terça-feira, 23 de julho de 2013

Ômega-3 e Câncer de Próstata: Fato ou Ficção ??



Ômega-3 e Câncer de Próstata: Fato ou Ficção ??

Artigo editado por William Faloon, PhD, Luke Huber, ND, MBA, Kira Schmid, ND, Blake Gossard, Scott Fogle, ND

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br

Vários estudos científicos descobriram uma redução no câncer de próstata associado com o aumento do consumo de ômega-3. Um estudo recente supostamente mostrou o oposto.
Este relatório foi baseado em um único exame de sangue mostrando os níveis de ácidos graxos em um grupo de 834 homens que foram monitorados por até seis anos para avaliar o risco de câncer de próstata (menor ou maior risco). Um pequeno grupo de 75 homens foi seguido até nove anos, para avaliar apenas o alto grau de risco de câncer de próstata.
Os resultados mostraram que uma quantidade levemente superior no conteúdo de ômega-3 mostrada neste único exame de sangue, foi associada com um maior risco de câncer de próstata através do seguimento de vários anos de estudo.
Este relatório foi transformado em notícias com manchetes estridentes: "O Ômega-3 pode aumentar o risco de câncer de próstata."

Omitidas do frenesi da mídia foi o fato de que este estudo não era sobre usuários de suplementos de óleo de peixe. Os autores admitiram que não sabiam como os participantes do estudo conseguiram o que acabou por ser uma quantidade muito baixa de ômega-3, constatada em todos os grupos.
Na verdade, os níveis plasmáticos de ômega-3 foram apenas cerca de 40% do que deveria ou seria esperado em pessoas conscientes da saúde que tomaram uma dose adequada de óleo de peixe. Os níveis insuficientes de ômega-3 em todos os sujeitos do estudo foram ignorados pela mídia. Se esses níveis plasmáticos muito baixos de ômega-3 tivessem sido reconhecidos, teria sido evidente que este relatório não tinha nenhum significado para aqueles que possuem um maior consumo de ômega-3 através de dieta e suplementos.

Também ausente do relato era de que a maioria dos homens com níveis ligeiramente mais elevados de ômega-3 tinham mais fatores de risco e um maior risco de contrair câncer de próstata no início do estudo, como por exemplo ter pontuações mais altas de PSA e uma história familiar positiva para câncer de próstata. Embora os autores tentassem controlar estatisticamente (através de um modelo estatístico chamado análise multivariada) para alguns destes fatores de risco em sua análise, a preocupação é que os dados de base foram confundidos e portanto, a análise estatística inválida, e que os resultados apresentados sejam comprometidos por taxas mais elevadas de doença preexistente, juntamente com uma predisposição genética; e não por causa da variação minúscula da quantidade de ômega-3 no plasma.
O câncer de próstata aumenta acentuadamente de 120% a 180% em homens que têm um parente de primeiro grau que havia contraído câncer de próstata. Quase o dobro dos homens que contraíram câncer de próstata neste estudo, tinham uma história familiar positiva, e, embora os pesquisadores tentassem controlar estatisticamente este fator confuso, este fato foi convenientemente ignorado pela grande mídia fazendo desta forma que o ômega-3 fosse rotulado como o grande culpado.

Associar uma única leitura de ômega-3 no plasma, com o risco de câncer de próstata a longo prazo é ridículo. Isso porque os níveis de ômega-3 podem mudar muito rapidamente, mesmo com mudanças a curto prazo na dieta. Isso não reflete a incorporação a longo prazo de ômega-3 nas células e tecidos. Neste relatório, as diferenças na base de medidas de ômega-3 no sangue eram tão insignificantes que se um homem tivesse apenas uma refeição de salmão na noite anterior, ele poderia estar no "mais alto" do grupo ômega-3, mesmo que ele nunca tivesse ingerido ômega-3 anteriormente.
Inúmeras falhas neste relatório tornam suas conclusões inúteis para quem faz suplementação com ômega-3 e segue hábitos alimentares saudáveis.
Este artigo representa uma forte oposição para todos aqueles que buscam uma melhor saúde e qualidade de vida; devido este falso ataque ao ômega-3, que foi muito fora de proporção pela mídia.


Nota do Nutricionista:

O Ômega-3 é um suplemento muito valorizado pelos estudos, principalmente por suas várias funções na otimização da saúde.
Podemos citar alguns exemplos: ação anti-inflamatória, antidepressiva, manutenção de níveis saudáveis de colesterol (inclusive o bom colesterol – HDL), possui ação anti catabólica e anabólica sobre a musculatura, provoca diminuição do encurtamento do telômero o que aumenta a expectativa de vida dos indivíduos.
Muito bom saber que as afirmações do estudo relatado são inválidas, assim podemos continuar usando o ômega-3 e nos beneficiar muito com ele.

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