quinta-feira, 29 de setembro de 2011

XYLITOL, SAÚDE BUCAL E DOENÇA CARDÍACA


XYLITOL, SAÚDE BUCAL E DOENÇA CARDÍACA.

- Meurman JH, Hamalainen P. Oral health and morbidity--implications of oral infections on the elderly. Gerodontology. 2006 Mar;23(1):3-16.

- Meurman JH, Janket SJ, Qvarnstrom M, Nuutinen P. Dental infections and serum inflammatory markers in patients with and without severe heart disease. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2003 Dec;96(6):695-700.

- Zhang YM, Zhong LJ, He BX, Nie J, Wang X, Li WC. [Study on the correlation between coronary heart disease and chronic periodontitis] Zhonghua Liu Xing Bing Xue Za Zhi. 2006 Mar;27(3):256-9.


Artigo traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com

Surpreendentemente, um dos mais importantes fatores de risco para doença cardíaca ocorre numa área do corpo que ninguém relaciona com saúde cardiovascular: nossa boca.
Numerosos estudos têm mostrado a correlação entre má saúde bucal e doença cardíaca.
Tanto uma má saúde bucal quanto a doença cardíaca são condições comuns na América.
De acordo com a American Heart Association, 36,3% (1 em 2,8) das mortes em 2004 foram causadas por doenças cardiovasculares. Em populações idosas, a má saúde bucal está também associada com todas as causas de mortalidade.
O National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) 1999-2002 investigou a saúde oral da população nos Estados Unidos.
Este estudo mostrou que 41% das crianças entre 2 e 11 anos, 50% das crianças entre 12 e 15 anos e 68 % dos adolescentes entre 16 e 19 anos apresentam cárie dentária em sua dentição primária.
Também a prevalência de cáries em adultos mostrou que 87% dos indivíduos entre 20 e 39 anos e 95% com idade entre 40 e 59 anos possuem cárie na superfície da dentição permanente.
Este estudo mostrou outro fato alarmante: 25 % dos adultos com mais de 60 anos sofrem de uma perda total dos dentes.
Devido a prevalência destas condições, a correlação entre saúde bucal e doença cardíaca é significante sendo que a saúde oral possa ser uma importante intervenção para diminuir a mortalidade cardiovascular.
Alguns pesquisadores tem argumentado que infecções orais podem produzir
marcadores inflamatórios, os quais contribuem para a doença cardíaca coronariana (CHD). Os estudos indicam que os marcadores inflamatórios como a proteína C reativa (CRP), a taxa de sedimentação dos eritrócitos (ESR), e os níveis de fibrinogênio são significativamente altos em indivíduos com doença cardíaca coronariana.
Paciente com CHD também apresentam uma maior prevalência de gengivite, uma menor dentição natural e um aumento da perda dos dentes quando comparado com indivíduos que não apresentam doença cardíaca coronariana.
A periodontite também é um fator de risco independente para doença cardíaca coronariana. De fato os estudos mostram que a severidade da periodontite é diretamente correlacionada a severidade da doença cardíaca.
Pesquisa adicional indica que indivíduos com doença cardíaca aterosclerótica (PAD), 84,4% tinham periodontite; comparados com somente 22,5% em indivíduos que não apresentavam doença cardíaca coronariana.
Além disso, doença periodontal está associada com a elevação de marcadores inflamatórios e isso é um importante fator de risco para doença cardíaca coronariana, mais do que o colesterol de baixa densidade (LDL) e da pressão arterial.
Evidências também indicam que a freqüência incidente de perda dentária está intimamente relacionada com a doença arterial periférica, principalmente em homens com doença periodontal.
Adicionalmente, os pesquisadores mostram que a doença periodontal está fortemente associada com a hipertensão e ao risco de infarto do miocárdio em indivíduos de meia idade.
Este estudo demonstra ainda que a incidência de doença periodontal possui uma forte relação com a hipertensão em qualquer idade.
Um baixo número de dentes naturais, também está relacionado com o aumento do risco de infarto do miocárdio.

 SUPORTE NATURAL PARA A SAÚDE ORAL E DOENÇA CARDÍACA:

XYLITOL

O xylitol é um álcool de açúcar de cinco carbonos derivado da XILOSE; é encontrado na maioria das frutas e vegetais, podendo ser usado como um substituto do açúcar (sacarose). Comercialmente produzido;
o xylitol é normalmente extraído do vidoeiro e outras madeiras nobres. A maioria dos açúcares são hidrolisados pela amilase, provendo um substrato para as bactérias orais. Essas bactérias diminuem o pH da saliva propiciando o aparecimento das placas dentárias e a desmineralização dos dentes o que compromete a saúde bucal.
O xylitol, ao contrário dos outros açúcares tem mostrado ser benéfico à saúde oral e ainda diminuir as cáries.
O consumo de xylitol diminui a quantidade de placas e a quantidade e virulência da bactéria streptococos mutans nas placas e na saliva.
O streptococos mutans é frequentemente transmitido das mães para seus filhos logo ao nascer. Os estudos demonstram que mães que mascam chicletes com xylitol diminuem o risco da transmissão dessa bactéria para seus filhos. De fato, este estudo mostra que com dois anos de idade, somente 9,7% das crianças cujas mães começam a mascar chicletes com xylitol quando seus filhos estavam com três meses de vida tinham o streptococos mutans.
Em crianças cujas mães foram tratadas com flúor, um significante percentual (48,5%) estavam contaminadas com o streptococos mutans.
Adicionalmente os pesquisadores mostram que mesmo cinco anos após a descontinuação do uso do chiclete de xylitol, as crianças que pertenciam ao grupo do xylitol apresentavam um risco 59% menor de cárie nos dentes quando comparado com o grupo de crianças que não usaram o chiclete com xylitol.
Este estudo também mostrou que os dentes que surgiram um ano após a descontinuação do estudo tiveram uma diminuição a longo termo do risco de cárie dental em torno de 93%, mostrando que crianças devem mascar chicletes com xylitol ou consumir outras formas de xylitol regularmente, começando um ano antes do surgimento da dentição permanente.
Devido o xylitol apresentar um baixo índice glicêmico, ser um substituto natural do açúcar, sua inclusão na dieta pode também exercer um papel na manutenção de níveis saudáveis de glicose sanguínea. O link entre diabetes e o aumento do risco de doença cardíaca está bem estabelecido, indicando que o xylitol pode melhorar a saúde cardiovascular em vários níveis.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Selênio e Saúde Neurológica


O MINERAL SELÊNIO BENEFICIA A SAÚDE NEUROLÓGICA
- Shahar A, Patel KV, Semba RD, Bandinelli S, Shahar DR, Ferrucci L, Guralnik JM. Plasma selenium is positively related to performance in neurological tasks assessing coordination and motor speed. Mov Disord. 2010 Sep 15;25(12):1909-15.

Artigo traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com

Um estudo recente demonstra que o mineral selênio possui um importante papel na saúde neurológica. O selênio é um mineral traço que é incorporado as proteínas, e apresenta uma função de extrema importância como enzimas antioxidantes.
Estas enzimas ajudam a proteger o corpo dos efeitos nocivos dos radicais livres e do stress oxidativo. O sistema nervoso é particularmente suscetível aos malefícios dos radicais livres devido ao seu alto conteúdo de ferro e consumo de oxigênio e relativamente baixos níveis de enzimas antioxidantes.
Neste novo estudo, os pesquisadores examinaram a associação entre níveis de selênio no sangue e sinais de mudanças neurológicas no sistema striatonigral; está é a parte do cérebro que liga o corpo estriado a substância negra.
Essas duas áreas no cérebro trabalham juntas para regular nossos movimentos e equilíbrio.
O indivíduos do estudo totalizaram 1.012 adultos com idade de 65 anos ou mais. Eles foram avaliados pelos níveis de selênio no sangue e examinados por médicos para determinar se alterações neurológicas estavam presentes.
Os resultados mostraram que existe uma forte associação entre níveis de selênio no sangue e avaliações da performance de coordenação.
Em adição, o estudo mostrou que baixos níveis de selênio no sangue estão associados com uma diminuição da performance em testes de coordenação na avaliação de adultos idosos.

(Mais um motivo para a ingestão de um polivitamínico/mineral, que obrigatoriamente não deve conter ferro).