domingo, 1 de maio de 2011

Whey Protein e Imunidade


WHEY PROTEIN E IMUNIDADE.

Artigo retirado do site www.usdec.org
Escrito por Paul Cribb, PH.D.
Diretor de pesquisa, AST (www.ast-ss.com), Colorado
Editado por Carla Sorensen,
Diretora do Instituto de Proteína do Soro do Leite, Minnesota.
- Cribb PJ, Williams AD, Hayes A and Carey MF.
The effect of whey isolate on strength, body
composition and plasma glutamine.
Med Sci Sports Exerc 34;5:S299, 2002.
- Cross ML, and Gill HS, Modulation of Immune
Function by a Modified Bovine Whey Protein
Concentrate. Immunology and Cell Biology 77: 345-
50,1999.
Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com

A composição especial das proteínas do soro do leite provê uma atividade biológica que excede as propriedades de uma boa fonte de aminoácidos.
Eles são alguns dos poucos ingredientes que tem a capacidade de
modular a função imune e mostraram sua ação em ambos os estudos de cultura de células (in vitro e in vivo) e em modelos animais.
Novas evidências científicas mostram seus benefícios para adultos
ativos.
Embora os mecanismos exatos não tenham sido completamente compreendidos, as proteínas do soro do leite parecem modular a função imune impulsionando a produção de glutationa (GSH)
em vários tecidos e preservando a glutamina do reservatório muscular.
A Glutationa (GSH) é a substância mais importante do nosso sistema de defesa e antioxidante, ela regula muitos aspectos da função imune.
A Glutamina muscular é o combustível essencial do sistema imune.
Então, a incorporação de proteínas do soro na dieta pode ajudar a promoção de uma forte imunidade e proteger a saúde de pessoas ativas de todas as idades bem como daqueles que estão com o sistema imune comprometido.
A habilidade para evitar muitas formas de doenças, e as doenças dependem em grande parte do estado de sua imunidade (forte ou fraca).
Exercitar-se, ter um estilo de vida muito ocupado e o próprio envelhecimento, são fatores que comprometem a função imune.
Enquanto o estado nutricional influencia a saúde do sistema imune,
as pesquisas reforçam que, do lado da nutrição, é preciso muito mais
do que uma dieta balanceada para aperfeiçoar a função imune, manter uma boa saúde e prevenir doenças.
Em comparação à maioria das outras fontes de proteínas, as proteínas de soro são inigualáveis em sua habilidade para aperfeiçoar inúmeros
aspectos fundamentais da função imune.

 INTRODUÇÃO AO SISTEMA IMUNE:
O sistema imune é freqüentemente dividido em dois tipos de defesas; a específica e a não específica.
Defesas celulares não específicas como os fagócitos e as células assassinas naturais (Natural Killer), atacam e destroem micróbios invasores, não requerendo marcadores de antígeno específicos, considerando que a legitimidade da defesa imune específica
é a precisão e a memória. A defesa imune específica envolve o recrutamento das células B e células T (linfócitos); só
estas células se lembram como dominar e vencer invasores do passado
e então formam a base para produção de todas nossas vacinas. A defesa imune Específica envolve duas estratégias de reconhecimento. A primeira é a resposta imune humoral que consiste em proteínas do protoplasma solúveis derivadas das células B e anticorpos chamados de imunoglobulinas que são sintetizados em resposta a substâncias invasoras.
A segunda forma de imunidade específica consiste na resposta imune celular direta, onde os linfócitos T atacam diretamente e eliminam as
Células infectadas por vírus ou células cancerosas.
Algumas células T, (chamadas de ajudante), produzem substâncias químicas como as citoquinas que se comunicam e recrutam outras
células do sistema imune. Freqüentemente, todos estes sistemas de defesa trabalham sinergisticamente juntos para destruir os organismos
invasores.
O sistema imune é uma vasta e complexa rede de células, órgãos e moléculas que trabalham juntas para defender o corpo contra microorganismos estranhos como bactérias, parasitas e vírus. O sistema imune tem a habilidade para reconhecer milhões de
invasores estranhos e qualquer coisa que engatilhe
uma resposta imune para estes invasores é
chamada de antígeno. O sistema imune tem muitas maneiras diferentes de prevenir a invasão de partículas estranhas
incluindo as barreiras atômicas, como a pele e as membranas mucosas que fisicamente bloqueiam a entrada de micróbios
e as barreiras fisiológicas, como a temperatura corporal e a acidez que inibem o crescimento e eliminam os micróbios. Se os invasores
atravessam essas barreiras, diferente processos celulares são ativados para atacar e eliminar o antígeno. Para proteger e manter a saúde, este processo essencial ocorre virtualmente centenas de vezes todos os dias e nunca cessa.

 FATORES DO ESTILO DE VIDA QUE AFETAM A FUNÇÃO IMUNE:

- ENVELHECIMENTO:
O envelhecimento está associado com um aumento na geração de radicais livres, esses processos bioquímicos ocorrem todos os dias
e isto pode conduzir a um stress oxidativo. A tensão oxidativa prejudica as membranas celulares e as proteínas e são responsáveis
pelo início de muitas das doenças que são normalmente associadas
ao envelhecimento. Uma das funções principais do sistema imune
é a redução do stress oxidativo.
Indivíduos que vivem uma vida longa e saudável, parecem ser munidos com ótimos mecanismos de defesa celulares que mantêm
uma forte resposta imune.

- APTIDÃO FÍSICA:
O nível de aptidão física de um indivíduo (eficiência cardíaca) é entendido agora por ser um fator importante na prevenção de doenças cardíacas, particularmente em homens, aumentando também sua longevidade. A performance física só pode ser melhorada com a prática de exercícios físicos regulares e vigorosos.
Porém, os cientistas entendem agora que o exercício extenuante e prolongado, é uma tensão metabólica que suprime a função da célula imune.
O exercício tem um impacto direto sobre o sistema imune, afeta a distribuição de linfócitos dentro de nosso corpo e faz com que uma grande quantidade destas células imunes, seja removida da circulação. Esta diminuição transitória da ativação da defesa do hospedeiro é chamada de janela aberta da supressão imune.
Esta supressão temporária do sistema imune tem uma duração de 6 a 48 horas e predispõe as pessoas ativas a um risco maior de infecção durante o treinamento físico.
Há uma evidência crescente que o estilo de vida e o hábito dietético são importantes co-fatores na resposta imune ao exercício. O treinamento físico, sem uma ótima intervenção nutricional pode resultar numa função imune enfraquecida.
Muitas pessoas ativas não sabem que seus músculos e seu sistema imune estão intimamente conectados. O aminoácido glutamina é o combustível essencial que dá poder a função imune e é sintetizado predominantemente dentro do tecido muscular.
Este aminoácido não pode ser fabricado através das células imunes e deve ser fornecido ao músculo. O sistema imune requer grande quantidade de glutamina em uma base contínua.
Problemas surgem se as demandas metabólicas excedem as taxas de síntese. Quando o estilo de vida possui fatores que causam tensão (como nutrição inadequada e falta de sono), e isto é combinado com um treinamento físico intenso, a demanda do corpo para glutamina pode facilmente exceder sua capacidade de síntese. Tudo isto pode resultar em uma redução no desempenho atlético. E ainda ocasionar repercussões mais sérias como a recorrência de infecções e
doenças persistentes como a Síndrome da fadiga crônica.

A inter-relação entre hábitos dietéticos e de qualidade de vida continua sendo uma forte intenção de numerosas áreas de pesquisa.
Muitos destes estudos epidemiológicos; clínicos e pré-clínicos mostram uma evidência constrangedora de que muitos dos componentes dietéticos essenciais e não essenciais são capazes de melhorar a
função imune ajudando na prevenção de doenças. Porém, as dietas de
muitos adultos nos Estados Unidos e numerosos outros países não contêm o bastante dos nutrientes que aperfeiçoam o sistema imune.
Para se iniciar e manter a resposta imune, uma rápida síntese de proteínas é necessária e isto porque os aminoácidos (nutrientes que formam as proteínas), são críticos para a função imune.
O consumo inadequado de proteína prejudica a imunidade, com um prejuízo particular no sistema das células T, e isso resulta no aumento
da incidência de infecções oportunistas.
Entretanto, uma quantidade significativa de pesquisas mostram agora que o tipo de proteína em dietas nutricionalmente adequadas
influenciam a eficácia da resposta imune.
Estudos mostram que as proteínas do Soro do leite (Whey), podem melhorar o status da glutationa.
Glutationa é o combustível essencial que fornece poder para função imune.
Descrevendo a influência de nutrientes que regulam a imunidade, é importante entender que o termo exato para descrever estas propriedades é modulação.
Esta palavra (Modulação), engloba o estímulo e a supressão da resposta vinda dos nutrientes que resultam em um favorável impacto na imunidade.

Proteína do Soro do leite e quantidade de aminoácidos (Porção de 100 gramas):

Whey Concentrado – 80% Whey Isolado
Triptofano 1,20g Triptofano 1,50g
Treonina 5,36g Treonina 6,25g
Isoleucina 4,80g Isoleucina 5,90g
Leucina 8,08g Leucina 13,00g
Lisina 7,84g Lisina 9,15g
Metionina 1,60g Metionina 2,05g
Cisteína 2,72g Cisteína 3,10g
Fenilalanina 2,48g Fenilalanina 2,30g
Tirosina 2,24g Tirosina 3,15g
Valina 4,45g Valina 5,35g
Arginina 2,00g Arginina 3,65g
Histidina 1,20g Histidina 1,35g
Alanina 4,08g Alanina 6,00g
Ácido aspártico 8,00g Ácido aspártico 9,00g
Ácido glutâmico 13,28g Ácido glutâmico 13,00g
Glicina 1,36g Glicina 2,35g
Prolina 5,12g Prolina 4,80g
Serina 4,08g Serina 5,00g

Fonte: Dados obtidos da análise nutricional de proteínas do soro fabricadas nos EUA.

 CAPACIDADE IMUNO MODULADORA DO WHEY PROTEIN:
Um, de muito poucos ingredientes (ou suplementos dietéticos) que mostram o poder de modular a função imune, usando provas em modelos in vitro e in vivo, são as proteínas do soro. Freqüentemente as melhorias correlataram com uma melhora mensurável refletida na saúde imune.
A Proteína do soro é uma classe solúvel de proteínas do leite que compõem aproximadamente, 20% das proteínas do leite bovino total.
Proteína do soro é um termo coletivo que cerca uma gama de frações,
inclusive a principal classe de proteínas bovinas, a alphalactalbumina e a beta-lactoglobulina, e frações secundárias como a lactoferrina, as imunoglobulinas e fatores de crescimento celular.
Individualmente, estas frações são descritas como imuno estimulantes e são substâncias que modulam uma grande parte das funções imunes.
As frações das proteínas do Whey estão ligadas a uma gama de funções bioativas como seus efeitos prebióticos, promoção da reparação de tecidos, manutenção da integridade intestinal, destruição de patógenos e eliminação de toxinas. Comercialmente disponíveis, o Whey concentrado (WPC) e o isolado (WPI), são misturas ricas e heterogêneas destas proteínas. Esta revisão esta focada em dados
obtidos com a incorporação de WPC (freqüentemente WPC/80) e ingredientes de WPI na dieta.
A adição de WPC na dieta mostrou melhorar significativamente os anticorpos primários e secundários da área intestinal como também as
respostas para uma variedade de vacinas diferentes com antígenos que são atualmente usados dentro da área médica.
Um estudo demonstrou isso em roedores que consumiram uma dieta que contém 20% de proteína (WPC); este mostrou significativamente
melhor resposta imune para a vacina da gripe, difteria, tétano,
vacina da poliomielite e toxina da cólera, isto comparado a ratos alimentados com uma dieta habitual.
A adição de WPC na dieta resultou em níveis mais altos de anticorpos antígeno-específico em todos estes desafios imunes; á curto prazo (2 semanas) e a longo prazo (12 semanas) de administração.
Um dos passos mais importantes na reatividade específica imune é expansão clonal (proliferação), para produzir uma piscina de limfócitos antígenos reativos.
Para propósitos experimentais, a proliferação dessas células imunes
em animais vivos são estimuladas pela adição de culturas de células de mitógenos, as quais são focadas para as células B ou para as células T. Em estudos que compararam uma gama de fontes de proteína comercialmente disponíveis, a superioridade de proteínas do soro para melhorar a reatividade imune específica é bem clara.
Com respeito á infecção parasitária no intestino; ratos alimentados com alfa-lactoalbumina, (20% do consumo de proteína diária), mostrou aumentar significativamente a produção de células brancas do sangue (CD4+ e CD8+), a contagem de linfócitos e a uma maior produção de citoquinas através de células do baço do que aqueles alimentados com caseína ou proteína isolada de soja. Estes resultados,
combinados com a avaliação da produção de substâncias (oocyst) fecais (uma medida do nível de infecção), demonstrou que as proteínas do Whey, resultam num impacto muito maior na resposta imune do que a proteína da soja; e isto, em conseqüência de uma redução na severidade da infecção.

A resposta imune Humoral governa a taxa de produção de anticorpos e seu recrutamento no combate a microorganismos invasores e desta forma é vista como sendo um componente integrante da imunidade
específica. Em estudos que têm comparado os efeitos de fontes de proteína como proteínas de soro, soja, caseína, trigo, milho, clara de ovo, peixe, carne bovina e spirulina, (todos com a ingestão de 20% do consumo de proteína diária), a resposta imune humoral e a produção de anticorpos para microorganismos invasores, é significativamente melhor em animais alimentados com as proteínas do soro do leite. Este efeito estimulante do sistema imune, ocasionado pelas proteínas do soro foi observado em pelo menos seis linhagens de ratos, e em alguns exemplos a resposta imune observada com as proteínas do soro
eram quase cinco vezes maior, que a resposta observada com outra fonte de proteína da dieta.
Em ratos não desafiados com um estímulo imune, o tipo de proteína mostrou ter pouco ou nenhum efeito no crescimento corporal, consumo de alimentos, no nível de proteínas do soro e na circulação de leucócitos.
Porém, com respeito a um desafio imune, as proteínas do soro mostraram aumentar a imunidade humoral (medida pela formação de placas de células nos baços de ratos) para células T dependente de
antígenos que foi considerado tradicionalmente representar uma resposta imune normal.
Mais adiante averiguar melhor o papel das proteínas do soro na resposta imune humoral, os mesmos pesquisadores completaram outro
estudo que investigou os efeitos das diferentes proteínas na resistência
para uma infecção com pneumococos. Os ratos que foram alimentados com WPC (20g/100g da dieta de proteína), resistiram a uma infecção fatal com pneumonia por Estreptococos, por um período
significativamente maior que ratos alimentados com caseína.
A imunidade adquirida para esta infecção é em grande parte dependente da resposta humoral.
Baseado na literatura disponível, pode-se dizer que as proteínas do soro são mais efetivas para aperfeiçoar este aspecto fundamental da
imunidade específica.
Alguns estudos que examinaram os efeitos de diferentes proteínas na projeção de células imunes mostraram um impacto benéfico das proteínas do soro.
Em ratos, o WPC somado a uma dieta balanceada aumentou a resposta humoral e a função dos neutrófilos. Estas propriedades imuno estimulantes do WPC foram observadas em comparação direta com
suplementos de proteína isolada de soja.
Proteínas de soro também são capazes de aumentar outras respostas dos neutrófilos.
Um suplemento com WPC ou uma mistura de lactoferrin e lactoperoxidase, pode aumentar a habilidade dos neutrófilos para neutralizar a produção dos radicais livres e minimizar o stress oxidativo. Adicionalmente, a incorporação de lactoferrina na dieta mostrou aumentar a mediação das células T com as células natural killers (NK), função que se relaciona com uma maior proteção
Contra o citomegalovirus.

 O PAPEL DA GLUTATIONA E DAS PROTEÍNAS DO SORO DO LEITE NA IMUNIDADE
O sistema antioxidante feito pela Glutationa (GSH), é o mecanismo principal que protege as células contra tensão oxidativa causada pela poluição, toxinas, exercícios e pela exposição aos raios UV. Um papel importante do sistema imune é reduzir o stress oxidativo. Portanto, um
oferta adequada de GSH é um fator crucial na manutenção de um efetivo sistema imune.
O GSH deve ser sintetizado dentro das células usando três aminoácidos: cisteína, glutamato e glicina. Entretando, a cisteína
é o aminoácido limitante para a produção de GSH.
Um fornecimento adequado de cisteína, no plasma e tecidos são essenciais para manter uma alta relação entre GSH e GSSG nas células e assegurar uma ótima defesa contra o stress oxidativo.
As Proteínas do soro são uma fonte rica em cisteína. WPC e WPI geralmente contêm uma concentração de cisteína que é pelo menos
quatro vezes maior do que qualquer outra qualidade de proteína.
As proteínas fornecidas pelo WPC e pelo WPI mostram nas pesquisas ser um efetivo doador de cisteína, a qual mantém uma concentração de GSH ativo (uma razão de GSH:GSSG favorável) nas células. Em comparação a outras fontes de proteína comercialmente disponíveis,
a otimização da resposta imune pela maior produção de GSH nas células imunes, foi alcançada com o uso da proteína do soro do leite.

 WHEY PROTEIN, FUNÇÃO IMUNE E DESEMPENHO NO EXERCÍCIO
A suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) antes dos exercícios, mostrou prevenir o declínio na proliferação de linfócitos, e também, a queda pós-exercício das concentrações de glutamina no plasma. A glutamina do músculo é constantemente doada ao sangue porque é o combustível metabólico essencial que impulsiona o poder da função imune. Os BCAAs são exclusivamente usados pelo músculo para fabricar Glutamina. O Whey é a proteína
mais rica (e mais efetiva) fonte natural de BCAAs.
Uma pesquisa mostrou que a suplementação com WPI, (1.5 grama
por quilo de peso corporal por dia) por onze semanas podem manter as concentrações de glutamina no plasma que podem diminuir durante
intensos programas de treinamento, como também prover
significativamente melhores ganhos de força muscular do que a caseína.
Em termos de desempenho de resistência, outra pesquisa mostrou que seis semanas de suplementação com WPI (a dose de 1 grama por quilo de peso corporal por dia) preveniu um declínio duplo no sangue e na célula mononuclear de GSH, nas concentrações que foram vistas no
Grupo controle durante 6 semanas de treinamento intenso.

 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL PARA AUMENTAR A IMUNIDADE:
O consumo de proteína (aminoácidos) inadequado pode retardar a função imune. A literatura atual sugestiona, que as exigências de proteínas para pessoas saudáveis e ativas pode ser mais alta, do que
foi previamente recomendado. Aumentar a quantidade de proteína na dieta é agora considerado uma estratégia segura e efetiva para
melhorar a saúde, porque abaixa as concentrações de lipídios no sangue, melhora o metabolismo da insulina / glicose e promove a perda do excesso de peso. Para manter uma ótima saúde e
função imune, a pesquisa atual sugere que os indivíduos ativos
e os adultos mais velhos aumentem o consumo de proteína, desconsiderando o que foi dito em pesquisas anteriores.
As pesquisas reforçam que o tipo de proteína na dieta pode influenciar a intensidade da resposta imune, até mesmo em dietas nutricionalmente adequadas.
Em comparação a outras fontes de proteína, as proteínas do whey mostraram impulsionar as concentrações de GSH, como também otimizar certos aspectos da função imune.
Proteínas de soro são rapidamente absorvidas dentro de nosso corpo
para prover uma quantidade abundante de aminoácidos essenciais para órgãos e tecidos, e eles estimulam os mecanismos de regeneração muscular.
O consumo de 20 ou 30 gramas de WPI e WPC junto com carboidrato
antes e depois do treinamento pode ser uma estratégia ideal para ajudar a minimizar a supressão imune induzida pelo exercício, como também acelerar a recuperação do músculo. Em virtude de seu perfil de aminoácidos excelente, sua cinética de absorção e de sua capacidade de fortalecer o sistema imune, a proteína do soro é um ingrediente altamente nutritivo que pode beneficiar uma variedade enorme de populações. Embora claro, as diretrizes relativas a uma dosagem diária de proteínas do whey ainda será estabelecida, as pesquisas têm mostrado benefícios com dosagens ao redor de 1.5g por
quilo de peso corporal por dia.

 PROTEÍNAS DO WHEY E CÂNCER:
Dados epidemiológicos indicam que a dieta é um fator principal na origem do câncer. A capacidade sem igual das proteínas do whey em aumentar a produção de GSH (Glutationa) e modular a função imune
inspirou os cientistas para investigar os efeitos de proteínas do soro em um carcinoma experimentalmente induzido.
Em ratos, usando um suplemento com WPC (20% de entrada de proteína), quando comparado com a caseína, mostrou abaixar a incidência e o tamanho de tumores de cólon. Este resultado foi
reproduzido em outro estudo vários anos depois, por um grupo diferente de pesquisadores.
Este estudo posterior também mostrou que o WPC teve o seu efeito protetor duas vezes contra o desenvolvimento de tumores intestinais,
quando comparado à proteína de soja. A Sociedade Americana de Câncer estima que o câncer de cólon permanecerá sendo a segunda causa de mortes por câncer nos Estados Unidos em 2004, seguida de câncer no seio, pancreático e câncer de próstata. Então, o potencial
anti-câncer realizado pela proteína do soro é particularmente pertinente para humanos.
As propriedades anti-carcinogênicas das proteínas do soro aparecem também agindo em tipos de malignidades como tumores mamários
em ratos (fêmeas). Em um estudo, a suplementação com whey
mostrou ser pelo menos duas vezes mais efetiva do que a proteína isolada de soja e reduzir duplamente a incidência de tumor e sua
multiplicidade.
A capacidade sem igual da proteína do soro para aumentar as
concentrações de GSH nas células e proteger contra o câncer, foi também mostrada em células humanas com câncer de próstata.
O tratamento com um whey isolado e hidrolisado (WPI), aumentou a GSH intracelular em 64% e protegeram células induzidas à morte pelo stress oxidativo; considerando que a suplementação com o caseinato de sódio hidrolisado não aumentou o GSH celular significativamente.
Em pesquisas com câncer, a suplementação com whey, mostrou manter uma alta concentração de GSH nas células e impulsionou as defesas antioxidantes celulares que promovem a detoxificação dos carcinógenos.
Devido aos resultados positivos, a suplementação com proteínas do soro, está começando a ser vista como uma terapia suplementar não farmacêutica no tratamento do câncer.
Dr. Michael Murray, autor de "Como Prevenir e Tratar Câncer com medicina natural", recomenda que pacientes com câncer usem 20 a 30 gramas de whey duas vezes por dia para obterem quantias adequadas de glutamina. Ele declara que tanto a glutamina e os aminoácidos de cadeia ramificada (a proteína de soro é muito rico em BCAAs), são críticos para a saúde celular e síntese protéica.
A Proteína do soro também pode ajudar a recuperação de apoio
de tratamentos de câncer, tal como quimioterapia, radiação e cirurgia.

 BENEFÍCIOS DAS PROTEÍNAS DO WHEY PARA FORTALECER A IMUNIDADE:
• Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) são metabolizados exclusivamente através do músculo para fabricar glutamina; o combustível que fornece poder para a função imune. Proteínas do soro
são a fonte conhecida mais ricas em BCAAs.
A Proteína do soro em formulações comercialmente disponíveis contêm aproximadamente 26% de BCAA e 6% glutamate. Portanto, mais de um terço de proteína do soro, têm um perfil de aminoácido
completamente centrados na síntese de glutamina muscular.
• A Cisteína é o aminoácido limitante para a formação de GHS. GHS é a peça central de todas as defesas antioxidantes e controla muitos processos chave da função imune.
As Proteínas do soro contêm pelo menos quatro vezes mais cisteína do que a concentração mais alta (por 100gms de proteína), quando
comparado a outras fontes de proteína de alta qualidade.
• Um aumento no status de GHS mostrou reforçar a função imune. Comparado com outras fontes de proteína comuns, as proteínas do soro incorporadas na dieta, impulsionam a produção de GHS
e aperfeiçoam a imunidade.
• A suplementação com proteínas do soro, também mostrou manter o status de GHS em pessoas saudáveis durante exercício intenso.
Em alguns exemplos, isto resultou num aprimorado atlético no
desempenho e na composição corporal (menos gordura corporal e mais tecido magro).

OS EFEITOS BENÉFICOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM WHEY NA INFECÇÃO POR HIV:
- Por Patrick Micke M.D., Departamento médico da Universidade de Johannes Gutenberg, Alemanha.

As Proteína do soro de alta qualidade, são uma fonte segura de aminoácidos e proteínas biologicamente ativas.
Como um suplemento nutricional, o whey é muito valioso para aumentar o teor protéico em dietas para pacientes infectados com HIV.
Há evidências crescentes que a qualidade das proteínas do soro
possuem propriedades terapêuticas dentro de condições patológicas diferentes.
No resumo a seguir destacaremos o os efeitos potenciais benéficos da
proteína do soro na infecção com HIV e também os ensaios clínicos que usam a proteína do soro como suplemento.
Suplementos de Alta Qualidade Protéica:
Embora as tentativas clínicas que usaram a proteína do soro, ou outros suplementos com alta qualidade de proteína sejam escassos, há indicações preliminares que pacientes infectados com HIV poderiam se beneficiar de uma dieta rica em proteínas. Uma tentativa clínica randomizada que incluiu 30 mulheres infectadas com HIV, e usaram a proteína do soro, exercícios progressivos ou a combinação das terapias anteriores, depois de catorze semanas de terapia, somente o grupo que usou whey mostrou ganho de peso corporal, considerando que a massa de célula clinicamente favorável (massa de células metabolicamente ativas), aumentou somente nos grupos que incluíram
exercício [Agin et al., 2001]. Um outro estudo randomizado que compara uma dieta rica em peptídeos com uma dieta de proteína com um padrão convencional; mostrou um resultado clínico superior (maior aumento de massa corporal magra e diminuição na freqüência de hospitalização) para a preparação que incluiu os peptídeos.
[Chlebowski et al.,1993].
Embora uma ótima quantia e fonte de proteína ainda seja um problema de debate intensivo, estas observações provêem razões para o uso de um suplemento com alta qualidade de proteína.

Os Suplementos de Whey podem Restabelecer os níveis de Glutationa em infecções com HIV:
Em um pequeno estudo piloto, 3 pacientes soro-positivo foram suplementados oralmente com uma quantia crescente de até 39g de de proteínas de whey por dia. Depois de 3 meses de tratamento o
conteúdo de GSH nas células mononucleares do sangue aumentado em 2 dos 3 pacientes e alcançou níveis normais em um indivíduo [Bounous et al.,1993]. Dois estudos clínicos controlados foram
executados recentemente. Primeiramente, em um estudo duplamente cego, 30 pacientes com uma avançada infecção por HIV foram randomizados diariamente para doses de 45g de dois tipos diferentes de proteínas de whey. O pó de proteína era usado em três porções iguais de 15g adicionalmente a sua terapia rotineira (90% da terapia antiretrovirótica convencional). Os níveis de GSH no plasma na pré- terapia estavam significativamente reduzidos. Depois de duas semanas de tratamento os níveis de GSH no plasma aumentaram notavelmente, chegando a níveis normais em ambos os grupos [Micke et al., 2001].

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