sábado, 22 de junho de 2019

Efeitos Adversos da Deficiência de Testosterona e Sua Importância para a Saúde e Qualidade de Vida.







Artigo Editado por Monica Mollica, PhD.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN3 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Revisado por Maurício Marsaioli Serafim, MD.
CRM – 63196


A deficiência de testosterona, também conhecida como hipogonadismo, é um estado com níveis circulantes subótimos de testosterona concomitante com sinais e sintomas clínicos atribuídos a baixos níveis fisiológicos de testosterona. [1-3]
A disfunção sexual é o sintoma mais comumente reconhecido de deficiência de testosterona. No entanto, a testosterona também desempenha um papel mais amplo na saúde dos homens. Um crescente corpo de evidências estabeleceu associações entre baixos níveis de testosterona e múltiplos fatores de risco e doenças incluindo a síndrome metabólica, obesidade, diabetes tipo 2, sarcopenia, fragilidade, limitações de mobilidade, osteoporose, comprometimento cognitivo, depressão, doenças cardiovasculares e redução da longevidade. [3-12]
Neste artigo, forneço uma visão geral do impacto negativo da deficiência de testosterona em vários aspectos de nossa saúde. [
13]

Pontos Importantes:

Efeitos adversos da deficiência de testosterona (TD) na saúde dos homens. [13]



O que os Estudos Demonstram:

A deficiência de testosterona é caracterizada por deficiência nos níveis séricos totais de testosterona (TT) ou baixos níveis de testosterona livre calculados (abaixo do intervalo de referência masculino do jovem adulto saudável), juntamente com sinais e sintomas indicativos de níveis ótimos de testosterona. [1-3] Embora não haja um acordo universal sobre os sinais e sintomas específicos da deficiência de testosterona, acredita-se que a redução do desejo sexual e a disfunção sexual sejam fortes indícios de deficiência de testosterona. [1-3,14-18] Mais especificamente, três sintomas sexuais mais significativamente relacionados aos baixos níveis de testosterona são a diminuição da frequência da ereção matutina, diminuição da frequência de pensamentos sexuais e disfunção erétil. [18] Outros sinais e sintomas incluem desempenho físico reduzido (incapacidade de se envolver em atividades vigorosas [por exemplo, correr, levantar objetos pesados ou participar de esportes extenuantes], incapacidade de andar mais de 1 km e incapacidade de dobrar, ajoelhar-se, ou indisposição) e mal-estar psicológico (perda de energia, tristeza, fadiga). [18]
Clinicamente, a deficiência de testosterona é dividida em hipogonadismo primário (disfunção testicular), hipogonadismo secundário (falência hipofisária ou hipotalâmica) ou hipogonadismo misto (uma combinação de falha testicular e falência hipofisária-hipotalâmica). [3] Uma proporção significativa de homens mais velhos tem altas concentrações de gonadotrofinas (LH e FSH) e testosterona dentro da faixa normal. [19-21] Isto indica um estado de hipogonadismo compensado ou subclínico que pode eventualmente evoluir para hipogonadismo primário manifesto. [22] Assim, ao acoplar os níveis de testosterona aos níveis de LH, os médicos podem detectar uma deficiência iminente de testosterona. Medir o LH juntamente com a testosterona também pode reforçar o diagnóstico sintomático, uma vez que os sintomas sexuais são mais prevalentes no hipogonadismo secundário e primário, enquanto os sintomas físicos são mais prováveis no hipogonadismo compensado. [22] Os homens obesos são especialmente propensos ao hipogonadismo secundário, enquanto nos homens mais velhos predomina o hipogonadismo primário. [22] A deficiência de testosterona também pode resultar de um comprometimento da ação da testosterona devido à diminuição da biodisponibilidade do hormônio (devido a elevações da SHBG) ou devido a alterações nos receptores de andrógenos. [3]

É importante notar que níveis baixos de testosterona, mesmo dentro da faixa normal, afetam negativamente o risco de eventos cardiovasculares e mortalidade. Por exemplo, o Estudo MrOS (Osteoporotic Fractures in Man) descobriu que homens com idade entre 69 e 81 anos no quartil mais alto de testosterona, 550 ng / dL (aproximadamente 19,1 nmol / L) e acima, tinham um risco menor de eventos cardiovasculares comparados com Homens pareados por idade nos três quartis inferiores. [
23] Mais especificamente, homens com níveis de testosterona de 550 ng / dl e acima tiveram um risco 30% menor de sofrer eventos cardiovasculares durante um acompanhamento de 5 anos em comparação com homens com níveis abaixo 550 ng / dL [23]. Esta associação permaneceu após o ajuste dos fatores de risco CV (Cardiovascular) tradicionais e não foi materialmente alterada nas análises excluindo homens com doença CV conhecida no início do estudo.
O Estudo de População Prospectiva EPIC-Norfolk (Investigação Prospectiva Européia em Câncer em Norfolk) demonstrou em homens com idade entre 40 e 79 anos que os níveis crescentes de testosterona endógena estão inversamente relacionados à mortalidade por todas as causas, causas cardiovasculares e câncer durante um período acima de 7 anos.  [
24] Homens no mais alto (acima de 19,6 nmol / L = 565 ng / dL) em comparação com o quartil mais baixo (abaixo de 12,5 nmol / L = 361 ng / dL) do nível de testosterona tiveram um risco 25-30% menor de mortalidade total [24] O Estudo EPIC-Norfolk também descobriu que para cada aumento de 6 nmnol / L (173 ng / dL) na testosterona sérica havia um risco 14% menor de mortalidade. A magnitude do efeito foi similar para mortes por causas cardiovasculares e por câncer e foi pouco alterada após ajuste para fatores de risco cardiovascular e globulina de ligação a hormônios sexuais ou após a exclusão de óbitos em 2 anos. [24] Doença arterial coronariana inexistente baixos níveis de testosterona dentro da faixa normal afetam negativamente a sobrevida, com um ponto de corte da testosterona total de 15,1 nmol / L (436 ng / dL) sendo relacionado ao aumento da mortalidade. [25]
Deve-se ressaltar que todos esses limiares representam pontos de corte superiores à maioria das hipóteses de hipogonadismo atualmente aceitas. Em muitos laboratórios, o limite inferior do intervalo normal para os níveis de testosterona total é de 280-300 ng / dl (9,8-10,4 nmol / L). [
1] Assim, mesmo homens que não foram diagnosticados com hipogonadismo e, portanto, estão sendo excluídos da terapia com testosterona podem estar em risco desnecessariamente aumentado para resultados negativos na saúde, o que pode ser evitado com a terapia de testosterona.


O que as Novas Pesquisas Mostram:

A deficiência de testosterona, que é uma condição clínica comum, está associada a muitos efeitos adversos para a saúde e uma deterioração significativa na qualidade de vida, ver tabela de pontos-chave acima.A deficiência de testosterona aumenta o risco de obesidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, doença cardiovascular, dislipidemia, inflamação, disfunção endotelial, hipertensão e perda de massa corporal magra, volume e força muscular e densidade mineral óssea. A deficiência de testosterona também está associada à diminuição do desejo sexual e da função erétil, declínio na função cognitiva e intelectual, redução de energia, aumento da fadiga, humor e vitalidade deprimidos e depressão. A figura 1 abaixo ilustra como a deficiência de testosterona contribui para o desenvolvimento ou progressão de múltiplos fatores de risco, o que, por sua vez, aumenta o risco de mortalidade.


Figura 1: A deficiência de testosterona nos homens contribui para uma série de comorbidades. Estas incluem, inflamação, resistência à insulina, diabetes, dislipidemia, hipertensão, síndrome metabólica, rigidez vascular, aterosclerose, doença cardiovascular, disfunção sexual e mortalidade.
Homens com disfunção erétil ou ejaculatória, desejo sexual reduzido, bem como aqueles com barrigas expandidas (obesidade visceral) e doenças metabólicas, devem ser rastreados para deficiência de testosterona e se for diagnosticado o hipogonadismo, tratados, independentemente da idade. [3,14] essa terapia em homens deficientes em testosterona com essas comorbidades pode reverter ou retardar sua progressão [26], é imperativo que os clínicos se tornem mais conscientes do amplo impacto dos níveis subótimos de testosterona na saúde e no bem-estar dos homens.





Referências:

1. Bhasin, S., et al., Testosterone therapy in men with androgen deficiency syndromes: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab, 2010. 95(6): p. 2536-59.
2. Wang, C., et al., Investigation, treatment, and monitoring of late-onset hypogonadism in males: ISA, ISSAM, EAU, EAA, and ASA recommendations. J Androl, 2009. 30(1): p. 1-9.
3. Buvat, J., et al., Testosterone deficiency in men: systematic review and standard operating procedures for diagnosis and treatment. J Sex Med, 2013. 10(1): p. 245-84.
4. Saad, F., Androgen therapy in men with testosterone deficiency: can testosterone reduce the risk of cardiovascular disease? Diabetes Metab Res Rev, 2012. 28 Suppl 2: p. 52-9.
5. Saad, F. and L. Gooren, The role of testosterone in the metabolic syndrome: a review. J Steroid Biochem Mol Biol, 2009. 114(1-2): p. 40-3.
6. Ullah, M.I., et al., Testosterone deficiency as a risk factor for cardiovascular disease. Horm Metab Res, 2011. 43(3): p. 153-64.
7. Yeap, B.B., A.B. Araujo, and G.A. Wittert, Do low testosterone levels contribute to ill-health during male ageing? Crit Rev Clin Lab Sci, 2012. 49(5-6): p. 168-82.
8. Traish, A.M., et al.,The dark side of testosterone deficiency: I. Metabolic syndrome and erectile dysfunction. J Androl, 2009. 30(1): p. 10-22.
9. Traish, A.M., et al., The dark side of testosterone deficiency: III. Cardiovascular disease. J Androl, 2009. 30(5): p. 477-94.
10. Traish, A.M., F. Saad, and A. Guay, The dark side of testosterone deficiency: II. Type 2 diabetes and insulin resistance. J Androl, 2009. 30(1): p. 23-32.
11. Traish, A.M., R. Abdou, and K.E. Kypreos, Androgen deficiency and atherosclerosis: The lipid link. Vascul Pharmacol, 2009. 51(5-6): p. 303-13.
12. Mesbah Oskui, P., et al., Testosterone and the cardiovascular system: a comprehensive review of the clinical literature. J Am Heart Assoc, 2013. 2(6): p. e000272.
13. Traish, A.M., Adverse health effects of testosterone deficiency (TD) in men. Steroids, 2014.
14. Buvat, J., et al., Endocrine aspects of male sexual dysfunctions. J Sex Med, 2010. 7(4 Pt 2): p. 1627-56.
15. Travison, T.G., et al., The relationship between libido and testosterone levels in aging men. J Clin Endocrinol Metab, 2006. 91(7): p. 2509-13.
16. Yassin, A.A. and F. Saad, Treatment of sexual dysfunction of hypogonadal patients with long-acting testosterone undecanoate (Nebido). World J Urol, 2006. 24(6): p. 639-44.
17. Yassin, A.A. and F. Saad, Improvement of sexual function in men with late-onset hypogonadism treated with testosterone only. J Sex Med, 2007. 4(2): p. 497-501.
18. Wu, F.C., et al., Identification of late-onset hypogonadism in middle-aged and elderly men. N Engl J Med, 2010. 363(2): p. 123-35.
19. Wu, F.C., et al., Hypothalamic-pituitary-testicular axis disruptions in older men are differentially linked to age and modifiable risk factors: the European Male Aging Study. J Clin Endocrinol Metab, 2008. 93(7): p. 2737-45.
20. Harkonen, K., et al., The polymorphic androgen receptor gene CAG repeat, pituitary-testicular function and andropausal symptoms in ageing men. Int J Androl, 2003. 26(3): p. 187-94.
21. van den Beld, A., et al., Luteinizing hormone and different genetic variants, as indicators of frailty in healthy elderly men. J Clin Endocrinol Metab, 1999. 84(4): p. 1334-9.
22. Tajar, A., et al., Characteristics of secondary, primary, and compensated hypogonadism in aging men: evidence from the European Male Ageing Study. J Clin Endocrinol Metab, 2010. 95(4): p. 1810-8.
23. Ohlsson, C., et al., High serum testosterone is associated with reduced risk of cardiovascular events in elderly men. The MrOS (Osteoporotic Fractures in Men) study in Sweden. J Am Coll Cardiol, 2011. 58(16): p. 1674-81.
24. Khaw, K.T., et al., Endogenous testosterone and mortality due to all causes, cardiovascular disease, and cancer in men: European prospective investigation into cancer in Norfolk (EPIC-Norfolk) Prospective Population Study. Circulation, 2007. 116(23): p. 2694-701.
25. Malkin, C.J., et al., Low serum testosterone and increased mortality in men with coronary heart disease. Heart, 2010. 96(22): p. 1821-5.
26. Traish, A.M., et al., Testosterone deficiency. Am J Med, 2011. 124(7): p. 578-87.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Novidades na Área da Saúde: Nova Pesquisa Descobriu que a Vitamina D3 Ajuda a Reparar o Sistema Cardiovascular.






Artigo Editado por Diana Dye.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN3 6141
reinaldonutri@gmail.com
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Um artigo publicado no International Journal of Nanomedicine mostra como a vitamina D3 pode ajudar na reparação de danos ao sistema cardiovascular causados pela aterosclerose, diabetes e hipertensão arterial.
O dr. Tadeusz Malinski e os alunos Alamzeb Khan e Hazem Dawoud, da Universidade de Ohio, desenvolveram sistemas de medidas usando nanosensores com diâmetros cerca de 1.000 vezes menores do que um cabelo humano para examinar os efeitos da vitamina D3 sobre células endoteliais que revestem as artérias. Eles descobriram que a vitamina D3 estimula significativamente o óxido nítrico, que é uma molécula de sinalização na regulação do fluxo sanguíneo e na formação de coágulos. A vitamina D3 também foi associada com menor estresse oxidativo no sistema cardiovascular.
Geralmente, a vitamina D3 está associada aos ossos”, observou o Dr. Malinski, da Universidade de Ohio Nanomedical Research Laboratories. “No entanto, nos últimos anos, em ambientes clínicos pessoas reconhecem que muitos pacientes que têm um ataque cardíaco tinham uma deficiência de D3. Isso não significa que a deficiência causou o ataque cardíaco, mas aumentou o risco de ataque cardíaco. Usamos nanosensores para ver por que a vitamina D3 pode ser benéfica, especialmente para a função e restauração do sistema cardiovascular”.
Não há muitos, se houver, sistemas conhecidos que possam ser usados para restaurar células endoteliais cardiovasculares que já estão danificadas, e a vitamina D3 pode fazê-lo”, observou ele. “Esta é uma solução muito barata para reparar o sistema cardiovascular. Não precisamos desenvolver um novo medicamento. Já o temos”.
O professor Malinksi tem uma reputação internacional de pesquisa notável e inovadora relacionada ao sistema cardiovascular”, observou Robert Frank, reitor da Universidade de Ohio de Artes e Ciências. “Este último trabalho é mais um exemplo de seu impacto neste campo”.


Uma Atualização sobre Iodo e Saúde da Tireoide.







Artigo Editado por Eric Osansk, MD.

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN3 6141
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Muitas pessoas com problemas da tireoide e doenças autoimunes da tireoide são confundidas com relação à suplementação de iodo. Enquanto alguns profissionais de saúde ainda recomendam grandes doses de iodo para seus pacientes, outros profissionais de saúde recomendam que as pessoas com doenças da tireoide, especialmente aquelas com doenças autoimunes da tireoide, evitem completamente o iodo. Embora eu me considere “a favor do iodo”, ao longo dos anos, eu reconhecidamente me tornei mais cauteloso quando se trata de recomendar a suplementação de iodo aos meus pacientes. Neste post vou discutir minha experiência pessoal com iodo ao longo dos anos, minha perspectiva atual, os benefícios e riscos da suplementação de iodo, e também falarei sobre algumas das diferentes formas de suplementos de iodo.
Minha Experiência Pessoal com a Suplementação de Iodo:
Quando eu segui uma abordagem de tratamento natural para minha condição de Doença de Graves, o profissional de saúde com quem eu estava trabalhando recomendou que eu suplementasse com doses mais altas de iodo. Antes de fazer isso, ela recomendou que eu fizesse um teste de iodo. Ela recomendou o teste de carga de iodo de 24 horas, que envolve tomar um comprimido de 50 mg que consiste em iodo e iodeto de potássio antes de coletar as amostras de urina. Depois que uma deficiência foi descoberta, comecei a suplementar com um produto chamado Prolamine Iodine, quando comecei tomando um comprimido de 3mg por dia, e gradualmente aumentei a dose até tomar três comprimidos três vezes por dia, para um total de 27mg. Não me lembro exatamente por quanto tempo tomei essa dose de iodo, mas foi por pelo menos alguns meses, e finalmente fiz um novo teste de carga de iodo,
Eu me saí muito bem quando tomei o iodo e não tive nenhum efeito adverso. E quando algo funciona bem para você, é natural supor que a mesma abordagem funcionará para outras pessoas com condições semelhantes, e assim, quando comecei a ajudar pessoas com problemas da tireoide e doenças autoimunes da tireoide, eu recomendaria a todos os meus pacientes fazer um teste urinário para o iodo e, se fossem deficientes, eu os suplementaria com iodo. No entanto, eu também gostaria que eles tomassem certas precauções, que discutiremos mais adiante neste artigo. É claro que suplementar com iodo não foi a única coisa que fiz quando segui um protocolo de tratamento natural, pois comia alimentos saudáveis integrais, fazia coisas para controlar meu estresse, tomava suplementos para sustentar minhas glândulas suprarrenais e intestinos, etc.
Experiência dos meus Pacientes com Iodo:
Então, como meus pacientes se saíram com a suplementação de iodo? Ao longo dos anos, a maioria dos meus pacientes toleraram muito bem o iodo. Na verdade, não me lembro de nenhum dos meus pacientes ter efeitos colaterais graves ao suplementar com iodo, embora nem todos tenham se saído bem com a suplementação de iodo, e recebi alguns e-mails de não pacientes que tiveram uma experiência ruim. Minha perspectiva de iodo começou a mudar quando comecei a participar de conferências nutricionais ministradas por profissionais de saúde que apresentaram pesquisas sobre os riscos do iodo desencadear uma condição autoimune da tireoide. Isto foi especialmente verdadeiro no que diz respeito à tireoidite de Hashimoto.
Dito isso, uma vez que recebi bons resultados com a maioria dos meus pacientes, e como a maioria dos meus pacientes tomava iodo, não surpreendentemente eu resisti a parar de recomendar o teste de iodo e a suplementação aos meus pacientes. No entanto, foi difícil argumentar com a pesquisa, pois alguns estudos mostram uma maior incidência de tireoidite autoimune em populações que foram expostas ao iodo (1) (2) (3). No entanto, há também algumas evidências de que a razão para isso pode ser devido a essas populações serem deficientes em selênio.
A Conexão entre Selênio e Autoimunidade Tireoidiana:
Mas como a deficiência em selênio pode aumentar o risco de desenvolver autoimunidade tireoidiana? Bem, o peróxido de hidrogênio desempenha um papel na oxidação do iodeto para o iodo. E é bem conhecido que o peróxido de hidrogênio é uma fonte de radicais livres (4) (5). Esses radicais livres causam um aumento nas citocinas pró-inflamatórias, o que é um fator em doenças autoimunes, como a doença de Graves e a tireoidite de Hashimoto. O selênio é importante para a formação de selenoproteínas. Essas selenoproteínas são antioxidantes poderosos e ajudam a neutralizar os efeitos do estresse oxidativo, reduzindo esses radicais livres. Então, se alguém tem uma deficiência de selênio, isso resultará em uma diminuição das selenoproteínas, e isso, por sua vez, causará um acúmulo de peróxido de hidrogênio, que produzirá mais radicais livres, e isso resulta em um número maior de citocinas pró-inflamatórias etc.
Como resultado, quem complementa com iodo também vai querer ter certeza de que eles têm níveis saudáveis de selênio. Tomar 200 mcg de selênio por dia é comumente recomendado. Outros nutrientes que devem ser tomados incluem vitamina C, magnésio e vitaminas do complexo B.
Eu Teria Recebido os Mesmos Resultados sem a Suplementação de Iodo?
Embora eu tenha recebido excelentes resultados quando segui um protocolo de tratamento natural para minha condição de Doença de Graves, pergunto-me se teria recebido resultados semelhantes sem a suplementação de iodo. Em outras palavras, eu teria entrado em remissão se não tivesse suplementado com iodo? Bem, a suplementação de iodo foi apenas um dos componentes do protocolo de tratamento natural que eu segui. Além disso, tive pacientes com Doença de Graves no passado que não suplementaram com iodo e entraram em remissão. Mas com isso dito, não há como saber se eu teria recebido resultados semelhantes se não tivesse tomado iodo.
No entanto, nos últimos anos, muitos pacientes não suplementaram com iodo enquanto seguiam um protocolo de tratamento natural. Os resultados foram mistos, pois muitas pessoas que não tomaram iodo ainda conquistaram grandes resultados e conseguiram entrar em remissão. Tenha em mente que, mesmo quando eu recomendava o iodo, eu não tinha todos os suplementos, pois dependia dos resultados dos testes. Em outras palavras, se alguém não testou positivo para uma deficiência, então eu não teria suplementado com iodo. Embora a correção de uma deficiência de iodo possa ser necessária para alcançar a saúde ideal, a correção de uma deficiência de iodo não necessariamente desempenhará um papel na reversão do componente autoimune.
Por exemplo, se alguém tem uma sensibilidade ao glúten que resultou em um intestino permeável, e se isso foi responsável pelo desenvolvimento da resposta autoimune, a suplementação com iodo terá impacto mínimo na reversão do componente autoimune e na restauração da saúde da pessoa. Isso não significa que, se alguém nessa situação tiver uma deficiência de iodo, isso não é importante para resolver, mas, nessa situação, corrigir a deficiência de iodo provavelmente não será um fator para reverter o componente autoimune. No entanto, se alguém tem uma infecção intestinal, embora isso possa não estar relacionado a uma deficiência de iodo, precisamos ter em mente que o iodo é um excelente antimicrobiano e desempenha um papel na inibição da ruptura do biofilme (6) (7). O iodo também é importante para a saúde ótima do sistema imunológico (8)(9). Como resultado, nessa situação, ter uma deficiência de iodo pode ter sido um fator contribuinte no desenvolvimento da infecção intestinal.
5 Razões Pelas Quais Algumas Pessoas Experimentam Problemas com a Suplementação de Iodo:
Quando alguém suplementa com iodo e não faz bem, normalmente há cinco razões principais para isso:
1. Eles não têm deficiência de iodo. Embora muitas pessoas sejam deficientes em iodo, a verdade é que nem todos têm uma deficiência de iodo. É por isso que recomendo testar antes de qualquer pessoa suplementar com iodo.
2. Eles estão tomando uma dose muito alta. Algumas pessoas tomam doses maciças de iodo. E enquanto para algumas pessoas pode fazer bem tomar o iodo em altas doses, as pessoas são diferentes. Por exemplo, uma pessoa pode se sentir bem tomando de 25 a 50 mg de iodo, enquanto outra pessoa se sente mal ao tomar uma dose muito menor. É claro que é preciso ter em mente que nem sempre é possível passar pelos sintomas.
3. Eles têm baixos níveis de antioxidantes. Como mencionei anteriormente, ter baixos níveis de selenoproteínas pode levar a um aumento no estresse oxidativo e radicais livres ao suplementar com iodo. Tomar selênio com iodo pode ajudar, mas muitas vezes é necessário primeiro aumentar o status antioxidante antes de suplementar com iodo.
4. Eles experimentam uma reação de “desintoxicação”. Na verdade, falarei sobre isso mais a seguir, quando discutirmos alguns dos benefícios da suplementação com iodo. Embora seja uma chatice ter sintomas negativos, se isso está associado com a desintoxicação de haletos, então isso provavelmente é uma coisa boa.
5. Eles reagem a outro ingrediente ou contaminante. Isso pode ser verdade com qualquer suplemento, pois pode não ser o nutriente ou a erva que alguém está reagindo, mas outros ingredientes ou preenchedores. Esta é uma das desvantagens de tomar suplementos de alga marinha, suplementos de algas marinhas são frequentemente contaminados com metais pesados, e por isso é possível que a pessoa que tem um efeito negativo ao tomar algas não é sua reação ao iodo, mas está reagindo aos metais tóxicos. É claro que se alguém tem uma reação negativa com diferentes formas de iodo, então pode-se ter mais confiança de que eles estão reagindo ao iodo, e não um ingrediente diferente.

Quais são os Benefícios da Suplementação com Iodo?
O iodo tem inúmeros benefícios para a saúde. Aqui estão alguns dos mais importantes:
1. O iodo é importante para a produção do hormônio tireoidiano. Devido a isso, a maioria dos endocrinologistas recomendará para pessoas com hipertireoidismo e doença de Graves para evitar o iodo. E, embora possa fazer sentido evitar o iodo se você estiver com hipertireoidismo, a fim de evitar a produção de mais hormônio tireoidiano, na maioria dos casos, a suplementação com iodo não causará níveis excessivos de hormônio da tireoide. De fato, no passado, o iodo era comumente recomendado como tratamento para o hipertireoidismo, antes do uso do iodo radioativo.
2. O iodo ajuda na desintoxicação de haletos. Brometo, flúor e cloreto têm estruturas químicas semelhantes ao iodo e, portanto, competem pelos mesmos sítios receptores. Como resultado, a exposição a maiores quantidades de flúor, brometo ou cloreto pode resultar em deficiência de iodo. Por outro lado, a suplementação com iodo pode deslocar esses outros haletos dos receptores, o que é bom, já que esses outros haletos têm efeitos tóxicos.
3. O iodo tem propriedades antimicrobianas. Muitas pessoas lendo isso sabem que o iodo é um ótimo antisséptico. O iodo é bactericida, fungicida, tuberculocida, virucida e esporicida (10). A ação antimicrobiana do iodo é rápida, mesmo em baixas concentrações, pois o iodo penetra rapidamente nos microrganismos e ataca grupos-chave de proteínas, nucleotídeos e ácidos graxos, o que resulta em morte celular (10).
4. O iodo desempenha um papel na regulação do metabolismo do estrogênio. O iodo modula a via do estrogênio, o que parece explicar por que aqueles que consomem maiores quantidades de iodo têm um risco reduzido de desenvolver câncer de mama e de próstata (11) (12).
5. O iodo pode ajudar a prevenir danos causados pela exposição à radiação. Suplementação de iodo pode prevenir os efeitos negativos causados pela radiação, pois ajuda a bloquear a absorção de radiação pela glândula tireoide.
Quais são Alguns dos Riscos de Suplementar com Iodo?
Risco # 1: O iodo pode ser um gatilho autoimune. Como mencionei anteriormente, a pesquisa mostra uma relação entre o consumo de iodo e a autoimunidade tireoidiana em indivíduos suscetíveis.
Risco # 2: Grandes doses de iodo podem induzir o hipotiroidismo. Há também evidências de exposição ao iodo, levando ao hipotireoidismo subclínico (13). No entanto, é importante entender que a maioria dos casos de Hashimoto inicialmente resulta em hipotireoidismo subclínico. Em outras palavras, a pessoa terá altos níveis de TSH, mas os níveis dos hormônios da tireoide estarão normais. No entanto, a exposição a altas doses de iodo também pode resultar em hipotireoidismo sem envolver autoimunidade, e esse estado hipotireoidiano é geralmente temporário.
Risco # 3: Grandes doses de iodo podem induzir hipertireoidismo. Como o iodo é necessário para a produção do hormônio tireoidiano, doses muito grandes podem causar hipertireoidismo. No entanto, como mencionei anteriormente, isso não é muito comum.
Nódulos da Tireoide e Iodo – O que a Pesquisa Mostra?
Então, o que a pesquisa mostra em relação ao iodo e nódulos da tireoide? Um estudo mostrou que os nódulos tireoidianos são quatro vezes mais comuns em mulheres que em homens e sua frequência aumenta com a idade e a baixa ingestão de iodo (14) (15). Outro estudo mostrou que nódulos tireoidianos autônomos desaparecem gradualmente da população após a deficiência de iodo ter sido corrigida adequadamente (16). No entanto, o mesmo estudo mostrou que o excesso de iodo pode causar os nódulos a super produzir o hormônio da tireoide e, portanto, pode causar hipertireoidismo induzido por iodo (16). Outro estudo analisou o curso natural dos nódulos tireoidianos benignos em uma área moderadamente deficiente em iodo e mostrou que, 40 meses depois, apenas um terço apresentava nódulos que diminuíam em tamanho, já que um terço dos nódulos benignos apresentava crescimento contínuo, enquanto outro terço de nódulos tireoidianos permanecem inalterados (17). Um estudo recente mostrou uma forte associação de iodo urinário alto com um aumento na incidência de nódulos tireoidianos benignos e malignos (18), e embora a maioria dos pacientes que eu testei para iodo ao longo dos anos não tenha um alto teor de iodo urinário, ainda outra razão pela qual é uma boa ideia fazer o teste antes de suplementar com iodo.
Então, com base na pesquisa que apresentei, seria uma boa ideia para as pessoas com nódulos tireoidianos suplementarem com iodo? Bem, mais uma vez, acho que é importante para quem está pensando em tomar iodo como suplemento para primeiro realizar um teste de iodo. Afinal de contas, nem todos os nódulos da tireoide são causados por uma deficiência de iodo e, portanto, se você tiver um ou mais nódulos tireoidianos, poderá considerar fazer um teste urinário para o iodo.
O Papel do Sistema Symporter de Iodeto de Sódio:
Eu não quero que este artigo seja muito técnico, mas eu quero mencionar brevemente o papel do sistema symporter de iodeto de sódio. A maioria das pessoas consegue manter a secreção normal do hormônio tireoidiano, mesmo quando consome quantidades muito grandes de iodo. O sistema symporter sódio-iodeto contribui mais para essa estabilidade (19). Além disso, quando alguém consome quantidades excessivas de iodo, isso bloqueia a segunda etapa da síntese do hormônio tireoidiano, que é conhecida como a organização do iodo (19). Em certos indivíduos, o simulador de iodeto de sódio não consegue desligar, e isso faz com que a concentração intracelular de iodeto permaneça alta, podendo resultar em hipotireoidismo crônico (19).

As Diferentes Formas de Suplementação de Iodo:
Como sempre recebo perguntas sobre os diferentes tipos de suplementos de iodo, achei que seria uma boa ideia discuti-los aqui.
Iodo / Iodoral de Lugol. O iodo de Lugol, também conhecido como solução de Lugol, consiste em iodo e iodeto de potássio misturados em água. Geralmente vem em concentrações de 2% ou 5%. A solução a 2% consiste em 3 mg por gota, enquanto a solução a 5% consiste em 6,25 mg por gota. Iodoral é essencialmente solução de Lugol em forma de comprimido, embora outras empresas tenham formulações similares que vêm em um tablet.
Iodo Nascente. Em vez de usar o iodo molecular, o iodo nascente supostamente consiste em iodo atômico, e alguns afirmam que o iodo nascente é uma forma mais pura de iodo e é mais biodisponível que o iodo em outros suplementos. Não consegui encontrar nenhuma pesquisa que confirme isso e, para ser sincero, não tenho muita experiência com esse tipo de iodo.
Algas Marinhas. A vantagem da alga marinha é que ela é uma forma de iodo baseada em alimentos, pois é rica em outros minerais além do iodo, e algumas pessoas se dão melhor com algas marinhas quando comparadas a outras formas. A desvantagem é que a alga marinha tem metais tóxicos, como mercúrio e arsênico, e enquanto algumas fontes são mais limpas do que outras, isso ainda pode ser uma preocupação.
Outras Formas de Iodo:
Prolamine Iodo. Isto consiste em 3mg de iodo molecular ligado a uma proteína.
Tri-iodo. Tri-iodo é muito semelhante ao Iodoral, pois consiste em iodo molecular, iodeto de potássio, mas também tem iodeto de sódio.
Qual é o Melhor Método de Verificar o Status de Iodo?
O teste urinário parece ser o método mais preciso para medir os níveis de iodo. No entanto, existem alguns tipos diferentes de testes de iodo urinário disponíveis. Como mencionei anteriormente, quando eu estava lidando com a Doença de Graves, usei o teste de carga de iodo, que envolve tomar um comprimido de 50mg de iodo e iodeto de potássio e depois medir a excreção de iodo durante um período de 24 horas. Eu também recomendei este teste para meus pacientes no passado, e embora alguns tenham questionado a validade do teste, devo admitir que acho este teste útil.
No entanto, embora a experiência geral do meu paciente com o teste de carga de iodo tenha sido positiva, pode haver riscos quando se toma uma grande dose de iodo / iodeto de potássio antes de coletar as amostras de urina. E, portanto, outra opção é fazer um teste de mancha de iodo, pois isso não envolve o consumo de iodo antes de coletar a amostra de urina. Alguns laboratórios dão a opção de adicionar brometo, e se fizer o teste de urina, acho que é uma boa ideia adicionar isso. E a razão para isto é porque enquanto um teste de iodo local nem sempre descarta uma deficiência, já que o brometo compete com o iodo, se alguém tem altos níveis de brometo, isso geralmente indica uma deficiência de iodo, independentemente do nível de iodo.
Mulheres Grávidas com Autoimunidade da Tireoide Devem Suplementar com o Iodo?
Não há dúvida de que o iodo é importante para o feto em desenvolvimento. E assim, embora seja controverso se uma mulher grávida com uma condição autoimune da tireoide deve tomar um suplemento de iodo separado, se uma deficiência de iodo foi confirmada, eu acho que é um grande erro para evitar completamente o iodo durante a gravidez. Eu discuti isso com mais detalhes em um post intitulado “As mulheres grávidas com tireoidite de Hashimoto devem tomar iodo?"
Em resumo, há muita controvérsia envolvendo suplementação de iodo e saúde da tireoide. Embora eu pessoalmente tenha tido uma experiência positiva com a suplementação de iodo quando estava lidando com a Doença de Graves, e embora muitos dos meus pacientes também tenham se beneficiado da suplementação de iodo ao longo dos anos, nem todos se dão bem com o iodo. O iodo tem muitos benefícios, pois é importante para a produção do hormônio tireoidiano, ajuda na desintoxicação de haletos, tem propriedades antimicrobianas, desempenha um papel no metabolismo do estrogênio e pode ajudar a prevenir danos causados pela exposição à radiação. No entanto, também pode haver riscos com a suplementação de iodo, já que, em alguns casos, o iodo pode desencadear a autoimunidade tireoidiana e pode induzir hipotireoidismo ou hipertireoidismo em alguns indivíduos. Certificar-se de que alguém tenha níveis antioxidantes saudáveis reduzirá o risco de o iodo desencadear ou exacerbar a resposta autoimune. Algumas das diferentes formas de suplementos de iodo incluem Iodo Lugol, Iodoral, Iodo Nascent, algas marinhas, Iodo Prolamine e Tri-iodo. O teste urinário parece ser o método mais preciso para medir os níveis de iodo.
Nota do Nutricionista:
O iodo tem muitos benefícios, pois é importante para a produção do hormônio tireoidiano, ajuda na desintoxicação de haletos, tem propriedades antimicrobianas, desempenha um papel no metabolismo do estrogênio (ajudando a evitar o câncer) e pode ajudar a prevenir danos causados pela exposição à radiação.
Atualmente como somos diariamente intoxicados com o cloro, flúor e o bromo a suplementação com iodo se torna muito importante mas antes precisamos ter bons níveis de antioxidantes para diminuirmos o risco de apresentar algum problema com a suplementação de iodo como também fazermos um exame de urina para comprovarmos uma provável deficiência.



Referências:
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