sexta-feira, 14 de abril de 2017

O Óleo de Coco também é Benéfico para sua Pele?







Artigo Editado por Rachel Link, MS, RD.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br



O óleo de coco é um tipo de gordura que foi elogiado para suas propriedades de promoção da saúde.
Desde diminuir os níveis de colesterol LDL, até melhorar a função cerebral em pacientes com Alzheimer, óleo de coco está associado com uma infinidade de benefícios para a saúde (1,2).
Na verdade, vários estudos demonstram que o óleo de pode ter benefícios para a saúde da pele também.
Este artigo examina as evidências para examinar os benefícios do óleo de coco para a pele.


O que é óleo de coco?

O óleo de coco é um óleo altamente saturado que é tradicionalmente feito extraindo o óleo de cocos crus ou de grãos de coco secos (3).
Na temperatura ambiente fria é sólido e de cor branca, mas quando em ambientes mais quentes ele se torna líquido e transparente.
É frequentemente usado na cozinha ou aplicado diretamente sobre a pele e cabelo.
O óleo de coco é rico em ácidos graxos de cadeia média, que são uma forma de gordura saturada. De fato, estes ácidos graxos de cadeia média constituem cerca de 65% da sua composição total (4).
Os ácidos graxos de cadeia média encontrados no óleo de coco incluem (4):

Ácido láurico: 49%
Ácido mirístico: 18%
Ácido caprílico: 8%
Ácido palmítico: 8%
Ácido cítrico: 7%
Ácido oleico: 6%
Ácido linoléico: 2%
Ácido esteárico: 2%

Embora o óleo de coco seja cerca de 90% de gordura saturada, que contém pequenas quantidades de gorduras mono e polinsaturadas. Uma colher contém cerca de 12 gramas de gordura saturada e 1 grama de gordura insaturada (5).

Mensagem Importante: O óleo de coco é usado no cozimento, consumido cru em colheres, mas também pode ser aplicado na pele ou no cabelo. É rico em gorduras saturadas e ácidos graxos de cadeia média, especialmente ácido láurico.


O Óleo de Coco Mata Microorganismos Prejudiciais:

Os ácidos graxos de cadeia média no óleo de coco contêm propriedades antimicrobianas que podem ajudar a proteger contra microorganismos nocivos.
Isto é especialmente importante para a saúde da pele, pois muitos tipos de infecções cutâneas, incluindo acne, celulite, foliculite e pé de atleta, são causadas por bactérias ou fungos (6).
Aplicar óleo de coco diretamente na pele pode impedir o crescimento desses microorganismos.
Isto é devido ao seu teor de ácido láurico, que compõe quase 50% dos ácidos graxos no óleo de coco e pode combater microorganismos nocivos.
Um estudo testou as propriedades antibacterianas de 30 tipos de ácidos graxos contra 20 linhagens diferentes de bactérias. Verificou-se que o ácido láurico é o mais eficaz para bloquear o crescimento de bactérias (7).
Outro estudo em tubo de ensaio mostrou que o ácido láurico pode matar Propionibacterium acnes, um tipo de bactéria que leva ao desenvolvimento de acne inflamatória (8).
Além disso, o ácido cáprico é outro ácido graxo de cadeia média encontrado no óleo de coco, embora em menor grau. Tal como o ácido láurico, o ácido cáprico mostrou possuir potentes propriedades antimicrobianas.
Um estudo em tubo de ensaio mostrou que tanto o ácido láurico como o ácido cáprico efetivamente mataram as cepas de bactérias (9).
Outro estudo em tubo de ensaio demonstrou os efeitos antifúngicos do ácido cáprico, mostrando que foi capaz de inibir o crescimento de certos tipos de fungos (10).

Mensagem Importante: Os ácidos graxos encontrados no óleo de coco têm propriedades antimicrobianas que efetivamente matam bactérias e fungos.


O Óleo de Coco pode Reduzir a Inflamação:

A inflamação crônica é um componente importante de muitos tipos diferentes de distúrbios da pele, incluindo psoríase, dermatite de contato e eczema (11).
Curiosamente, o óleo de coco mostrou ter propriedades anti-inflamatórias.
Em um estudo, os pesquisadores aplicaram óleo de coco virgem nos ouvidos inflamados de ratos. Não só o óleo de coco foi encontrado para ter um efeito anti-inflamatório, mas também aliviou a dor (12).
Além do mais, óleo de coco pode aliviar a inflamação, melhorando o status antioxidante.
Os antioxidantes atuam estabilizando os radicais livres no organismo, neutralizando os átomos reativos que podem contribuir para a inflamação (13).
Um estudo de 2013 alimentado ratos com diferentes tipos de óleo, incluindo óleo de coco, azeite e óleo de girassol. No final do estudo de 45 dias, o óleo de coco virgem melhorou o estado antioxidante e preveniu o estresse oxidativo com maior extensão (14).
É importante ter em mente que a maioria das pesquisas atuais está limitada a estudos com animais e testes, por isso é difícil saber como esses resultados podem se traduzir para os seres humanos.
No entanto, com base nestes estudos, o óleo de coco mostra grande potencial em sua capacidade de reduzir a inflamação quando consumido ou aplicada à pele.

Mensagem Importante: Estudos em animais mostraram que o óleo de coco pode aliviar a inflamação, melhorando o status antioxidante e diminuindo o estresse oxidativo.


O Óleo de Coco pode ajudar a Tratar a Acne:


Enquanto alguns pensam que o óleo de coco obstrui os poros, uma pesquisa considerável mostra que pode realmente ajudar a tratar a acne.
Acne é uma condição inflamatória, e muitos dos medicamentos utilizados para tratá-lo agem na redução da inflamação (15).
Como o óleo de coco e seus componentes podem ajudar a reduzir a inflamação no corpo, ele também pode ajudar no tratamento da acne.
Além disso, as propriedades antibacterianas dos ácidos graxos de cadeia média no óleo de coco também pode ajudar a reduzir a acne.
Numerosos estudos têm demonstrado que o ácido láurico, que responde por quase metade dos ácidos graxos no óleo de coco, tem sido demonstrado para matar a estirpe de bactérias ligadas à acne (8,16).
De fato, estudos em tubo de ensaio e em animais mostraram que o ácido láurico é mais eficaz do que o peróxido de benzoíla na prevenção do crescimento de bactérias causadoras pela acne (16).
Junto com o ácido láurico, o ácido cáprico mostrou ter propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas.
Um estudo em animais e tubo de ensaio de 2014 mostrou que tanto o ácido láurico como o ácido cáprico foram bem sucedidos na redução da inflamação e na eliminação de bactérias para prevenir a acne (17).
Para obter os melhores resultados, óleo de coco deve ser aplicado diretamente sobre a pele em áreas onde a acne é encontrada.

Mensagem Importante: As propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas do óleo de coco e seus componentes podem ajudar a tratar a acne.





O Óleo de Coco Hidrata a Pele Seca:

Além de seus efeitos sobre a acne e a inflamação, aplicar o óleo de coco diretamente sobre a pele também pode ajudar a mantê-la hidratada.
Um estudo comparou os efeitos do óleo de coco ao óleo mineral, um tipo de óleo feito do petróleo que é usado frequentemente para tratar a pele seca, em pacientes com pele suave a moderadamente seca.
O estudo de duas semanas descobriu que o óleo de coco melhorou significativamente a hidratação da pele e foi tão eficaz quanto o óleo mineral (18).
Ele também mostrou ajudar a tratar eczema, uma condição da pele caracterizada por erupções cutâneas escamosas.
Um estudo comparando os efeitos do azeite e óleo de coco em 52 adultos com eczema descobriu que a aplicação de óleo de coco ajudou a reduzir a secura, além de ajudar a tratar o eczema (19).
Outros estudos encontraram resultados semelhantes, mostrando que o óleo de coco levou a uma redução de 68% na gravidade do eczema, tornando-o significativamente mais eficaz do que o óleo mineral no tratamento do eczema (20).
Manter sua pele hidratada pode ajudar a preservar sua função como uma barreira para manter fora as bactérias, promover a cicatrização de ferimentos e manter a integridade total da pele (21,22,23).

Mensagem Importante: O óleo de coco é um hidratante eficaz e ajuda no tratamento da pele seca e eczema.


O Óleo de Coco Ajuda na Cura de Ferimentos:

Vários estudos demonstram que o óleo de coco também pode ajudar a cicatrização de feridas.
Um estudo em animais analisou como o óleo de coco aplicado na pele afetou a cicatrização de feridas em ratos.
Descobriu que o tratamento das feridas com óleo de coco virgem acelerou a cicatrização, melhorou o estado antioxidante e aumentou os níveis de colágeno, uma proteína importante que auxilia na cicatrização de feridas (24).
Outro estudo em animais mostrou que o óleo de coco combinado com um antibiótico aplicado na pele foi eficaz na cicatrização de feridas (25).
Além de melhorar a cicatrização das feridas, suas propriedades antimicrobianas também podem prevenir a infecção, um dos principais fatores de risco que pode complicar o processo de cicatrização (26).

Mensagem Importante: Estudos em animais mostram que o óleo de coco pode ajudar a acelerar a cicatrização de feridas.


Quem não deve Usar o Óleo de Coco?

Enquanto a pesquisa mostra que o óleo de coco pode beneficiar a saúde da pele, aplicá-lo à pele pode não ser ideal para todos.
Por exemplo, aqueles que têm pele oleosa podem querer evitar fazê-lo, pois pode bloquear poros e causar cravos.
Como com a maioria das coisas, tentativa e erro pode ser a melhor abordagem para determinar se o óleo de coco funciona para você.
Além disso, se você tem pele sensível, use uma pequena quantidade ou tente aplicá-lo apenas a uma pequena parte da pele para se certificar de que não causa irritação ou poros bloqueados.
No entanto, comer e cozinhar com óleo de coco geralmente não é um problema para a maioria das pessoas.
Dito isto, se você tem pele oleosa ou altamente sensível, considere adicionar óleo de coco em sua dieta em vez de usá-lo diretamente sobre a pele.
Que tipo de Óleo de Coco é o Melhor?
O óleo de coco pode ser produzido através de processamento seco ou úmido.
Processamento a seco envolve a secagem da polpa de coco para criar grãos, pressionando-os para extrair o óleo, em seguida, branqueamento e desodorização.

Este processo forma óleo de coco refinado, que tem um aroma mais neutro e maior ponto de fumaça (27).
No processamento úmido, o óleo de coco é obtido a partir de polpa crua de coco, em vez de secas, para criar óleo de coco virgem. Isso ajuda a reter o aroma de coco e resulta em um menor ponto de fumaça (27).
Enquanto óleo de coco refinado pode ser mais adequado para cozinhar em altas temperaturas, o óleo de coco virgem é uma escolha melhor em termos de saúde da pele.
Não só a maioria das pesquisas existentes estão centralizadas especificamente sobre os efeitos do óleo de coco virgem, como também existem evidências de maiores benefícios à saúde.
Um estudo com animais de 2009 descobriu que o óleo de coco virgem melhorou o status antioxidante e aumentou a capacidade de neutralizar os radicais livres causadores de doenças, em comparação com o óleo de coco refinado (28).
Outro estudo em tubo de ensaio mostrou que o óleo de coco virgem tinha uma quantidade maior de antioxidantes e fenóis redutores de inflamação, bem como uma capacidade melhorada para combater os radicais livres, em comparação com o óleo de coco refinado (27).
Os resultados destes dois estudos indicam que o óleo de coco virgem pode ser mais eficaz do que o óleo de coco refinado na prevenção da oxidação e neutralização de radicais livres, que podem danificar as células e levar à inflamação e doença.

Mensagem Importante: O óleo de coco virgem pode ser uma escolha melhor do que o óleo de coco refinado, dado que fornece benefícios adicionados da saúde como o status antioxidante melhorado.


Resumo:

Embora os benefícios para a saúde em ingerir o óleo de coco sejam bem estudados, a investigação
sobre os seus efeitos sobre a pele é na sua maioria limitada a estudos em animais ou tubos de ensaios.
No entanto, o óleo de coco pode estar ligado a alguns benefícios potenciais para a pele, incluindo a redução da inflamação, mantendo a pele hidratada e ajudando a curar feridas.
Os ácidos graxos de cadeia média encontrados no óleo de coco também possuem propriedades antimicrobianas que podem ajudar a tratar a acne e proteger a pele de bactérias nocivas.
Se você tem pele oleosa ou altamente sensível, certifique-se de começar lentamente para avaliar a sua tolerância, e consultar com um dermatologista se você tiver quaisquer preocupações.





Nota do Nutricionista:

Algumas reportagens andam roubando o genuíno valor do óleo de coco para a saúde em geral.
Esse artigo foca mais seus efeitos benéficos sobre a pele, mas todos os outros benefícios continuam sendo muito válidos, entre eles, perda de peso, perda de gordura abdominal e visceral, melhora do sistema imune, aumento da taxa metabólica, etc.
Você que já usa deve manter e quem não usa deve experimentar o mais rápido possível.



Referências:

1) Effects of dietary coconut oil on the biochemical and anthropometric profiles of women presenting abdominal obesity. Lipids. 2009 Jul;44(7):593-601.
2) Effects of beta-hydroxybutyrate on cognition in memory-impaired adults. Neurobiol Aging. 2004. Mar;25(3):311-4.
3) Coconut oil and palm oil's role in nutrition, health and national development: A review. Ghana Med J. 2016 Sep; 50(3): 189–196.
4) Coconut (Cocos nucifera L.: Arecaceae): in health promotion and disease prevention. Asian Pac J Trop Med. 2011 Mar;4(3):241-7.
6) Microbial Infections of Skin and Nails. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK8301/.
7) Fatty Acids and Derivatives as Antimicrobial Agents. Antimicrob Agents Chemother. 1972 Jul; 2(1): 23–28.
8) The antimicrobial activity of liposomal lauric acids against Propionibacterium acnes. Biomaterials. 2009 Oct;30(30):6035-40.
9) Killing of Gram-positive cocci by fatty acids and monoglycerides. APMIS. 2001 Oct;109(10):670-8.
10) Antifungal activities of pelargonic and capric acid on Microsporum gypseum. Mycoses. 2001 May;44(3-4):109-12.
11) Pathobiology of chronic inflammatory skin diseases: interplay between keratinocytes and immune cells as a target for anti-inflammatory drugs. Curr Drug Metab. 2010 Mar;11(3):210-27.
12) Anti-inflammatory, analgesic, and antipyretic activities of virgin coconut oil. Pharm Biol. 2010 Feb;48(2):151-7.
13) Nutritional antioxidants and the modulation of inflammation: theory and practice. New Horiz. 1994 May;2(2):175-85.
14) Effect of virgin coconut oil enriched diet on the antioxidant status and paraoxonase 1 activity in ameliorating the oxidative stress in rats - a comparative study. Food Funct. 2013 Sep;4(9):1402-9.

15) The Role of Inflammation in the Pathology of Acne. J Clin Aesthet Dermatol. 2013 Sep; 6(9): 27–35.
16) Antimicrobial property of lauric acid against Propionibacterium acnes: its therapeutic potential for inflammatory acne vulgaris. J Invest Dermatol. 2009 Oct;129(10):2480-8.
17) Anti-bacterial and anti-inflammatory properties of capric acid against Propionibacterium acnes: a comparative study with lauric acid. J Dermatol Sci. 2014 Mar;73(3):232-40.
18) A randomized double-blind controlled trial comparing extra virgin coconut oil with mineral oil as a moisturizer for mild to moderate xerosis. Dermatitis. 2004 Sep;15(3):109-16.
19) Novel antibacterial and emollient effects of coconut and virgin olive oils in adult atopic dermatitis. Dermatitis. 2008 Nov-Dec;19(6):308-15.
20) The effect of topical virgin coconut oil on SCORAD index, transepidermal water loss, and skin capacitance in mild to moderate pediatric atopic dermatitis: a randomized, double-blind, clinical trial. Int J Dermatol. 2014 Jan;53(1):100-8.
21) Skin Barrier Function. Curr Allergy Asthma Rep. Author manuscript; available in PMC 2010 Mar 22.
22) A review of the effects of moisturizers on the appearance of scars and striae. Int J Cosmet Sci. 2012 Dec;34(6):519-24.
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24) Effect of topical application of virgin coconut oil on skin components and antioxidant status during dermal wound healing in young rats. Skin Pharmacol Physiol. 2010;23(6):290-7.
25) Burn wound healing property of Cocos nucifera: An appraisal. Indian J Pharmacol. 2008 Aug; 40(4): 144–146.
26) Physiology of wound healing and risk factors that impede the healing process. AACN Clin Issues Crit Care Nurs. 1990 Nov;1(3):545-52.
27) Antioxidant capacity and phenolic acids of virgin coconut oil. Int J Food Sci Nutr. 2009;60 Suppl 2:114-23.
28) Wet and dry extraction of coconut oil: impact on lipid metabolic and antioxidant status in cholesterol coadministered rats. Can J Physiol Pharmacol. 2009 Aug;87(8):610-6.


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