dedicação a mudança poderia ter sido maior, vamos por um caminho diferente agora e decidimos pela cetogênica por 5 dias da semana e 2 dias de baixo ig (dieta anterior), no começo foi difícil me acostumar, senti enjôo, meio fraca, vontade monstra de doces ( e comi duzias de flan de claras!) cheguei a diminuir os dias da cetogênica para 3, mas exagerei no off porque minha irmã me visitou em 9 de julho e me senti pesada resolvi batalhar e voltar ao esquema 5 para 2 dias.
Desde 10 de julho segui firme sem offs como contei a vocês, e digo, não poderia ter ficado mais contente quando tirei as fotos para comparar hoje!! Fiz nova avaliação e os resultados surpreenderam inclusive meu treinador Bruno Cunha....
Vamos aos números:
BUSTO 86 PARA 82 :( (já estava despeitada agora mais ainda....mas como a Camila Cutolo falou pode ser das costas que secaram bem né?)
Cintura 66,5 para 66
Abdomen 78 para 72 (yeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii)
Quadril 1,08 para 98 (CARACAAAAAAA!!)
Braço 31 para 29
Coxa 57 para 52 (muito também né?!)
Panturrilha 39 para 38
BF 24% para 21%
Agora vejam com seus próprios olhos e me digam se vale a pena ter acompanhamento profissional ou não??? Agora fica aqui minha dica...GENTE É NUTRI ESPORTIVO VIU!!! NÃO PODE SER NUTRI NORMAL SE VC QUER TER CORPO DE ATLETA! Estou começando a ficar do jeito que eu queria...
Nota do Nutricionista:
Minha obrigação é somente mostrar o caminho; o maior trunfo é do atleta que se esforça para ultrapassar seus limites e alcançar seu objetivo.
Super parabéns Niuara !!!
Blog Niuara: http://casamentoniuemau.blogspot.com.br/
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Proteína de Soja: O que dizem os Estudos ?
Proteína de Soja: O que dizem os Estudos?
Artigo editado por Will Brink.
- Forsythe, W. A., Soy Protein, Thyroid Regulation and Cholesterol Metabolism. J. of Nutri. (review), 125 (3 suppl): 619S-623S, 1995.
- Potter, M. S., Overview of Proposed Mechanisms For the Hypocholesterolemic Effect of Soy. J. Nutri. 125 (3 suppl): 606S-611S, 1995.
- Hajos, G., et al, Effects of Proteolytic Modification and Methionine Enrichment on the Nutritional Value of Soya Albumins For Rats. Nutri. Biochem. 7:481-487, 1996.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
A comunidade dos fisiculturistas tem sido muito dura com a proteína de soja; geralmente relegando-a com o status de imprestável entre a maioria dos fisiculturistas e nutricionistas de atletas. Eu serei o primeiro a admitir que ajudei a reputação negativa da soja entre os fisiculturistas ao longo do tempo dizendo-lhes como esta proteína é inferior quando comparada a proteína do soro de leite ou ovo em vários artigos e em meu livro. Eu ainda acho que a proteína de soja é inferior às proteínas tais como o soro de leite e o ovo, mas eu acredito que ela tem algumas aplicações potencialmente úteis se usada corretamente.
AS DESVANTAGENS DA SOJA:
Por que a soja tem uma reputação tão ruim entre os fisiculturistas? Superficialmente, parece que a proteína de soja é algo muito ruim para a maioria dos atletas. A proteína de soja tem uma pontuação baixa, seu VB (Valor Biológico) é de 74. O que significa isso? Existem várias maneiras de avaliar a qualidade da proteína. Você tem a taxa de eficiência proteica (PER), a utilização da proteína líquida (NPU) e valor biológico (VB). O PER é uma medida ultrapassada de qualidade da proteína e não é mais usado pela maioria dos fabricantes de suplementos, ou pelos nutricionistas para classificar a qualidade da proteína. O NPU é um pouco melhor do que o PER, mas não consegue levar vários fatores importantes em consideração envolvidos com as proteínas, como a absorção e a digestibilidade, por isso também não é muito usado. Isso nos leva ao valor biológico.
O VB é o indicador mais preciso da atividade biológica de uma proteína e mede a quantidade real de proteína depositada por grama de proteína absorvida. Como regra, as proteínas de alto VB são melhores para a imunidade, retenção de nitrogênio, estímulo de IGF-1 e são superiores em reduzir a perda de tecido magro durante vários estados catabólicos, quando comparado aos seus homólogos de baixo VB. Isto é, como regra geral, as proteínas de alto VB são mais anticatabólicas do que as proteínas de baixo VB. Como a maioria das pessoas já sabe, o mais elevado VB de proteína disponível é a proteína do soro do leite, com o ovo inteiro vindo em segundo lugar; razão pela qual os fisiculturistas e outros atletas dependem fortemente destes dois alimentos proteicos e tendem a evitar as proteínas da soja e outras com baixo VB.
Além de seu baixo VB, a soja tem vários outros inconvenientes nutricionais que fazem com que os fisiculturistas a evitem. Uma razão da soja apresentar baixo VB é a falta do aminoácido que contém enxofre, a metionina. Os aminoácidos que contém enxofre (inclui-se também a cisteína) são particularmente importantes para a síntese de proteína e crescimento muscular, para uma função adequada do sistema imune e para o nosso corpo produzir a glutationa (GSH).
GSH é um dos mais importantes antioxidantes encontrados no corpo, porque protege as células e serve para desintoxicar nosso organismo de uma variedade de compostos prejudiciais, tais como peróxido de hidrogênio, substâncias cancerígenas, espécies reativas de oxigênio (ROS), e muitos outros. Em particular, a GSH também é parcialmente responsável por manter as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) impedindo sua oxidação e o entupimento de nossas artérias. Vários estudos têm mostrado que a proteína da soja é inferior ao soro do leite para a produção de GSH e a consequente melhora na imunidade.
Embora a soja tenha uma reputação em reduzir o colesterol em humanos e animais, em um estudo com ratos alimentados com proteína de soja não fortificada com metionina numa ingesta de 13% do total das calorias, tiveram um um aumento do colesterol e um aumento da susceptibilidade de peroxidação do colesterol LDL. Então, não só o colesterol dos ratos sobem, mas a facilidade de oxidação da fração LDL potencialmente ocasiona a obstrução das artérias. Está bem estabelecido que um aumento da susceptibilidade do LDL a peroxidação é um processo essencial para o desenvolvimento de aterogênese. Nestes ratos foram encontrados baixos níveis de GSH (Glutationa) e seu crescimento foi inferior ao de grupo de ratos alimentados com caseína.
Se isso não fosse ruim o suficiente para convencê-lo a evitar a soja, ainda temos um outro problema. A proteína de soja contém algo conhecido como "anti-nutrientes" que bloqueiam a digestão e absorção de muitos nutrientes. Dois dos mais importantes anti-nutrientes encontrados na soja são as lectinas e os inibidores de protease. Lectinas são constituintes indesejáveis de várias plantas e podem causar vários tipos de problemas e interferir com a absorção de nutrientes importantes e até ocasionar uma lesão intestinal. As proteases são enzimas que auxiliam na digestão de proteínas. A soja tem vários inibidores da protease que interferem com a enzima tripsina e quimotripsina, ambas as quais de extrema importância para a digestão e absorção de proteínas no trato gastrintestinal.
Finalmente, a soja é rica em compostos estrogênicos como a genisteína e daidzeína. Existem mais de 300 fitoestrógenos derivados de plantas e sabe-se que estes variam substancialmente no seu efeito fisiológico e potência em animais e humanos. Como qualquer fisiculturista bem informado, uma alteração da relação de testosterona / estrógeno em favor do estrógeno pode conduzir a um aumento da gordura corporal e outros efeitos nocivos no que se refere aos objetivos deste seguimento.
Valor biológico das proteínas:
* Whey Concentrado = 104
* Ovo inteiro = 100
* Clara de ovo = 88
* Caseína = 77
* Soja = 74
AS VANTAGENS DA SOJA:
Quer dizer que a soja pode ter um lado positivo? Eu percebo que a seção anterior não mostrou um bom quadro das proteínas da soja, mas eu não lhe contei toda a história. Como eu disse; superficialmente a soja parece ser uma proteína bastante desaconselhável para fisiculturistas que treinam seriamente tentando ganhar tecido muscular e ou perder gordura corporal. O problema dos anti-nutrientes encontrados na proteína de soja é algo com que os bons fabricantes tem se preocupado, removendo ou reduzindo drasticamente a sua atividade durante o processamento; de modo que este não é mais um ponto de grande preocupação. Além disso, a adição de metionina para isolados de soja melhora grandemente o seu VB e nutricional, embora ainda não atinja o VB do ovo inteiro ou da proteína do soro do leite. Ratos alimentados com a proteína de soja enriquecida com metionina, cresceram a uma taxa semelhante daqueles alimentados com caseína.
A questão dos compostos estrogênicos encontrados na soja é um pouco mais complicada. Durante anos, a proteína de soja foi indicada por reduzir o colesterol em uma ampla variedade de espécies animais e no homem. Um estudo recente descobriu que, quando feita a separação dos compostos estrogênicos da soja, esta falhou na sua ação em diminuir os níveis de colesterol. Isso não vem como uma grande surpresa como os efeitos protetores na redução do colesterol ocasionados pelo estrógeno são bem conhecidos. No entanto, a proteína de soja parece ter vários mecanismos pelos quais reduz o colesterol (isoflavonas, efeitos endócrinos, fibras, saponinas, etc) e esses mecanismo que diminuem o colesterol, provavelmente dependem das espécies de animais em estudo. Além da capacidade das proteínas da soja em reduzir o colesterol; as investigações epidemiológicas também sugerem que a proteína isolada da soja pode reduzir certas formas de câncer.
Ok, agora é que as coisas começam a ficar interessantes, uma vez que se aplica aos fisiculturistas. Embora as proteínas da soja apresentem estes compostos estrogênicos, parece que eles são "tecido específico." Um estudo que utilizou macacos Rhesus descobriu que as proteínas da soja não tiveram nenhum efeito sobre os hormônios reprodutivos destes animais. Testosterona, DHEAS, globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG), peso testicular, peso da próstata, e outras medidas foram tomadas. Eles não encontraram nenhuma diferença entre animais machos que comeram proteína de soja que continham os estrógenos vegetais e aqueles que comiam soja com os estrógenos removidos; levando os pesquisadores a concluir: "assim, as isoflavonas (genisteína e daidzeína) na proteína de soja melhoram os fatores de risco cardiovascular, sem aparente efeitos prejudiciais sobre o sistema reprodutor ... "; os efeitos da genisteína também são tecido específicos, seus efeitos agonistas ao estrógeno sobre as concentrações de lípidos no plasma, as distribuições das lipoproteínas plasmáticas e de conservação da massa óssea, são semelhantes em magnitude aos estrógenos de mamíferos mas sem efeitos estrogênicos.
Eles finalmente concluíram: "Nossos dados apoiam a interpretação de que os estrógenos da soja tem especificidade de tecido, em parte por causa de sua propriedade mista agonista e antagonista." A partir deste e de outros dados, parece que os fito estrógenos da soja podem reduzir o colesterol e melhorar o risco de doença cardíaca sistêmica sem efeitos estrogênicos (ginecomastia, aumento de gordura corporal, etc), que normalmente seria visto se um fisiculturista fizesse uso de certos esteróides e sofresse da sua conversão em estrógenos (aromatização). Este estudo é um pouco mais relevante para nós seres humanos sendo que foi feito com macacos machos que são animais muito mais semelhantes às pessoas do que os ratos. A capacidade de proteína de soja em reduzir o colesterol sem outros efeitos estrogênicos poderia ser útil para fisiculturistas usuários de esteróides anabolizantes, que tendem a ver um aumento nos níveis de colesterol total e do LDL.
Eu reservei o melhor sobre as proteínas da soja para o final.
A proteína de soja tem demonstrado aumentar a produção dos hormônios da tireóide em uma grande variedade de animais ( ratos, coelhos e porcos). Estudos feitos com seres humanos têm sido mais difíceis de quantificar. Mas vários estudos sugerem um efeito estimulante nos hormônios da tireóide em pessoas que ingerem a proteína isolada de soja. A proteína de soja tem mostrado aumentar a produção dos hormônios da tireóide, que pode ser uma vantagem real para os fisiculturistas visando a diminuição da gordura corporal. A ingestão de várias proteínas de alta qualidade tem sido associada com níveis mais elevados de hormônios da tireóide, mas a proteína da soja parece ter capacidade única no aumento dos hormônios da tireóide.
Embora alguns estudos demonstrem alterações no T3 e no TSH, o efeito parece ser mais expressivo no aumento do T4; que é elevado de forma consistente em estudos realizados com animais e, em menor grau nas pessoas que se alimentam da proteína isolada de soja. Além disso, alguns estudos têm encontrado alterações da relação insulina / glucagon que favoreceria a redução dos níveis de colesterol e possivelmente, na gordura corporal. Atualmente, não se sabe exatamente como as proteínas de soja exercem este efeito sobre os hormônios da tiroide, mas os pesquisadores estão trabalhando para elucidar esse mecanismo.
O que as informações acima significam para o fisiculturista? Há dois pontos que eu acho que são os mais relevantes para atletas de força. Embora os hormônios da tireoide são considerados hormônios catabólicos, eles são realmente mais catabólicos em relação a gordura e aos carboidratos, mas estimulam a síntese de proteínas, se quantidades adequadas de calorias são consumidas e as quantidades de hormônios da tireoide não podem ser muito alta. Isto poderia ser útil para aumentar a síntese de proteínas e reduzir a gordura corporal. Mais pesquisas precisam ser feitas nessa área, é claro. Quando uma pessoa faz dieta o sucesso da dieta é rapidamente trazido a uma parada brusca quando o corpo descobre o que você está fazendo e reduz a produção de hormônios da tireoide.
Esta é uma reação do organismo causada por uma ingestão calórica reduzida o que reduz a taxa metabólica e uma nova necessidade calórica é estabelecida; e o nutricionista não pode cair nesta armadilha !! O uso de proteína isolada de soja para aumentar a produção de hormônios da tireoide pode ser exatamente o que o nutricionista bem informado receitou para manter os níveis dos hormônios mais elevados durante a ingestão de calorias reduzidas. Como mostram as evidências acima, usando as proteínas de soja o ser humano consegue compensar a queda hormonal ocasionada pelas baixas calorias.
RESOLVENDO O DILEMA DA SOJA:
Observando toda a informação acima sobre a proteína de soja, eu acho que chegamos a um dilema para o fisiculturista. Para a pessoa comum, não há um verdadeiro dilema, pois não se importa muito com a qualidade da proteína. Infelizmente, se um fisiculturista começa a substituir muito das outras proteínas de alta qualidade em sua dieta em favor da soja para colher alguns dos benefícios potenciais da soja; ele corre o risco de perder músculo devido a qualidade inferior dessa proteína. Isto seria particularmente notável durante uma redução de calorias.
Quanto menor o consumo de calorias; maior qualidade de proteína é necessária para manter a massa magra do corpo. Não se enganem sobre isso, a proteína de soja não tem o efeito de retenção de nitrogênio, a ação anticatabólica, habilidades de construção de proteínas musculares, tais como o soro de leite, ovo inteiro, carne vermelha, etc, no entanto, a soja parece ter alguns outros benefícios reais para o fisiculturista. Então, o que vamos fazer? Até agora, parece que uma pessoa não precisa comer uma grande quantidade de proteína isolada de soja para obter os benefícios. Estimativas entre 10 e 30 gramas por dia de uma proteína de alta qualidade isolada de soja deve fazer a mágica para a maioria das pessoas.
É assim que eu pude resolver o dilema e notei que essa estratégia funciona bem para as pessoas. Misturando a proteína do soro do leite de alta qualidade e a proteína isolada de soja de alta qualidade numa razão de 2:1 e ingerir essa mistura de 2 a 3 vezes ao dia, o fisiculturista pode obter o melhor possível desta mistura (no que se refere ao alto VB, fortalecimento da imunidade, maior retenção de nitrogênio, sendo todas essas habilidades do soro de leite e para a redução do colesterol e estímulo da tireoide, sendo essas habilidades da soja). Até o momento, não tenho nenhuma razão para acreditar que a mistura dessas duas proteínas irá interferir com os benefícios ou propriedades de qualquer proteína, mas existe uma escassez de pesquisas nesta área, com atletas saudáveis.
Curiosamente, as pessoas que eu disse para fazer esta mistura me retornaram com feedback positivo até agora. Procure colocar em prática essa mistura simples e você poderá se surpreender com os resultados...
Artigo Complementar – Proteína de Soja e Resposta Hormonal:
- [73]Kurzer MS: Hormonal effects of soy in premenopausal women and men. J Nutr 132:570S–573S, 2002.
- [74]DiSilvestro RA, Mattern C, Wood N, Devor ST: Soy protein intake by active young adult men raises plasma antioxidant capacity without altering plasma testosterone. Nutr Res 26:92–95, 2006.
- [34]Kalman D, Feldman S, Martinez M, Krieger DR, Tallon MJ: Effect of protein source and resistance training on body composition and sex hormones. J Int Soc Sports Nutr 23:4, 2007.
Apesar de alguns atletas e público em geral ter se esquivado de produtos de soja por causa de supostos efeitos sobre o equilíbrio hormonal, a pesquisa mostra predominantemente nenhum impacto negativo no consumo de ISP sobre os níveis hormonais em homens ou mulheres [73]. Os resultados de dois estudos que especificamente analisaram as concentrações circulantes de testosterona em machos de elevada atividade não observaram nenhuma diferença entre o whey e a proteína isolada de soja [34,74]. Após 12 semanas de treinamento intenso, Kalman e outros [34] não encontraram diferenças significativas entre ou dentro dos grupos para as concentrações séricas de testosterona livre ou total e na globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG), em indivíduos que consumiram ou 50 g de suplementação de ISP (fornecendo, 83 mg isoflavonas totais) ou proteína do soro de leite.
Resultados semelhantes foram relatados por DiSilvestro et al. [74] em homens universitários altamente ativos com idade entre 18 e 30 anos. Concentrações plasmáticas de testosterona total não foram alteradas após 4 semanas, enquanto os indivíduos consumiam ou 40 g/70 kg de peso corporal de proteína de soro de leite ou ISP que continha 164 mg de isoflavonas totais /70 kg. Estes dados reforçam a série de estudos que mostram que o ISP não diminui os níveis de testosterona em homens e confirmam a conclusão alcançada pelo Painel de Especialistas do Instituto Nacional de Saúde, que afirma:'' Em ensaios de intervenção de dieta, nenhuma associação significativa foi observada entre a ingestão de proteína de soja e alterações na circulação de testosterona ou dos níveis de 17-b estradiol.''
Nota do Nutricionista:
De acordo com os estudos acima, podemos contar com mais uma ajuda dietética para um metabolismo mais ativo e uma constante perda de gordura corporal. Talvez você fique com um certo receio mas vamos ter de experimentar a ação da proteína isolada de soja.
Esse efeito de aumentar a produção dos hormônios da tireoide é muito benéfico quando diminuímos as calorias da dieta e fora isso, ainda temos a afirmação que esta proteína não diminui os níveis de testosterona nos homens.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Refrigerantes e Hipotireoidismo
Este Único Ingrediente do Refrigerante pode estar Diminuindo seu Metabolismo.
Artigo editado por Jorge Flechas, MD.
- www.rodale.com (Facts About Soda)
- www.wilsonssyndrome.com
Artigo traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Óleo vegetal bromado é encontrada em cerca de 10% dos refrigerantes. É o óleo vegetal que possui o elemento bromo ligado a ele. O Bromo se parece muito com o Iodo para o nosso corpo e compete com ele para a absorção. Quanto mais bromo você possui no corpo, menos iodo você absorve. Quanto menor a quantidade de iodo em seu organismo, menor a quantidade de hormônio da tireoide seu corpo irá fabricar, porque o corpo precisa de iodo para a produção do hormônio da tireoide.
Pela adição de bromo ao óleo vegetal, os fabricantes podem tornar o óleo vegetal com a mesma densidade que a água. Dessa forma, eles podem obter aromas para ficar misturado na bebida sem que ocorra uma separação. Óleo Vegetal bromado (BVO) já foi designado como "geralmente reconhecido como seguro" pelo governo dos EUA.
No entanto, esse status foi retirado em 1970 pelo FDA porque um grupo de pesquisadores não encontrou evidências suficientes para apoiar essa designação. Desde então, BVO foi aprovado como um "aditivo alimentar provisório". Em outras palavras, era "temporariamente" aprovado para uso nos EUA e autorizado a ser utilizado em alimentos, desde que a concentração seja de menos de 15 partes por milhão. Isso foi há 40 anos atrás. Enquanto isso, BVO foi proibido como aditivo alimentar em refrigerantes na Europa, Japão e Índia.
Jorge Flechas, é um médico que palestra internacionalmente para outros médicos sobre o tema da tireoide e iodo. Ele uma vez disse a uma plateia a história de um jovem que estava bebendo muitas porções por dia de um refrigerante contendo BVO.
O jovem estava apresentando vários problemas de aprendizagem e de comportamento. Foi-lhe dada uma grande dose de iodo para testar sua deficiência em iodo. Quando eles coletaram a urina para medir o iodo, notaram um "lodo" estranho em sua urina. Outras análises mostraram que havia bromo em sua urina. Vejam, tal como bromo pode tomar o lugar do iodo no organismo, como também o iodo pode tomar o lugar do bromo. Quando suplementado com o iodo, este ajudou a limpar o bromo de seu corpo. O jovem foi instruído a parar de beber a bebida contendo BVO e em questão de semanas os sintomas comportamentais e de aprendizagem foram resolvidos.
Há muitos relatos de pessoas desenvolvendo "bromismo" depois de consumir muito refrigerante contendo BVO. Esse foi um caso grave. No entanto, certamente há muitos adolescentes e outros que poderiam estar consumindo refrigerantes contendo BVO e que logo vão apresentar alguns dos sintomas mencionados. Um grande variedade de refrigerantes são vendidos em máquinas de venda automática nas escolas americanas como também, em várias partes do mundo e muitas das bebidas mais consumidas contêm BVO. Isto poderia facilmente explicar alguns dos problemas de aprendizagem e de comportamento que estamos vendo em nossas escolas, e isto sem falar da epidemia da obesidade !!!
Mente de Refrigerante Cítrico:
Dentistas tem um nome para uma condição que eles vêem em crianças que
bebem muito refrigerante cítrico. Eles acabam com a "Boca de Refrigerante
Cítrico" (adaptado do "Mountain Dew Mouth", onde Mountain Dew é uma
marca de refrigerante de sabor cítrico), cheia de cavidades causadas pelos níveis de açúcar ocasionados pelo excesso da bebida. "Mente de Refrigerante Cítrico" pode ser a próxima condição clínica que recebe o nome de uma marca. Um ingrediente chamado óleo vegetal bromado, ou BVO, adicionado para evitar que o flavorizador se separe da bebida, é um produto químico industrial usado como um retardador de chamas em plásticos.
Também encontrado em outros refrigerantes e bebidas esportivas de sabor cítrico, este produto químico é conhecido por causar distúrbios de memória e nos nervos quando consumido em grandes quantidades. Pesquisadores também suspeitam que, assim como os bromados retardadores de chamas usados em espuma de móveis, o produto químico se acumula na gordura corporal, possivelmente causando problemas de comportamento, infertilidade e lesões nos músculos do coração ao longo do tempo.
Envelhecimento Acelerado:
Diet ou normal, todos os refrigerantes de cola contém fosfato ou ácido fosfórico, um ácido fraco que dá aos refrigerantes de cola seu sabor picante e melhora seu tempo de prateleira. Embora ele exista em muitos alimentos integrais, como carne, lacticínios e amêndoas, muito ácido fosfórico pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose e um estudo sugere que poderia provocar envelhecimento acelerado. O estudo,publicado em uma edição do FASEB Journal de 2010, descobriu que níveis excessivos de fosfato encontrados em refrigerantes levou ratos de laboratório
à morte 5 semanas antes do que os demais ratos que tinham uma dieta de nível normal de fosfato. Uma tendência perturbadora considerando que os fabricantes de refrigerante têm aumentado os níveis de ácido fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.
Aumento de Gordura Corporal e Hepática:
As últimas más notícias sobre a indústria do refrigerante; pesquisadores da Dinamarca descobriram que beber refrigerante não dietético leva a um aumento dramático de acúmulo de gordura em volta do fígado e dos músculos, contribuindo para resistência à insulina e diabetes. O estudo revelou que pessoas que bebem um refrigerante comum por dia durante seis meses viram um aumento de 132% a 142% na gordura do fígado, um salto de 117% a 221% na gordura corporal e um aumento de aproximadamente
30% do triglicérides. Este consumo também leva a um aumento de 11% no colesterol comparado com pessoas que tomaram outras bebidas como água ou leite.
Esses refrigerantes contêm o óleo vegetal bromado:
Mountain Dew, Gatorade Orange, Crush Orange, Crush Peach, Crush Pineapple, Strawberry Powerade, Fanta, Dr. Pepper, Fresca, Squirt, Sunkist Orange, e possivelmente muitos outros.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Ômega-3 e Saúde dos Cromossomos
Artigo editado por Marcia J. Egles, MD
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
-Kiecolt-Glaser, J. K. et al. Omega-3 fatty acids, oxidative stress, and leukocyte telomere length: A randomized controlled trial. Brain, Behavior and Immunity 2012.
-Epel, E.S., Blackburn, E.H., Lin, J., Dhabhar, F.S., Adler, N.E., Morrow, J.D., Cawthon, R.M., 2004. Accelerated telomere shortening in response to life stress. Proc. Natl.Acad. Sci. USA 101, 17312–17315.
-Kiecolt-Glaser, J.K., Belury, M.A., Andridge, R., Malarkey, W.B., Hwang, B.S., Glaser, R., 2012. Omega-3 supplementation lowers inflammation in healthy middleaged and older adults: a randomized controlled trial. Brain Behav. Immun. 26, 988–995.
-Farzaneh-Far, R., Lin, J., Epel, E.S., Harris, W.S., Blackburn, E.H., Whooley, M.A.,2010b. Association of marine omega-3 fatty acid levels with telomeric aging in patients with coronary heart disease. JAMA 303, 250–257.
Os benefícios para a saúde dos ácidos graxos ômega-3 são cada vez mais reconhecidos. O ômega-3 pode ser importante para a manutenção celular dos cromossomos. Esta descoberta foi proposta por um estudo clínico recente, realizado na Ohio State University College of Medicine.
Os cromossomos são estruturas do DNA presentes dentro das células. A porção final da extremidade de um cromossomo, que também é a sua proteção é chamada de Telômero. Os telômeros tendem encurtar, perdendo pares de bases do DNA, cada vez que a célula replica. Eventualmente, se os telômeros se tornam muito curtos, a divisão celular é interrompida. Este encurtamento dos telômeros é um mecanismo subjacente ao processo de envelhecimento.
Telômeros encurtados estão associados com doenças relacionadas com a idade, tais como o câncer, doença cardíaca e diabetes, assim como a mortalidade precoce. Telômeros mais curtos também estão associados a agentes inflamatórios e ao estresse oxidativo.
Em um estudo randomizado controlado, publicado no início deste ano pelo próprio grupo da universidade de Ohio, a suplementação com ômega-3 reduziu a concentração de citocinas inflamatórias.
Em 2009, a Dra. Elizabeth Blackburn ganhou o prêmio Nobel de Medicina pela descobertada da telomerase feita em 1984; a telomerase é uma enzima celular que repara e alonga os telômeros. Desde então, um grande estudo tem associado a integridade dos telômeros com maiores níveis basais de dois ácidos graxos ômega-3, o ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA). O presente ensaio clínico, também associado com a Dr. Blackburn, serve para determinar se a suplementação de omega-3 pode afetar o estresse oxidativo, a atividade da telomerase e o comprimento dos telômeros.
O estudo duplo-cego de quatro meses incluiu 106 indivíduos saudáveis mas sedentários, homens e mulheres obesos e não fumantes da região de Columbus, Ohio. A idade média dos participantes era de 50 anos, variando de 40 a 85 anos de idade. Foram excluídos do estudo os indivíduos que usavam muitos medicamentos e aqueles que tomaram suplementos de óleo de peixe ou de linhaça ou que ingeriam mais do que duas porções de peixe por semana.
Os indivíduos foram divididos aleatoriamente em três grupos. O Grupo A recebeu 2,5 gramas por dia de cápsulas de óleo de peixe com 2085 miligramas por decilitro de EPA e 348 mg / dl de DHA. O Grupo B recebeu 1,5 gramas por dia do mesmo suplemento do grupo A. O grupo controle, ou Grupo C, recebeu uma mistura com sabor de peixe de óleo de palma, azeite, soja, canola, manteiga e óleo de côco, que se aproximaram da razão saturada, monoinsaturada e polinsaturada de uma dieta típica americana. Amostras de sangue foram coletadas dos participantes no início do estudo e após 4 meses. A partir das amostras, foram feitas medições da tensão oxidativa, dos telômeros e da telomerase nos cromossomos dos glóbulos brancos, e os níveis plasmáticos de ácidos graxos poliinsaturados.
A suplementação com ômega-3 reduziu significativamente o estresse oxidativo. Os níveis de F2-isoprostano, uma medida do estresse oxidativo, foi 15% mais baixa em ambos os grupos suplementados com ômega-3 em relação ao grupo placebo. No entanto, quando o comprimento dos telômeros foi comparado entre os grupos, não houve diferenças significativas com os suplementos, em comparação ao grupo controle. Também não houve mudanças significativas na atividade da telomerase, quando os três grupos foram comparados.
Como os indivíduos diferem em suas habilidades para absorver e metabolizar o ômega-3, os pesquisadores analisaram índices de ômega-6 e ômega-3 verificando o plasma dos indivíduos e não apenas as quantidades absolutas de ômega-3 ingerida. Esses índices foram então comparados às mudanças no comprimento dos telômeros. Estes resultados foram bastante significativos. O comprimento dos telômeros aumentou com a diminuição da relação ômega-6 para ômega-3. A redução de uma unidade no índice do ômega-6 para o ômega-3 foi associado com um aumento de 20 pares de bases de comprimento dos telômeros (p = 0,02). Os pesquisadores enfatizaram a relevância de se considerar estes índices na avaliação de intervenções nutricionais.
A equipe de pesquisadores chegou a seguinte conclusão do estudo: "foi a primeira prova convincente de que menores taxas de ômega-6 para ômega-3, pode ser muito benéfico para retardar o envelhecimento biológico". Esperamos que as pequenas extremidades dos cromossomos possam ser um grande começo para a continuidade das pesquisas.
*** Marcia Egles, MD, graduou-se na Vanderbilt University School of Medicine, em 1986. Completou a sua residência na St. Louis University Hospital em Medicina Interna. Dr. Egles possui certificação em Medicina Interna e é um membro da do American College of Physicians. Ela reside em Avon, IN com o marido e dois filhos.
Artigo Complementar – Telômeros e Estilo de Vida:
Artigo editado por Cigir Biray Avci, MD
-Avci CB, Sahin F, Gunduz C, Selvi N, Aydin HH, Oktem G, Topcuoglu N, Saydam G. (2007). Protein phosphatase 2A (PP2A) has a potential role in CAPE-induced apoptosis of CCRF-CEM cells via effecting human telomerase reverse transcriptase activity. Hematology. 12(6):519-25.
-Cassidy A, De Vivo I, Liu Y, et al. (2010). Associations between diet, lifestyle factors, and telomere length in women. Am J Clin Nut. 91:1273–1280.
-Cawthon RM, Smith KR, O’Brien E, et al. (2003). Association between telomere length in blood and mortality in people aged 60 years or older. Lancet; 361:393–395.
Definição:
Os Telômeros são as estruturas específicas das proteínas do DNA, encontradas em ambas as extremidades de cada cromossomo; protegem contra a degradação nucleolítica do genoma, a recombinação desnecessária, reparação, e fusão intercromossômica. Os Telômeros, portanto, desempenham um papel vital na preservação da informação do nosso genoma. Como um processo celular normal, uma pequena porção do DNA telomérico é perdida a cada divisão celular. Os Telômeros encurtam com a idade. Quando o comprimento dos telômeros atinge um limite crítico, a célula passa a senescência e / ou apoptose (morte celular programada). Telômeros mais curtos também têm sido implicados em instabilidade genômica e oncogênese.
Pessoas com mais de 60 anos com telômeros curtos têm de três a oito vezes maior risco de morrer de doenças cardíacas e infecciosas, respectivamente [Starr et al., 2007.] A taxa de encurtamento dos telômeros é, portanto, fundamental para a saúde de um indivíduo e ritmo de envelhecimento. O Comprimento dos telômeros podem, portanto, servir como um relógio biológico para determinar o tempo de vida de uma célula. O comprimento dos telômeros limita a capacidade de proliferação celular em culturas de células primárias humanas. O Telômero encurta na ausência de telomerase nas células. Certos agentes específicos associados ao estilos de vida podem acelerar o encurtamento dos telômeros induzindo danos ao DNA em geral ou, mais especificamente, danos aos telômeros e pode, por conseguinte, afetar a saúde e o tempo de vida de um indivíduo.
O hábito de fumar [McGrath et al., 2007; Morla ´ M et al., 2006; Song et al., 2010; Valdes et al., 2005], a exposição a poluição [Hoxha et al., 2009; Pavanello et al., 2010.], a ausência de atividade física [Cherkas et al., 2008; Werner et al., 2009], a obesidade [Valdes et al., 2005], o stress [Von et al., 2002], e uma dieta inadequada [Jennings et al., 1999; Jennings et al., 2000.] provocam um aumento da carga oxidativa e a taxa de encurtamento do telômero. Para preservar os telômeros e reduzir o risco de câncer e o ritmo de envelhecimento, devemos comer menos (diminuição do stress oxidativo); sempre incluir antioxidantes, fibras, proteína de soja e gorduras saudáveis (derivadas de abacate, peixe e castanhas em geral); procurar sempre manter um baixo percentual de gordura, ser ativo, saudável e livre de stress através de exercícios regulares e meditação.
Alimentos como salmão, atum, linguado, anchova, sementes de linhaça, sementes de chia, sementes de gergelim, kiwi, amoras pretas, mirtilo vermelho, chá verde, brócolis, couve, uvas vermelhas
tomates, azeitonas e outros alimentos ricos em vitaminas C e E, devido sua forte ação antioxidante. Estas opções combinadas com a dieta mediterrânea; contendo frutas e principalmente cereais integrais, ajudam muito a proteger os telômeros.
A Obesidade está Associada ao Excessivo Encurtamento dos Telômeros:
A obesidade está também associada com aumento do estresse oxidativo e danos ao DNA. [Furukawa et al., 2004] mostrou que a circunferência da cintura e o IMC significativamente se correlacionam com altos níveis de espécies reativas de oxigênio tanto no plasma quanto na urina. As pesquisas também demonstraram que o IMC se correlaciona fortemente com biomarcadores de danos no DNA, independente da idade. A obesidade relacionada com o aumento do estresse oxidativo é, provavelmente, devido a uma desequilíbrio na produção de adipocitocinas.
Camundongos obesos exibem elevados níveis plasmáticos de espécies reativas de oxigênio e de peroxidação lipídica, em relação a ratos do grupo controle. [Furukawa et al., 2004]. Os elevados níveis de espécies reativas de oxigênio em ratos obesos foram detectados no tecido adiposo branco, mas não em outros tecidos, indicando que o stress oxidativo detectado no plasma pode ser atribuído a agentes oxidantes produzidos no tecido adiposo.
Além disso, os níveis de transcrição e as atividades de enzimas antioxidantes incluindo catalase e dismutase foram significativamente menores no tecido adiposo branco do grupo de ratos obesos em relação ao grupo controle.
Os autores propõem que a falta de defesa antioxidante, a NADPH oxidase elevada e o excesso de gordura acumulada, certamente contribuem ao aumento do estresse oxidativo em animais obesos.
Os telômeros não são meramente “marcadores da divisão celular”.
A proporção do dano oxidativo infligida aos telômeros permanece sem conserto e determina a quantidade do encurtamento em uma próxima rodada de replicação. Esta proporção está relacionada com a quantidade total de danos na maior parte do genoma. Apesar da maior parte do dano ter sido reparada, é a fração residual não reparada que determina a probabilidade de mutação. Assim, o encurtamento dos telômeros conta não apenas as divisões celulares, mas também a probabilidade cumulativa de ocorrer mutações, e do gatilho da senescência nos telômeros curtos em resposta ao estresse oxidativo e probabilidade mutacional [von Zglinicki et al., 2002.].
O estresse oxidativo induz ao dano do DNA e pode, portanto, acelerar o encurtamento dos telômeros. Os Telômeros de mulheres obesas são significativamente mais curtos do que aqueles em mulheres magras da mesma idade [Valdés et al., 2005]. A perda excessiva de telômeros em indivíduos obesos foi calculada como equivalente a 8,8 anos de vida, um efeito que parece ser pior do que o ato de fumar. Em conjunto, estes dados indicam que a obesidade tem um impacto negativo sobre os telômeros e desnecessariamente pode acelerar o processo de envelhecimento.
Biomarcadores Dietéticos e Ingestão de Nutrientes:
Estilos de vida pouco saudáveis como fumar , consumir produtos a base de carne processada e ter um índice de massa corporal elevado [Al-Attas et al, 2010;. Nordfjall et al, 2008;. Lee et al, 2011;.. O'Callaghan et al, 2009; Zee et al. 2010] se correlacionam fortemente com o comprimento mais curto dos telômeros. Vários estudos relataram a associação entre dieta, comprimento dos telômeros e atividade da telomerase em humanos (Gunduz et al, 2005;. Avci et al, 2007, 2011;. Sahin et al, 2010;. Cogulu et ai., 2009). Altos níveis plasmáticos de vitamina D estão associados com o aumento no comprimento dos telômeros em mulheres [Richards et al., 2007].
Outro estudo relatou que a homocisteína plasmática elevada está associada com a diminuição no comprimento dos telômeros [Richards et al., 2008], enquanto uma maior taxa de folato está associada com telômeros mais longos [Paul et al., 2009]. Farzaneh-Far et al. descobriram que, em um grupo de pacientes com doença arterial coronariana, houve uma relação inversa entre os níveis de ácidos graxos ômega-3 e a taxa de encurtamento dos telômeros nos próximos cinco anos, independentemente de outros fatores [Farzaneh-Far et al., 2010.].
The Sisters Study examinou a ingestão de multivitaminas [Xu et al., 2009] em participantes com idade entre 35-74 anos e descobriram que o uso de multivitaminas está associado com um maior comprimento dos telômeros.
Logicamente, ainda existe uma necessidade maior de estudos para uma análise mais sistemática dos macro e micronutrientes em relação ao envelhecimento celular. [Paul et al., 2011].
Os Exercícios Protegem os Telômeros e Reduzem o Ritmo de Envelhecimento:
Song et al. [Song et al., 2010] demonstraram que a duração do exercício está inversamente correlaciona com biomarcadores de danos ao DNA, aos telômeros e com expressão da p16, um biomarcador para o envelhecimento da célula humana. O exercício pode reduzir a gordura prejudicial e ajudar a mobilizar resíduos e produtos tóxicos para uma eliminação mais rápida, levando a um stress oxidativo reduzido e a preservação do DNA e dos telômeros.
Werner et al. [Werner et al., 2009], demonstrou que o exercício está associado a uma elevada atividade da telomerase e a supressão de várias proteínas responsáveis pela apoptose, incluindo p53 e p16, em ratos. Consistentemente, em humanos os leucócitos derivados de atletas tinham uma elevada atividade da telomerase e um encurtamento dos telômeros reduzido quando comparados aos não atletas [Werner et al., 2009].
O exercício parece estar associado com o stress oxidativo reduzido e ao aumento da expressão do telômero em estabilizar proteínas e podem, portanto, reduzir o ritmo de envelhecimento e doenças associadas ao avanço da idade.
Nota do Nutricionista:
O ômega-3 já possui incontáveis benefícios para a saúde de maneira geral.
Esse novo reforço é impressionante porque está direcionado para a base da saúde que são nossos cromossomos.
Esse efeito do aumento no comprimento dos telômeros, que contribui muito na diminuição das doenças e também para um maior tempo de vida (longevidade), faz do ômega-3 um suplemento de valor sem igual para todos os indivíduos.
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